An Inconvenient Truth

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Postby mends » 29 Aug 2007, 09:50

Ah, e agora descobriu-se que os anos do Global Warming não são nem os mais quentes do século...o ano mais quente foi 1934!

Not So Hot
August 29, 2007; Page A14
The latest twist in the global warming saga is the revision in data at NASA's Goddard Institute for Space Studies, indicating that the warmest year on record for the U.S. was not 1998, but rather 1934 (by 0.02 of a degree Celsius).

Canadian and amateur climate researcher Stephen McIntyre discovered that NASA made a technical error in standardizing the weather air temperature data post-2000. These temperature mistakes were only for the U.S.; their net effect was to lower the average temperature reading from 2000-2006 by 0.15C.

The new data undermine another frightful talking point from environmentalists, which is that six of the 10 hottest years on record have occurred since 1990. Wrong. NASA now says six of the 10 warmest years were in the 1930s and 1940s, and that was before the bulk of industrial CO2 emissions were released into the atmosphere.

Those are the new facts. What's hard to know is how much, if any, significance to read into them. NASA officials say the revisions are insignificant and should not be "used by [global warming] critics to muddy the debate." NASA scientist Gavin Schmidt notes that, despite the revisions, the period 2002-2006 is still warmer for the U.S. than 1930-1934, and both periods are slightly cooler than 1998-2002.

Still, environmentalists have been making great hay by claiming that recent years, such as 1998, then 2006, were the "warmest" on record. It's also not clear that the 0.15 degree temperature revision is as trivial as NASA insists. Total U.S. warming since 1920 has been about 0.21 degrees Celsius. This means that a 0.15 error for recent years is more than two-thirds the observed temperature increase for the period of warming. NASA counters that most of the measured planetary warming in recent decades has occurred outside the U.S. and that the agency's recent error would have a tiny impact (1/1000th of a degree) on global warming.

If nothing else, the snafu calls into question how much faith to put in climate change models. In the 1990s, virtually all climate models predicted warming from 2000-2010, but the new data confirm that so far there has been no warming trend in this decade for the U.S. Whoops. These simulation models are the basis for many of the forecasts of catastrophic warming by the end of the century that Al Gore and the media repeat time and again. We may soon be basing multi-trillion dollar policy decisions on computer models whose accuracy we already know to be less than stellar.

What's more disturbing is what this incident tells us about the scientific double standard in the global warming debate. If this kind of error were made by climatologists who dare to challenge climate-change orthodoxy, the media and environmentalists would accuse them of manipulating data to distort scientific truth. NASA's blunder only became a news story after Internet bloggers played whistleblower by circulating the new data across the Web.

So far this year NASA has issued at least five press releases that could be described as alarming on the pace of climate change. But the correction of its overestimate of global warming was merely posted on the agency's Web site. James Hansen, NASA's ubiquitous climate scientist and a man who has charged that the Bush Administration is censoring him on global warming, has been unapologetic about NASA's screw up. He claims that global warming skeptics -- "court jesters," he calls them -- are exploiting this incident to "confuse the public about the status of knowledge of global climate change, thus delaying effective action to mitigate climate change."

So let's get this straight: Mr. Hansen's agency makes a mistake in a way that exaggerates the extent of warming, and this is all part of a conspiracy by "skeptics"? It's a wonder there aren't more of them.
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Postby mends » 12 Sep 2007, 17:32

O Império ecológico e o totalitarismo planetário

Sobre o livro de Pascal Bernardin, L’Empire écologique



por Charles Lagrave

Lectures Françaises, mars 1999.

Tradução de Olavo de Carvalho



Nota do Tradutor. — Como as conclusões do livro aqui comentado parecem aproximar-se em mais de um aspecto (se bem que não em todos) a algumas de O Jardim das Aflições (Rio, Diadorim, 1995), julguei que seria interessante reproduzir nesta homepage o artigo publicado em Lectures Françaises, revista que não está na Internet. — O. de C.



Nossos leitores lembram-se talvez de havermos explicado nestas crônicas (1), em diversas ocasiões, como estava em vias de operar-se o triunfo mundial do marxismo: o aparente deslocamento do campo comunista, fazendo cessar a oposição entre os dois blocos Leste e Oeste, permitiu a sua fusão num "liberal-socialismo" que nos leva diretamente a uma ditadura mundial. Essa síntese hegeliana não é o resultado de uma evolução natural, mas o resultado de uma manobra deliberada, preparada de longa data.

