A verdade está na cara, mas não se impõe

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

A verdade está na cara, mas não se impõe

Postby joaodopaulistao » 05 Sep 2006, 17:30

Blá, blá, blá apagado pelo webmaster. Segue um trecho de texto melhor:

A verdade está na cara, mas não se impõe
(Arnaldo Jabor)

O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, “explicáveis” demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira.

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada, broxa.

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata. Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão na bunda. A verdade se encolhe, humilhada, num canto.

E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de “povo”, consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações “falsas”, sua condição de cúmplice e comandante em “vítima”. E a população ignorante engole tudo.
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Postby mends » 20 Sep 2006, 09:21

o texto do esquerdista simpatizante de bandido que saiu na Folha hoje:

Marcos Nobre

Acabou a era FHC
LULA DEU uma rara entrevista a quatro órgãos de comunicação no domingo, entre eles a Folha. É até agora o documento de campanha mais importante. Mas ainda não recebeu a devida atenção porque tem sido interpretado de maneira limitada, como tentativa de desviar o foco da crise do dossiê.
A entrevista é o contraponto da carta aberta de FHC. É uma análise do primeiro mandato e um mapa do segundo. E mostra que o desespero da carta de FHC tem fundamento.
Porque Lula deixou claro que pretende e tem meios para desmontar a armação do sistema político deixada pelo antecessor. O Plano Real não foi apenas um plano de estabilização econômica. Foi também um plano de estabilização política. Ordenou o sistema de tal maneira que empurrou todos os partidos para uma disputa pelo centro político, apertando ao máximo o espartilho das políticas públicas possíveis. O grande teste desse modelo foi a alternância de poder. Segundo a lógica instaurada pelos dois governos FHC, o PT no poder federal estaria condenado ao PMDB para constituir o segundo pólo da política brasileira.
Só que o governo Lula não seguiu o figurino. Recusou uma aliança duradoura com o PMDB bem cedo, em 2004, quando o então ministro José Dirceu já havia negociado em detalhe uma composição e foi desautorizado pelo presidente. Essa atitude quase custou a Lula seu mandato. Mas a partir do momento em que conseguiu se manter acima da crise política do mensalão e do próprio PT, Lula abriu caminho para se desvencilhar da camisa-de-força que recebeu. E para organizar o sistema político em novas bases.
É isso o que explica o desespero da carta aberta de FHC. Ficou claro para o ex-presidente que o momento perdido de um eventual impeachment de Lula tinha pavimentado o caminho para a destruição de seu verdadeiro legado: um sistema de dois pólos travado no centro político.
E o golpe de morte foi dado pela escolha de uma candidatura presidencial sem nenhum brilho e sem capacidade de manter coeso o pólo PSDB-PFL.
Lula não pretende poupar esforços para quebrar o pólo representado pela aliança PSDB-PFL, aproveitando para se infiltrar nas rachaduras da disputa entre Aécio Neves e José Serra pela candidatura à Presidência em 2010. Esse o sentido do chamamento a um "pacto de responsabilidade".
É certo que Lula pretende mesmo atrair o que for possível do PMDB, além dos pequenos partidos dependentes do governo para sobreviver. Deixa claro também que o PT já não desempenhará papel protagonista nesse processo. Mas é difícil saber que cara terá a reorganização do sistema político que pretende empreender. Só o seu sentido é claro: o fim do modelo político brasileiro de FHC.



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MARCOS NOBRE é professor de filosofia política da Unicamp e pesquisador do Cebrap
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Postby mends » 21 Sep 2006, 11:56

Azevedo

"Não aprenderam nada. Não esqueceram nada"

Eles são aborrecidamente iguais. Eles se repetem de forma igualmente aborrecida. Ao deixar formalmente a campanha do Apedeuta à reeleição, Ricardo Berzoniev escreveu uma “carta aberta” à militância petista. É uma peça do surrealismo político. A exemplo do que fez José Dirceu quando deixou o governo, convocou a militância para ir às ruas. Berzoniev quer uma marcha sobre Roma...

Por incrível que pareça, a primeira coisa que ele quer ver apurada é o “dossiê que vincula os tucanos José Serra, Barjas Negri e Geraldo Alckmin à máfia das ambulâncias”. O tal “dossiê” é uma criação, já está claro, de um petista, Expedito Veloso, do Banco do Brasil. Ah, sim, ele escreve: “Condenamos com veemência qualquer ilegalidade para obtenção de informações.” Obtenção? Mas foi uma “fabricação” de informações...

