Ciência

Ciência, Saúde, Economia, Política

Postby Danilo » 26 Mar 2007, 14:28

Slow Down, Multitaskers; Don’t Read in Traffic

Atualmente estou desenvolvendo a técnica multi-tarefa de ser tranpostado de pé no ônibus e cochilar ao mesmo tempo. Fan-tás-ti-co. Agora não durmo mais nas aulas.
:D

eu leio no transito, inclusive na marginal

Nas lombadas e valetas também.
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Postby tgarcia » 27 Mar 2007, 10:58

Estudante chega a fusão nuclear no porão de casa
:aeee: :x:

O estudante Thiago Olson conseguiu chegar a uma fusão nuclear com um aparelho montado em casa, em Michigan, nos Estados Unidos. Em outras palavras, o jovem fez uma bomba de hidrogênio no porão com equipamentos comprados em lojas, de acordo com a revista Discover.
» Estudantes criam robô que 'fala' e expressa emoções
» Quadrilhas da web contratam estudantes para cibercrimes

Por dois anos, Olson pesquisou o que ele precisava e comprou todas as peças em lojas e na Internet. "É um projeto de final de semana", disse o estudante à revista.

Em novembro de 2006 Olson chegou ao seu objetivo. A fusão nuclear ocorre quando dois átomos de hidrogênio se fundem em um de hélio. Tal fusão ocorre em estrelas, sob uma temperatura extrema e difícil de atingir na Terra. A temperatura que Olson conseguiu chegar foi de cerca de 94 milhões de graus celsius, várias vezes mais quente que o sol.

A energia liberada pela fusão pode vir a ser uma fonte geradora de eletricidade. Entretanto o aparelho de Olson não pode servir como um gerador comercial porque a energia que consome é maior do que a que produz.

Robert Bussar, físico nuclear nos Estados Unidos, disse que "os jovens estão estudando coisas muito mais úteis do que nas pesquisas de bilhões de dólares que o nosso país gasta".
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Postby junior » 27 Mar 2007, 13:17

Impressionante :cool: :cool: Foi pro blog :lol: :lol:
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Postby junior » 10 Apr 2007, 12:57

http://www.neurolog.globolog.com.br/archive_2007_03_16_23.html?postId=279528

16/03/2007 Saudações aos que não fazem e não deixam fazer:
Resposta ao professor Roberto Lent


Acreditem-me, nem tudo é um mar de rosas quando se retorna do exílio.

Podem confiar no que eu digo, porque eu falo com propriedade de causa.

Nesses quatro anos desde que eu comecei a voltar pro Brasil (ainda estou no processo, pois o tranco não é fácil!), tive de engolir muito sapo. Alguns maiores do que os outros. Mas nenhum batráquio foi maior do que o servido por alguns setores, digamos, mais “experientes e doutos” da academia brasileira.

Ou de seus autoproclamados arautos e cardeais (são tantos que eu já perdi a conta).

Na verdade, às vezes, algumas dessas experiências serviram como bons argumentos para questionar a minha sanidade mental em voltar ao Brasil para construir um pequeno ato de rebeldia contra o atual estado de coisas no nosso querido patropi.

Outras vezes, elas serviram como motivação extra para os Sidartas, as Doras, os Antonios e os demais Josés, Joãos, Felipes e Adrianas que vieram de todo o Brasil para construir esse projeto.

Como desistir não faz parte do vocabulário que me ensinaram no Grupo Escolar Napoleão de Carvalho Freire, e cara feia eu já vi de monte, desde que ia à Rua Javari ver o Palmeiras triturar o Juventus, eu, de minha parte, continuo fazendo a minha mudança pra esse lado do Equador, em prestações suaves e amenas.

Pra desespero de muita gente que acha que todos nós deveríamos ter ido primeiro beijar a mão dos tais cardeais da neurociência brasileira antes de ousar começar a pôr as asinhas de fora.

Mesmo com essa migração gradual e light, a rebeldia incomoda. E como.

O projeto do IINN-ELS (Instituto Internacional de Neurociência de Natal -- Edmond e Lily Safra), que hoje ocupa integralmente a vida de quase meia centena de pessoas que trabalham todos os dias para realizar o primeiro sonho da Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa, pode ser definido exatamente assim.

Um pequeno grande ato de rebeldia.

Sendo assim, desde a sua concepção, essa idéia causou mal estar em alguns setores da academia brasileira.

Depois de ouvir calado por quatro anos uma série infindável de insinuações, intrigas, fofocas e alucinações paranóicas, eu acho que chegou a hora de começar a responder, objetivamente, ao festival de “teorias conspiratórias” geradas em alguns corredores (cheios de equipamentos) de tradicionais centros de neurociência do Sudeste brasileiro.

