Eleições 2006 - Guia for Dummies

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 05 Sep 2006, 12:55

Hoje no Jornal do Commercio, coluna do Ahmed, saiu que a oposição colocou as mãoes em PROVAS da ligação do PT com o assassinato de Celso Daniel.

A ver.
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Postby mends » 06 Sep 2006, 09:11

Estevão fala sobre o vômito de Heloísa Helena...

Na Coluna de Mônica Bergamo, na Folha desta quarta:

"Cassado por quebra de decoro parlamentar em 2000, o ex-senador Luiz Estevão volta às páginas de jornais seis anos depois, pela boca de Heloísa Helena, candidata do PSOL à Presidência. Para se defender da suspeita de, naquela época, ter votado pela absolvição de Estevão, ela afirmou, na sabatina da Folha realizada na segunda, 4: "Disseram que eu dormia com o cara [Estevão] (...) Não durmo com homem rico e ordinário. Eu vomito em cima". A coluna conversou com o ex-senador:
FOLHA - A senadora alguma vez "vomitou" no senhor, ou em outra pessoa?
LUIZ ESTEVÃO - Você quer uma respostinha bem curtinha e legal? Se ela teve alguma ânsia de vômito comigo, ela engoliu.
FOLHA - E os boatos, revelados por ela, de que vocês namoraram?
ESTEVÃO - Não namoramos. De jeito nenhum. Ela tem que ter raiva das pessoas que divulgaram essa sacanagem no Senado. Eu nunca fiz isso. Pelo contrário. Sempre tive um relacionamento maravilhoso com ela [Helena]. Muito bom mesmo. Ela é uma pessoa alegre, divertida. Não tenho queixa. Pelo contrário. Me comovi muito com o fato de ela ter chorado bastante no meu discurso de despedida no Senado.
FOLHA - Ela foi fotografada chorando?
ESTEVÃO - Era uma sessão secreta, não existem fotos nem imagens. Mas ela chorava como criança. Chorava muito. Muito mesmo. Tem que perguntar a ela por que chorou tanto. Por um ano e meio, fui colega da Heloísa Helena e ela jamais ocupou a tribuna ou fez qualquer aparte para fazer qualquer comentário negativo a meu respeito. Nos dávamos maravilhosamente bem. Todos os senadores sabem disso."
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Postby junior » 06 Sep 2006, 14:32

06/09/2006 - 08h47
Presidente Lula recusa convite para participar de sabatina da Folha
da Folha de S.Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou oficialmente participar de sabatina promovida pela Folha. Embora estivesse sendo formalmente convidado há mais de dois meses, a assessoria de Lula apenas comunicou a decisão ao jornal ontem, por volta das 19h.

Lula encerraria hoje o ciclo de sabatinas com os principais candidatos à Presidência, após as sabatinas com Heloísa Helena (PSOL), na segunda, e Geraldo Alckmin (PSDB), ontem.

Nas eleições de 2002, Lula aceitou participar de sabatina promovida por esta Folha. Na época, o petista liderava as pesquisas eleitorais com apenas 5 pontos percentuais de vantagem sobre Ciro Gomes, que aparecia na segunda colocação.
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Postby junior » 07 Sep 2006, 11:27

07/09/2006 - 09h37
Leia as 50 questões que Lula poderia ter respondido na sabatina da Folha
da Folha de S.Paulo

A Folha relaciona abaixo perguntas dirigidas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. São questões que eventualmente poderiam ser respondidas pelo candidato à reeleição na sabatina promovida pelo jornal que estava marcada para a tarde de ontem.

Convidado há mais de dois meses, o presidente se recusou a participar do ciclo de sabatinas com os principais candidatos à Presidência, decisão que foi comunicada oficialmente ao jornal apenas no início da noite de anteontem. As razões da ausência não foram esclarecidas.

Heloísa Helena, do PSOL, e Geraldo Alckmin, do PSDB, foram sabatinados respectivamente na segunda e na terça-feira. Em 2002, o então candidato Lula participou da sabatina da Folha no primeiro turno da eleição presidencial, mas se recusou a fazê-lo no segundo, quando derrotou o tucano José Serra.

