SEX, LIES AND STATISTICS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 25 Oct 2005, 07:58

GIBA UM

Álcool no bolso
Quem ganha até R$ 250 por mês compromete 33% da renda em bebidas alcoólicas (29 litros por mês) e quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 10 mil gasta apenas 2,6% no orçamento com bebidas, (37 litros por mês). Em todas as classes, cerveja é o que mais se bebe. O cenário é da cidade de São Paulo, segundo levantamento da Fipe.

:wacko:

Algúem, em sã consciência. teria achado que o número relativo deveria se manter??????? O tipo da pesquisa inútil. Se bebemos 30 litros/mês em média, sendo o Daniel e o AF os outliers da parada, precisa estender a pesquisa para todas as classes?
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Postby Aldo » 26 Oct 2005, 10:29

Completamente outlier...1ª1ª....eu só beberico um calicezinho de liqueur no almoço dominical....
Sr. Santos
PS: E essa cara de tarado na foto aí, hein? É um besteirentãozinho!!!
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Postby mends » 26 Oct 2005, 19:30

com o dedinho pra cima? "liqueur" combina com dedinho pra cima, assim como cognac :lol:
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Postby mends » 27 Oct 2005, 09:37

GIBA UM

Conselhos milionários
“Sejam agressivos, desconfiem de seus assessores, quando alguém o desafiar, lute” ou ainda “Seja duro, arrase com eles, não confie nas pessoas, elas tem que respeitar você”. Esses são alguns dos conselhos dados por Donald Trump em suas palestras em empresas e até em universidades. Detalhe: Trump está cobrando <span style='color:red'>US$ 25 mil por minuto</span>. Até agora, alavancado pelo sucesso do programa The Apprentice , já fez 12 palestras e apenas uma de uma hora, ou seja, por US$ 1,5 milhão.

:P Tá bom que alguém paga tanto pra ouvir o Trump...uma palestra do Warren Buffett, maior estrela entre os fund managers americanos, segundo homeme mais rico do mundo, inteligente pra cacete, alvo de "peregrinações" em Omaha, no Nebraska, desenvolvidas por todos os alunos de MBA interessados em finanças de todas as escolas relevantes, maior acionista individual da Coca Cola e da Procter&Gamble, etc etc etc, cobra 80,000 pra falar duas horas, e leiloa alguns almoços entre interessados e ele, e doa tudo pra caridade. E vem nego me pagar 1.5 lasconas pra falar com o o cara que casou com a IVANA ?
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Postby Danilo » 27 Oct 2005, 11:36

Caramba, de 25 mil pra 666 dólares/minuto? Pra falar “Sejam agressivos, desconfiem de seus assessores, quando alguém o desafiar, lute" só cobro meio dólar o minuto.
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Postby mends » 08 Nov 2005, 15:20

Está hoje no UOL que pesquisa CIENTÍFICA PROVA que as mulheres dirigem melhor que os homens, porque o progesterônio estimularia o reflexo da muierada....

Espaço amostral pra conclusão PROVADA CIENTIFICAMENTE?


43 indivíduos....

Universo?


Minha rua????????
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Postby Danilo » 08 Nov 2005, 22:03

Será que não faltou um zero?
Putz, não faltou... acabei de ver o original no site da BBC. Vamos fundar também um instituto de pesquisas científicas? Poderemos ter um artigo na BBC, fácil!

:wacko:
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Postby mends » 17 Apr 2006, 19:24

coluna do Sr. Gilberto Dimenstein:

folha de s.paulo
10/04/2006
É certo uma doméstica ganhar mais do que um professor?


O salário médio de uma empregada doméstica na cidade de São Paulo é de R$ 800, informa a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas. É mais do que os R$ 615 pagos a uma professora iniciante da rede municipal, com uma carga horária de 20 horas. Se comparássemos com uma doméstica diarista, a diferença seria muito maior: sua média de rendimentos é de R$ 1.600 mensais.

O professor iniciante paulistano não pode, aliás, nem mesmo contar vantagem diante dos pedintes dos semáforos. Segundo estimativa da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, esse trabalhador tira, em média, R$ 25 por dia.

