Universidades

Ciência, Saúde, Economia, Política

Postby Danilo » 07 Jun 2007, 22:13

Menos pior um projeto de decreto legislativo do que invadir a Reitoria. Outra coisa, o que aconteceu com a secretaria de turismo?
http://www.turismo.sp.gov.br tá um negócio ridículo.
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Postby Rafael » 08 Jun 2007, 12:25

O site da Secreteria de turismo não é esse que vc inicou não...

http://www.sejel.sp.gov.br

neste momento em que entrei, também está em manutenção, mas é muito mais bem feito...
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Postby mends » 09 Jun 2007, 21:22

Dona Benta e a marvada pinga
O professor Henrique Carneiro, vocês se lembram, é aquele da História, que foi dar aula na Reitoria invadida logo nos primeiros dias. Defendia a tese de que o movimento se alastrasse por outras universidades e categorias do funcionalismo. Ele também tem seus orientandos. E o “povo”, com isso, está mais perto do dia da libertação. Eis três dos mestrados que estão sob suas luzes:

- Renata Simões. O livro de receitas Dona Benta e a história da alimentação no Brasil. Início: 2006. Dissertação (Mestrado em História Social) - Departamento de História-FFLCH-USP. (Orientador).

- Débora Oliveira. Evoluções no uso do fogão e outros equipamentos e na transmissão do conhecimento culinário no Brasil no século XX. Início: 2006. Dissertação (Mestrado em História Social) - Departamento de História-FFLCH-USP. (Orientador).
Grande área: Ciências Humanas / Área: História / Subárea: História da alimentação.

Alexandre Camera Varella. Psicoativos e cultura indígena na história da conquista de México e Peru. Início: 2005. Dissertação (Mestrado em História Social) - Universidade de São Paulo, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. (Orientador).
Palavras-chave: alucinógenos; bebidas alcoólicas; historia.
Referências adicionais: Brasil/Português.

Notem que esta última, sobre o importantíssimo tema do uso de “psicoativos” na cultura do México e do Peru, é financiada pela Fapesp. Claro: a gente saber como se usou a droga na conquista desses dois países é do interesse coletivo. E merece mesmo dinheiro público.

No capítulo da iniciação científica, Carneiro orienta uma tese realmente original, diria mesmo que é revolucionária: Lucas Endrigo Brunozi Avelar faz digressões sobre “A ambiguidade da cachaça na sociedade luso-americana: remédio contra doenças e fonte de arruaças.”. Ah, com o amparo da Fapesp. Para que tanto? Bastava Inezita Barroso cantando a Moda da Pinga:

(de Ochelsis Laureano e Raul Torres)

Co'a marvada pinga é que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dô meus taio
Pego no copo e dali num saio
Ali mesmo eu bebo, ali mesmo eu caio
Só pra carregá é queu dô trabaio, oi lá!

Venho da cidade, já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pros caminho, venho trupicando
Chifrando os barranco, venho cambeteando
E no lugar que eu caio já fico roncando, oi lá!

O marido me disse, ele me falô
Largue de bebê, peço pro favor
Prosa de home nunca dei valor
Bebo com o sor quente pra esfriá o calô
E bebo de noite que é pra fazer suadô, oi lá!

Cada vez que eu caio, caio deferente
Meaço pra trás e caio pra frente
Caio devagar, caio de repente
Vou de currupio, vou deretamente
Mas sendo de pinga eu caio contente, oi lá!

Pego o garrafão é já balanceio
Que é pra mor de vê se tá mesmo cheio
Num bebo de vez por que acho feio
No primeiro gorpe chego inté no meio
No segundo trago é que eu desvazeio, oi lá!

Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo no copo, bebo na tigela,
Bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo vai pinga na goela, oi lá!

Eu fui numa festa no rio Tietê
Eu lá fui chegando no amanhecê
Já me deram pinga pra mim bebê
Já me deram pinga pra mim bebê, tava sem fervê

Eu bebi demais e fiquei mamada
Eu cai no chão e fiquei deitada
Aí eu fui pra casa de braços dado
Ai de braço dado ai com dois sordado
Ai, muito obrigado!


Por Reinaldo Azevedo
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Postby mends » 09 Jun 2007, 21:24

A luta sem classe na Geografia
Você pode se interessar, por exemplo, pela Geografia da USP e querer saber como andam as coisas por lá. Vá logo com quem é do ramo faz tempo: o professor José William Vesentini. O que será que ele anda orientando? O doutor até já escreveu livros sobre o ensino da geografia e a luta de classes. Isso é bico: dêem uma planície e um planalto, e eu logo faço uma luta armada. Vamos agora a seus pupilos e a trabalhos que “estão em andamento”.