1. Por que o sr. se recusou a comparecer a esta sabatina? E por que, desde que assumiu a Presidência, se recusa a a conceder uma entrevista para a Folha?

2. Como o sr. justifica o fato de ter adotado uma política econômica mais conservadora que a de seu antecessor?

3. Haverá alguma privatização em um eventual segundo mandato?

4. O sr. acredita que em alguns momentos de seu governo a taxa de juros foi mantida excessivamente alta e faltou uma dosagem melhor para impedir paralisação da economia?

5. Por que as PPPs não saíram do papel?

6. As diferentes posições dentro do seu governo impediram que, ao longo de quatro anos, se chegasse a uma definição sobre o papel das agências reguladoras? Essa indefinição sobre marco regulatório não é um entrave ao crescimento?

7. Por que o espetáculo do crescimento prometido pelo sr. não aconteceu?

8. O número de empregos criado pelo seu governo ficou aquém daquele que o sr. mesmo considerava necessário em 2002. Por que isso aconteceu, se a conjuntura internacional foi favorável ao Brasil durante seu mandato?

9. O sr. promoverá mudanças na equipe econômica, especialmente no Banco Central?

10. O sr. disse que é preciso reduzir a carga tributária. Mas ela só fez aumentar durante o seu governo, e o programa de governo divulgado pelo sr. não traz essa promessa. Afinal, o governo vai trabalhar para reduzi-la ou não?

11. Por que o governo não considera válida a comparação que mostra o Brasil como o país emergente que menos cresce?

12. O senhor manterá a CPMF?

13. O sr. defende a adoção de nova idade mínima para aposentadoria?

14. O sr. planeja algum tipo de mudança na legislação trabalhista durante seu segundo mandato? Quais mudanças, por exemplo?

15. Como o sr. responde aos que o consideram um deslumbrado com o poder?

16. O sr. não vê constrangimento no fato de um de seus filhos, sócio da Gamecorp, ter se associado à Telemar, empresa de grande porte que depende de decisões do governo?

17. Os ministros Antonio Palocci e Zé Dirceu foram demitidos pelo sr. ou se demitiram? E qual a relação e o contato que o sr. mantém com cada um deles?

18. Quais foram exatamente os erros cometidos pelo PT a que o sr. se referiu laconicamente?

19. Como o sr. pretende garantir as condições de governabilidade no Congresso em seu eventual segundo mandato? O PMDB terá espaço privilegiado no governo?

20. O sr. vai reduzir ministérios? E o número de servidores contratados como cargos de confiança?

21. Eleito, qual seria seu candidato em 2010? Ciro Gomes e Marta Suplicy são bons nomes?

22. Mesmo após críticas de que se trata de um golpe parlamentar, o sr. mantém a idéia de convocar uma Constituinte para fazer a reforma política? Por quê?

23. O sr. continua acreditando que existem 300 picaretas no Congresso, como disse certa vez?

24. O sr. acredita que as grandes fortunas devem ser taxadas?

25. O TCU considerou que falta transparência no uso dos cartões de crédito pela Presidência da República. O sr. não acha que o tribunal tem razão?

26. Como o sr. analisa o apoio que recebe agora do ex-presidente Collor, candidato ao Senado por Alagoas?

27. Na política externa, o Brasil perdeu terreno para a Venezuela e para a Argentina na disputa pela hegemonia na América do Sul?

28. O sr. avalia que a ajuda financeira oficial foi determinante para que os movimentos sociais ficassem anestesiados durante o seu governo?

29. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse recentemente que não se considera seu amigo. O sr. se considera amigo dele?

30. O senhor pretende convocar derrotados nessas eleições para seu governo?

31. O que há de mais diferente entre o Lula que assumiu o Planalto em 1º de janeiro de 2003 e o Lula candidato em 2006?

32. Qual foi o seu maior erro ao longo dos últimos quatro anos? E acerto?

33. Qual a nota que o sr. atribui ao seu desempenho?

34. Quais ministros o sr. destacaria pelo bom desempenho durante seu mandato?

35. O governo errou ao apostar inicialmente no Fome Zero? O sr. admite que o programa era só marketing?

36. Qual o último livro que o sr. leu? Poderia comentá-lo?

37. Por que o seu governo agiu para expulsar o jornalista Larry Rohter do Brasil? O sr. se arrepende disso?

38. O sr. é extremamente católico. Já foi criticado por uma espécie de discurso messiânico. O sr. de fato considera que é melhor que seus antecessores, que é predestinado? Por quê?