Com o rendimento inferior ao de uma empregada doméstica e quase empatado com o de um pedinte, entende-se por que os professores entraram em greve em São Paulo.

O problema não é só dinheiro: eles vivem sob intenso estresse, devido às salas superlotadas, alunos indisciplinados e agressivos, além de serem vítimas das mais diversas formas de violência.

Nessa questão salarial se revelam, na verdade, os valores de uma nação. Na prática, essas comparações significam, por mais absurdo que pareçam, que a sociedade dá mais valor à posição social de uma empregada do que a de um professor público -é assim que se medem, e não no palavrório, as verdadeiras prioridades do país.

Poderíamos medir a prioridade não só pelo salário mas pela baixa repercussão que essa greve tem na opinião pública. Imaginem o barulho que haveria se a paralisação fosse em escolas de elite, e os filhos das famílias mais ricas tivessem de ficar em casa por duas semanas. No caso da rede pública, as mães muitas vezes não têm nem com quem deixar seus filhos.

Se achamos que, sem boa educação pública, uma nação não consegue se desenvolver com um mínimo de igualdade e que a produtividade econômica estará ameaçada, o lógico seria que existissem esforços continuados e obsessivos para estimular a carreira do professor. Como podemos atrair pessoas mais talentosas e preparadas sem estímulo salarial?

Evidentemente o que vemos hoje não é culpa desse ou daquele governo, mas de uma falta de reverência a compartilhar de conhecimento entre todos. Como as famílias mais ricas têm seus filhos em escolas privadas, uma greve como a que está ocorrendo provavelmente só entra na conversa -isso se entrar- se a empregada lamentar com a patroa que não tem com quem deixar o filho.

Há traduções óbvias e repetidas para essa fragilidade: repetência, evasão e baixíssimo aprendizado. Uma das traduções não tão óbvias foi apontada, na semana passada, pelo presidente Lula, ao dar uma estocada, sem citar o nome, em Geraldo Alckmin, seu principal adversário e cada vez mais ameaçador, como mostra hoje o Datafolha.

No esforço de ir minando a imagem do ex-governador, o PT se prepara para mostrar as imagens de selvageria da Febem, que, na semana passada, voltou a exibir mais uma rebelião. Essas imagens apenas reforçam o que todos sabemos: o desempenho do governo estadual está muito abaixo, nessa área, do que o esperado. Pelo volume de dinheiro que se despeja na prisão de crianças e adolescentes e pelo que já conhecemos sobre a inutilidade de grandes instalações como a do Tatuapé, melhores resultados poderiam ter sido apresentados.

Lula lembrou que se construíssem mais escolas haveria menos prisões. Colocada nesses termos simplistas, a frase tem efeito apenas eleitoral. Mas, em essência, é isso mesmo. O problema da Febem não é, a rigor, apenas a Febem. Antes fosse.

O problema é nossa incapacidade de prevenir a delinqüência juvenil, e, aí, a discussão se torna extremamente complexa. Se houvesse mais e melhores escolas, provavelmente haveria menos unidades da Febem, menos assaltos e menos assassinatos. Como ter boas escolas se, na cidade mais rica do país, um professor ganha tanto quanto um pedinte e menos do que uma empregada doméstica? Será que esse indivíduo terá recursos para comprar livros ou ir ao teatro? Pode alguém ser, de fato, um bom professor sem uma vivência cultural?

Evidentemente que não. Isso significa que a escola vira mais um espaço de exclusão, especialmente para aqueles em situação de risco, do que de inclusão, servindo de incubadora para candidatos a internos da Febem.

Se os ataques sobre a Febem, de Alckmin, servirem para esse tipo de reflexão, ruim para o ex-governador, bom para o país. Se forem apenas para ficar nos chavões, será perda de tempo.