Sobre os oposicionistas, Berzoini diz, como se estivesse espantado: “Revelam desconforto e ensaiam indignação diante das supostas tratativas ilegais para divulgar eventuais vínculos de membros do PSDB com a Máfia das Ambulâncias”. Viram só? “Supostas trativas ilegais”. Até anteontem, Berzoini negava vínculo com as ilegalidades. Hoje, elas já se transformaram em supostas ilegalidades.

Sobre Berzoini e os petistas, vale uma daquelas frases perfeitas, que entram merecidamente para a história. Disse Talleyrand sobre os Bourbon: "Não aprenderam nada, não esqueceram nada". Eles não têm cura. Segue íntegra da carta.

Carta Aberta à Militância Petista

Comunico à militância petista que, reunido hoje (20/9) com o presidente Lula, analisando a conjuntura que se instalou a partir dos fatos ocorridos na última sexta-feira (15/9), coloquei à disposição minha saída da coordenação geral da campanha “A Força do Povo”, sendo substituído pelo companheiro e professor Marco Aurélio Garcia.

Tomei esta decisão com a consciência tranqüila e com a plena convicção de que todas as denúncias devam ser apuradas.

Eu, pessoalmente, e o Partido dos Trabalhadores como instituição, defendemos uma apuração rigorosa dos fatos relacionados ao dossiê que vincula os tucanos José Serra, Barjas Negri e Geraldo Alckmin à máfia das ambulâncias. Condenamos com veemência qualquer ilegalidade para obtenção de informações. Refutamos, também, toda e qualquer tentativa de incriminar o partido e o presidente da República. As incursões de nossos adversários nesse terreno revelam açodamento e oportunismo: querem contaminar a voz das urnas com suas mentiras e calúnias.

Uma onda de histeria e descontrole toma conta da oposição tucano-pefelista e seus aliados nos meios de comunicação. Revelam desconforto e ensaiam indignação diante das supostas tratativas ilegais para divulgar eventuais vínculos de membros do PSDB com a “Máfia das Ambulâncias”. Estranhamente, repudiam qualquer investigação sobre o mérito das denúncias.

Por fim, reafirmo meu compromisso com a democracia, minha confiança nas instituições do país e a convocação para que a militância do PT, do PCdoB, do PRB e todos os ativistas da coligação “A Força do Povo” intensifiquem os esforços para a reeleição do presidente Lula. Mostremos nas ruas, com nossos argumentos, panfletos e bandeiras, que o povo brasileiro está decidido a dar continuidade à construção de uma pátria justa, igual e soberana.

Brasília, 20 de setembro de 2006.
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Postby mends » 21 Sep 2006, 14:47

digitem André Bucar no Google. Ele é o cara da grana dos dossiês. Olha o que aparece:

Assessor
André de Oliveira Bucar

Esplanada dos Ministérios Bl. F Sede
2º Andar – Sala 270
Telefone: (61) 3321-0652
Fax: (61) 3321-0652
CEP: 70059-900
Brasília - DF
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http://www.mte.gov.br/menu/ministerio/ListaAutoridades
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Postby mends » 21 Sep 2006, 16:58

Lula, um Bourbon!

Lembrei ontem Talleyrand sobre os Bourbons quando falei do PT: “Não aprenderam nada. Não esqueceram nada”. Em suma, são o que são. E vão se tornando cada vez mais iguais a si mesmos. Lula foi ao Bom Dia Brasil, da TV Globo. Ah, claro, ele acha esse episódio do dossiê picareta contra Serra e Alckmin uma coisa detestável, abominável mesmo. Voltou àquela questão cretina que pode ser resumida assim: “Por que o PT faria isso se está na frente?” Nunca é demais lembrar:
a) Porque era o PT que estava sendo chantageado pelos Vedoins;
b) Porque o PT queria alvejar desde já o então futuro líder da oposição, José Serra. Escrevo esse “então futuro líder” porque, agora, tudo pode acontecer. Serra vai ganhar em São Paulo, mas Lula corre hoje mais riscos do que há uma semana.
Lula, evidentemente, acha tudo abominável, mas não vê culpados. É esse modo quântico de ser do petismo. Marco Aurélio Sargento Garcia fez o mesmo. Repudiou o expediente da compra de dossiês, claro, mas declarou a inocência de Ricardo Berzoini — uma inocência que nem Berzoini tem coragem de afirmar: ao contrário, ele confessou que sabia da negociação com a revista. Garcia foi mais longe, homem destemido que é: declarou seu voto no presidente do PT, o que significa que lhe endossa o comportamento.