Pinga-fogo sobre o Mensalão

39. O sr. acredita que as pessoas acreditem que o sr. não sabia do mensalão?

40. Ex-dirigentes petistas já confidenciaram, na intimidade, que se sentiram abandonados, inclusive pelo sr. Depois da crise, o sr. prestou algum tipo de solidariedade a Delúbio Soares, Sílvio Pereira e José Genoíno? Eles são seus amigos? O sr. os perdoou pelos erros cometidos? Eles erraram?

41. O sr. se preocupou em saber a origem do dinheiro que seu amigo e presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, diz ter usado para pagamento de suposto empréstimo do PT ao sr.?

42. O sr. já disse que todos os partidos fazem caixa dois de campanha no Brasil. Acredita que, mesmo após o mensalão, a prática continuará a existir nestas eleições?

43. Por que o sr. não determinou, como manda a lei, uma investigação policial sobre o assunto seis meses antes de ele surgir na imprensa, quando o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse ter feito o primeiro alerta ao sr.?
-- Jefferson declarou à CPI dos Correios e à Folha que o primeiro alerta pessoal que lhe fez sobre a existência do mensalão ocorreu em seu gabinete presidencial, em janeiro de 2005. Segundo Jefferson, o sr. teria dito: "Mas que mensalão, Roberto?". Quando o deputado contou, o sr. teria ido às lágrimas. O inquérito para tratar do mensalão só foi aberto pela Polícia Federal, contudo, em junho de 2005, após as entrevistas dadas por Jefferson à Folha.

44. O sr. recebeu alguma ligação de José Dirceu no dia 18 de junho de 2002 para vir a Brasília e resolver a aliança com o PL? O sr. confirma ter feito o comentário "está liqüidado o assunto" após o encontro reservado entre Dirceu, Delúbio e Valdemar Costa Neto? O sr. sabia que o PT iria pagar R$ 10 milhões para selar a aliança com o PL?

-- Em entrevista à revista "Época", no ano passado, o então presidente do PL, ex-deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), narrou um encontro ocorrido na campanha de 2002 no apartamento do deputado Paulo Rocha (PT-PA), em Brasília, no dia 19 de junho, durante o qual o PT decidiu pagar cerca de R$ 10 milhões para o PL para gastos na campanha eleitoral daquele ano. Esses recursos selaram a aliança entre o PT e o PL na disputa pela Presidência. Segundo o deputado Valdemar Costa Neto, nos dias que antecederam essa reunião, houve vários encontros entre ele e José Dirceu. Mas o acordo demorava a sair. Então no dia 18 de junho de 2002, segundo Costa Neto, Dirceu telefonou para o sr. para ajudá-lo a chegar a um consenso. Dirceu teria dito "que o Lula viria no dia seguinte a Brasília resolver o assunto". Nesse encontro do dia 19 na casa de Paulo Rocha, segundo o deputado, estavam reunidos o sr., então candidato à Presidência, seu candidato a vice, José Alencar, o futuro ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro da sua campanha, Delúbio Soares. A negociação sobre números teria ocorrido numa sala ao lado de onde estava o sr. Disse Costa Neto: "O Lula estava na sala ao lado. Ele sabia que estávamos negociando números".
O acordo foi fechado. Quando indagado pela revista sobre a reação de Lula, o deputado contou: "Quando saí, ele [Lula] me falou: "Então está liqüidado o assunto". O Lula foi lá para autorizar a operação. E não vejo nada demais. O que ninguém esperava é que desse essa lambança".

