Urbanismo

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Postby Danilo » 06 Apr 2007, 16:14

pois é. é o que acontece quando o governo se mete em qualquer coisa que diz respeito somente à iniciativa privada...


E a coisa tá ficando mais feia. Digo, a Cidade Limpa está transformando São Paulo na Cidade Feia. Pelo menos nesse período de transição. Tudo quanto é testeira de comércio está sendo retirada, e frequentemente tem um pedaço de parede mal acabado ficando no lugar. Agora ficou mais difícil ter referências no trânsito.

O McDonald’s está retirando aos poucos aqueles totens de quase 10 metros de altura com a letra “M”. Shoppings como o Ibirapuera, D&D, Center Norte e Butantã retiraram 90% dos letreiros que estavam fora-da-lei, enquanto supermercados procuraram a prefeitura em fevereiro para discutir um plano de ação (cada loja do Pão de Açúcar, por exemplo, deve gastar cerca de R$ 350 mil com as alterações).

Outras empresas, no entanto, intensificaram a batalha judicial contra a prefeitura - em fevereiro, havia 55 processos contra a legislação; atualmente, há cerca de 150. A única liminar concedida até agora foi favorável aos postos de gasolina associados ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis, que poderão manter inalteradas suas fachadas.
(estadão)

Essa semana percebi que o NewDog, em frente do serviço, estava com sua comunicação visual externa "muda". A lei prevê que, em imóveis com testada (linha divisória entre o imóvel e a via pública) inferior a 10 metros lineares, a área total do anúncio deverá ser de até 1,5 metro quadrado. Minha impressão é que a arquitetura das fachadas vai começar a incorporar a propaganda.
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Postby Danilo » 10 Apr 2007, 14:37

Mal comecei a estudar Design e já me avisam que ele está em crise. Mends, advinha que disciplina mandou ler o texto a seguir?

"Para combater a degradação da cidade devido ao industrialismo, à especulação, ao crescimento demográfico descontrolado, os grandes arquitetos do racionalismo conceberam esquemas de cidade em que a ordem e a distribuição dos espaços correspondiam à ordem e distribuição das funções. Mas os modelos de Le Corbusier, Gropius e Wrigh só tiveram raras e incompletas realizações experimentais; depois foram postos de lado como utópicos. Não eram: partiam da esperança de que a sociedade burguesa, desenvolvendo-se em conformidade com suas premissas iluministas, teria progredido no caminho da democracia até a eliminação da hierarquia das classes, até uma distribuição equitativa da riqueza, até cooperação pacífica numa obra comum de civilização.
(...)
Nos últimos anos, então, foi preciso reconehcer não sem apreensão, que a avidez de exploração que levara à crise do objeto e à crise da cidade punha seriamente em perigo os recursos naturais e ameaçava até envenenar a humanidade. Com razão, Richard Neutra falava do design como a única esperança de sobrevivência..."
(A crise do Design, cap. 17 do História da Arte como História da Cidade, de G. Carlo Argan)

:blink:
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Postby Danilo » 27 Jun 2007, 01:17

Porque aquela rua tem aquele nome? Quem foi Teodoro Sampaio? Sabia que a Av. 23 de Maio já se chamou Av. Itororó?

Saiba em http://www.dicionarioderuas.com.br
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Postby mends » 27 Jun 2007, 09:15

Sabia que a Av. 23 de Maio já se chamou Av. Itororó?


Sabia. Lá era o Córrego do Itororó, da ´cantiga de ninar "fui no itororó, beber água, não achei..."
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ilhas de calor

Postby Danilo » 09 Sep 2007, 15:07

No Estadão de hoje:

Ilhas de calor fazem temperatura variar até 12 graus dentro de SP

No auge do veranico deste inverno, em julho, termômetros marcaram em São Paulo, na mesma hora, temperaturas com até 12 graus de diferença. A variação que muitos paulistanos notaram este ano é a mais alta desde que o clima nos distritos da cidade passou a ser monitorado por imagens de satélite. O sobe-e-desce da temperatura é resultado de um complexo fenômeno climático, o das ilhas de calor urbanas.

Essas ilhas são provocadas por fatores como concentração de prédios e pouca arborização. Elevam a temperatura principalmente em bairros do centro e da zona leste. Têm seu contraponto nos oásis ''frios'' remanescentes da borda das Represas Billings e Guarapiranga, zona sul, e na Cantareira, zona norte.

''O calor é como uma febre, um sintoma de que a cidade está doente'', diz a geógrafa Magda Lombardo, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ela estuda oscilações de temperatura nos bairros da capital desde 1985 e as compara a resultados de outras metrópoles, como Nova York.