Visentini orienta uma tese de doutorado formidável, que tem grandíssimo interesse para todos os professores da área. Vejam só: “Comparação do ensino da geografia no Brasil e em Cuba”, de Cesar Alvarez Campos de Oliveira. Considerou desimportante, né, leitor exigente? Tá achando que estão desperdiçando o seu dinheiro? Console-se. Há um outro doutorado, este, sim, de alcance revolucionário: Celso Roberto de Brito estuda “O poder local em Osasco”. E Visentini segue, também no campo: supervisionou “Panorama das organizações sociais dos pequenos produtores rurais em assentamentos de colonização e reforma agrária em Rondônia”, de Maura Cristina Melo Araújo. Sua geografia também foi posta a serviço da “Geografia do (in)visível - o espaço do kardecismo em São Paulo”, de Alberto Pereira dos Santos.

É isso aí. É realmente o fim da picada que os que financiam a universidade queiram se meter na sua produção científica, né? Começo a achar que as Mafaldinhas e os Remelentos estão nos prestando um favor. Convenham: essas áreas (humanidades e afins) da USP (e, a rigor, da universidade brasileira) são tão irrelevantes, que acabamos nos esquecendo de que custam dinheiro.


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Postby Danilo » 11 Jun 2007, 14:52

Professores da USP decidem suspender greve

Os professores da USP decidiram, em assembléia realizada nesta segunda-feira, suspender a greve iniciada no último dia 23 de maio. Os docentes voltam a trabalhar amanhã (12). A assembléia ocorreu no auditório do departamento de Geografia da FFLCH da USP e reuniu cerca de 150 professores.

Em assembléia paralela, os docentes da Unicamp optaram por manter o movimento.

A indicação de que a greve dos professores da USP seria suspensa foi decidida na assembléia realizada no último dia 4. A avaliação dos professores, segundo revelou à época o presidente da Adusp, César Minto, era a de que houve um avanço após a publicação no dia 31 de maio do ato declaratório do governador José Serra (PSDB) em relação aos decretos publicados no início deste ano.

Outro ponto levado em consideração pelos professores para votar o que pode representar o fim da greve foi o que consideram o avanço em relação às negociações salariais com o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades do Estado de São Paulo).

(texto completo em folha.uol.com.br/folha/educacao/)
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Postby telles » 11 Jun 2007, 15:24

O objetivo foi atingido: Emendar o feriadão, a semana toda :cool: :merda:
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Indicativo de fim de desocupação

Postby Danilo » 13 Jun 2007, 01:37

USP: alunos mantêm greve e indicam desocupação

Em Assembléia realizada na noite desta terça-feira, estudantes da USP decidiram manter a greve e aprovaram em votação um indicativo para encerrar a ocupação do prédio da reitoria. Às 22h, os alunos analisavam as condições para a saída dos manifestantes. Os estudantes se reuniram desde as 18h15 em frente à sede da administrativa da USP, na Rua da Reitoria. Cerca de 400 estudantes participaram da assembléia.
(texto completo no g1.globo.com/noticias)

Eu passei pela Assembléia às 21h45 e tinha um pouco mais de 500 pessoas. Aproveitando o fato da torre do relógio (da Praça do Relógio) estar aberta por causa da ocupação, subi lá e tirei umas fotos. A menos pior ficou sendo essa:

Image

Aliás, subir na torre dá um certo receio. A escada é estreita e a única proteção são barras finas (e meio soltas) a cada degrau. Ainda passei na FAU pra pegar um trabalho e voltei pra ver essa Assembléia. Eram umas 22h45 e já tinha bem menos gente. Estimo umas 400. Também tirei fotos. A menos pior:

Image
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Postby telles » 13 Jun 2007, 10:21

Saiu um pouco tremida a da torre. Pega umas aulas com o Julião.... :lol: :lol: :lol: :lol:
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Postby Danilo » 14 Jun 2007, 00:43

Insisti em conseguir uma foto boa. Pois aproveitando a luz do Sol e o apoio de tripé pra câmera me dei melhor:

Image
(MAC, CRUSP e velódromo)

Image
('praça dos bancos', FAU e FEA)

...

