América Latina

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby junior » 16 Jan 2006, 05:52

¿¿Algún comentario??

'Chile vai avançar, sem perder a alma', promete Bachelet

MARCIA CARMO
da BBC Brasil, em Santiago

Num dia histórico, a primeira presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet, 54, disse que demonstrará que o país pode "avançar, sem perder a alma".

Com a voz às vezes embargada, ela avisou que implementará um novo estilo de governar "com mais diálogo" com os diferentes setores.

Emocionada, Bachelet falou para uma multidão que gritava seu nome, erguia bandeiras do país, dos partidos da Concertación, a frente governista, com fotos do ex-presidente socialista Salvador Allende e o ex-guerrilheiro argentino Ernesto "Che" Guevara.

Michelle subiu ao palco cercada por quatro mulheres e um homem - sua mãe, Angela Jeria, de 79 anos, e os filhos, Sofia, de 12 anos, Francisca, de 21 anos, e Sebastián, de 27 anos, ao lado da namorada.

Mulher presidente

"Que eu esteja aqui e seja a mulher presidente do país é a prova de que o Chile perdeu seus medos. Quem poderia imaginar uma mulher aqui há vinte, dez ou cinco anos?", afirmou.

"Parecia difícil, foi difícil, mas foi possível porque assim os cidadãos quiseram e a democracia permitiu". A multidão delirava, aos gritos de "Michelle, Michelle".

Ela lembrou que teve uma vida difícil, mas disse: "E quem não teve vida difícil?". A presidente eleita agradeceu, principalmente, aos votos das mulheres, maioria no eleitorado chileno e decisivas para sua vitória frente ao candidato da oposição, o empresário Sebastián Piñera.

"Mas a partir do dia 11 de março, não serei só a primeira presidente do Chile, mas governarei para todos os chilenos".

Vestida de terninho azul petróleo, ela lembrou que tem apenas quatro anos de mandato e que não pode perder tempo. O que explica, de certa forma, o café da manhã que terá, nesta segunda-feira, com o presidente Ricardo Lagos.

"O Chile ganhou de novo", disse ela, em referència à nova vitória da Concertación. Pouco antes, Lagos fez um pronunciamento e lembrou da importância desta base governista - formada por quatro partidos de centro-esquerda - que foi decisiva para que a direita, como recordou o ex-presidente Patricio Alwin, não voltasse ao poder.

E quando a presidente eleita citou o nome do presidente Ricardo Lagos - como homem "de grande honra" - a multidão gritou: "Lagos, Lagos". Ao que ela, sorridente, disse:

"Mais alto para que se possa escutar no Palácio presidencial de La Moneda".

Morte do pai

Durante seu discurso, Bachelet provocou lágrimas ao lembrar do pai, general da Força Aérea do Chile, Alberto Bachelet, morto depois de não suportar a tortura, na prisão, durante o regime autoritário de Augusto Pinochet.

"Eu queria poder abraça-lo agora. Mas sei que de uma forma inexplicável ele está perto de mim". Bachelet disse que do pai herdou o amor, "indiscriminado", pelo Chile e o espírito de ordem.

"A violência entrou na minha vida, destruindo o que eu amava. Fui vítima do ódio, mas consegui convertê-lo em compreensão, tolerância e, porque não dizer, em amor", disse.

"Pode-se amar a justiça e, ao mesmo tempo, ser generosa. Porque o Chile se reencontrou e porque avançamos muito e meu governo será de unidade. Governarei para todos os chilenos".

Ela disse que não é a primeira vez que o Chile surpreende o mundo. Segundo ela, após 17 anos de ditadura, o país caminhou dentro das instituições.

Disse ainda que quer implementar suas prometidas medidas sociais para tentar reduzir a desigualdade no país, uma das piores da América Latina apesar dos sucessivos anos de crescimento econômico.