Como sempre – Foi rigorosamente isso o que os petistas fizeram com o mensalão. Começam negando, vão admitindo os crimes, depois vão afirmando que não eram assim tão graves e, finalmente, tentam arrastar nomes da oposição para o lixo onde se encontram.

Azevedo
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Postby mends » 27 Sep 2006, 09:06

O Brasil caiu 9 posições no ranking de competitividade do World Economic Forum. É um senhor trabalho, o do Forum: não só variáveis quanti, mas uma pesquisa quali muito profunda é feita com empresários e investidores do mundo inteiro. Eu tenho o do ano passado e retrasado, que tive que comprar pro Banco (custam uma fortuna). É um trabalho do carai.

Pois bem. Vejam o que Mantega (tive aula com ele na GV. Louco, louco, louco, louco) diz da queda. Parece o Jimmy justificando nota baixa - "a professora errou minha nota!" :P

Mantega contesta classificação

Paula Puliti

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, contestou ontem o resultado do Índice de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, em que o Brasil perde nove posições ante a pesquisa anterior. Ele disse que não viu o cenário do levantamento, mas afirmou que tem conversado com investidores estrangeiros, inclusive na semana passada, em Cingapura (na reunião do FMI) e todos têm o melhor conceito do Brasil.

Segundo o ministro, os investidores consideram a economia brasileira sólida e crescente e favorecendo o investimento externo, tanto que as agências de risco têm melhorado a nota do País. 'Há uma discrepância entre a avaliação do Fórum e o que o mercado entende do Brasil', afirmou. 'O Brasil nunca foi tão bem avaliado.'
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Postby mends » 28 Sep 2006, 18:46

típico caso de "vou tirar 15.00 na sub ...". falei que o cara é louco.

Mantega discorda do BC e mantém previsão de alta de 4% para PIB

ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Guido Mantega (Fazenda) continua a acreditar em um crescimento da economia acima da projeção do Banco Central. Para ele, a economia neste ano irá crescer 4%, enquanto a autoridade monetária reviu no Relatório de Inflação a expectativa de 4% para 3,5%.

'Talvez o Banco Central tenha sido um pouco prudente na sua projeção. É natural que ele seja mais cauteloso', disse.

O ministro avalia que o investimento irá impulsionar o crescimento no segundo semestre do ano. Hoje, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a taxa de investimentos na economia brasileira totalizou no segundo trimestre deste ano R$ 102,2 bilhões e atingiu 20,1% do PIB --a maior taxa desde 1997, considerando apenas segundos trimestres.

'Isso faz crer que a economia está acelerada e que o terceiro trimestre será melhor que o segundo', avaliou.

Antes da divulgação de um crescimento de apenas 0,5% no segundo trimestre, a expectativa de crescimento da Fazenda era de 4,5%.

Juros

O ministro avalia que se as estimativas do BC para crescimento e para inflação --3,4% para este ano--, há espaço para mais cortes na taxa de juros, hoje em 14,25% ao ano.

'O que ele está dizendo é que há um espaço para a redução dos juros se essas projeções estão corretas', disse.
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Postby mends » 29 Sep 2006, 10:42

azevedo

Pare de falar besteira, bispo! Ou quer que eu lhe ensine como se reza a missa?

Por que a Igreja Católica brasileira não arruma a batina e não vai cuidar de assuntos espirituais? Ah, Bento 16, olha pra cá um pouquinho! A CNBB, que deveria estar preocupada com a brutal expansão das seitas neopentecostais no país — uma delas é dona do partido do vice-presidente —, agora deu para chamar a lei de golpe de Estado. Vamos combinar uma coisa. A gente não ensina os bispos a rezar missa — embora alguns precisem reaprender —, e eles não vêm nos dar aula de democracia. Por Lígia Formenti no Estadão: “O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Geraldo Majella Agnelo, lamentou que o clima de denúncias tenha tomado conta do debate eleitoral. Para o cardeal, denúncias às vezes são apenas 'artimanhas para confundir' o eleitorado. O vice-presidente da CNBB, d. Antônio Celso de Queirós, foi além. Criticou a proposta de impeachment feita pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), usando como referência o golpe militar. 'Não estamos de olhos fechados para perceber que a dimensão da corrupção é muito maior do que um, dois, três, quatro ou cinco acontecimentos que possam ser utilizados numa campanha eleitoral. Afinal, já houve até golpe de Estado neste país em função do pretexto de combater a corrupção', afirmou d. Antônio. 'É preciso verificar o nível de responsabilidade (do presidente Lula). Um impeachment não se decreta assim', afirmou, irritado.”
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Postby mends » 30 Sep 2006, 19:01