P.S- Para melhorar o desempenho dos professores, gosto de uma idéia que, em geral, os professores detestam. Em vez de aumentos salariais indiscriminados, os educadores poderiam ganhar um bônus a partir do desempenho de seus alunos. Nos lugares em que tal idéia foi testada e, ao mesmo tempo, se ajudou na qualificação do educadores, os resultados foram estimulantes. O professor passa a ser sócio do sucesso do aluno, e não do fracasso.


Carta de um encrenqueiro* conhecido meu** sem nada mais urgente pra fazer que responder pra jornalista***

*adivinhem...
**...
*** :whip:

Prezados Senhores,

O sr. Gilberto Dimenstein manipulou sem pudores os "números" para sustentar, em sua coluna de domingo, uma tese esdrúxula: a de que os professores ganham menos que as domésticas.
Sr. DImenstein: ou aprenda matemática, ou pare de escrever sobre o que não sabe - aliás, é vergonhoso para um "especialista" em educação escrever bobagens sem o mínimo embasamento. O sr. nunca poderia ter comparado um número que certamente está no último quartil de uma distribuição supostamente normal com uma média, também de uma população supostamente normal. O sr. está comparando laranjas com bananas.
Se quisesse ter uma mínima noção da comparação que quis fazer, deveria pegar a mediana dos salários dos professores de SP, não necessariamente de todos, mas de uma amostra que incuísse professores dos caríssimos colégios particulares. A mediana é a medida de posição que divide a distribuição exatamente ao meio.
Se quisesse fazer com médias, teria que necessariamente proceder um teste paramétrico de comparação de médias, escolhida uma determinada significância, um "nível de certeza". O que o senhor fez é MANIPULAÇÃO ou IGNORÂNCIA, e, em qualquer dos casos, é INACEITÁVEL.
Aliás, nem preciso ir tão longe: se uma professora ganha 615 por 20 horas, assumindo que uma doméstica ganhe em média os 800 por 40 horas, teríamos a professora ganhando 1.230 pelas mesmas 40 horas...
Em suma: manipulação barata.
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Postby Danilo » 18 Apr 2006, 00:20

IIIieeeh... Mendonça pra articulista da Folha!

:lol:
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Postby telles » 18 Apr 2006, 09:21

Eu sempre brinco com esse assunto... Na hora do almoço, quando entra todo mundo no elevador, eu digo 100% das pessoas que almoçam da minha empresa entraram no elevador, 90% comeram brocolis, e por aí vai....

No texto dele, ficou claro de início que ele queria puxar a sardinha pras professoras, que eu não discuto que ganham pouco, e por isso mesmo ele não precisaria ter forçado a barra... Elas já ganham mal, não precisa exagerar!
Telles

Conheça aqui a Vergonha Nacional
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Postby mends » 04 May 2006, 11:12

mais uma da série ECOCHATOS BURRÕES E MANIPULADORES. Gostaria de saber qual base de dados tem dados de 20 mil anos atrás...

CLIMA

Painel internacional de cientistas diz em seu 4º relatório que temperatura global subirá entre 2C e 4,5C neste século

Aquecimento hoje é o pior em 20 mil anos
Mike Finn-Kelcey - 25.mai.2005/Reuters
Torres de resfriamento em usina termelétrica a carvão de Radcliffe, Reino Unido, cujo sistema energético usa fontes poluentes


STEVE CONNOR
DO "INDEPENDENT"