Sediado em Santiago, o secretário da Cepal, o argentino Jose Luis Machinea, sugeriu que o Chile é um exemplo de que o crescimento não é suficiente para combater a concentração de renda.

Segundo o cientista político Guillermo Holzman, da Universidade do Chile, os 5% mais ricos do país concentram cerca de 80% da renda nacional.

Acompanhando Bachelet, os eleitores cantaram o hino nacional, mas pouco antes de que ela subisse ao palco, acompanharam um grupo de músicos mexicanos, outro de música chilena, e até um representante dos mapuchos, que usou um berrante.
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 16 Jan 2006, 08:46

o Chile é governando por "socialistas" há muito tempo. Perigo nenhum. É o melhor país pra se investir e pra se viver na América Latina, segundo toda e qualquer fonte confiável. Mas, de longe, acompanhando os comentários políticos do país por obrigação profissional, me parecia que o Piñera seria um presidente melhor. O único porém - grave - é ter sido ligado ao Pinochet.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby Wagner » 16 Jan 2006, 09:06

2/3 do empresariado chileno apoiou (inclusive financeiramente) a candidatura da Bachelet. Vai continuar crescendo igual os nostros hermanos. Nenhum riscos de um novo Chavez ou "cocaleiro".
User avatar
Wagner
Mestre Saidero
Mestre Saidero
 
Posts: 293
Joined: 11 Sep 2003, 09:43
Location: São Paulo

Postby mends » 16 Jan 2006, 09:09

olha só do que socialista gosta...

GIBA UM

Coca Uno
Evo Morales, que na campanha até ameaçou encampar refinarias da Petrobrás na Bolívia, foi tratado a pão-de-ló em sua primeira visita a Brasília: teve até o AeroLula colocado à sua disposição. Na conversa com o presidente Lula, Morales até confessou que gostaria também de ter um avião presidencial em seu país como seu colega brasileiro. A informação correu e meia hora depois, os brasileiros já ensaiavam até qual poderia ser o nome ideal para o avião de Morales. Deu Coca Uno na cabeça.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 16 Jan 2006, 09:22

Chile quer brasileños
Empresas chilenas investem em destinos turísticos na Patagônia e nos Lagos Andinos para atrair mais turistas do irmão tropical

Por Gisele Vitória, da PATAGônia

Uma foca leopardo é vista de vez em quando perambulando solitária entre um e outro iceberg na paisagem majestosa da Laguna San Rafael, no norte da Patagônia chilena. A tripulação do Catamaranes del Sur, sob a batuta do comandante Marcelo Vargas, batizou-a de Rafaela e garante que bem aventurados são aqueles que conseguem enxergar o animal perto do inabitado paredão de gelo de 700 metros de extensão e 35 metros de altura. O lugar, cujo degelo acelerado pelo aquecimento global consome oito centímetros diários do paredão, encanta turistas como o espanhol Edoardo Navarro. Aos 79 anos, ele armou-se de ânimo para voar de Madri rumo a Puerto Chacabuco.“Que aventura!”, vibrava, ao acomodar-se no bote inflável ao lado da mulher Maria Carmem, de 78 anos. Num cenário onde sempre se avista de algum ponto a Cordilheira dos Andes, eles não viram Rafaela. Mas admiraram a 500 metros de distância a geleira azulada de 18 mil anos que avança pelo Campo de Gelo do Norte, território congelado em meio a montanhas de mata nativa.


Termas de Puyehue: 6 dias US$ 1758 voando Lan Chile Shangrilá Operadora (21)2212-2727
Por trás do encanto glacial da lagoa de 130 km quadrados, cujo acesso turístico até cinco anos atrás só se dava por meio de cruzeiros de três a sete dias, há um esforço do Chile para torná-lo um destino mais freqüente dos compatriotas de continente. E não só ali. O Chile quer mais brasileños tanto na sua Patagônia quanto nos Lagos Andinos. O país aproveita a onda de crescimento de turistas brasileiros – em 2001, foram 72 mil e em 2004, 122 mil. A Corporação de Promoção Turística do Chile (CPT) fechou 2005 com um aumento ao redor de 12% da presença de brasileiros no sul.