Alguns leitores talvez tenham pensado que exagerávamos, que a situação não era tão grave e que todas essas coisas eram bem inverossímeis. A esses — e aliás também aos demais — aconselho insistentemente comprar e ler o quanto antes o novo livro de Pascal Bernardin: L’Empire écologique ou la subversion de l’écologie par le mondialisme ("O império ecológico ou a subversão da ecologia pelo mundialismo", Éditions Notre-Dame des Grâces, 1998).

Na sua obra anterior, Machiavel pédagogue, o autor, apoiado em enorme massa de documentos oficiais, trazia-nos a prova de que um gigantesco empreendimento de lavagem cerebral vem se realizando no ensino, desde várias décadas, por meio das técnicas mais elaboradas de persuasão psicológica oculta. Do mesmo modo, no presente livro, ele estabelece, graças a uma documentação igualmente inatacável, que idêntico empreendimento de subversão das mentalidades está em ação sob a máscara da ecologia e que a convergência entre comunismo e capitalismo, que parece ter aproveitado somente a este último, é na verdade uma manobra cuidadosamente preparada para assegurar a perenidade da revolução, impondo ao mundo inteiro uma concepção totalitária do homem e da natureza. Esta revolução ideológica total desembocará por fim numa "espiritualidade global", isto é, numa nova civilização e numa nova religião que estarão a serviço de um socialismo absoluto e universal: o governo mundial.

A subversão pedagógica tem por objetivo "modificar os valores, as atitudes e os comportamentos, proceder a uma revolução psicológica, ética e cultural. Para chegar a isso, utilizam-se técnicas de manipulação psicológica e sociológica. Este processo, manifestamente revolucionário e totalitário, não encontra nenhuma resistência entre as elites, quer sejam de direita ou de esquerda. Concebido e conduzido por instituições internacionais, ele concerne ao conjunto do planeta, e muito raros são os países poupados. Ele inscreve-se no projeto mundialista de tomada do poder em escala global pelas organizações internacionais. Nesta perspectiva, os diversos governos nacionais não serão, ou já não são, senão simples executantes encarregados de aplicar as diretrizes que tenham sido determinadas em escalão mundial e de adaptá-las às condições locais, que, por outro lado, eles se esforçam para uniformizar" (2).

A difusão dessas técnicas de manipulação psicológica e sociológica no sistema educativo mundial não pode ser um fenômeno espontâneo, mas, ao contrário, é um trabalho "cuidadosamente planejado e rigorosamente executado" graças aos métodos desenvolvidos pelos soviéticos. "É certo que antes da perestroika os comunistas tinham criado as estruturas nacionais e internacionais que permitissem à revolução prosseguir por meios menos visíveis do que aqueles usados na sua fase bolchevique. Outra questão maior então surge imediatamente: pode essa estratégia ter sido aplicada em outros domínios? Ou ainda: que é, verdadeiramente, a perestroika? Um desmoronamento real do sistema comunista, sob a pressão de suas ‘contradições internas’, ou uma incrível virada estratégica elaborada cuidadosamente durante muitas décadas e executada magistralmente?(3)" A esta questão crucial, Bernardin responde, apoiado em textos irrefutáveis, eles mesmos "corroborados pelos acontecimentos sobrevindos após a queda do muro de Berlim, [...] que a perestroika foi um processo revolucionário de inspiração leninista e gramscista. Seu objetivo principal é portanto a tomada do poder em escala planetária. Nesta perspectiva, a convergência entre capitalismo e socialismo, que se realiza diante dos nossos olhos, não é senão uma etapa que deve conduzir à instauração de um governo mundial..." (4).

De fato, o verdadeiro pai da perestroika é o teórico comunista italiano Antonio Gramsci (1891-1937), o qual havia compreendido que a revolução bolchevique, querendo modificar em primeiro lugar as condições da vida econômica, era demasiado violenta para obter a aprovação de um consenso generalizado, e preconizava, em conseqüência, efetuar primeiro uma revolução ideológica, isto é, mudar antes de tudo as maneiras habituais de pensar. "Gramsci propõe realizar primeiro a instauração de uma nova civilização. Os meios que ele propõe parecem fracos, mas na verdade são muito poderosos. A revolução ideológica deve ser veiculada pelos intelectuais e por uma ditadura pedagógica. Deve ser feita em nome de imperativos éticos e respeitar a dignidade e os direitos do homem (isto é, utilizar métodos não-aversivos). [...] A revolução ecológica formará a ossatura das revoluções — ideológica, religiosa, ética e cultural — veiculadas pela ditadura pedagógica. As idéias de Gramsci são portanto indispensáveis para toda compreensão do mundialismo e da perestroika" (5).