No início dessa aventura, eu realmente pensei que o retorno seria muito mais fácil e tranqüilo. Afinal de contas, como produto da neurociência brasileira, e ex-orientando de um dos seus fundadores, eu inocentemente acreditava que a minha volta ao Brasil, para realizar um trabalho totalmente voluntário (não-remunerado), voltado para a disseminação da ciência como um agente de transformação social por todo o território nacional, seria apoiado integralmente pelos meus pares, principalmente aqueles que conheciam mais a fundo o meu trabalho acadêmico.

Apoio da grande maioria da comunidade científica brasileira ao nosso projeto não faltou e não falta. Essa é a boa notícia.

Curiosamente, e para minha total surpresa, desde que iniciamos o nosso projeto, um setor da neurociência brasileira posicionou-se frontalmente contra essa iniciativa. Apesar de não se identificar publicamente, esse grupo de neurocientistas vem utilizando uma série de argumentos espúrios, inverídicos e aleivosos para diminuir, e em alguns momentos, denegrir a nossa iniciativa.

Não incluo aqui as inúmeras táticas de “tapetão” utilizadas para tentar bloquear o progresso da nossa idéia. Isso é matéria pra livro, não pra coluna de blog.

Toda essa introdução foi pra dizer que o esclarecimento abaixo é dedicado, do fundo do meu cerebelo, a todos esses críticos, os quais eu gosto de denominar coletivamente como “os que não fazem e não deixam fazer”.

Infelizmente, quis o destino que o destinatário dessa réplica seja o professor Roberto Lent, neurocientista da UFRJ. Longe de ser um dos nossos críticos mais aguerridos, o meu caro amigo pagou o pato por prover a gota d’água que fez o copo transbordar. Ocorre, que em uma recente entrevista (JC e-mail 3219, de 09 de Março de 2007, veja texto abaixo), o douto colega expressou algumas das fantasiosas críticas que se fazem ao nosso projeto.

Como no caso de outros de seus colegas, infelizmente o professor Lent parece estar mal informado, tanto sobre a proposta filosófica quanto sobre as fontes de financiamento do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS). Desde o início nós deixamos claro que a intenção era manter esse projeto como uma iniciativa eminentemente privada, que se valeria de parcerias e colaborações com o governo federal, mas sem comprometer, de nenhuma forma, as fontes tradicionais de financiamento da comunidade científica brasileira.

Curiosamente, a nossa iniciativa gerou mais interesse das autoridades federais (e algumas estaduais) para com a neurociência brasileira. Corre o rumor, inclusive, que pelo menos uma iniciativa estadual (num grande estado do Sudeste) na área de neurociência foi acelerada para competir com a nossa iniciativa. Caso essa informação proceda seria mais uma demonstração de como a competição de bom tamanho é saudável para o avanço da ciência.

No que tange a investimentos públicos federais, um total aproximado de R$ 13 milhões serão investidos ate 2008 nos projetos do IINN-ELS. Como divulgado amplamente, esses recursos formam apenas uma fração minoritária do investimento (atualmente por volta de 35%) que hoje financia o IINN-ELS. A título de esclarecimento, vale frisar que o restante do investimento que paga as contas do IINN-ELS advém de convênios e doações privadas, tanto do exterior como de dentro do Brasil. Estes incluem um convênio de R$ 5 milhões com o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo e uma doação da senhora Lily Safra, a maior da história da ciência nacional.

Em tempo: todos os recursos públicos aplicados no IINN-ELS foram concedidos por convênios e termos de parceria com os Ministérios da Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia, e por uma ação transversal do Fundo Setorial de Saúde, agraciado através de contrato com a Finep.

Até onde eu saiba, nenhuma dessas fontes de financiamento caracteriza tentativa de "correr por fora dos canais abertos ao restante da comunidade cientifica brasileira", como alega o exmo. professor da UFRJ. Todos esses mecanismos existem e estão abertos à comunidade científica nacional. Isto é, a todos que se disponham a elaborar um projeto científico de mérito internacional, reconhecido pela comunidade científica de todo o mundo como inovador e socialmente transformador. Depois, basta preencher inúmeros formulários, viajar por todo o Brasil (e o mundo), conversar com todos em Brasília que estejam dispostos a ouvir uma idéia nova.

Ah, esqueci. Credibilidade científica também é pré-requisito para encontrar financiadores privados dispostos a comprar um projeto desse porte.

Evidentemente, o professor Lent sabe de tudo isso. O que ele não menciona, mas que outro colega, o professor Luis Eugênio Mello, da Unifesp, deixou claro em recente entrevista à Revista Pesquisa Fapesp, é que o verdadeiro receio desses pesquisadores é que o IINN-ELS comece a competir com sucesso pelos recursos federais hoje disponíveis para os seus laboratórios.