Puyehue: Com três noites em Santiago US$ 1.648 voando Lan Chile Maktour.com.br (11) 3034-1234
Um dos alvos são os icebergs flutantes em San Rafael. A Detroit Chile, forte em construção naval, investiu US$ 11 milhões nos últimos cinco anos no vilarejo de Puerto Chacabuco, na região de Coihaique, para ser a base de saída mais rápida rumo a Laguna San Rafael. Cerca de 20 cruzeiros europeus serão recebidos em Puerto Chacabuco durante as férias. Em pacotes de seis dias oferecidos por agências brasileiras, a viagem custa US$ 1.758. Dali, saem dois confortáveis catamarãs com capacidade para 100 pessoas num passeio que dura em média 12 horas. Milhas distantes dali, uma outra região ao sul de Santiago merece a atenção da Corporação Turística do Chile (CPT) e da holding chilena Transoceanica, de origem alemã, que fatura anualmente cerca de US$ 900 milhões. O resort Termas de Puyehue, é uma das atrações do parque nacional de Puyehue, quase na fronteira argentina, a 130 quilômetros de Bariloche. Na 10 a região dos Lagos Andinos, a 80 quilômetros da cidade de Osorno, Puyehue é vulcânica, e aos pés da cordilheira dos Andes, possui águas termais e belíssimos lagos, além de um trunfo, o prestígio gastronômico. São as delícias de um pedaço austral do mundo que, pouco a pouco, transforma-se em centro de peregrinação privilegiada de brasileiros
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 17 Jan 2006, 18:41

esse é o novo presidente da Bolívia?
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 17 Jan 2006, 18:42

...ou é esse?
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 19 Jan 2006, 08:52

oportunidade de negócios... :P

Carne de conejo multiplica su presencia en mesa peruana
Miércoles, 18 de Enero de 2006, 9h06
Fuente: EL PERUANO



Pollerías ayudan a masificar su consumo, ofreciéndola a sus comensales ------- a la parrilla
Lima.- La carne de conejo es un producto cuyas características resultan benéficas para el consumo humano, ya que es rica en proteínas, vitaminas y minerales, de fácil digestibilidad, reducida en calorías y con bajos porcentajes de materia grasa y colesterol.

En el Perú, esta carne fue considerada por muchos años como un alimento de lujo, ofrecido sólo en los restaurantes más prestigiosos de Lima. Pero en los últimos años traspasó barreras sociales y ahora puede ser degustado en establecimientos de un arraigo más popular.

"Son precisamente las pollerías las que han incluido al conejo en su carta de platos a la parrilla, lo que permitió que en los últimos cinco años, el consumo de esta carne haya crecido alrededor de 10 veces", dijo el gerente general de Expo Pets Villa, Luis Fernández.

Con 25 años dedicados a la crianza de -------, Fernández aseguró que este mercado tiene mucho más qué ofrecer. "Antes, las labores de crianza se concentraban prácticamente en granjas artesanales o caseras. Hoy existen granjas de gran tamaño, cuya producción podría ser considerada industrial, aunque hay mucho por hacer", refirió.

Una granja que apunta a la crianza industrial posee instalaciones para unas mil 500 conejas madres; mientras que otras se pueden limitar a criar entre 100 y 200.

Demanda supera la oferta

Definitivamente en este rubro del sector pecuario, la demanda supera ampliamente a la oferta. Fernández reveló que toda la producción de Expo Pets Villa (150 ------- semanales) se destina a satisfacer el consumo local.

En igual situación se encuentra la empresa Molino Alto. "No existe la suficiente cantidad de granjas en el país para abastecer la demanda local. Es increíble el nivel de desarrollo que ha obtenido la crianza de este especie", declaró su gerente general, Ernesto Ramírez.