Lula finalmente explicou porque não foi ao debate:

"Eu não sabia".
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Postby mends » 02 Oct 2006, 09:12

se isso não é um FORA PT, eu não sei o que é: veja os Estados onde o PT ganhou no primeiro turno :x:

Sergipe
Bahia
Piauí
Acre

E onde disputa o segundo turno? RS, PA. No RS, ao que parece, é favas contadas. 5 estados em 27 (ainda é 27?) concentrados no N/NE
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Postby mends » 04 Oct 2006, 08:28

PF deve pedir prisão de assessor de Mercadante

Por Leonardo Souza e Hudson Correa: “A Polícia Federal deve pedir nos próximos dias a prisão de Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. Em depoimento ontem à PF, Valdebran Padilha confirmou que a mala com dinheiro usada por Gedimar Passos para comprar o dossiê contra o PSDB era a mesma que havia sido levada por Hamilton para o hotel onde o negócio foi fechado. Valdebran e Gedimar foram presos na madrugada do último dia 15 com R$ 1,168 milhão e US$ 248,8 mil no hotel Ibis, em São Paulo. A PF não tem dúvidas de que foi Hamilton quem levou o dinheiro para Gedimar, que representava o PT na transação. Valdebran estava como emissário de Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas e autor do dossiê. Hamilton nega que tenha repassado os recursos a Gedimar, apesar de ter sido filmado pelo sistema interno de TV do hotel com a mesma mala que Valdebran agora afirma ter sido mostrada a ele, repleta de dinheiro, por Gedimar. Segundo Luiz Antônio Lourenço, advogado de Valdebran, a mala levada por Lacerda ao hotel era ‘igual, 100% semelhante’ a que Gedimar exibiu a seu cliente com o dinheiro. Lourenço viu as filmagens do hotel em posse da PF juntamente com Valdebran. Para a PF, Hamilton poderá ser indiciado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, além de sonegação de impostos.De acordo com as imagens analisadas pela polícia, Hamilton e Gedimar entraram juntos no hotel no último dia 14 (uma quinta-feira), por volta das 8h. Hamilton carregava uma bolsa preta grande. Assim que entraram no hotel, tomaram o elevador e foram para o quarto onde Gedimar estava hospedado. Cerca de meia hora depois, Hamilton saiu, sem a mala. Mais tarde, por volta das 14h, Gedimar e Valdebran foram filmados no saguão do hotel. A mala levada por Hamilton estava com Gedimar. ‘Pelo que consta no depoimento do Valdebran, o Gedimar ficava carregando a mala pelo hotel para não deixar aquela quantidade de dinheiro no quarto’, disse o advogado.”
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Postby mends » 05 Oct 2006, 18:49

Brazil's elections

When victory spells defeat

Oct 5th 2006 | SÃO PAULO
From The Economist print edition


Lula is forced into an unexpected second round of voting

AP






Get article background

UNTIL the final days of the campaign, Luiz Inácio Lula da Silva appeared to be heading for certain re-election as Brazil's president in the first round of voting on October 1st. Then he made Brazilians angry. Last month members of his Workers' Party (PT) were caught with 1.75m reais ($800,000) in cash—the price of a dossier supposedly implicating José Serra, candidate of the centre-left Party of Brazilian Social Democracy (PSDB) for the governorship of São Paulo, in a long-running corruption scandal. Rather than apologise or explain, Lula ducked the final televised debate with his rivals. The day before the vote, photos of the piled-up cash appeared in the media. Voters hit back. Lula's first-place finish, with 48.6% of the poll, is really a defeat. He now faces an unexpected second round against Geraldo Alckmin, a former PSDB governor of São Paulo, who came just seven points behind and way ahead in morale and momentum.

“Lula is still the favourite, despite the damage,” says Cristiano Noronha of Arko Advice, a political consultancy. The most recent poll, released before the vote, put Lula five points ahead in the second round, to be held on October 29th. Yet Mr Alckmin, who until a few months ago was barely known outside São Paulo and was seen as too bland to make an impression, now has a real chance to close the gap.