O totalitarismo planetário

Após ter feito explodir sucessivamente tudo o que era cristão, primeiro a Igreja no século XVI, depois as monarquias católicas a partir de 1789, depois os impérios cristãos em 1918 e por fim as sociedades cristãs. a Revolução universal prepara-se para reunificar o mundo em torno de um novo paganismo que, como os paganismos antigos, constituirá uma camuflagem da religião do demônio (6). Os povos se rejubilarão de ter atingido a idade de ouro da humanidade enfim unificada, ao passo que terão de fato caído sob o poder daquele que é "mentiroso e homicida desde o princípio".

"A revolução ecológica em curso efetua a síntese entre o liberalismo, o comunismo e o ‘humanismo’ maçônico que se arraiga nos mistérios antigos e no culto da natureza. Ela permite lançar um olhar novo sob os dois fenômenos políticos maiores deste fim de século: a desaparição do comunismo e a emergência da Nova Ordem Mundial. Ela define-se como a convergência das forças revolucionárias anticristãs, que sobem ao assalto do último baluarte legado pela cristandade: a concepção inconsciente de Deus, do homem e do mundo que define o nosso quadro intelectual. Mais ainda que a revolução copernicana, essa mudança de paradigma (7) teria conseqüências infinitas. A antropologia cristã contrarrestava as tendências totalitárias de todo Estado, as quais, por definição, a perspectiva holística (8) enaltece. O totalitarismo será então declinado em todas as suas dimensões: primeiro a dimensão religiosa, depois as dimensões políticas e sociais. A destruição da antropologia cristã acrescentará ainda um obstáculo maior à busca da verdadeira fé: a perspectiva cristã se tornará estranha às gerações futuras. A destruição do comunismo e a aparição da Nova Ordem Mundial marcam portanto a emergência de um totalitarismo planetário inédito que muito deverá, no entanto, às concepções pagãs. É um episódio maior da guerra de religião que o paganismo move contra o cristianismo desde sua aparição" (9).

Esse totalitarismo planetário está programado para se estabelecer em nome do bem-estar da humanidade, sem provocar reação séria, pois quem desejaria lutar contra o bem? Ouçamos Gorbachov: "É minha convicção que a raça humana entrou num estágio em que todos somos dependentes uns dos outros. Nenhum país, nenhuma nação deveria ser considerada isoladamente das outras, ainda menos oposta às outras. Eis o que o nosso vocabulário comunista denomina internacionalismo, e isto significa nosso voto de promover os valores humanos universais" (10). Ora, como observa mui justamente Bernardin, "o interesse da humanidade substitui a ditadura do proletariado, mas o indivíduo continua sempre esmagado ou negado" (11).



A síntese dialética

Solve et coagula, dizem os iniciados para resumir sua estratégia: eles começam por destruir tudo o que lhes constitui obstáculo, em seguida passam a uma fase construtiva, não para restaurar o que abateram (mesmo se as aparências levam a crer nisso), mas para construir algo de radicalmente diferente. É esse movimento que Hegel sistematizou sob o nome de dialética: a tese é o que os iniciados querem destruir, a antítese são os meios utilizados para esse fim e a síntese é a nova construção estabelecida sobre as ruínas da antiga — construção que aliás é sempre provisória, pois o movimento da dialética não pode parar jamais. Com efeito, a Revolução é incapaz de atingir um estado de equilíbrio durável, de tanto que viola a natureza humana: seu triunfo quase absoluto, que chegará no fim dos tempos, será muito breve.