Meus caros colegas parecem estar um pouco nervosos com a aparição de um novo competidor no meio de campo da neurociência nacional.

Por quatro anos, eu e meus colegas procuramos minimizar esses receios, esses medos, essa visão de que a neurociência brasileira pertence a alguém, que existe uma reserva de mercado, cujo acesso é restrito aos que ficaram no Brasil nas últimas duas décadas, sofrendo com as mazelas do sistema de financiamento nacional.

A nossa posição é muito clara. A ciência brasileira só tem um dono: a sociedade brasileira, cujos impostos custeiam o seu dia a dia. No frigir dos ovos, para a sociedade brasileira não interessa onde e por quem a neurociência brasileira é produzida. Interessa sim quem pode produzir mais e melhor por real investido.

Assim, mesmo que pesquisadores do IINN-ELS não tenham como meta primordial competir por recursos públicos para financiamento de suas pesquisas, eles têm tanto direito como qualquer outro pesquisador brasileiro de utilizar os mecanismos legais vigentes no país para pagar as contas dos seus laboratórios.

Caso o professor Lent ou outros colegas seus queiram algumas dicas de como financiar seus projetos, nós do IINN-ELS teremos o maior prazer em passar-lhes algumas sugestões nesse sentido. Basta eles darem um pulo aqui na bela Natal.

Quanto à segunda alegação do professor Lent, aquela em que ele caracteriza meus comentários públicos como demonstrações de desapreço à neurociência brasileira, não há muito o que dizer. Trata-se de uma acusação absurda, leviana e mesquinha, típica dos que não fazem, mas não querem que nada diferente seja feito na ciência brasileira. Tal acusação ignora toda a minha trajetória profissional, que se iniciou no laboratório de um dos fundadores da neurociência brasileira e hoje continua, através de um trabalho totalmente voluntário, numa localidade que o douto professor Lent jamais visitou, apesar de convidado.

Finalmente, cabe um último comentário referente à declaração do professor de que o nosso esforço na área social, “tem objetivos generosos, mas representa um grão de areia no mar de desigualdades em que vivemos no país”.

Quem sabe o que poderia ocorrer nesse nosso querido Brasil se o douto professor titular da UFRJ, e tantos outros como ele, começassem a abandonar os seus castelos acadêmicos de mármore e cristal para começar a construir alguns parcos castelos de areia, não nas praias de Ipanema e Copacabana, mas por outras vizinhanças, Brasil afora?

Quem sabe o que aconteceria se milhões de grãos de areia surgissem, de repente, às margens do mar de iniqüidade que a maioria de nós vê de suas janelas todos os dias sem nada fazer?

Aos que não fazem e não deixam fazer, as nossas mais cordiais saudações, diretamente do topo do grão de areia chamado IINN-ELS que vai mudar a cara, a cor, o sotaque e o futuro da neurociência brasileira!

Comentário original do Professor Roberto Lent como postado no blog:
http://estudoscts.blogspot.com/2007/03/ ... incia.html

[Pergunta] - Durante simpósio no Rio Grande do Norte, em fevereiro, foi inaugurado oficialmente o Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IINN). A nova instituição deverá promover ciência de ponta, educação científica a jovens e atendimento médico à população carente local. O que isso significa e como a neurociência pode se vincular a projetos sociais?

[Resposta] - O IINN é um projeto de mérito e tem conseguido captar recursos públicos, correndo por fora dos canais abertos ao restante da comunidade científica. Sendo assim, as expectativas sobre o seu êxito são enormes. Pelo que sei, sua proposta maior é de repatriamento dos neurocientistas nascidos no Brasil, mas radicados no exterior.

O retorno desses colegas será importante para somar-se aos que aqui permaneceram todo o tempo, e isso poderá ser aferido dentro de alguns anos. O professor Miguel Nicolelis, no entanto, certamente no entusiasmo pelo seu projeto, tem manifestado certo desapreço pelo patrimônio construído pelos neurocientistas brasileiros, o que não é sábio para quem deseja repatriar-se e integrar-se à comunidade local.

O Brasil conta com uma neurociência madura, com muitos grupos da melhor qualidade e inserção internacional no Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará e Brasília. A disciplina tem grande presença nos congressos da área biológica e biomédica, como os congressos da FeSBE, possui uma sociedade brasileira (SBNeC) com algum porte, que neste momento discute o convite que recebeu de sediar no Brasil em 2008 o Congresso da International Brain Research Organization.