As ilhas de calor também são as responsáveis pelas pancadas abruptas de chuva, cada vez mais intensas em regiões como a da Sé e dos Jardins. A poluição, que ajuda a elevar a temperatura, e a retenção de calor pelo asfalto também contribuem para o fenômeno. Tanto que, para Magda, São Paulo é hoje a cidade das pancadas intensas de chuva - e não da famosa, e cada vez mais rara, garoa.

''O problema (das ilhas) atinge a todas as classes sociais'', alerta a especialista. ''O calor produzido pelo homem e a baixa umidade relativa do ar formam um deserto artificial.''

Magda escreveu o estudo Ilha de Calor nas Metrópoles: O Exemplo de S.Paulo, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Ciências, em 1986. Ele indicava que, na época, a variação de temperatura na capital chegava a 10 graus. Desde então, além do aumento de 2 graus em pouco mais de 20 anos, a geógrafa apurou outro dado preocupante. A temperatura média na cidade subiu 1,2% no século passado, ante 0,7% em Nova York.
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Postby Danilo » 16 Sep 2007, 12:55

Mais chato que a crise aérea... o entupimento das nossas vias terrestres. Pelo menos em São Paulo. Normalmente um carro ocupa cerca de quatro vezes mais área de via que o transporte público em espaço pra transportar o mesmo número de pessoas. Ônibus resolve?

A Cooperauhton, dona do ônibus cuja roda se soltou e causou a morte de um jovem de 26 anos na quarta-feira, foi vistoriada nesta quinta pela SPTrans. Dos 39 veículos vistoriados até a noite, 34 foram lacrados pela fiscalização. O veículo que soltou a roda tinha sido vistoriado pela SPTrans no último dia 3, nove dias antes do acidente. A empresa, no entanto, garante ter manutenção 24 horas.

Fora o problema de mantuenção, tem a capacidade da lotação do transporte público. No horário de pico, há ônibus que ficam parados mais de um minuto nos pontos de corredores por causa da fila de pessoas tentando entrar no veículo já lotado.

E as motos resolvem? Tem uns 10 acidentes com motos todo dia. Deses, uns 3 fatais. O problema, em parte, é porque quanto mais os motoboys correm demais, pois ganham mais se pegam mais encomendas. Hostilizados pelos motoristas de automóveis, muitos motoboys vão além de desrespeitar as regras de trânsito e ameaçam com chutes nos carros e retrovisores quebrados os que impedem sua passagem entre os veículos.

Será que não seria uma boa facilitar mais a vida do pedestre e ciclistas?
O Projeto Ciclista Cidadão, que entrou em vigor esse ano, garante o acesso dos ciclistas ao Metrô e aos trens da CPTM nos finais de semana. Mas ainda são necessárias muitas pedaladas para se chegar ao ideal ou, pelo menos, garantir mais segurança para quem anda sobre duas rodas na capital. Em 2005, ano do último levantamento feito pela CET, foram 93 mortes de ciclistas, principalmente em avenidas que dão acesso às saídas da cidade.

Difícil...
:shy:
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Postby Danilo » 23 Sep 2007, 19:06

Postei o seguinte lá na comunidade da FAU:

Foi anunciada a construção de uma ciclovia que passará pelas avenidas Jorge João Saad e Eliseu de Almeida e deve começar a ser construída esse ano. O projeto contempla também a construção de uma passarela para pedestres e ciclistas na ponte Cidade Universitária, o que facilitará o acesso da Vila madalena e de Pinheiros à universidade. A conclusão das obras é prevista para 2010.

Já que os caras estudam urbanismo, seria mais provável que respondessem do que poraqui. E responderam mesmo:

Importante ainda é resolver o acesso de pedestres à Ponte Cidade Universitária por quem vem da Estação de Trem. É um desconforto enorme cruzar a alça de acesso a ponte de quem vem pela marginal sem nenhum semáforo ou sequer faixa de pedestres, e ainda passar por aquela escadaria imunda fedendo a escrementos.
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Postby mends » 24 Sep 2007, 10:02

eXcrescência é um Universitário escrevendo eScrementos...
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congestionamento

Postby Danilo » 13 Mar 2008, 20:33

O trânsito de São Paulo pode ser traduzido numa marca recém-atingida pela cidade: 6 milhões de veículos, quase um para cada dois habitantes. É de arrepiar. Na última década, a frota paulistana aumentou 2,5 vezes mais do que a própria população. Além de roubarem de cada cidadão horas que jamais serão recuperadas, os congestionamentos prejudicam a economia e queimam milhões de litros de combustível. Na semana passada, a cidade bateu sucessivos recordes de lentidão pela manhã: 149 quilômetros na segunda-feira, 155 quilômetros na terça e 165 quilômetros na quinta, o pior do ano. De 2006 para 2007, a velocidade média dos veículos nas ruas da capital caiu de 29 para 27 quilômetros por hora.
(fonte: Veja SP)