45. O sr. teve conhecimento das negociações entre Duda Mendonça e o PT para que o acerto dos serviços prestados na campanha de 2002 fosse feito por meio de depósitos ilegais em uma empresa offshore das Bahamas? Duda Mendonça, com quem o sr. teve muito contato antes e depois das eleições, nunca tocou no assunto?
-- De acordo o marqueteiro Duda Mendonça, o PT ficou lhe devendo cerca de R$ 15 milhões por serviços prestados nas campanhas eleitorais de 2002 e por serviços prestados ao partido em 2003 (ele chamou de "pacote" que envolveria cinco campanhas). Segundo o depoimento de Duda à CPI, houve uma longa negociação com o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para receber os valores. O PT protelava o pagamento. Até que se definiu pelos depósitos ilegais, por meio de caixa dois, na empresa offshore das Bahamas.

46. O sr. declarou, ao "Jornal Nacional", que chegou a debater com seu amigo e presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, a necessidade ou não de pagar uma dívida de R$ 29 mil cobrada pelo PT por gastos que foram contabilizados como "empréstimos" no balanço petista. Não foi o que disse Okamotto à CPI - segundo ele, o assunto jamais foi discutido com o sr. A que o sr. atribui essa versão apresentada por Okamotto?

47. O sr. confirma ter conversado sobre a existência de um esquema de cooptação de parlamentares o então governador Marconi Perillo no dia 5 de maio de 2004? Em caso positivo, o que o sr. disse a respeito? O sr. tomou alguma providência a respeito do assunto, tal qual disse que iria fazer, conforme narrado por Perillo?
-- O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) declarou por escrito à Câmara e, depois, em depoimento à Polícia Federal, que no dia 5 de maio de 2004 alertou-o sobre a existência de um esquema de cooptação de parlamentares por ofertas de dinheiro. Disse o governador: "Relatei ao senhor presidente da República que ouvira rumores sobre a existência de mesada a parlamentares em conversas informais em Brasília, porém sem provas concretas. Repeti o inteiro teor das informações que havia recebido. O senhor presidente da República disse que não tinha conhecimento e que ia tomar as providências que o assunto requeria. Não sei quais foram as providências tomadas". Recentemente, Perillo foi além e disse que o sr. teria dito: "Tome conta de seus deputados, que eu tomo dos meus".

48. O sr. em algum momento da crise se sentiu deprimido? Teve vontade de largar tudo?

49. O sr. acha que é possível fazer política no Brasil sem sujar as mãos?

50. Como o sr. define ética? E corrupção?
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Postby mends » 11 Sep 2006, 14:21

Azevedo

Palocci será denunciado por sete crimes

Por Rosa Costa e Vanildo Mendes no Estadão de hoje: “A 20 dias da eleição, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci - candidato a deputado federal pelo PT - começa a enfrentar mais uma prova de fogo em sua carreira política. Num período de dez dias, Palocci será denunciado à Justiça por sete crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato, quebra de sigilo bancário, quebra de sigilo funcional e prevaricação. As denúncias, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil, dizem respeito ao envolvimento de Palocci na quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo - que disse que o ex-ministro freqüentava a mansão do Lago Sul, em Brasília, usada para lobby -, e nas fraudes nos contratos de lixo em suas duas administrações na prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1996 e 2001-2002). Hoje, o delegado Rodrigo Carneiro Gomes, da PF, entrega à Justiça o inquérito, aberto em março, em que Palocci é acusado dos crimes de violação de sigilo bancário e funcional e prevaricação do caseiro Nildo. Ele afirma que as provas que têm são suficientemente robustas. Homem forte do governo Lula e ex-prefeito de Ribeirão, Palocci sobreviveu às acusações de integrar a máfia que fraudava contratos de lixo e de ter ligação com o caixa 2 do PT, mas acabou balançando quando foi desmentido por Nildo, que trabalhava na mansão onde ele se reunia com os amigos da chamada República de Ribeirão.”
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Postby mends » 12 Sep 2006, 12:07

Azevedo

A eucaristia macabra de Lula, que está mais para bode do que para cordeiro de Deus