O vínculo a projetos sociais tem objetivos generosos, mas representa um grão de areia no mar de desigualdades em que vivemos no país. Miguel Nicolelis , para o G1
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Postby junior » 13 Apr 2007, 17:24

WHAT'S NEW Robert L. Park Friday, 13 Apr 07 Washington, DC

1. STEM CELLS: PRESIDENT BUSH VOWS TO PROTECT ONE-CELLED PEOPLE.
The Stem Cell Research Enhancement Act passed the Senate 63-34,
but President Bush promises a veto. He said the use of embryonic
stem cells in research "crosses a moral line." In case you're
wondering where this "moral line" is drawn, WN has looked into
it. George W. Bush and other conservative theologians believe a
"soul" is assigned to the fertilized egg at the instant of
conception. That makes it a person, even though it's not counted
in the census. In-vitro fertilization makes a lot more of these
one-celled people than it needs; leftovers are stacked in the
freezer until it starts filling up. President Bush cares deeply
about these helpless one-celled people and wants to ensure they
are properly flushed down the disposal rather than exploited by
godless scientists interested only the reduction of suffering.

2. DIABETES: STEM CELL THERAPY IS USED TO TREAT TYPE 1 DIABETES.
In yesterday's Wash Post, Sen. Orin Hatch (R-UT), a long-time
proponent of stem cell research, is quoted as saying, "Our
country is in grave danger of falling behind in one of the most
promising fields of biomedical research." We already have. In a
very preliminary study, researchers at the University of Sao
Paolo in Brazil found that a remarkable 14 out of 15 type 1
diabetes sufferers were freed of dependence on insulin injections
after treatment with stem cells drawn from their own blood.


THE UNIVERSITY OF MARYLAND.
Opinions are the author's and not necessarily shared by the
University of Maryland, but they should be.
---
Archives of What's New can be found at http://www.bobpark.org
What's New is moving to a different listserver and our
subscription process has changed. To change your subscription
status please visit this link:
http://listserv.umd.edu/cgi-bin/wa?SUBE ... atsnew&A=1
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Postby tgarcia » 31 May 2007, 16:33

Cientistas descobrem que ar de Roma contém cocaína
Um grupo de cientistas descobriu partículas de cocaína e maconha, além de cafeína e tabaco, no ar da capital italiana, disseram eles na quinta-feira.
A concentração das drogas no ar foi mais alta em volta da universidade de Roma Sapienza, mas o médico Angelo Cecinato, do Conselho de Pesquisa Nacional, advertiu contra tirar conclusões sobre os hábitos dos alunos.

Os pesquisadores caracterizaram seu estudo como "o primeiro do mundo a mostrar a presença de partículas de cocaína suspensas na atmosfera da cidade", e disseram que utilizaram amostras de Roma, da cidade de Taranto, no sul da Itália, e da capital argelina Argel.

Nicotina e cafeína foram detectados em todas as três, "mostrando como está difundido o consumo dessas substâncias e como elas permanecem na atmosfera", disseram os cientistas em comunicado.

A concentração de cocaína na atmosfera de Roma foi de no máximo apenas 0,1 nanograma por metro cúbico (1 nanograma é um bilionésimo de grama) durante os meses de inverno, disseram os pesquisadores. Mas as conclusões são preocupantes para a saúde pública.

"É bem documentado que mesmo pequenas concentrações desses poluentes no ar podem prejudicar seriamente a saúde", disse o médico Ivo Allegrini, do Institulo para Poluição Atmosférica do CNR.

Reuters
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Postby mends » 31 May 2007, 16:49

tá ixpricado a agitação dos carcamanos... :lol:
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Postby junior » 05 Jun 2007, 11:21

"Revivendo um Momento Aurora"

Vídeo animal!!! Vale a pena vê-lo inteiro!!

http://www.neurolog.globolog.com.br/index.html?postId=304327
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Postby mends » 08 Jun 2007, 13:35

Cosmology

A lithium imbalance

Jun 7th 2007
From The Economist print edition


The universe's chemistry looks wonky. That may change the laws of physics

OUT of chaos comes order. Or at least it did in the early universe. Moments after the Big Bang, space was a hot, dense, seething froth of elementary particles and light. As the universe expanded and cooled, some of these particles merged to form neutrons and protons. When it had cooled further, these protons and neutrons were able to get together to form the nuclei of the lightest elements—hydrogen, helium and lithium. And so the stage was set for stars, nuclear reactions, chemistry and, eventually, life.

The exact abundances of the three lightest elements are an important test of the so-called Standard Model of physics—the list of fundamental particles found so far and the forces that link them. The Standard Model makes clear predictions for the ratios of various isotopes of all three. It gets the hydrogen and helium right. The values for lithium, though, are not.


