do índice World Water Index, da agência Bloomberg, com rendimento médio superior ao das companhias de petróleo e gás que compõem o índice das 500 da Standard & Poor's.
Wow, take it ease, duude...(quem quer investir em água só pode ser bicho grilo gringo)...esse seu argumento não pode ser "jogado" simplesmente:
a) Pela Lei dos Grandes Números, isso indicaria, FOSSEM COISAS COMPARÁVEIS, que gás e petróleo estão baratos. Então, do ponto de vista do investidor, é um negócio ruim, na medida em que ou já está totalmente precificado, ou está overpriced.
b) Não são coisas comparáveis. Mesmo dentro de um mercado medianamente eficiente (onde só inside information dá vantagem competitiva em termos de investimento), há partições das Bolsas Americanas com eficiência informacional menor (estou assumindo que o índice Bloomberg está negociado inteiramente na NYSE, que é onde se mede o S&P 500, nas mesmas condições de liquidez média, inclusive. Como vê, premissas fraquíssimas). Eficiência informacional menor, em um modelo racional, faria com que essa partição "treidasse" com desconto. Em um modelo comportamental, dá margem ao overprice. Em suma, o argumento não serve pra nada.
c) Mas, tuuudo bem: se até "money managers" inventam S&P 500 como benchmark pro ROI de se investir numa pizzaria no bairro, vc está perdoado. Assumamos que sim, é "benchmark". O S&P 500, por ser o índice mais representativo do que se denomina "mercado" (e, logo, tem toda a diversificação que você consegue comprar de maneira econômica, ie, a diminuição marginal do risco do portfolio ainda compensa o custo marginal de adição de ativo ao portfolio), é o ativo de menor risco possível, dentre os ativos arriscados (pergunta de 1,000,000: é mais fácil o governo americano, que emite os risk free assets, os t-bonds/bills) dar default ou todas as empresas do S&P 500, que treida com prêmio em cima dos risk free, falirem? Resumindo: se definirmos risco pelo que ele é, perder dinheiro, e não pela sua representação matemática, a variância dos retornos esperados, o que é menos arriscado?), o mesmo não se pode dizer de um "índice de empresas de ovo-frito", porque a diversificação é menor. Diversificação diferente = níveis de riscos diferentes. Deve-se normalizar pelo risco - se vc achar o Índice de Sharpe dos dois portfolios, aí sim pode comparar - coisa que os índices não estão. Portanto, incomparáveis.
Parece que atualmente, controlar o uso da água já significa deter poder. Em regiões onde a situação de falta d'água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países africanos, onde a média de consumo de água por pessoa é de dez a quinze litros/pessoa.
Não me parece ATUAL. Isso sempre houve. Controlar suprimentos de água sempre foi importante, desde a Antiguidade.
Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia!
Malditos gringos capitalistas que exploram os pobres africanos que morrem de sede!!! O fato de serem um país rico, que pode arcar com custos de prospecções de água cada vez mais altos, em lugares cada vez mais afastados dos centros consumidores, com governo estruturado etc etc certamente nada tem a ver com isso. É o zimperialisms...
Por outro lado, a América Latina é a região em desenvolvimento que está mais perto de alcançar antecipadamente o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio sobre o acesso à água potável e ao saneamento básico, afirma um relatório publicado pela Unicef no último semestre.
UN = Porcaria, porque:
a) metas desenhadas para serem alcançadas (uma semi-meta definida, em polijuniorês)
b) necessita de cenários catastrofistas que justifiquem sua intervenção e monitoramento supra-nacional e autoritário.
O estudo indica que o número de pessoas que não tem acesso à água adequada para consumo caiu de 74 milhões para 50 milhões entre 1990 e 2004, o que representou um aumento da cobertura de 83% para 91%. A população latino-americana com acesso ao saneamento básico aumentou de 68% para 77% no mesmo período, o que significa que 127 milhões de pessoas passaram a se beneficiar desse serviço. Mas, para alcançar a meta, é necessário que outros 103 milhões (10 milhões por ano) tenham acesso até 2015
Análise de Elevador - subiu, desceu - não diz nada sobre fenômeno nenhum. Só que indicadores cujo nível de agregação de informação você desconhece subiram ou desceram.
Vivemos num mundo em que a água se torna um desafio cada vez maior sim ou não?
hmmmmmmmm, não (com a voz do Homem Aranha dos Sobrinhos do Ataíde). Vivemos num mundo onde a pobreza de algumas nações leva a uma escassez cada vez maior de tudo, até de água. O problema é a pobreza, não a água.
E de lambuja, te dou um argumento "banânico" pra te dizer que, como investimento, é piada: onde estão as maiores reservas de água doce? nos países subdesenvolvidos. o que garante "vantagem competitiva" pras empresas exploradoras, mesmo que estrangeiras? a posse da reserva, o que implica em...direitos de propriedade, que são a coisa menos garantida nas bananalândias do mundo. ah, isso sem esquecer do "natural resources curse": com raras excessões, geralmente de países que já tinham a economia mais complexa e da Noruega, mas a Noruega não conta, não há país que tenha ficado rico explorando recursos naturais. não há. é só ver a opep e contar os ricos, olhar o mapa e vê quem produz diamente, cobre etc.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."
Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")