Bernardin dá-nos uma boa análise da atual síntese dialética destinada a alcançar uma falsa paz universal que não será senão uma ditadura assustadora: "A sociedade ainda cristã, tal como existia antes dos movimentos revolucionários, se organizava em torno de um princípio transcendente que lhe dava sua unidade tanto ‘nacional’ quanto ‘internacional’, se remontarmos à época em que toda a cristandade reconhecia a autoridade suprema do Papa. A luta das classes, aí, não era senão, no máximo, um elemento secundário. Vieram em seguida os movimentos revolucionários, culminando com o comunismo que exacerbou o antagonismo de classes no interior das nações e dividiu o mundo em dois blocos inimigos. Ele forneceu a antítese, uma sociedade atéia e fragmentada na qual, em vez de procurar melhorar verdadeiramente a condição operária, se eliminou a burguesia ou pelo menos se alimentou o ódio em relação a ela. A síntese desses dois momentos é a perestroika (e o mundialismo) que, renunciando a à luta de classes para tender na direção de um ‘Estado de todo o povo’, quer recriar uma sociedade unificada, interiormente e exteriormente, tanto no nível nacional quanto na escala internacional. Mas, a meio caminho, no curso desse processo dialético, perderam-se a cristandade e Deus... Temos aqui um exemplo típico daquilo que se deve chamar, malgrado todos os legítimos argumentos teológicos opostos, a dialética do bem e do mal. Uma situação má, no caso a divisão das sociedades e do planeta, é provocada pelos revolucionários (antítese). As tensões nacionais e internacionais que ela engendra clamam por um retorno ao bem, à unidade social e ao apaziguamento dos conflitos internacionais. Mas a síntese proposta sob o disfarce de retorno à normalidade, e que busca efetivamente voltar à unidade social, não é de maneira alguma semelhante à situação inicial: o mundialismo e o ‘Estado de todo o povo’ não são senão a forma mais completa e acabada do totalitarismo integral. Trocou-se a unidade social pelo totalitarismo, a unidade pela totalidade" (12).

Esse totalitarismo tem por objetivo despojar o homem de sua dignidade de criatura de Deus e torná-lo pura e simplesmente um animal:

"Desembaraçadas dos últimos resíduos de cristianismo as mentalidades, será então possível voltar ao culto da Terra — sob uma forma modernizada, naturalmente. A ecologia se tornará o princípio organizador da futura civilização, sobre o qual se edificará a espiritualidade global, pura negação da graça e do sobrenatural cristão, retorno ao eterno naturalismo, ao paganismo. Pois, uma vez efetuada essa mudança de paradigma, uma vez decaído o homem de sua dignidade de ente criado e desejado pelo próprio Deus, o indivíduo necessariamente desaparece por trás da coletividade, cujo assentamento ecológico é o que mais importa conservar: a Terra, então elevada ao nível de Deusa-mãe. As conseqüências desse rebaixamento então se desdobram, inelutáveis: totalitarismo, eutanásia, eugenismo, aborto, etc. A oposição dos ecologistas não poderá impedir que o homem, rebaixado ao nível dos animais, sofra também ele manipulações genéticas e clonagem" (13).

Dada a importância da obra, voltaremos a falar de L’Empire écologique, mas desde já podemos dizer aos leitores que, se tiverem de comprar não mais de um livro em 1999, será preciso absolutamente que seja esse. A obra de Bernardin, pela sua amplitude, ultrapassa em medida bem vasta os assuntos que citamos; seu conjunto constitui uma admirável demonstração, magistralmente sustentada, do objetivo que o autor se propôs: "descrever a etapa atual da Revolução, que deve desembocar na edificação do Império ecológico, da Cidade terrestre; e mostrar como esta, querendo se elevar até o céu, busca realizar neste mundo a Cidade celeste" (14). Nós, cristãos, bem sabemos que é impossível restabelecer o paraíso terrestre, mas que, em contrapartida, o inferno terrestre é sempre, e a qualquer momento, perfeitamente realizável. Que Deus, em Sua misericórdia, se digne de nos poupar essa provação, ou pelo menos de encurtá-la o mais possível!



Ch. Lagrave



NOTAS

O autor refere-se à coluna "Réflexions sur la Politique" que escreve mensalmente em Lectures Françaises. [N. do T.]
Pascal Bernardin, L’Empire écologique, p. 8.
Id., p. 9.
Ibid., p. 69.
Ibid., pp. 54-55.
"Os deuses dos pagãos são demônios", escrevia São Paulo.
A palavra paradigma é aqui tomada no sentido de "maneira habitual de ver as coisas".
Holístico ou holista é adaptação de uma palavra inglesa que significa global. O princípio holista implica especialmente a unidade dos contraditórios, o que destrói o fundamento mesmo de todo pensamento lógico. Aplicado à sociedade, esse princípio nega o indivíduo e não leva em consideração senão a comunidade, tal como numa formigueira ou cupinzeiro.
Ibid., p. 12.
Cit. ibid., p. 62.
Ibid., p. 61.
Ibid., pp. 63-64.
Ibid., p. 573.
Ibid., p. 570.
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Postby Danilo » 12 Sep 2007, 22:05

...Essa síntese hegeliana não é o resultado de uma evolução natural, mas o resultado de uma manobra deliberada, preparada de longa data.