This discrepancy is known to cosmologists as the “lithium problem” and, until now, there has been no satisfactory explanation for it. But Maxim Pospelov, of the Perimeter Institute for Theoretical Physics in Waterloo, Ontario, thinks he has one. And if he is right, he may have opened a window on to a theory of physics known as supersymmetry, which goes beyond the Standard Model.

Dr Pospelov's idea, which he explains in a paper in Physical Review Letters, depends on the main prediction of supersymmetry—or SUSY, as it is known to physicists. This is that each of the particles in the Standard Model has a heavier doppelganger known as its “superpartner”.

If these superpartners do exist, SUSY suggests the Big Bang would have produced a lot of them. Dr Pospelov has taken this insight one step further. According to his calculations, the superpartners would have had a profound effect on the ease with which certain elements were produced in the early universe. This is because they would have combined with protons and neutrons in ways that made it easier and faster for other nuclear reactions to occur. Once they had had their catalytic effect, they would have split back off again and gone their own ways.

The most dramatic effect would have been on the formation of lithium, an element that has two isotopes. One of these has three protons and three neutrons ({+6}Li). The other has three protons and four neutrons ({+7}Li). According to Dr Pospelov, {+6}Li would have formed 100m times faster in the presence of the heavy particles of supersymmetry than in their absence. In effect, {+6}Li should not exist unless these extra particles are real. Meanwhile, reactions that deplete {+7}Li should also have proceeded faster in a supersymmetric universe than in one that is governed only by the Standard Model. So if supersymmetry is true, there should be less of this isotope around than the Standard Model predicts.

This is exactly what astronomers have been observing for years in the real universe. Although {+6}Li is rare, it does exist. As for {+7}Li, astronomers have measured only one-third to one-half of what the standard theory suggests should be there.

Until now, attempts to explain away the lithium problem have involved secondary modifications of the amount around. The extra {+6}Li has been brushed away as the result of energetic particles from space crashing into the gas from which stars form. The lack of {+7}Li, meanwhile, has been blamed on over-hungry nuclear reactions in stellar cores.

Dr Pospelov's catalytic mechanism, by contrast, explains both discrepancies in one fell swoop. It also makes predictions about the detailed properties of the supersymmetric partners—and, as luck would have it, suggests that although they cannot be made on Earth at the moment, they should be in range of the Large Hadron Collider, a particle accelerator being built near Geneva, which should open for business later this year. It should not, therefore, take long to find out if his explanation for the lithium problem is correct. If it is, he can claim to have found SUSY's traces before the particle physicists did.
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Postby mends » 09 Jun 2007, 21:26

Matemática achada na rua: o trinômio de 2º grau e o ovo frito
Continuemos com a série: "As maluquices feitas na USP com o seu dinheiro":

A etnomatematemática (ver posts abaixo) é, assim, uma espécie de “matemática achada na rua”, entendem? Até agora, falamos de epígonos. O mestre entusiasmado da corrente, no Brasil, é um tal Ubiratan D'Ambrosio, cujos textos estão num site. Num deles, intitulado “Educação Matemática e Paz”, ele escreve:

“Muitos continuaram intrigados: ‘Mas como relacionar trinômio de 2° grau com Paz?’. É provável que esses mesmos indivíduos costumem ensinar trinômio de 2° grau dando como exemplo a trajetória de um projétil de canhão. Mas estou quase certo que não dizem, nem sequer sugerem, que aquele belíssimo instrumental matemático, que é o trinômio de 2° grau, é o que dá a certos indivíduos -- artilheiros profissionais, que provavelmente foram os melhores alunos de Matemática da sua turma -- a capacidade de dispararem uma bomba mortífera de um canhão para atingir e matar seres humanos, feitos de carne e osso, de emoções e desejos, e matá-los, destruir casas e templos, destruir árvores e animais que estejam por perto, poluir qualquer lagoa ou rio que esteja nos arredores. A mensagem implícita acaba sendo: aprenda bem o trinômio do 2° grau e você será capaz de fazer tudo isso. Somente quem faz um bom curso de Matemática tem suficiente base teórica para apontar bem os canhões!
Claro, muitos dirão, como já disseram: ‘Mas isso é um discurso demagógico. Essa destruição horrível só se fará quando necessário. E é importante que nossos jovens estejam preparados para o necessário.’ E os defensores de um conteúdo dominante dizem que a matemática ensinada é essencial para essa preparação. Milhões, durante toda a história da humanidade, têm acreditado na necessidade de se preparar para uma possível agressão, inventando meios mais ‘eficazes’ de, em nome de defesa, agredir, o que têm causado enormes perdas materiais e morais.”