O aquecimento global tem sido agravado pela poluição humana, e a escala do problema não tem precedentes pelo menos nos últimos 20 mil anos, segundo uma versão preliminar de um novo relatório feito pelos principais climatologistas do mundo.
A avaliação do grupo internacional, que vazou, diz que hoje há evidências esmagadoras de que o clima da Terra está sofrendo uma transformação dramática devido às atividades humanas.
Uma cópia preliminar do relatório de um dos grupos de trabalho do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) declara que as concentrações de dióxido de carbono, metano e outros gases-estufa são as mais altas em pelo menos 650 mil anos.
O relatório prevê que as temperaturas médias globais neste século subirão entre 2C e 4,5C como resultado da duplicação das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera em relação aos níveis pré-industriais, devido a emissões por atividades humanas (como a queima de petróleo e carvão e o desmatamento das florestas tropicais, como a Amazônia).
A isso poderia se somar mais 1,5C como decorrência de "feedbacks positivos" no clima, resultantes do derretimento do gelo marinho, do permafrost (solos congelados do Ártico) e da acidificação dos oceanos.
O relatório preliminar será o quarto desde que o IPCC foi estabelecido, em 1988, e deveria permanecer confidencial até que a versão final fosse publicada, em 2007. No entanto, um comitê do Senado dos EUA obteve uma cópia e resolveu torná-la disponível na internet, mediante pedido.
O Programa Científico de Mudança Climática dos EUA, que lançou anteontem seu próprio relatório -reconhecendo que o efeito estufa é agravado pelo homem- disse que queria o maior número possível de cientistas comentando o relatório do IPCC. O chefe do painel, o indiano Rajendra Pachauri, no entanto, não foi informado da decisão.
A linguagem do relatório enterra de vez sugestões de que a mudança climática é um fenômeno totalmente natural. "Há evidências amplas de aquecimento antropogênico [criado pelo homem] do sistema climático em observações na superfície, na atmosfera e nos oceanos", afirma.
"É muito provável que o forçamento [impacto] dos gases-estufa tem sido a causa dominante do aquecimento global observado nos últimos 50 anos."
O relatório diz ainda que a mudança climática deve continuar por décadas e talvez séculos, mesmo se as emissões de gases-estufa forem cortadas. "2005 e 1998 foram os dois anos mais quentes já registrados. Cinco dos seis anos mais quentes ocorreram nos últimos cinco anos (2001 a 2005)."
O derretimento de geleiras continentais e polares poderia elevar o nível dos mares em 43 centímetros até 2100, e o aumento para os próximos dois séculos poderia ser o dobro disso, afirma o relatório.
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Postby junior » 04 May 2006, 12:48

Ok, longe de ser um especialista, mas dando aqui meu bico :-).

É possível inferir dados de tanto tempo atrás usando bases geológicas (não tenho a menor idéia como!!), não é simplesmente um negócio "chutado". Dessa forma sabemos, por exemplo, sobre as glaciações, etc, etc. Ou seja, a base de dados eu chutaria que é razoavelmnet confiável.

O que não parece ser muito são os modelos. Modelos de previsão climáticos parecem ser suficientemente complicados, pois lidam com eq. diferenciais altamente não-lineares, que dão origem a caos (no sentido físico, ou seja, qualquer pequena mudança nas condições iniciais levam a grandes mudanças no resltado final). Isso sem falar que há n variáveis em jogo, e parece ser realmente difícil levar tudo em conta.

O principal ponto é que grupos distintos dão números distintos, dependendo de quem os paga... :unsure: Outra coisa é que mesmo que os números convergissem, e dissessem "OK, a Terra está aquecendo", seria difícil dizer se isso deve-se à ação humana ou não...

De qualquer forma, tenho um "feeling" que não vale a pena arriscar com essas coisas: suponha que de verdade a Terra esteja esquentando, e de verdade a culpa seja nossa. O que fazemos? Começamos a agir agora, mesmo sem dados concretos, ou deixamos para agir mais tarde, quando podemos estar "atrasados"? Tudo depende de quanto vc arrisca no poker, e nesse sentido diria que sou um pouco conservador. Resumindo: assina Kyoto, Bush!
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Postby mends » 04 May 2006, 15:21

Resumindo: assina Kyoto, Bush!


desculpe, mas aqui não dá. por favor, g.w., não assine kyoto. essa foi uma das MELHORES atitudes que vc tomou...a única coisa boa que kyoto tem é a criação do mercado de créditos de carbono, que dá ao mercado a responsabilidade de lidar com a poluição. agora, se vc ler o protocolo, verá que tem desde simples "multas" por emissão A DESLOCAMENTO FORÇADO DE POPULAÇÃO, O QUE É...ADIVINHA...TOTALITARISMO!!!!

quanto a aquecimento da terra: ok, dados são confiáveis (não sei como, isso me parece uma tautologia: eles são confiáveis na medida em que são consistentes com modelagens que os cientistas desenvolvem para o clima. A meu ver, isso é tautologia, aquilo que é verdade pela definição dos termos). Então porque cientistas mais velhos dizem que a terra não está aquecendo e cientistas mais jovens dizem que está? vc mesmo já disse que pode ser um viés de "patrocínio" - velhos não precisariam mais agradar ao mainstream para conseguir bolsa.