Lula, vocês devem ter visto hoje nos jornais, disse que veio para ficar. A Folha busca paralelos entre seu discurso nos últimos dias e a carta-testamento de Getúlio Vargas. Existe mesmo, guardadas as diferenças de estilo e coragem pessoal — o que não quer dizer grandeza política. Se Lula tivesse caído, jamais se mataria, é claro. Só mesmo num país onde Frei Betti é filósofo, junto com Marilena Chaui, um ditador que torturou e matou é considerado herói. Carlos Lacerda, que nunca matou ninguém, é bandido. Era golpista, isso é verdade. E Getúlio? Mas sigamos. O que escapou aos jornais é que Lula agora mira em figura histórica de maior relevo. Já não bastam Getúlio, Juscelino ou Jango. Leiam este trecho da fala do Apedeuta num comício ontem, em Goiânia: “Qual é o orgulho que eu tenho? É que hoje vocês têm consciência de que qualquer um de vocês está preparado para governar este país. Cada um de vocês é uma célula do meu corpo, cada um de vocês é uma gota do meu sangue”. Cristo ofereceu simbolicamente pão e o vinho, o corpo e o sangue, sacrificando-se por nós. Nessa eucaristia macabra do Babalorixá de Banânia, também ocorre a transubstanciação, um pouco às avessas, é verdade. Cristo, por metonímia, ofereceu-se em sacrifício em nome da eterna aliança com a humanidade. Lula, que certamente se julga mais esperto, já se vê, digamos, transubstanciado. O povo já o tem incorporado. Ele não é o cordeiro de Deus oferecido em sacrifício, não. Ele está mais para o bode, um bode da exultação ou um bezerro de ouro. Essa fala expõe ainda mais a grandeza e a necessidade da carta de FHC. Ela serve também como advertência do que pode vir. Imaginem se o tucano, quando no poder, falasse algo ligeiramente parecido com isso. O mundo desabaria. Sei que a hipótese é absurda porque é outra a sua natureza, é outro o seu entendimento de política. O máximo de ousadia a que se propunha o ex-presidente era dizer que política é um processo. Quando falou que se tratava de exercitar a “utopia do possível” — certamente um paradoxo, mas que dá conta de que aquele que está no poder não faz tudo o que quer (e é bom que não faça mesmo) —, foi alvo da crítica política botocuda. Clovis Rossi dizia então: "Pô, o possível qualquer um faz!" Santo Deus! Agora temos aí o Estimado Líder, diluído, corpo e sangue, no povo. Se Lula for reeleito, o Brasil viverá grandes emoções. Podem apostar.
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Postby mends » 20 Sep 2006, 09:14

a lógica do Sr. Mercadante

Para Mercadante, PSDB queria dossiê
Senador crê em interesse de tucanos em abafar ligação com esquema

Clarissa Oliveira

O candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, disse acreditar que o PSDB tentou negociar com a família Vedoin a compra de informações para abafar o suposto envolvimento de seu rival tucano, José Serra, e do governo Fernando Henrique Cardoso com a máfia dos sanguessugas. 'Na realidade, o que eu acho que aconteceu é uma tentativa de eles comprarem (informações), para abafar e ocultar todos esses indícios e provas que estão demonstrando a participação do governo anterior nesse esquema sanguessuga', disse ontem, após ter lançado seu programa de governo em evento na capital paulista.

Na ocasião, ele comentava a notícia de que representantes da família Vedoin teriam procurado o PSDB com uma oferta para tentar envolvê-lo no esquema de superfaturamento de ambulâncias. Insistindo em que não há nada que possa ligá-lo ao caso, Mercadante caracterizou a informação como 'um factóide', criado para desviar a atenção da opinião pública. Mais tarde, acrescentou que a única negociação que poderia ter ocorrido entre o PSDB e os Vedoin seria uma tentativa de ocultar provas. 'Simplesmente não existe a possibilidade de haver um dossiê contra mim', assegurou. 'Só se eles estivessem negociando para ocultar provas.'

O senador petista disse que entrará com representação na Justiça para que seja apurada a informação de que o PSDB teria recebido tal oferta de venda de informações e não teria denunciado o caso às autoridades. 'Se eles foram procurados por esse tipo de coisa tinham que ter denunciado à polícia.'