Born poor himself, Lula won over Brazil's poor masses by driving down inflation and expanding welfare. The poor north-eastern states voted overwhelmingly for him. Bahia, the most populous, surprised pollsters by evicting a governor allied to a political clan on the right in favour of one from the PT. But Lula did not please everyone. High interest rates and taxes and a strong real have held back growth, especially in the more prosperous south and the grain-growing centre-west. The fortunes of middle-class voters, those most apt to punish political corruption, stagnated. Lula appeared to have weathered a series of scandals that toppled his top advisers and the leadership of the PT, but the bungled attempt to smear Mr Serra reminded voters of his party's sorry ethical record. Mr Alckmin swept the south and the centre-west as well as winning his home state, which accounts for nearly a quarter of the electorate.

The second round is likely to be a clash of styles and accusations rather than one of ideas. Mr Alckmin is friendly to business and exalts efficiency in public spending. In São Paulo he reduced taxes, turned roads over to private management and expanded investment—accomplishments that largely eluded Lula during his first term. He correctly identifies Brazil's overgrown public sector as the source of the economy's low growth and is keener than Lula to promote private investment in infrastructure, partly by “rescu[ing] the role of regulatory agencies”, which Lula has undermined. Lula tends to boast about what the state has done rather than what it encourages the private sector to do. Financial markets greeted Mr Alckmin's strong performance in the election by pushing up prices of Brazilian assets on October 2nd.






Yet Mr Alckmin is at pains to reassure voters that he will not roll back Lula's social programmes, while Lula is reinventing himself as an apostle of public thrift. The finance minister, Guido Mantega, has promised lower taxes and a cut in the government's non-investment spending as a share of GDP. Both candidates are coy about just how they would cut spending, avoiding subjects like pension reform.

Neither will have an easy time managing the new fractious Congress. Just seven of the 21 parties elected to the lower house appear to have crossed the new threshold of votes required for committee assignments and a reasonable share of free television time. That will prompt mergers among remaining parties, accounting for perhaps a quarter of the 513 seats, and more than the usual number of defections by deputies to stronger groupings. The PT defied predictions that its congressional strength would fall sharply. If Lula wins it will seek to patch together a majority from other leftist parties, the bulk of the Brazilian Democratic Movement (PMDB), now the largest party, plus assorted others. Its overall support base will be roughly the same as it was in the outgoing Congress, though it has fallen a bit in the Senate.

Mr Alckmin's lower-house coalition, if he wins, would be based on the PSDB and the Liberal Front Party but would otherwise resemble Lula's. In such a legislature either candidate could, with the help of state governors, probably make economic progress. But “neither will have the conditions to approve big structural reforms,” many of which require constitutional amendments, says Christopher Garman, a political analyst.

If Mr Alckmin is to beat Lula he will have to attract the bulk of voters who backed third candidates, especially Heloísa Helena, a left-winger expelled from the PT, and to peel away some of Lula's first-round supporters. Mr Alckmin is counting on regional allies who outperformed him in the election. That goes for Mr Serra, who won easily in São Paulo, and still more for Aécio Neves, who was re-elected as governor of Minas Gerais with 77% of the vote. Lula plans a similar strategy. And at the next debate, Mr Alckmin will not face an empty chair.
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Postby mends » 08 Oct 2006, 22:49

Diogo Mainardi
Notícias da Itália

"O caso estourou duas semanas atrás. Os
promotores públicos milaneses descobriram
que a Telecom Italia tinha um esquema de
pagamentos ilegais a autoridades brasileiras.
O lulismo realmente ganhou o mundo. Em sua
forma mais autêntica: o dinheiro sujo"

O lulismo está indo para a cadeia. Na Itália.

O caso estourou duas semanas atrás. Os promotores públicos milaneses descobriram que a Telecom Italia tinha um esquema de pagamentos ilegais a autoridades brasileiras. O esquema era simples. A Telecom Italia do Brasil remetia dinheiro a empresas de fachada sediadas nos Estados Unidos e na Inglaterra. A dos Estados Unidos era a Global Security Services. A da Inglaterra era a Business Security Agency. O dinheiro depositado nas contas dessas duas empresas era imediatamente repassado a intermediários brasileiros, que o distribuíam a terceiros.