La producción de Molino Alto asciende a 700 ------- mensuales. "Contamos con un total de 300 madres y este año aumentaremos a 500", aseveró.

Subproductos

A diferencia de otras especies, la producción de conejo es bien aprovechada, ya que su piel es utilizada para la confección de prendas de vestir y accesorios de cuero; mientras que las patas son utilizadas para la elaboración de llaveros y artículos de bisutería.

"También se aprovecha su excremento para la elaboración de compos, que es una especie de abono de alta fertilidad utilizado en la agricultura", precisó Fernández de Expo Pets Villa.

Precios

El precio de la carne de conejo es quizá uno de los principales limitantes para aumentar su consumo en nuestro país. Así, el kilogramo de esta carne cuesta 14 nuevos soles, alto si se compara con el kilogramo de pollo, cuyo precio ronda los 4.50 nuevos soles.

No obstante, añadió Ramírez, a diferencia de otros tipos de carne, la de conejo se expende sin ningún tipo de víscera, grasa o hueso. "Lo importante es que el cliente adquiere un kilogramo de carne limpia y de alta calidad proteínica", aseveró.

Sabía que...

Según un estudio realizado en Estados Unidos, la carne de conejo es considerada como la mejor de todas las utilizadas en la alimentación. En 100 gramos de carne de conejo sólo hay 50 miligramos de colesterol; mientras que en aves existen 90 miligramos; en porcino 105 miligramos y en carne vacuna 140 miligramos.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 19 Jan 2006, 10:35

Por aqui é bastante comum comer de "conejo". O principal prato e´ a paella, que na sua versão "carne" leva "pollo y conejo". Aliás, parece que e´ em quase todos os países hispano-hablantes...

Por falar em carne, por aqui e´ extremamente raro encontrar carne (boa então nem se fala...)... Matei saudade de churrasco no ano novo indo comer num restaurante uruguaio :).
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 19 Jan 2006, 15:59

Bolivia takes on the superpower

Jan 19th 2006
From The Economist print edition


The United States can afford to relax

Reuters






WHATEVER else you may think about Evo Morales, the leader of Bolivia's coca-farmers who will become his country's president on January 22nd, he cannot be accused of underestimating his own importance in the scheme of things. The man about to inherit the problems of a chaotic, dirt-poor country of fewer than 9m people in the Andes boasts that he is the “worst nightmare” of the United States (see article). The boast, of course, is preposterous. The worry is not what he might do to the United States but what the United States, also exaggerating his significance, might do to him.

For two years Mr Morales has done his best to upset South America's established order. The protests he has led have toppled two presidents in Bolivia. He has campaigned to nationalise its rich deposits of natural gas and to stop the eradication of coca, the stuff from which cocaine is manufactured. He seems intent on cocking a snook at the superpower. Mr Morales is just back from a world tour, in an aircraft provided by his friend, Hugo Chávez, Venezuela's self-styled “21st century socialist” president. His first visit was to Fidel Castro in Cuba. Then, in Caracas, Mr Chávez invited Mr Morales into a Yanqui-bashing “axis of good” with Cuba and Venezuela. In Beijing Mr Morales pronounced himself an “ideological ally” of China. It is easy to see why the Americans might wish to undermine him rather than watch Bolivia turn into a cross between a Chávez-style elected autocracy and a narco-state.


But that would be a grave mistake. America has few, if any, vital interests in Bolivia. The main gas companies there are European and Brazilian, not American. Mr Morales's opposition to coca eradication will worry the drug warriors in Washington: it comes just when a squeeze on coca production in Colombia is at last having an impact on the street price of cocaine in the United States. But most Bolivian cocaine goes to Brazil and Europe—and “victories” over drugs tend anyway to be temporary blips in an unwinnable war.