Mercadante comentou de novo o envolvimento de membros do PT na tentativa de compra do dossiê Vedoin, que supostamente envolve Serra, ex-ministro da Saúde, com a máfia dos sanguessugas. O senador admitiu que, assim como ocorreu na época do escândalo do mensalão, é possível que esses petistas tenham agido sem conhecimento da direção partidária ou de seus candidatos. 'Já aconteceu no PT. E foi muito grave.'
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Postby Danilo » 20 Sep 2006, 16:14

Fazendo juz ao nome do tópico...

Em 2000, pela primeira vez no Brasil, as eleições foram informatizadas em 100 % do território nacional. Pra correção do voto: tecla laranja. Voto de legenda: somente os dois primeiros números. Voto em branco: tecla branca. Voto nulo: digitar e confirmar um número inexistente.

Na urna eletrônica os votos serão, em 2006, nessa ordem:

1- Deputado Federal, com quatro números;
2- Deputado Estadual, com cinco números;
3- Senador, com três números;
4- Governador, com com dois números;
5- Presidente, com dois números;

E o mais importante: acabei de descobrir que o concorrendo pra presidente, o Machado de Assis está no Partido da Literatura, número 92. Mas tem concorrente forte... o Mussum no Partido da TV, número 93.
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Postby Wagner » 20 Sep 2006, 16:35

É isso aí...pinguço por pinguço sou mais o Mussum.

E bordão por bordão, prefiro Cacilds a "Nunca na história destepaiz..."

e trapalhões por trapalhões sou mais os originais...

E tb o sargento pincel poderia ser ministro da defesa...
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Postby telles » 20 Sep 2006, 16:36

Acabei de decidir! Mussum no forevis! 93!
Telles

Conheça aqui a Vergonha Nacional
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Postby mends » 20 Sep 2006, 16:40

Antes o Mussum no forévis deles que o Lula no nosso!!

Porque negão é teu passadis!!

Vice: Tião Macalé!

"Sabe tudo, os pirata!!"
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Postby mends » 21 Sep 2006, 12:19

EDITORIAL DO ESTADAO

Esopo explica


Quanto mais se multiplicam as evidências de que o aparato petista de poder - o partido, o Planalto e a administração aparelhada - está comprometido até a alma com a tentativa de desestabilizar a candidatura de José Serra ao governo paulista, com a divulgação de um “dossiê” comprado que o vincularia à máfia dos sanguessugas, tanto mais os hierarcas petistas, incluindo o presidente Lula, se aferram a uma linha de defesa à primeira vista convincente. Com a reeleição quase assegurada no primeiro turno, argumentam, o comando da campanha e os condutores da máquina palaciana não tomariam uma iniciativa de incerto custo-benefício para o recandidato que, a esta altura, só quer saber de águas mansas até 1º de outubro. Daí o refrão: “A quem interessa tudo isso? Ao PT e ao presidente é que não.”

Além do mais, argumentam, seria um contra-senso disparar uma baixaria dessas contra um adversário que dificilmente deixará de ser o próximo governador de São Paulo e para quem os canais de comunicação do Planalto estavam desimpedidos. Em suma, por que pôr em perigo a eleição ao alcance de Lula, por causa da eleição perdida por Aloizio Mercadante? Na versão petista, a resposta soa singela: foi “uma estupidez inacreditável” de um punhado de tontos, à revelia dos operadores políticos de primeiro escalão e, mais ainda, do presidente. E este fecha o círculo sacando da sempre oportuna teoria da conspiração: se a nós a crise não convém, só pode convir aos interessados em “melar o processo eleitoral”. Mas a realidade chã é que a toda hora aumenta o rol dos quadrilheiros do petismo, permitindo que se trace uma linha que avança das sombras para o centro visível do sistema.