E, de mais a mais, pra mim é igual à gripe do frango: derretimento "irreversível" e "catastrófico" das geleiras está na pauta dos desastres pra ontem desde que me entendo por gente, e lá se vão um quarto de século. Além do mais, a camada de ozonio tb era "claramente" afetada pelo homem, tanto que mudaram até as embalagens do McDonalds; hj não só não tem mais buraco, mostrando que poderia ser uma flutuação, como o vilão mudou, agora são so "gases estufa".

Mas só que nesse caso, como no dos alimentos "orgânicos"*, o problema é que, para sermos ecologicamente corretos, podemos colocar em risco nossa economia e nossa capacidade de sobrevivência: como sobreviver sem combustíveis fósseis?

*No caso dos alimentos orgânicos, a conta é simples:
1) São mais caros e de qualidade inferior, porque, em suma "Vêm com bicho";
2) Pra se ter a mesma quantidade de alimento sem a mesma produtividade por ha, vai ter que ter mais terra plantada e...adinha? terra é o único elemento realmente finito dessa equação (a produtividade apresenta retornos marginais decrescentes, é certo, mas só até a próxima revolução tecnológica).

RESUMINDO: FORA KYOTO, ECO-TERRORISTAS E AMANTES DO MICO-LEÃO.
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Postby junior » 05 May 2006, 10:03

desculpe, mas aqui não dá. por favor, g.w., não assine kyoto. essa foi uma das MELHORES atitudes que vc tomou...a única coisa boa que kyoto tem é a criação do mercado de créditos de carbono, que dá ao mercado a responsabilidade de lidar com a poluição. agora, se vc ler o protocolo, verá que tem desde simples "multas" por emissão A DESLOCAMENTO FORÇADO DE POPULAÇÃO, O QUE É...ADIVINHA...TOTALITARISMO!!!!


Deslocamento é sem dúvida totalitarismo. Agora, multa por emissão me parece uma reedição do "sujou, limpou", com a diferença que nesse caso é "sujou, paga pra alguém limpar". Uma das maneiras mais fortes de convencer alguém de algo é pelo bolso...


quanto a aquecimento da terra: ok, dados são confiáveis (não sei como, isso me parece uma tautologia: eles são confiáveis na medida em que são consistentes com modelagens que os cientistas desenvolvem para o clima. A meu ver, isso é tautologia, aquilo que é verdade pela definição dos termos).


Bom, isso acontece com tudo, não só com clima! Tudo é meio "model dependent", mas se alguém consegue dados "usando modelos de coisas diferentes" (sei lá, geologia e estudando geleiras, por exemplo, coisas que supostamente não estão relacionadas), isso é uma evidência que seu modelo tem algo a dizer. Lembre-se: ciência é algo iterativo: modela, testa, funciona->ok, não funciona->modela...

Então porque cientistas mais velhos dizem que a terra não está aquecendo e cientistas mais jovens dizem que está? vc mesmo já disse que pode ser um viés de "patrocínio" - velhos não precisariam mais agradar ao mainstream para conseguir bolsa.


Bom, primeiro que não sei se isto está ou não relacionado à idade, nunca vi nenhum comentário do tipo. Acho que, como disse, está muito mais relacionado com quem te paga... Só duas outras coisas: bolsa todos precisam, sejam velhos ou novos :-) E mainstream por mainstream, se quem dá bolsa é a NSF nos EUA, supostamente o mainstream apoia o não aquecimento...

E, de mais a mais, pra mim é igual à gripe do frango: derretimento "irreversível" e "catastrófico" das geleiras está na pauta dos desastres pra ontem desde que me entendo por gente, e lá se vão um quarto de século.