The real interest of the United States in Latin America lies in supporting democracy. That means doing its best to work with Mr Morales, who with 54% of the vote in December's election has the strongest mandate of any Bolivian president since 1960. Although his election has been seen as part of a broader swing to the left in Latin America, the region in fact has two sharply differing lefts. One is made up of radical anti-American populists, epitomised by Mr Chávez. The other is social-democratic and economically responsible. This one includes Brazil's Luiz Inácio Lula da Silva and Michelle Bachelet, elected on January 15th as Chile's new president (see article). Despite appearances, there are some grounds to hope that Mr Morales can be wooed to the second camp.

Behind the rhetoric, the new president shows an appreciation of the realities of power. He chose, for example, to fly from Havana to Caracas via his own capital, for a meeting with the American ambassador. America is, after all, Bolivia's biggest aid donor. In both Spain and Brazil, Mr Morales spoke soothingly of negotiating with the gas companies, rather than of expropriation. Behind his victory lies a hunger for economic progress. To deliver that he will have to use Bolivia's gas to alleviate poverty, and improve infrastructure and education while not scaring away the private investment the country needs. It is possible that impatience and his more radical supporters will push him into Mr Chávez's camp. But he is duly elected. And for now he deserves the benefit of the doubt.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 19 Jan 2006, 16:03

Enter the man in the stripey jumper

Jan 19th 2006 | LA PAZ
From The Economist print edition


Evo Morales's “democratic revolution” is kicking off with mixed messages
AP


Not just a fashion victim

IT PROMISES to be a presidential inauguration like no other since Bolivia returned to democracy in the 1980s. For a start, Evo Morales, the new president, is unlikely to wear a suit and tie for the occasion on January 22nd. His recent world tour, taking in eight countries, was memorable not so much for his sometimes erratic rhetoric as for his skilful creation of a personal fashion style. This featured a distinctive red, grey, blue and white striped jersey, worn when he met the king of Spain and the president of China.

More importantly, Mr Morales, Bolivia's first president to proclaim his indigenous origins, has a powerful mandate. He will be the fourth president of his unstable country in less than three years, but the first since democracy was restored to have won an absolute majority. His Movement Toward Socialism (MAS) captured a majority of the lower house of Congress. It fell just short in the Senate, but looks likely to get its way there too.

To many Bolivians, the electoral triumph of Mr Morales, a coca-growers' leader and political street fighter, amounts to a “democratic revolution”. The traditional parties that governed Bolivia for the past two decades were all but wiped out. Just 17 of the 157 members of the newly elected Congress are survivors from the previous one.


Before the vote, Mr Morales scared foreign energy companies, Bolivia's biggest investors, by calling for nationalisation of gas; he irritated the United States by opposing the forced eradication of coca; he terrified businessmen in Bolivia's rich eastern provinces by promising land reform and state control of the economy. These tensions have not disappeared, but the scale of Mr Morales's victory, and his shrewd use of it, have eased them, for now.

On his tour, he gave two different messages. With Hugo Chávez in Venezuela, he denounced “neoliberalism” and “imperialism”. In return, his host promised to swap Venezuelan oil for Bolivia's soya and to provide $30m of launch aid to Mr Morales's government.

But Mr Morales also showed pragmatism. In Brazil and Spain, home to the two biggest investors in Bolivian gas, he declared that nationalisation did not mean expropriation and promised security of contracts. Brazil's state-owned Petrobras said it would become a partner of YPFB, the dormant state energy company that Mr Morales wants to revive. The “anti-imperialist” called for relations with the United States “based on respect” and met the American ambassador. He cancelled a visit to Iran, an American nemesis.

If the trip showed Mr Morales's disposition to negotiate, he can do so from a position of strength—and not just because his neighbours covet Bolivia's gas. For a country that has looked deeply divided, Bolivia produced a surprisingly united election result. He won votes not just from the poor and Andean Indians, but in the more prosperous east and among mestizos (people of mixed race) fed up with the corruption of traditional political parties. Many apparently calculated that handing Mr Morales a decisive victory would make Bolivia more governable. This confers on the new president and Congress a legitimacy their recent predecessors lacked.