Na verdade esse post deveria estar na parte de Baladas e Passeios, pois aquela torre de dia parecia ponto turístico.
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Postby mends » 14 Jun 2007, 07:39

o q seria do Danilo sem seu amigo Tripé? :?
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Postby telles » 14 Jun 2007, 09:44

Danilo wrote: me dei melhor:


Agora sim

O tripé é amigão do Danilo.... ele segura e o Danilão nem treme :cool: :lol:
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Postby Danilo » 14 Jun 2007, 14:02

O tripé da câmera digital era pequeno e simples, de bolso. E o único amigo presente era o AF. Façam trocadilhos a vontade... :D
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Postby mends » 15 Jun 2007, 09:48

Invasão da reitoria: sair por bem ou por bem. E as trapalhadas de Tia Suely
Quando esta inacreditável invasão da reitoria da USP tiver chegado ao fim, por bem ou por bem — isto é, sem ou com tropa de choque, já que a Polícia Militar integra o conjunto de instrumentos da democracia, e há uma ordem judicial determinando que o prédio seja desinvadido —, então terá chegado o momento de se apurarem as responsabilidades. Os primeiros que têm de responder por seus atos, como estudantes e como cidadãos que contrariaram uma ordem da Justiça, são os invasores, é claro, junto com o Sintup, o sindicato de funcionários da USP. É um ente com personalidade jurídica. De maneira acintosa, desafia a determinação de um juiz.

A outra responsabilização já é coisa um tanto mais fluida e, se não pode ter um dimensão funcional em razão da tal autonomia universitária, que pelo menos se deixe claro à opinião pública: os reitores das três universidades estaduais estão na origem dessa crise absurda. Entre eles, destaca-se uma figura verdadeiramente patética: a reitora da USP, Suely Vilela. A maior universidade do país nunca esteve entregue a mãos tão inábeis. Algumas considerações antes. Depois volto aos reitores.

Vocês sabem o que penso desde o início. Essa brincadeira estúpida deveria ter tido um fim logo no segundo ou no terceiro dia. Se a reitora tivesse dado parte à Polícia, a PM teria de ter entrado lá. É obrigação legal. Nem a autonomia poderia impedir a ação. Ela não o fez. Demorou 12 dias para recorrer à Justiça, quando o movimento, digamos assim, até chegou a despertar certa simpatia da opinião pública. Chegou a ser adotado por alguns setores da mídia, que viram ali uma versão de democracia ateniense à beira do rio Pinheiros. Determinada a reintegração, a Polícia Militar e o governo do Estado ficaram à espera de que alguma franja de bom senso restasse aos invasores. Percebeu-se, também, que estes ansiavam pelo confronto com a tropa de choque, o que seria o seu verdadeiro galardão. Optou-se por deixar que o movimento lá esmorecesse, esfarelando-se, como vem acontecendo, até por conta da pressão dos 99,8% dos alunos que querem aula.

Ocorre que, nos tempos da Internet, uma invasão de faz com 30 ou 40 vagabundos e uma rede de computadores. Não precisa mais do que isso. Então tá. Acho que também essa fase está chegando ao esgotamento. Agora, ou esses delinqüentes saem por bem — sem tropa de choque — ou saem por bem: com tropa de choque. Se vão seguir o conselho da ministra Marta Suplicy e enfrentar as borrachadas na base do “relaxa e goza”, problema deles. Essa história já cansou, já passou da conta, dos limites. A eventual atuação da Polícia tende sempre a gerar alguma reação de repúdio, especialmente dos chamados setores formadores de opinião, alguns sempre simpáticos à ilegalidade. Mas passa. O estado de direito não pode continuar a ser afrontado. E ponto final.

Encontro e passeata
Os remelentos e as mafaldinhas das três universidades marcaram um encontro para este fim de semana na USP. Devem marchar pelas ruas de São Paulo, rumo à Secretaria de Estado da Educação Superior, nos Campos Elísios. Devem passar pela rua da Consolação e Largo do Arouche. Quantos serão? Bastam 100 ou 200 para premiar o paulistano com o segundo dia consecutivo de um trânsito infernal: nesta quinta, foi a curta greve do Metrô; hoje, os invasores da USP

O que eles querem? Ah, vejam como faz sentido: eles acham que Serra, que é o governador de São Paulo, tentou meter a mão nas universidades — o que é falso —, mas, sem que sejam nem mesmo representantes das universidades, eles querem meter a mão no governo de São Paulo. Exigem a extinção da secretaria. Por quê? Ora, porque sim; porque cismaram que ela é um símbolo da agressão à autonomia.