Perai´, um quarto de século não é nada... Isso é como fazer estatística com 5 pontos: 20% sempre vão dar algo ;-)

Além do mais, a camada de ozonio tb era "claramente" afetada pelo homem, tanto que mudaram até as embalagens do McDonalds; hj não só não tem mais buraco, mostrando que poderia ser uma flutuação, como o vilão mudou, agora são so "gases estufa".

Não sei se o buraco não anda por lá, hein... O fato que ninguém fala não quer dizer que o problema desapareceu.

Mas só que nesse caso, como no dos alimentos "orgânicos"*, o problema é que, para sermos ecologicamente corretos, podemos colocar em risco nossa economia e nossa capacidade de sobrevivência: como sobreviver sem combustíveis fósseis?


Investindo em buscas de alternativas. O que não podemos é f***r o planeta e deixar pros nossos filhos qualquer coisa...

RESUMINDO: FORA KYOTO, ECO-TERRORISTAS E AMANTES DO MICO-LEÃO.

Agora virou preconceito racial :lol: :lol: Falando sério, o fato que os manos Greenpeace são sem noção não invalida os argumentos: temos um único planeta habitável, até onde sabemos. Se estamos ferrando com ele, estamos colocando em jogo não apenas a economia, mas toda a cultura humana, etc, etc... Como disse, meu ponto é que o risco não vale a pena...
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Postby mends » 07 Aug 2006, 08:56

R. Azevedo

Falar de Aloizio Mercadante (SP), candidato ao governo de São Paulo, pode ser uma irrelevância sob muitos aspectos. É irrelevante porque ele tem a adesão de uma pequena parcela do eleitorado; é irrelevante porque seu aporte intelectual não merece tempo e linha de ninguém; é irrelevante porque ele é ignorado até em seu próprio partido. Então por que vou falar dele? Porque, de certo modo, ele representa o que a política pode produzir de pior: um mistificador que acredita que, de fato, diz coisas sérias, ponderadas, refletidas. E aí a mídia lhe dá atenção e vai reproduzindo os números que ele põe para circular. Seu papel talvez fosse confrontá-los com os fatos.

Mercadante participou de um evento neste domingo em que apresentou as suas propostas para a segurança pública. Proposta, de fato, não há nenhuma. Explicitou suas boas intenções: ele quer mais integração entre as várias áreas da Polícia e maior eficiência. Bom saber. Seria estranho, embora mais original, se quisesse o contrário. Quem cuida da área para ele ele é Guaracy Mingardi, cientista político e ex-secretário de Segurança de Guarulhos. Durante a divulgação das suas intenções, fez-se acompanhar por Marcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça.
Embora irrelevante, o que irrita em Mercadante? O uso que ele faz da estatística e dos números para pegar trouxa.

Como quem dissesse algo de revelador, mandou bala: “Estamos numa situação inaceitável. Tivemos 131 mil homicídios no Estado em dez anos. No segundo trimestre deste ano morreu mais gente em São Paulo do que na guerra do Líbano. Foram mais de dois milhões de veículos roubados em dez anos, praticamente toda a produção de automóveis do ano passado”.

Como método de argumentação, isso não quer dizer rigorosamente nada sobre a segurança ou insegurança no Estado. Mercadante pode estar dizendo, por exemplo, que a guerra mata pouco no Líbano; ou que mata uma enormidade, já que o país tem 3,7 milhões de habitantes, ou o correspondente a um onze avos da população do Estado que ele quer governar.

Um idiota da objetividade poderia dizer que, em 10 anos, os homicídios no Estado corresponderam a apenas um terço do que matou a tsunami. Mas a sua decisão de transformar comparação em categoria de pensamento não tem limites. De novo, ele escolhe o prazo de uma década para falar sobre o número de carros roubados: 2 milhões. É muito ou é pouco? Provavelmente, é muito, mas que importância tem ser este número o que se produziu de veículos no ano passado? E se tivermos produzido poucos carros no ano passado?
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