Although Mr Morales's victory has released the energy of an earthquake, Bolivia's fault lines remain. His base is in the social movements, a loose coalition of indigenous groups, trade unions and civic organisations. He has promised them the moon. Gas will be nationalised. The minimum wage will be tripled to 1,500 bolivianos ($187.50) a month. A constituent assembly will “refound” Bolivia, in part by redistributing land in the prosperous east. Coca eradication will end.

Ranged against this utopian agenda is a collection of Bolivian and foreign interests. Also elected in December, for the first time, were nine prefectos (provincial governors) of whom only three belong to MAS. The prefectos of eastern provinces such as soya-growing Santa Cruz and gas-rich Tarija want a referendum on autonomy, to which Mr Morales has agreed. The crunch will come when they seek to shield themselves from land reform and to take control of health and education, a measure that trade unions will resist.

Then there are the talks with the gas companies, in which the government will have to reconcile its banner of nationalisation with the need to attract new investment. Even trickier will be relations with the United States. Its biggest worry, shared by Brazil and the European Union, is that the new government will give free rein to coca production. The head of Bolivia's army was sacked on January 17th, after he said that he had yielded to American pressure to send some 30 ageing Chinese surface-to-air missiles to the United States for destruction ahead of the election—an act that Mr Morales called “treason”.

Foreign aid, most of it from the United States or from institutions under its influence, accounts for a tenth of Bolivia's GDP. American trade preferences, due to expire at the end of the year, encourage the factory jobs the country needs to wean itself from dependence on natural resources. It is in Mr Morales's interests—but against his instincts—to secure and augment those jobs with a free-trade agreement.

He takes office with more diplomatic flair and a bigger stock of political capital than anyone expected. The next test will be to choose ministers who can translate his promises into workable policies. Fail, and the frustration on the streets may build again.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 20 Jan 2006, 16:05

Evo Morales homenageia Mao Tsé-tung e Fidel Castro, mas tranqüiliza os investidores
Um ex-dirigente sindical assim como Lula, presidente boliviano já vem moderando o discurso após turnê internacional antes da posse

Chrystelle Barbier
Enviada especial a La Paz, Bolívia

"Eu faço questão de agradecer os chefes de Estado que me deram conselhos", declarou Evo Morales, na terça-feira (17/01), em Buenos Aires, na saída de um encontro com o presidente argentino, Néstor Kirchner. "Não se trata de uma subordinação qualquer, e sim, muito mais de receber recomendações".

Foi assim que o presidente-eleito da Bolívia concluiu uma turnê internacional que havia sido iniciada no final de dezembro e terminou-se pouco antes da sua posse, agenda para este domingo (22). De Cuba até a Argentina, passando pela Venezuela, a Espanha, a Bélgica, a Holanda, a França, a China, a África do Sul e o Brasil, Evo Morales percorreu quatro continentes.

<span style='font-size:14pt;line-height:100%'><span style='color:red'>Em Havana, ele elogiou em Fidel Castro "o mestre, o sábio". Em Caracas, ele se disse um aliado "da luta antiimperialista e antiliberal" que vem sendo conduzida pelo presidente Hugo Chávez. Em Brasília, ele lembrou a sua admiração para com o seu "irmão primogênito", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.</span> </span>

**o mestre que matou milhões, está no POder há quarenta anos, de um país dos mais pobres do mundo...um aliado que só faz bravata porque vende ´petróleo aos "imperialistas"...