Alguns leitores talvez tenham pensado que exagerávamos, que a situação não era tão grave e que todas essas coisas eram bem inverossímeis...


Pra mim, essa teoria de manipulação psico-sociológica no sistema educativo mundial parece um tanto exagerada.
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Postby mends » 13 Sep 2007, 11:55

eu também não concordo com isso, mas isso não invalida a idéia básica do texto, penso eu.

abaixo, um livro que pode ser interessante.

A Calm Voice in a Heated Debate
By KIMBERLEY STRASSEL
September 13, 2007; Page D7

In this world of Republicans and Democrats, meat-eaters and vegetarians, dog lovers and cat lovers, we have a new divide. On one side are global-warming believers. They've heard Al Gore's inconvenient truths and, along with the staff of Time magazine, feel "worried, very worried." Humanity faces no greater threat than a warming Earth, they say, and government must drastically curb carbon-dioxide emissions. On the other side are those who don't think that the Earth is warming; and even if it is, they don't think that man is causing it; and even if man is to blame, it isn't clear that global warming is bad; and even if it is, efforts to fix it will cost too much and may, in the end, do more harm than good.

Standing in the practical middle is Bjorn Lomborg, the free-thinking Dane who, in "The Skeptical Environmentalist" (2001), challenged the belief that the environment is going to pieces. Mr. Lomborg is now back with "Cool It," a book brimming with useful facts and common sense.


Mr. Lomborg -- "liberal, vegetarian, a former member of Greenpeace," as he describes himself -- is hard to fit into any pigeonhole. He believes that global warming is happening, that man has caused it, and that national governments need to act. Yet he also believes that Al Gore is bordering on hysteria, that some global-warming science has been distorted and hyped, and that the Kyoto Protocol and other carbon-reduction schemes are a terrible waste of money. The world needs to think more rationally, he says, about how to tackle this challenge.

Mr. Lomborg starts by doing what he does best: presenting a calm analysis of what today's best science tells us about global warming and its risks. Relying primarily on official statistics, he ticks through the many supposed calamities that will result from a hotter planet -- extreme hurricanes, flooding rivers, malaria, heat deaths, starvation, water shortages. It turns out that, when these problems are looked at from all sides and stripped of the spin, they aren't as worrisome as global-warming alarmists would suggest. In some cases, they even have an upside.

Take flooding. After the 2002 floods of Prague and Dresden, Tony Blair, Jacques Chirac and Gerhard Schroeder all argued that the floods proved the need for Western governments to commit themselves to Kyoto. Mr. Lomborg agrees that global warming increases precipitation. Yet to the extent that more precipitation has already increased river flows, it has done so largely in the fall, when rivers are at low levels and there is little risk of flood. Truly bad floods have historically accompanied colder climates, since plentiful snow and a late thaw produce ice jams that block rivers and produce high water levels. These sorts of floods have in fact decreased in the 20th century, at least in part because of global warming.

DETAILS



COOL IT
By Bjorn Lomborg
(Knopf, 253 pages, $21)The picture is the same for other "disasters." Yes, sea levels will rise -- probably about a foot over this century. But they have already risen a foot since 1860, and the world has coped. Yes, more people will die from heat; but significantly more people will not die from cold. Yes, glaciers will melt, but they'd be melting to some degree in any event, and in the meantime this melting provides extra water for some of the world's poorest people. (The Himalayan glaciers on the Tibetan plateau -- the biggest ice mass outside the Antarctic and Greenland -- are the source of rivers that reach 40% of the world's population.)

Such a nuanced look at the good and bad of global warming gives Mr. Lomborg a chance to pursue his bigger theme: Anti-warming policies (like those of the Kyoto Protocol) that require energy taxes or other checks on economic dynamism are inefficient and even harmful. They serve as short-term ways of dealing with what is a complex and long-term problem. They cost a lot now and yet do little to reduce global temperatures in 100 years' time.

