O Lula toma umas: "tô preu" ou "e daí"?

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

O Lula toma umas: "tô preu" ou "e daí"?

Postby mends » 11 May 2004, 08:37

Diz aí: o Barba entorna? :beer: Se entorna, deve ser criticado por isso? :whip:
E nossa imagem, como fica, com um presidente que entorna? :rolleyes: Deve-se boicotar o New York Times - devemos cancelar a excursão Saidera a NY, na semana que vem? :)):
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
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Postby mends » 11 May 2004, 09:04

CARLOS HEITOR CONY

Piada do destino
RIO DE JANEIRO - Destino é destino, e nem é preciso lembrar o caso de Édipo para saber que não se deve saber o que ele nos reserva. Pulando de Tebas para Garanhuns, do rei Édipo para o presidente Lula, podemos acompanhar o destino de dois personagens, um deles trágico, o outro mais ou menos cômico.
É possível que Lula nunca tenha consultado um oráculo, mas, se o fez, não deve ter acreditado nele. Como imaginar que o retirante nordestino chegaria à Presidência da República? É bem verdade que houve antecedentes ao longo da história, pessoas de origem humilde que chegaram lá. Até aí, é possível que Lula, embora achando difícil, desconfiasse que, com um pouco de sorte e muito jeitinho, poderia dar a volta por cima.
Se, aos 16, 17 anos, um vidente lhe profetizasse que chegaria ao topo, é possível que Lula, embora achando muita cocada para ele, no fundo no fundo se perguntasse: "Por que não?".
Mas nenhum vidente, nem em Tebas, nem em Garanhuns, poderia prever que ele teria de perder tempo e prestígio por causa dos bingos. Sua carreira política foi feita em defesa de causas nobres: emprego, salário, saúde, justiça social, solidariedade humana, essas coisas.
De repente, passa mais de uma semana reunindo-se até altas horas da noite com os funcionários mais graduados do governo para encontrar um jeito de fechar bingos! Acredito que ao longo de sua vida, de sua liderança popular, de seu ideário político, ele nunca tenha pensado em bingo, a não ser como lazer pessoal, para relaxar de suas lutas sindicais, um joguinho inocente com amigos e parentes, na base do grãozinho de milho quando não houvesse fichas para todos.
De repente -é bom que repita o de repente-, fechar ou abrir bingos torna-se agenda prioritária do Partido dos Trabalhadores. Depois dos bingos, o governo jogará tudo para disciplinar as brigas de galo.
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Postby mends » 11 May 2004, 09:14

JANIO DE FREITAS

O bêbedo e o desequilibrista
O governo recomendou ao embaixador brasileiro nos Estados Unidos a apresentação ao "New York Times" do seu repúdio ao vasto texto, no domingo, com repetidas afirmações de que a atividade de Lula está prejudicada pela bebida excessiva, o que se tornou "preocupação nacional" no Brasil e está "infiltrado na consciência pública". Foi a providência governamental de praxe, ditada pelo convencionalismo diplomático. Mas, dita a experiência, melhor seria levar a reclamação ao Departamento de Estado, centro diplomático onde se têm montado as operações norte-americanas menos diplomáticas para a América Latina e alhures.
Os norte-americanos gostam muito de coincidências. Pode-se entender assim o acaso que fez o texto do correspondente Larry Rohter, inequivocamente elaborado para desmoralizar Lula e o governo brasileiro, sair em dias importantes para a política latino-americana do governo dos Estados Unidos.
Como a segurança da Venezuela descobriu no final da semana passada, seu governo estava na iminência de sofrer um ataque golpista: cerca de cem integrantes da guerrilha direitista colombiana já estavam instalados em território venezuelano, quando foram descobertos e, na maioria, presos. O governo colombiano do presidente Uribe não teria razões objetivas para chegar ao extremo risco de uma aventura golpista na Venezuela, capaz de resultar em conflito entre os dois países. Já a guerrilha direitista a que pertencem os presos sempre foi ajudada por norte-americanos, porque se opõe à guerrilha originalmente de esquerda e depois ligada ao narcotráfico que abastece o imenso mercado dos Estados Unidos.
Foi na semana passada, também, que o próprio Bush, em ato sem precedente, tornou público que o seu governo passa a agir para mudar o regime cubano. Ou seja, para derrubar Fidel Castro. Como disse o subsecretário para assuntos latino-americanos, Roger Noriega, os Estados Unidos não admitem Raul Castro como sucessor de Fidel, segundo estabeleceram os cânones cubanos para a morte do seu líder.
Duas grandes operações em curso, portanto. E quem é o presidente latino-americano capaz de levantar um movimento continental em defesa dos dois presidentes visados? Além dos motivos políticos para fazê-lo, inclusive em autopreservação das soberanias nacionais, Lula tem com Chavez e Fidel relações pessoais. É a esse Lula e na ocasião em que se lançam as duas operações contra Chavez e Fidel que, por coincidência, sai um texto desmoralizante para Lula. E em nada menos do que no jornal norte-americano de maior repercussão internacional -até por ser reconhecido como o mais leal servidor, na mídia, do que os governos dos Estados Unidos consideram "razões de Estado".
O gosto norte-americano por coincidências vai às minúcias, senão ao humorístico. Por isso é que, também nesse domingo do texto contra Lula no "NYT", em um cantinho do segundo caderno do "Globo" saía uma carta de protesto do cônsul norte-americano, por "declarações e expressões" de Arnaldo Jabor sobre o presidente Bush, "caracterizadas", segundo a carta, "pela falta de respeito e má educação". Daí a conclusão: "Não emitimos em nossos telejornais, jornais nem em qualquer veículo de comunicação nada parecido com o que temos presenciado". Uma injustiça com "The New York Times". Sobretudo quando retoma o jornalismo tão praticado nos anos 50 e 60, fase aguda das políticas intervencionistas na América Latina.
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Postby Daniel » 12 May 2004, 22:18