<span style='font-size:14pt;line-height:100%'><span style='color:red'>Em Pequim, ele enfatizou o seu "respeito" por Mao (Mão Tse-Tung, 1893-1976, o "Timoneiro", principal arquiteto do regime cominista chinês) e proclamou a sua "aliança política e ideológica" com o regime comunista. Mais tarde, na África do Sul ele comparou a discriminação da qual são objetos as populações indígenas bolivianas ao apartheid. </span></span>

**O timoneiro que foi O MAIOR ASSASSINO DA HISTÓRIA...

Na Europa, Evo Morales procurou tranqüilizar os investidores que se mostravam preocupados com o seu discurso sobre a exploração dos recursos naturais, garantindo-lhes a "segurança jurídica".

"A questão não é a nacionalização dos combustíveis, e sim como se dará esta nacionalização. Ora, Evo Morales sempre se opôs às expropriações", precisa o embaixador do Brasil em La Paz, Antonino Mena Gonçalves. "A companhia brasileira Petrobras, que controla 14% dos recursos energéticos bolivianos, não deixará o país".

"Esta turnê internacional tranqüilizou muita gente no exterior, mas também na Bolívia", sublinha o jornalista político Jaime Iturri. "Durante a campanha eleitoral, não faltaram os que anunciaram que o mundo isolaria o país caso Evo Morales fosse eleito, o que não é o caso".

Cuba, a União Européia, a Holanda e a Espanha prometeram ajudas em matéria de educação, de cooperação ou de luta contra a pobreza. A Venezuela deverá fornecer o petróleo para motores diesel e aquecedores, necessário para toda a população boliviana, em troca de produtos agrícolas.

De volta à Bolívia, Evo Morales beneficia agora de um apoio surpreendente por parte dos meios financeiros e dos chefes de empresa. "Este consenso foi construído por meio da sua vitória incontestável nas urnas", estima um diplomata europeu em missão a La Paz.

"O importante é que tenha havido um vencedor claro nessas eleições", explica Emilio Unzueta, o vice-presidente do Banco Comercial da Bolívia. Após ter conquistado cerca de 54% dos votos, o líder do Movimento pelo Socialismo (MAS, de esquerda) beneficia de uma legitimidade que nenhum presidente boliviano chegou a desfrutar desde o retorno da democracia em 1982.

"Evo Morales dispõe atualmente da autoridade para impor a ordem e a paz social à qual todos os bolivianos aspiram", garante o banqueiro Emilio Unzueta. "Pessoas oriundas de todos os setores da economia estão dispostas a apoiá-lo para evitar a retomada dos movimentos sociais dos últimos anos", confirma Carlo Caraffa, um diretor de empresas.

"Evo Morales está se dando conta de que ele não mais representa apenas a sua base, mas que o Movimento pelo Socialismo foi eleito graças aos votos da classe média e de uma parte dos empresários", sublinha a politóloga Ximena Costa. No decorrer das suas viagens, Evo Morales passou do estatuto de dirigente sindical para o de presidente da República, e adotou um discurso mais moderado.

Enquanto, no dia da sua eleição, em 18 de dezembro, ele concluiu seu discurso com o bordão "Abaixo os ianques", Evo Morales deixou entrever, no início de janeiro, um diálogo possível com os Estados Unidos. "Eu estou disposto a perdoar o pessoal da Casa Branca por tantas humilhações, tantas acusações; eu os perdôo uma vez que é preciso apostar num diálogo em busca da paz e da justiça social", declarou o presidente, sublinhando ainda que a Bolívia não quer "relações internacionais de submissão ou de subordinação".

Após ter se reunido com os presidentes do Brasil e da Argentina, com os quais ele renegociará o preço do gás, Evo Morales deverá tentar uma aproximação em relação ao Chile, com o objetivo de conseguir deste país uma abertura para o mar, a qual foi perdida pela Bolívia por ocasião da guerra do Pacífico (1880).

O presidente chileno, Ricardo Lagos, anunciou que ele estaria presente neste domingo em La Paz para assistir à cerimônia de posse de Evo Morales. Este anúncio augura bem da retomada das relações diplomáticas e das negociações entre os dois países.