Onde reside a tolice essencial desse tipo de proselitismo? No fato de que ele pode ser exercido sem o concurso da matemática. A rigor, o tal D’Ambrosio está apenas propondo uma disciplina moral. Como tal, um trinômio de segundo grau e um ovo frito têm a mesma serventia. Ambos podem ser apenas pretextos para a doutrinação.

Acreditem: a etnomatemática faz um sucesso danado na Faculdade de Educação da USP. Com a sua grana.


Por Reinaldo Azevedo
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Postby mends » 09 Jun 2007, 21:29

"Você está generalizando"
Há gente reclamando. Eu estaria usando uma tese para generalizar um juízo sobre a USP. Não. Eu estou evidenciando o quando a ideologia contamina os estudos da área de ciências humanas e vizinhanças. Mas tá bom. Eis um tema pelo qual eu vou me interessar agora. Remelentos, Mafaldinhas e seus professores aloprados sustentam que seus “inimigos” querem uma universidade dissociada dos interesses do povo. Chegou a hora de a gente ver o quanto o povo realmente aproveita os mestrados e doutorados da FFLCH, ECA e FE. Observem: esse critério nem é meu; é deles. Eu admito que há saberes especializados cuja “serventia" não tem expressão imediata. Eles é que se pretendem representantes da massa.

Vamos ver: aquela tese de que o professor de matemática deve ser um agente transformador da realidade, contribuindo para o fim da desigualdade, custou dinheiro. Foi financiada com recursos públicos, que saem do bolso também dos pobres. É claro que se trata de um daqueles estudos que não interessam ao famigerado capitalismo. Resta saber como é que ele pode agora melhorar a vida dos oprimidos.


Por Reinaldo Azevedo
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Postby junior » 10 Jun 2007, 09:34

Cosmology
A lithium imbalance


Ainda não tive tempo de ler o paper, mas o problema do Lítio é um problema que ainda está aberto, e de repente isso sim pode ser uma solução. No entanto, tem que ver se é uma solução que propõe alguma outra coisa observável ou não, seja no LHC ou em cosmologia, senão vira uma idéia que não tem como ser testada. Mas o mano esse não é trouxa...

‘Mas como relacionar trinômio de 2° grau com Paz?’. É provável que esses mesmos indivíduos costumem ensinar trinômio de 2° grau dando como exemplo a trajetória de um projétil de canhão. Mas estou quase certo que não dizem, nem sequer sugerem, que aquele belíssimo instrumental matemático, que é o trinômio de 2° grau, é o que dá a certos indivíduos -- artilheiros profissionais, que provavelmente foram os melhores alunos de Matemática da sua turma -- a capacidade de dispararem uma bomba mortífera de um canhão para atingir e matar seres humanos, feitos de carne e osso, de emoções e desejos, e matá-los, destruir casas e templos, destruir árvores e animais que estejam por perto, poluir qualquer lagoa ou rio que esteja nos arredores. A mensagem implícita acaba sendo: aprenda bem o trinômio do 2° grau e você será capaz de fazer tudo isso. Somente quem faz um bom curso de Matemática tem suficiente base teórica para apontar bem os canhões!


Deprimente...
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Postby mends » 18 Jun 2007, 12:17

Pena que tenha o viés "não queremos ganhar dinheiro com isso"

Fumaça de ônibus vira matéria-prima para pneu
Roberta Campassi
18/06/2007
Julio Bittencourt / Valor
Paulo Roberto da Conceição, físico e inventor: testes para o uso dos resíduos em outros produtos, como peças de borracha para automóveis
O engenheiro mecânico Sergio Sangiovani cansou da fumaça preta dos ônibus e caminhões que ele multava diariamente quando trabalhava como fiscal de meio ambiente na região do ABC paulista. Decidiu, então, encontrar uma solução para o problema. Com ajuda do físico Paulo Roberto da Conceição, começou a desenvolver um filtro de poluentes para ônibus. Oito anos depois, dão agora os primeiros passos para transformar a invenção em negócio.

Os filtros estão funcionando experimentalmente há dois anos em 60 ônibus que circulam em Diadema, na grande São Paulo. Conforme as medições feitas em parceria com o Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP), o equipamento retém até 70% dos poluentes gerados a partir da queima do óleo diesel, que é mais "sujo" do que outros combustíveis usados em veículos, como o álcool ou a gasolina.

Até dois meses atrás, o maior problema dos pesquisadores era encontrar um destino para todo o pó preto que fica preso nos filtros. Mas depois de alguns testes eles constataram que o resíduo, que é tóxico, pode virar pneu. No dia 1º de junho, uma leva de 12 pneus foi recauchutada com a matéria-prima e entregue à mesma empresa de ônibus que já utiliza os filtros. "Agora estudamos o uso dos resíduos em outros produtos", afirma Conceição. "Já estamos fazendo testes para fabricar peças de borracha para automóveis."