:beer: :telles: :beer: :telles: :beer: :telles: :beer: :telles: :beer: :telles:

Venho publico pela primeira vez em 20 anos de Saidera para defender o nosso presidente.
O jornalista do NYT errou ao dizer que era o Lula que estava bebendo....
O Lula bebe pouco o problema é que com o pouco que ele bebe , se transforma em outra pessoa, que esse si bebe pra caramba.
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Postby mends » 13 May 2004, 09:28

"Pinguço é uma bosta: Já enche o saco normalmente, mas quando enche a cara, fica todo valente, querendo cassar visto de jornalista do NYT."
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Postby mends » 13 May 2004, 11:42

CARLOS HEITOR CONY

Assunto único
RIO DE JANEIRO - Pensamento único é uma droga, mas pior mesmo é o assunto único. Contudo é impossível escapar dele. Não se trata de um sentimento corporativo da classe jornalística, muito menos de pinimba especifica contra um governo que, depois de se mostrar desorientado, começa a se mostrar desastrado.
A expulsão do jornalista do jornal "The New York Times", sem dúvida um profissional também desastrado, coloca o Brasil do PT na mesma situação de países ridículos, geralmente em vigência de regimes totalitários. Para todos os efeitos, a atitude do governo passou recibo da suspeita que todos tínhamos e que ficou explicitada na reportagem publicada pelo jornal nova-iorquino.
O caminho natural para punir o jornal e o jornalista seria o processo, que, nos Estados Unidos, é levado a sério e, como subproduto, funcionaria como um petardo na vestalidade daquele jornal, que não faz muito foi obrigado a se desculpar pelas gafes que cometeu. Volta e meia pratica um tipo de imprensa marrom, mas não perde a pose de árbitro mundial, decretando o que é bom e o que é mau, dando nome às coisas, como um novo e autonomeado Adão.
Os juristas consultados pelo governo e que aconselharam a expulsão do jornalista sofrem da doença infantil que ataca o PT toda vez que o partido enfrenta um ataque -não importa se justo ou injusto: expulsam o dissidente ou o contraditório.
Não é de agora que se comenta a tendência do presidente Da Silva pelas bebidas consideradas fortes. Durante a campanha eleitoral, em pelo menos um episódio que se tornou público, o comportamento de Da Silva mereceria o teste do bafômetro, pela atitude impensada que tomou, abandonando um almoço intempestivamente.
A expulsão do jornalista do "NYT" -perdoem o clichê- foi um tiro no próprio pé. Lá fora, será considerado bom de copo -o que não chega a denegrir nem o Brasil nem a ele próprio. Mas, aqui dentro, perderá um naco importante de sua credibilidade pessoal.
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Postby mends » 13 May 2004, 17:59

GIBA UM

"A lei? Ora , a lei ..."
Lenda política ou não, essa expressão foi historicamente atribuída a Getúlio Vargas, que teve dois períodos de poder: um como ditador, outro como presidente eleito. O jornalista Ricardo Noblat, ex-diretor de redação do Correio Braziliense, revelou que seu blog na internet, esta semana, que, quando o presidente Lula foi informado de que, pela Constituição, Larry não poderia ser expulso porque é casado com uma brasileira, teria afirmado: "F....-se a Constituição". O Planalto nega a informação, mas um dos participantes dar reunião quando decidiu pela cassação - e petista do primeiro escalão - é que passou a reação para o jornalista. A propósito: o ministro Peçanha Martins, do STJ - Superior Tribunal de Justiça - que concedeu o primeiro habeas corpus ao jornalista Larry Rohter (há outros pedidos em tramitação), é um correto cumpridor da Constituição.
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Postby mends » 13 May 2004, 18:04

GIBA UM

Sabe como é
Para quem tem memória fraca: no passado, o presidente George W. Bush chegou a ser internado para se livrar dos problemas do alcoolismo. E nunca negou isso. Hoje, aliás, seu opositores dizem que ele é mais perigoso sóbrio.

** Churchill tomava uma garrafa de conhaque e uma de champagne por dia, todos os dias; Hitler era vegetariano e não suportava bebidas alcoólicas**
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Re: O Lula toma umas: "tô preu" ou "e daí"?

Postby Danilo » 15 Mar 2009, 23:24

Pra falar tanta merda esse tem que beber... num é possível... ;(

Lula afirma que crise é maior que a de 1929

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que a atual crise financeira internacional é maior que a grande depressão de 1929. No início da crise, em outubro, o presidente disse que a turbulência não passava de uma " marolinha".

"Temos que reconhecer que a situação é delicada, que essa crise é possivelmente maior que a crise de 29 e temos que reconhecer que (o presidente dos EUA) Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da Segunda Guerra Mundial", disse Lula em discurso durante solenidade de posse da diretoria do Sebrae. "Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência porque eu não admito que uma guerra para resolver um problema econômico tenha 6 milhões de mortos", completou.

Ele reiterou que vai à reunião do G20 em Londres para levar a proposta de ampliar a regulamentação do sistema financeiro.

(http://www.estadao.com.br/geral/not_ger318395,0.htm)
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