De volta aos reitores
Suely Vilela jamais deveria ter deixado seu posto na reitoria, nem que fosse para acampar por lá. O que iria acontecer? Mas deixou o prédio entregue aos bandoleiros. Pior: aceitou receber a pauta de reivindicações e, extremo da estupidez, resolveu ceder em muitos pontos, sobretudo naqueles consideradas de cunho social. Ora, querem alguns jornalistas que esses novos atenienses não são assim tão politizados — embora o comando do movimento tenha sempre estado com PCO, PSTU e PSOL —, mas burros eles não são. Se a mulher cedeu antes mesmo de recorrer à Justiça, restava evidente que, ali, bastava apertar para levar. Ela deu as negociações por encerradas algumas vezes. E sempre voltava a conversar.

Sabem o que é pior? Fez isso de novo. E da forma mais ridícula. Ontem à noite, os invasores enviaram à Magnífica, por e-mail, as suas “condições” para deixar o prédio. Segundo o Estadão desta sexta, “entre os pedidos dos estudantes, estão o apoio da reitoria a um congresso que discuta o Estatuto da USP, a não punição dos invasores, uma audiência pública sobre o projeto de inclusão de carentes e a manutenção de promessas de mais assistência estudantil.” Informa o jornal que ela havia “condicionado a continuidade da negociação a este documento”.

Que continuidade?
Que negociação?
Que documento?

Qualquer concessão que Suley Vilela faça aos invasores tem origem numa ilegalidade. Faz 43 dias, vocês sabem disso, que eu a considero uma aliada objetiva dos baderneiros, por ação ou omissão. A autonomia garante à reitora ceder no que bem entender. Autonomia, nas universidades paulistas, virou autocracia. Vai veré a culpa no cartório. O levante contra os decretos nasceu dos reitores. E por um motivo nada edificante. Não queriam prestar contas diárias ao Siafem, o que até a Justiça faz. Transformaram um contingenciamento de verba de 1,5% (que anunciaram ser de 15%), vigente apenas enquanto não se votou o Orçamento do Estado, numa política de arrocho, que nunca existiu. O contingenciamento acabou, o dinheiro está todo com eles, mas acordaram a besta. E, agora não sabem o que fazer com ela.

Viagens
Não sei, não, mas estou com a impressão que reitores viajam mais do que Lula — aliás, não se esqueçam: no segundo ou terceiro dia da greve, sugeri que se fizesse o levantamento da USPTUR, uma investigação extensiva a todo ao corpo docente e, vejo agora, às três universidades. Quando a crise nasceu, Suely Vilela estava em viagem ao exterior — não duvido de que a serviço da USP. Nesta semana, enquanto faculdades da Unesp eram invadidas, seu reitor, Marcos Macari, estava em Portugal, num encontro qualquer que discutia os rumos da língua portuguesa. Nobilíssima viagem. Informa o Currículo Lattes que Macari “possui graduação em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Universidade de São Paulo (1972) , mestrado em Ciências (Fisiologia Geral) pela Universidade de São Paulo (1975) , doutorado em Ciências (Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo (1979) , pos-doutorado pela University of Cambridge (1981) e pos-doutorado pela University of Cambridge (1988)”.

Não duvido de que possa ter um amor incontido pela inculta e bela... Mas agora? Com a sua universidade exposta aos vândalos? Na Unicamp, não foi diferente: as ações violentas dos bandoleiros foram se sucedendo diante de uma reitoria inerte. Suely, é verdade, é um caso exemplar de omissão. Mas seus colegas não se saíram com distinção na crise. Assim não dá: est modus in rebus, magistri!


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Postby Danilo » 15 Jun 2007, 12:22

...são os invasores, é claro, junto com o Sintusp, o sindicato de funcionários da USP...

...uma invasão se faz com 30 ou 40 vagabundos e uma rede de computadores...

Eeee, tio Rei comendo S.
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Postby Danilo » 15 Jun 2007, 17:53

Olha o trio elétrico da Sintusp na Paulista...

Após confronto na Paulista, manifestantes travam o Centro de SP

O confronto entre a Polícia Militar e manifestantes --professores, estudantes e funcionários de universidades públicas paulistas-- na avenida Paulista foi controlado e o protesto seguia pela rua da Consolação por volta das 16h30. A PM afirmou que tentou evitar confrontos durante o protesto.

Quando o protesto seguia pela avenida Paulista, os policiais tentaram conter os manifestantes em somente duas faixas da avenida, no entanto, eles ocuparam todas as faixas da pista sentido Consolação. Com isso, os manifestantes enfrentaram os policiais, que fizeram uma fila com as motocicletas da Rocam.

(texto completo em http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 4803.shtml)
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