A Business Security Agency era administrada por Marco Bernardini, consultor da Pirelli e da Telecom Italia. Ele entregou todos os seus documentos bancários à magistratura italiana. Há uma série de pagamentos em favor do advogado Marcelo Ellias: 50.000 dólares em 13 de julho de 2005, 200.000 em 5 de janeiro de 2006, 50.000 em 2 de fevereiro de 2006. De acordo com Angelo Jannone, outro funcionário da Telecom Italia, Marcelo Ellias era o canal usado pela empresa para pagar Luiz Roberto Demarco, aliado da Telecom Italia na batalha contra Daniel Dantas, e parceiro dos petistas que controlavam os fundos de pensão estatais.

Entre 11 de julho de 2005 e 6 de janeiro de 2006, Marco Bernardini deu dinheiro também à J.R. Assessoria e Análise. Em seu depoimento aos promotores públicos, Marco Bernardini disse que esses pagamentos eram redirecionados à cúpula da Polícia Federal. Paulo Lacerda e Zulmar Pimentel, números 1 e 2 da Polícia Federal, devem estar muito atarefados no momento, investigando a origem do dinheiro usado para comprar os Vedoin. Mas quando sobrar um tempinho na agenda eles podem procurar seus colegas italianos.

Outro nome que está sendo investigado pela Justiça milanesa é Alexandre Paes dos Santos. Conhecido como APS, ele é um dos maiores lobistas de Brasília. Foi contratado pela Telecom Italia para prestar assessoria política. Segundo uma fonte citada pela revista Panorama, APS tinha de ser pago clandestinamente porque é cunhado de Eunício Oliveira. Na época dos pagamentos, Eunício Oliveira era o ministro das Comunicações de Lula, responsável direto pela área de interesse da Telecom Italia. Eunício Oliveira acaba de ser eleito deputado federal com mais de 200.000 votos. Lula já espalhou que, em caso de segundo mandato, ele é um forte candidato para presidir a Câmara. É bom saber o que nos espera.

A revista Panorama reconstruiu também um caso denunciado por VEJA: aqueles 3,2 milhões de reais em dinheiro vivo retirados da Telecom Italia em nome de Naji Nahas. Um dos encarregados pelo pagamento conta agora que o dinheiro foi entregue a deputados da base do governo, do PL, membros da Comissão de Ciência e Tecnologia.

Lula se orgulha de seu prestígio internacional. Orgulha-se a ponto de roubar aplausos dirigidos ao secretário-geral da ONU. O caso da Telecom Italia permite dizer que o lulismo realmente ganhou o mundo. Em sua forma mais autêntica: o dinheiro sujo.
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Postby mends » 09 Oct 2006, 08:47

Clodovil diz que pode votar pró-governo por dinheiro
DE BUENOS AIRES

Terceiro deputado federal mais votado em São Paulo, com quase meio milhão de votos, Clodovil Hernandes, 70, do PTC (Partido Trabalhista Cristão), admitiu em reportagem publicada pelo jornal argentino "Perfil", que pode aceitar dinheiro para votar a favor do governo quando estiver no Congresso. Ele já havia dito que não tinha nenhum programa político para o seu mandato.
"Vou aprender com os políticos com experiência, mas não me ensinarão a roubar porque eu, por pouco, não vou me sujar. Tudo dependerá de quanto me ofereçam para votar os projetos do governo", afirmou.
Questionado sobre qual seria o valor em dinheiro necessário para isso, respondeu: "Cada um pesa o dinheiro em sua própria balança. Eu não resolverei os problemas de ninguém. Aqueles que votaram em mim acreditando que eu iria solucionar os seus problemas se enganaram, isso é uma bobagem digna de quem foi mal colonizado".
Disse ainda não vai massacrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "porque ele é um anormal que não raciocina bem, que se compara a Jesus" e que não pretende ser "o herói dos pobres". "Não me interessa ser aplaudido por um mendigo que nada entende porque não tem o que comer, quero que me aplaudam os que têm os neurônios bem alimentados."
Clodovil também comentou sobre seu possível reencontro em Brasília com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), um de seus desafetos. "O que Marta Suplicy vai fazer em Brasília? Por acaso vai passar nossa roupa? De qualquer maneira, Lula não será reeleito nem por decreto."
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Postby Danilo » 09 Oct 2006, 10:47

Eu não resolverei os problemas de ninguém. Aqueles que votaram em mim acreditando que eu iria solucionar os seus problemas se enganaram, isso é uma bobagem digna de quem foi mal colonizado.

. . . . . . ;(
. . . . . . Não sei o que é pior, o próprio ou quem votou nele.
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