Por semana, cada um dos ônibus gera cerca de 700 gramas do pó preto - tecnicamente chamado de material particulado -, que é composto por carbono, metais e substâncias como o enxofre. "Com o uso nos pneus, conseguimos fechar o ciclo do resíduo", diz Conceição. "Antes, ele ia para um aterro ou para o esgoto, quando os filtros eram lavados." Com três quilos da matéria prima é possível recuperar 12 pneus.

Os pesquisadores querem gerar receita promovendo os filtros como um meio para que as empresas compensem suas emissões de gases poluentes. "Hoje as empresas plantam árvores, mas os filtros têm a mesma função", diz Conceição. Outra fonte de receita deverá ser a comercialização do material particulado. Por enquanto, os pesquisadores não pretendem ganhar dinheiro com a venda dos filtros e estudam um modelo para oferecê-los às empresas de ônibus em regime de comodato.

Segundo Conceição, a tecnologia dos filtros ainda não pode ser substituída por um catalisador comum enquanto a concentração do enxofre no diesel brasileiro não for reduzida. Isso porque o filtro retém a substância enquanto o catalisador a lança na atmosfera. Já existe, no entanto, uma portaria municipal determinando que a partir de 2008 todo o diesel vendido em São Paulo deverá ter enxofre em quantidade reduzida, suficiente para permitir o uso de outro tipo de equipamento. "Existe dúvida sobre o que vai acontecer, mas o filtro continuará sendo uma alternativa", diz Conceição.

Dentro de alguns dias, os pesquisadores irão à Secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo para promover a idéia de instalar filtros nos três mil ônibus da capital. O estímulo para a aproximação com a Prefeitura foi dado com o início da segunda fase do projeto Cidade Limpa, que estabelece um programa de inspeção de veículos, cujo objetivo é reduzir a poluição atmosférica na capital em cerca de 40% nos próximos quatro anos.

Sangiovani e Conceição querem agora desdobrar a invenção em outros produtos. Os pesquisadores fundaram recentemente a WGP em sociedade com a empresa de sistemas térmicos Heating Cooling. O objetivo é pesquisar novas tecnologias. "Já temos dois projetos, um é adaptar os filtros dos ônibus para caminhões e outro é criar um equipamento para reduzir a poluição das usinas termelétricas", diz Conceição. Com a WGP, uma sociedade anônima, os inventores planejam obter financiamentos para esses projetos.
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Postby telles » 18 Jun 2007, 12:51

Eu vi essa reportagem.

Sabe o mais legal? O filtro é um tubo com uma tela dentro.... muito simples

Mas é uma pena que não tem apelo comercial. Imagina, o dono do caminhão, instala um desse, troca 1X por mês e ganha $$, pra gastar no que quiser.... todos eles colocariam
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Postby mends » 22 Jun 2007, 01:38

A Etnomatemática

Outro dia, eu me atrevi a criticar aqui algumas teses estranhas do Departamento de Geografia da USP (onde, aliás, abundam estranhezas), e a enorme corrente de fãs do professor José William Vesentini (inclusive ele mesmo) me escreveu, protestando. Há alguns dias, falei aqui de um troço chamando “etnomatemática”, que, no Brasil, virou a “matemática achada na rua”, o que motivou uma tese muito interessante de um rapaz que defende que o professor da área seja, sabem?, um “agente transformador”. Como sou obtuso, acho que professor de matemática deve ensinar os alunos a fazer conta. Todo mundo pode estreitar humanismos no peito, mas convém saber quanto é 7 vezes nove. O expoente da etnomatemática, grande referência da tal tese, é o professor Ubiratan D’Ambrosio. Achei alguns artigos do homem — não exatamente sobre matemática, mas sobre educação. Já escreveu bobagens em penca.

Bem, foi o quanto bastou. Dois leitores me escrevem hoje, já passados alguns dias. Seguem em vermelho. Volto depois:

ESCREVE MÁRCIO PIRONEL
Acho que deveriam primeiro saber de quem estão falando... Além da ignorância sobre o tema, não sabem que estão falando de um dos maiores pensadores brasileiros de todos os tempos. O prof. Ubiratan é um dos Educadores mais respeitados no mundo todo. Além disso, a maioria de vocês não têm sequer a coragem de assinar a besteira que escrevem...

Ele é UBIRATAN D'AMBRÓSIO e vocês quem são? E quem é reinaldo azevedo? Pára com isso, não me façam rir das tolices que escrevem...
Aí vai um pouco do curriculo do prof. Ubiratan D'Ambrósio para que vocês possam se envergonhar do que disseram:

Professor Emérito de Matemática da Universidade Estadual de Campinas / UNICAMP.