Apesar das notícias sobre o trânsito fiz a besteira de ir pra aula dirigindo bem no horário de pico. Resultado: fiz o percurso casa-USP na extraordinária velocidade média de 6,7 km/h. Que saco. A pé eu conseguia essa média.
:_|
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custo dos congestionamentos

Postby Danilo » 15 Mar 2008, 13:33

Lentidão custa R$ 4,1 bi por ano para SP

O custo dos congestionamentos na Grande São Paulo é de pelo menos R$ 4,1 bilhões por ano, segundo cálculo oficial da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. Essa conta considera ainda que os paulistanos poderiam converter em renda ao menos 30% do tempo que perdem nos deslocamentos de ida e volta para o trabalho. O tempo perdido por falta de infra-estrutura de transporte coletivo é comparado com o tempo ideal se a cidade tivesse trens e metrô eficientes em quantidade suficiente. O cálculo inclui as perdas financeiras com acidentes de trânsito e com a poluição.

O próprio secretário José Luiz Portella admite, porém, que o cálculo é subestimado: "A perda é muito maior, se levarmos em conta o serviço malfeito decorrente do esgotamento das pessoas, após viagens exaustivas em um transporte coletivo ineficiente em um trânsito travado." Ele afirma que a cidade está deixando de ser atrativa para investidores e também para novos moradores, por causa da qualidade de vida ruim.

(texto completo em http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080315/not_imp140593,0.php)
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Re: Urbanismo

Postby Danilo » 11 May 2008, 00:22

Ônibus poderá ser monitorado on-line

Através do Programa Olho Vivo, os ônibus que circulam nos 19 terminais inteligentes, 10 coredores exclusivos e em 135 quilômetros de vias públicas poderão ser monitorados na internet pelos usuários a partir de 12/05. Os principais veículos de comunicação terão acesso às condições de transporte em terminais, corredores e principais vias de circulação, além de tempos de percurso, velocidades e números de veículos disponíveis nas linhas em operação. Usuários poderão ver pelo site da SPTrans (http://www.sptrans.com.br), a situação da frota e a fluidez dos ônibus de hora em hora.

Os computadores existentes nos ônibus, aos quais está acoplado um equipamento GPS, transmitem dados como prefixo da linha, sentido e posição do veículo para um centro de processamento de dados. A informação é enviada a centros de operação e terminais. Para a Secretaria Municipal de Transportes, concessionárias e permissionárias, o sistema permite maior planejamento, redução de custos, melhor adequação entre demanda e oferta do serviço, ajuste em tempo real dos horários de partida, e notificação imediata em casos de ocorrências.

(mais em http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/ ... hp?p=23480)
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TVs nos ônibus

Postby Danilo » 04 Jun 2008, 11:34

Desde o ano passado, tem ficado cada vez mais comuns umas TVs nos ônibus. São a BUSTV e a TVO que transmitem dicas bobas e curiosidades genéricas. A TVO felizmente é muda. Diariamente, os arquivos programados para exibição são enviados para servidores locais, nas garagens das empresas de transporte urbano, via conexões IP ou dedicadas. Ao final do expediente, na medida em que os ônibus equipados com o sistema se aproximam da área de abastecimento e lavagem, são detectados por um sistema wireless e então tem o conteúdo atualizado.

Já viram essas chatices? Melhor seria se o sistema GPS que informa a posição dos ônibus fosse implantado em mais linhas.
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Re: Urbanismo

Postby Rafael » 06 Jun 2008, 11:52

Chatice porque? é uma receita adicional pra empresa... tem é que por mesmo...

Não é comparável ao GPS, porque é um serviço adicional, e a TV é uma fonte de renda... Poderiam atrelar: pra por TV, o busão tem de ser monitorado...
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Re: Urbanismo

Postby tgarcia » 06 Jun 2008, 13:01

é o mesmo esquema de tv de elevador. :o!!!
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Re: TVs nos ônibus

Postby Danilo » 06 Jun 2008, 23:23

Se você não acha chato é porque não anda de ônibus, oras. O menos pior é a previsão do tempo. Tem horóscopo, vídeo-cassetadas tiradas da internet, dicas de como melhorar sua qualidade de vida... A melhoria que a TV podia me trazer é dar informações das linhas e horários da mesma via.

E se for comparar com TV no elevador, a do ônibus perde, pois:
- O público é muito variado e portanto conteúdo muito genérico;
- Os elevadores (ainda) não sofrem com horário do rush, então, se a programação repete, é difícil perceber.

Essa semana vi que tem mais uma "marca" de TV. Passava quase que só a Band News. Só que do dia anterior. Pra ser mais exato, programação com 23h de atraso.

E mais, pra continuar o post-reclamação, pra que diabos o letreiro do ônibus tem que dar "bom dia" e "boa noite"!?
;(
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