Better, says Mr. Lomborg, for today's world to manage the effects of global warming and devote its resources to problems it can fix, thus putting the entire globe in a better position to solve the underlying problem in the future. An example? While we've had fewer floods in the 20th century, the floods we do have get more attention because of the huge economic losses that now accompany them. The losses have nothing to do with global warming and everything to do with the ever-growing numbers of people who migrate to flood-prone areas.

Mr. Lomborg cites studies showing that by implementing Kyoto -- at a cost of trillions of dollars -- we might be able to achieve a 3% reduction in fluvial and coastal flooding damages. If we instead adopted smart flood policies -- e.g., an end to public subsidies that encourage people to settle in flood plains, a shrewder use of levees -- we could achieve a 91% reduction in damages at a fraction of the Kyoto cost.

As for the long term, Mr. Lomborg argues that governments do have a role to play. But he presents a real inconvenient truth: The world has been dependent on fossil fuels for generations, and it is ludicrous to believe that it will end that dependency in a few decades. Yet only a drastic reduction in fossil-fuel use will cut carbon-dioxide emissions enough to stop or significantly slow climate change. Rather than governments imposing costly energy taxes to little benefit, Mr. Lomborg argues, they should fund research programs aimed at finding breakthrough technologies.

Mr. Lomborg's cost-benefit approach won't sit well with leftists who see global-warming programs as a proxy for other goals (say, reducing "materialism"). And his calls for taxpayer-funded R&D investments won't sit well with small-government conservatives who may be skeptical of global warming in the first place. But his analysis is smart and refreshing, and it may bridge at least one divide in our too divided culture. The dog and cat lovers will never get along.

Ms. Strassel, a Washington-based member of the Journal's editorial board, writes the weekly Potomac Watch column.
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Re: An Inconvenient Truth

Postby Danilo » 05 Jul 2008, 17:33

Peido humano também vai ser reduzido via vacina? O presidente do IPCC advertiu nesta segunda-feira que é "absolutamente essencial" reduzir as emissões de gases até 2015.

Desenvolvida vacina contra flatulência de animais

Cientistas da Nova Zelândia alegam ter desenvolvido uma "vacina para flatulência", para reduzir drasticamente a quantidade de metano produzida por animais ruminantes como carneiros, gado, cabras e veados. Acredita-se que tais animais sejam responsáveis por mais da metade da emissão de gases causadores do efeito estufa, causando grandes problemas ambientais.

Esses animais produzem grande quantidade de gás por arrotos e flatulência, conforme seus estômagos digerem pasto. Na Grã-Bretanha, por exemplo, os animais são responsáveis por um quarto do gás metano produzido no país, mas em países com setor de agricultura maior, a proporção é elevada.

(fontes: http://noticias.terra.com.br/ciencia/in ... +IPCC.html e http://noticias.terra.com.br/ciencia/in ... 45,00.html)
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Re: An Inconvenient Truth

Postby telles » 03 Sep 2008, 23:41

Acabei de ver o filme

Discussões à parte, o filme em si é bem feito. Mas dar a entender que o mundo se fodeu pq o Gore perdeu é misturar as bolas..... Demais até

O Aquecimento global é um fato. Se é culpa do homem, talvez. Tem gente ganhando dimdim com isso, com certeza!

E se esquentar, deixa a minha no freezer!
Telles

Conheça aqui a Vergonha Nacional
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Re: An Inconvenient Truth

Postby Danilo » 27 Sep 2008, 22:31

Image

Um dos principais jornais da Groenlândia está com uma webcam no meio de uma geleira para transmitir, ao vivo, o seu derretimento. As geleiras terrestres do país cobrem 80% da área total do país. As mensagens de S.O.S de consciência ambiental estão aí, nas escolas, nos veículos de comunicação. Só que pra vale mesmo, o leigo não tem como discernir o andamento do aquecimento global. Muito menos calcular o quanto o problema é causado pelo homem. O que dá pra perceber é que nesse começo de primavera, em São Paulo, está fazendo um fio chato.