Começa com um filiado mato-grossense, especializado em arrecadação de fundos, Valdebran Padilha, e com o ex-policial Gedimar Passos, funcionário do orwelliano “dispositivo de tratamento de informações” da campanha. Depois emerge dos bastidores o versátil Freud Godoy, guarda-costas (há 17 anos) e parceiro de peladas do presidente. Em seguida, já na primeira liga, surge o fundador do PT e diretor licenciado do banco estatal catarinense, Jorge Lorenzetti, cuja fama de churrasqueiro escondia até então do público outras competências e um currículo estelar, ao menos pelos padrões do partido. Ao seu lado, mais um velho companheiro de Lula, o ex-sindicalista Oswaldo Bargas, segundo homem do então ministro da Previdência Ricardo Berzoini, atual presidente da legenda. Por uma entrada lateral, pisa no palco outro apparatchik, o diretor licenciado do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso.

Ele importa porque viajou a Cuiabá para convencer os mafiosos Darci e Luiz Antonio Vedoin a falar mal de Serra e do seu sucessor na Saúde, Barjas Negri, à IstoÉ. Antes da revelação de que Bargas e Lorenzetti tentaram emplacar as denúncias na revista Época, se acreditava no oposto - que partira dos Vedoins a oferta pressurosamente aceita pelo PT. Veloso foi também quem recolheu a maioria das peças do pífio “dossiê” contra os tucanos. A citação desses nomes faz cair a máscara da farsa de que a operação foi coisa de petistas periféricos e inacreditavelmente estúpidos. Mas o que levaria os verdadeiros e escolados arquitetos da torpeza a cometer tamanha barbeiragem? É de Esopo a fábula do escorpião que ferra o sapo que o leva às costas na travessia de um rio. Ele sabia que com isso ambos se afogariam, mas fez o que fez porque é de sua natureza.

A trajetória do PT, desde a sua incepção no movimento sindical, mostra que é típico de seus dirigentes e associados recorrer a quaisquer meios para destruir aqueles a quem marcaram, mesmo ao risco de serem atingidos, eles próprios - o que tende a acontecer quando não se tem senso de limites éticos, ou quando a transgressão sem freios, embora reconhecida como tal, é legitimada em nome de uma causa. Leonel Brizola enxergou isso quando disse que Lula seria capaz de “pisar no pescoço da mãe” para alcançar o que quer. Assim também a sua turma, com o seu emaranhado de vínculos, afinidades, parcerias e ganâncias que possibilitaram o aparelhamento orgânico do Estado nacional. Por isso chega a ser bizantino discutir se Lula sabe dos seus delitos antes ou enquanto são cometidos: ele sabe do que a sua gente é capaz, porque dela não se distingue. Nem no modus operandi nem nos fins.

Que sina: o líder mais popular da história nacional usa de sua fantástica popularidade para fazer do seu governo o jazigo da ética.
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Postby mends » 28 Sep 2006, 18:29

azevedo

Na margem de erro

Um banco de investimento acaba de concluir um detalhado levantamento, Estado por Estado, levando em conta os votos brancos e nulos. Conclusão: 2,3 pontos percentuais a favor de Lula separam as eleições do segundo turno. Está na margem de erro de qualquer pesquisa.
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Postby mends » 30 Sep 2006, 19:25

azevedo

Foi o debate, estúpido!

O comando do PT está jogando toda a responsabilidade do possível segundo turno no vazamento das fotos. Mas não é, não. A ausência de Lula no debate foi péssima para a sua reputação. Foi aí que ele começou a perder votos. Também caiu mal a tentativa de fazer a Globo — e milhões de telespectadores — de trouxa. Quis dar uma de esperto, danou-se. Como revelei aqui em primeira mão, ele nunca pensou em ir ao debate. Enquanto uma parte da equipe se segurança vistoriava o Projac, a outra estava em São Bernardo, para onde ele iria de fato. Pior: concedeu uma entrevista desqualificando adversários, acusando o seu baixo nível. Foi o segundo erro. Cristovam Buarque não disse uma só palavra agressiva contra Lula. Geraldo Alckmin foi duro o quanto consegue ser, mas também pegou leve. E Heloísa Helena, todo mundo viu, atacou igualmente petistas e tucanos. Portanto, a armação que Lula denunciou estava em flagrante contradição com os fatos.
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Postby Danilo » 01 Oct 2006, 20:18

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