Nascido em São Paulo em 8/12/32. Bacharel e Licenciado em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1954). Doutor em Matemática pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade São Paulo (1963). Pós-doutorado na Brown University, USA, (1964-65).

Atualmente, professor do Programa de Estudos Pós-Graduados de História da Ciência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo / PUC; professor credenciado no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo; professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" / UNESP; professor visitante no Programa Sênior da FURB / Universidade Regional de Blumenau.

Outras funções: Presidente da Sociedade Brasileira de História da Matemática / SBHMat; Presidente do ISGEm / International Study Group on Ethnomathematics; Presidente do Instituto de Estudos do Futuro / IEF de São Paulo; pesquisador e membro do Conselho Diretor do NACE-ATC (Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão - Arte, Tecnologia e Comunicação) da Universidade de São Paulo; Membro do Conselho Diretor do Institute for Information Technology in Education (IITE), da UNESCO, sediado em Moscou (1998-2002); Membro do Conselho Científico do Museu de Astronomia e Ciências Afins / MAST, do Conselho Nacional de Pesquisas / MCT (1996-2003).

É "fellow" da American Association for the Advancement of Science / AAAS; Presidente Honorário da Sociedade Brasileira de História da Ciência / SBHC.

Foi Pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário da Universidade Estadual de Campinas (1982-90), Diretor do Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação da mesma (1972-80), Coordenador dos Institutos de Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (1988-92) e Chefe da Unidade de Melhoramento de Sistemas Educativos da Organização de Estados Americanos, Washington, DC (1980-82) e membro do Conselho da "Pugwash Conferences on Science and World Affairs" (ONG que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1995); lecionou em várias universidades do país e do exterior.

*

ESCREVE REGINA FRANCHI

Me chamo Regina Franchi, sou Matemática e Educadora.
Estou impressionada com a enorme capacidade de alguns em deturpar idéias e manchar a dignidade de pessoas tão respeitadas internacionalmente como o prof Ubiratan. Antes de comentar, deveríamos primeiro conhecer. Não me parece que tenham algum conhecimento sobre Educação Matemática as pessoas que o estão ridicularizando. As idéias do professor Ubiratan são aceitas na comunidade acadêmica internacional o que o torna uma personalidade bastante respeitada. Um exemplo deste reconhecimento é a Medalha Felix Klein concedida a ele em 2005 pelo ICMI (International Commission on Mathematial Instruction). Uma comunidade como esta tem ou não credibilidade?
Espero que este comentário seja aceito para publicação no blog.

ESCREVO EU
Primeiro o tal Pironel. Notaram que ele escreve o nome do professor Ubiratan com todas as letras em CAIXA ALTA e não me concede nem as letras iniciais em maiúscula, uma regra, em português, para os substantivos próprios? Assim, ele pretende evidenciar que eu não sou ninguém, uma titica de galinha, diante do grande mestre. Na VEJA desta semana, escrevo um artigo em que trato do tema. Quantas vezes por dia vocês acham que recebo comentários na linha “Quem você pensa que é?”.

Se não sou nada, e não sou mesmo, por que se incomodam com as minhas críticas? Eu mesmo respondo: porque esses democratas querem unanimidade. Se pudessem, mandariam os que discordam deles para a cadeia. Já disse: é uma delícia ser um reinaldo-ninguém e flagrar uma Marilena Chaui pulando a cerca que separa Spinoza de Hugo Chávez.

O Brasil deve ser um dos poucos países do mundo em que títulos, diplomas e comendas universitários servem como licença para o sujeito dizer bobagens, em vez de lhe conferir mais responsabilidade. Já escrevi e repito: especialistas não me intimidam quando pretendem usar a sua expertise para fraudar a lógica. Aliás, tenho especial atração por eles: quanto mais especialistas e mais idiotas, mais servem aos meus propósitos de denunciar o fundo falso de sua especialização.

Agora a matemática Regina. Minha cara, parte da resposta que vai acima também lhe é dirigida. Certas mistificações não são como a jabuticaba nativa e frutificam mundo afora, especialmente nos países chamados de Primeiro Mundo, chegados a um exotismo terceiro-mundista — desde, é claro, que ele não contamine as suas escolas de alta performance. Acham que cretinismos como “etnoisso” e “etnoaquilo” são coisas muito interessantes: para nós, os botocudos, não para eles.

Quem é esse Reinaldo? Ora, só um tamoio que não se intimida. Ou, vá lá, um mameluco que não se deixa encantar pelo olhar deslumbrado dos nhonhôs do Primeiro Mundo.


Por Reinaldo Azevedo
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