O futuro do planeta, como aceitamos hoje, vem sendo traçado pelo IPCC desde 1998. O painel reúne uma elite de 2.500 dos principais pesquisadores de mudanças climáticas da atualidade e tem a missão de atualizar as informações sobre o clima. De acordo com o painel, o aumento da temperatura em até 6,8°C até o fim deste século acarretará uma série de catástrofes naturais, como aumento do nível dos mares e disseminação de doenças tropicais. Já os céticos, normalmente, não negam a existência de um aquecimento em curso no planeta nem contestam o efeito estufa. Mas partem do princípio de que o clima está mais quente não por causa do homem, e sim devido a um ciclo natural de aquecimento e resfriamento do globo. Esse ciclo obedeceria a forças mais poderosas do que a presença de mais CO2 na atmosfera, como a influência do Sol na Terra.

Michael E. Schlesinger, um cientista atmosférico da Universidade de Illinois, Urbana-Champaign, diz que qualquer tentativa de usar os últimos meses ou anos como evidência para derrubar a teoria já estabelecida de que o acúmulo de gases de efeito estufa está tornando o mundo mais quente é, na melhor das hipóteses, perda de tempo, e, na pior, uma distração nociva. Discernir a influência humana no clima, diz ele, "é como encontrar um sinal em um fundo ruidoso". E acrescentou: "A única forma de fazer isso no nosso sistema climático caótico, é fazer uma média de um período grande o suficiente para diminuir o ruído de forma considerável, e então perceber o sinal. Isso significa que é impossível olhar para um ano em específico e saber se o que se está vendo é um sinal ou o ruído, ou ambos."

Com ou sem influência humana no aquecimento global, a esperança de continuidade do progresso dependerá de utilizações mais diretas de fontes de energia alternativas. Mundo afora, bilhões de dólares já foram em IPOs de fabricantes de tecnologias limpas. O governo brasileiro divulgou esse mês um plano de combate às mudanças climáticas, mas evitou se comprometer com metas para a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa.

(fontes: super.abril.com.br, nytimes.com, estadao.com.br, planetasustentavel.abril.com.br e g1.globo.com)
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Re: An Inconvenient Truth

Postby Danilo » 13 Dec 2009, 23:53

"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?

Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?

Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?

Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

(fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienc ... o-sul.jhtm)
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Re: An Inconvenient Truth

Postby mends » 14 Dec 2009, 18:36

Essa é a Verdadeira Verdade Inconveniente...
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Re: An Inconvenient Truth

Postby Danilo » 18 Dec 2009, 10:24

US$ 160 bi para o Brasil combater aquecimento? Só com mais imposto

Em discurso realizado na COP15, em Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou o quanto o plano brasileiro para reduzir em até 38,9% as emissões de gases de efeito estufa vai custar até 2020: 160 bilhões de dólares, ou mais de 280 bilhões de reais. Ainda que o gasto com projetos na área ambiental seja indispensável, Lula chamou atenção com a promessa por causa de seu valor elevadíssimo.

Na opinião de Raul Veloso, consultor em finanças públicas, o governo precisa dizer de onde virão os recursos quando promete um gasto deste tipo. "A tradução disso é a criação de um novo imposto", diz ele. O valor convertido em reais se aproximaria da casa dos 30 bilhões de reais por ano. "E os investimentos na formação bruta de capital, como construção de novas estradas, ferrovias e hospitais, por exemplo, não chegam a isso", lembra ele.

Nelson Chalfun Homsy, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma: em se tratando de dinheiro público, não existe mágica na hora de pagar um projeto caro. "Dependendo da importância e da gravidade que esse assunto assuma do ponto de vista internacional, o Brasil pode criar, sim, um novo imposto". A criação de um imposto depende da aprovação de uma emenda constitucional pelo Congresso Nacional. "Mas se for uma contribuição ou taxa, só precisa de um decreto presidencial", lembra ele.

O Brasil já teve uma experiência similar com a falecida CPMF, criada para angariar recursos para a saúde. Apesar da possibilidade de peso adicional na carga tributária, Homsy acredita que os 160 bilhões de dólares anunciados por Lula possam vir também da iniciativa privada. "Temos no Brasil algumas empresas como Petrobras, Vale, e outras de onde podem vir parte significativa desses recursos", explica. Outra parte viria do fundo internacional, que está sendo objeto de discussão na COP15 e que provavelmente se arrastará para depois do encontro. "E isso quer dizer que o Brasil está contando com um dinheiro que ainda nem se sabe se teremos."

(fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/cienci ... comentario)
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Re: An Inconvenient Truth

Postby Danilo » 27 Jun 2010, 18:56

Estou fazendo uma pesquisa pra um trabalho final de "Design, ambiente e sustentabilidade" e achei um treco interessante sobre o CFC e a camada de ozônio. Rui Moura, editor do blog Mitos Climáticos entrevistou Luis Carlos Molion, meteorologista brasileiro e professor da Universidade Federal de Alagoas, um dos cientistas que contestam o fator antropogênico no aquecimento global. Segue uma pergunta e resposta da entrevista:

O senhor crê na ideia de que o Protocolo de Quioto não produz efeitos no clima da Terra? E quanto ao Protocolo de Montreal, que obrigou os 191 países signatários a extinguirem o CFC e outras substâncias destruidoras de ozônio?

Sob o ponto de vista de efeito-estufa e de aquecimento global, o Protocolo de Kyoto é inútil, assim como serão quaisquer tentativas de reduzir as concentracções de carbono na atmosfera e “combater o efeito-estufa” que venham a sair da COP 15! Nele, é proposta uma redução de 5,2% das emissões relativas aos níveis do ano 1990. Estamos falando de cerca de 0,3 biliões de toneladas de carbono por ano (GtC/ano). Para se ter uma ideia, estima-se que os fluxos naturais entre os oceanos, solos e vegetação somem cerca de 200 GtC/ano. A incerteza admitida nessas estimativas, perfeitamente aceitável, é de 20%, o que representa um total de 40 GtC/ano, para cima ou para baixo (80GtC/ano), 13 vezes mais do que o homem coloca na atmosfera e 270 vezes a redução proposta por Kyoto.

Entretanto, mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) , actividades humanas que reduzam a poluição (note, poluição e não CO2!) do ar, das águas e dos solos, reflorestamento de áreas degradadas, são medidas sempre muito bem vindas e devem ser apoiadas! É importante não confundir conservação ambiental com mudanças climáticas! Aqueça ou esfrie, temos que conservar o ambiente, mudar nossos hábitos de consumo, para a própria sobrevivência da espécie humana! Dados a minha idade (63 anos) e conhecimento dessa área, eu já vi algo muito semelhante ocorrer no passado próximo, utilizando exactamente a mesma “receita”: a eliminação dos CFCs (Protocolo de Montreal) sob a alegação que destruíam a camada de ozônio.

Em minha opinião, foi uma grande farsa, um grande golpe económico para que as indústrias, que detinham as patentes dos substitutos e que têm suas matrizes no G7, e lá pagam impostos sobre seus lucros, explorassem os países em desenvolvimento, particularmente os tropicais (Brasil, Índia...) que precisam de refrigeração a baixo custo. É sabido que a concentração de ozônio depende da actividade solar, mais especificamente, da produção de radiação ultravioleta (UV) pelo Sol. Ou seja, o ozônio não filtra a UV e, sim, a UV é consumida, retirada do fluxo solar para a formação do ozônio. O Sol tem um ciclo de 90 anos. Esteve num mínimo desse ciclo no final o Século XIX e na primeira década do Século XX e apresentou um máximo em 1957/58, Ano Geofísico Internacional, quando a rede de medição das concentracções de ozônio se expandiu e os dados de ozônio passaram a ser amplamente colectados e disseminados.

A partir dos anos 1960, a actividade solar (UV) começou a diminuir e a camada de ozônio teve suas concentracções reduzidas paulatinamente. O Sol está iniciando um novo mínimo do ciclo de 90 anos e estará com actividade baixa nos próximos 22 anos, até cerca de 2032. A camada de ozônio atingirá seus valores mínimos desde que começou a ser monitorada nesse período. Mas, como os CFCs já foram praticamente eliminados e a exploração económica já foi resolvida, não se fala mais sobre o assunto. Em princípio, o Sol só voltará a um máximo, semelhante ao dos anos 1960, por volta do ano 2050. Só aí, possivelmente, é que a camada de ozônio venha a atingir os mesmo níveis dos anos 1950/60. O aquecimento global antropogénico segue a mesma “receita” que eliminou os CFCs. Esses gases estáveis, não tóxicos e não-corrosivos, tinham um terrível “defeito”: não pagavam mais direitos de propriedade (“royalties”). Hoje se vê claramente quem foram os beneficiados por tal falcatrua. Os do aquecimento global antropogénico ainda não são óbvios, mas a História dirá!


(fonte: http://mitos-climaticos.blogspot.com/20 ... chive.html)
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