Homens-chave do exército demitidos

O chefe do Estado boliviano em final de mandato, Eduardo Rodriguez, demitiu, na terça-feira (17), o comandante do exército de terra e aceitou a demissão do ministro da defesa, faltando cinco dias para a posse do novo presidente da República, Evo Morales.

Eles foram apontados como culpados no inquérito sobre 28 mísseis sol-ar enviados para os Estados Unidos para serem desativados. A esquerda viu neste episódio uma expressão da subordinação das forças armadas aos desígnios de Washington, sob pretexto de luta contra o tráfico de drogas
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 21 Jan 2006, 17:39

Evo é proclamado autoridade máxima indígena

Do <a href='http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/' target='_blank'>*blog de Josias de Souza*</a>

Em ato realizado na tarde deste sábado, Evo Morales, o novo presidente da Bolívia, líder indígena da etnia Aimara, foi proclamado autoridade máxima dos índios bolivianos. A cerimônia, carregada de misticismo, foi celebrada por sacerdores de diferentes etnias do país.

Deu-se no santuário pré-colombiano de Tiahuanaco, a 71 quilômetros de La Paz. Acompanhado de sua irmã Esther Morales, que fará as vezes de primeira-dama da Bolívia, Evo vestia um traje típico andino -túnica vermelha e gorro de quatro pontas.

Aos gritos de “Viva Evo” e “Viva Bolívia” e observado por representantes de diferentes tribos bolivianas, Evo foi submetido a um ritual de purificação. Durante a cerimônia, recebeu o “báculo”, bastão de comando que lhe outorgou o posto de autoridade máxima dos povos andinos. Neste domingo, Evo Morales toma posse como primeiro presidente índio da Bolívia.

Escrito por Josias de Souza às 18h31
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 30 Jan 2006, 16:26

Ollanta Humala é o louco da vez. Está em segundo lugar nas pesquisas para presidente do Peru. No blog Elections in Peru, da Universidade de British Columbia, lemos:

Before thousands of followers and nationalist party members he again expressed his commitment to support those dedicated to the cultivation of coca and proposed its industrialization. He believes the current government plans the eradication of the coca cultivation, which he described as "unjust".

"What we will do with the production of coca leafs is to industrialize it. Coca leafs is one thing, cocaine is another. We are against this antisocial treatment and if I should become president we will fight this plague (he actually used the word 'flagellate'). <span style='font-size:14pt;line-height:100%'><span style='color:red'>In order to prevent the coca leafs going into drug-trafficking, we are going to process it here, which will also create more sources of work and greater income for our farmers", Humala said, although he did not explain what markets would buy the coca grower's production.</span></span>

como todo socialista, Humala não sabe nada de economia, não sabe o que fazer pra atingir seus "nobres objetivos"...
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 01 Feb 2006, 10:20

agora que estou ficando mais familiarizado com a America Latina, tem uma coisa que me chama muito a atenção: a qualificação dos caras que trabalham na administração pública do Chile, do Peru e da Colombia. Todos formados no exterior, Harvard alumni de monte, e intelectuais LIBERAIS com chances de ter posições de influência, como Hernando de Soto (THE MYSTERY OF CAPITAL, livro ainda no pipeline, mas que, pelo abstract, é sensacional: discute o que transforma ativo em capital, que permite alavancar o nível de vida de um país, e como a falta de títulos de propriedade e estruturas legais confiáveis, que criam sociedades para-legais, minam os esforços capitalistas em melhorar o nível de vida. Basicamente, os pobres até possuem ativos, mas não conseguem transformar esses ativos em capital, freando o desenvolvimento das regiões pobres).

Antes de me acusarem de baba-ovismo, o que quero dizer com “formados no exterior” é que, em administração, escapar do ethos coletivista-assistencialista-coitadinho me parece muito importante para liderar um país com alguma chance de desenvolvimento...
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Next

Return to Política

Users browsing this forum: No registered users and 0 guests

cron