Universidades

Ciência, Saúde, Economia, Política

Postby Danilo » 06 May 2007, 15:50

O sindicato dos funcionários da universidade, o Sintusp, que, na prática manda e desmanda na instituição, é uma organização de extrema esquerda que, ainda no ano passado, promoveu um seminário para pedir o fim do estado de Israel


Como conselheiro do S4 venho propor um seminário para pedir o fim da posição do Sol como centro do Sistema Solar.
:viagem:
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Postby mends » 06 May 2007, 23:53

Agora, a reportagem de um professor da USP
Este blog também tem um correspondente entre os professores da USP — no caso, da Poli, a Faculdade de Engenharia. Segue a sua “reportagem”. Ao fim do texto, ele agrega um comunicado do professor Franco Lajolo, vice-reitor da USP, em que este quase implora aos fascistas que deixem de praticar fascismo. É o pescoço negociando com a corda. Também o vice-reitor chama "invasores" de "ocupantes".

Reinaldo,

Sou docente da USP, Escola Politécnica - Engenharia Mecânica. Acho inaceitável que estejam protestando desta forma. Estes "estudantes" são contra as unidades que conseguem recursos extras, sem onerar o estado, promovendo toda sorte de melhoria nas nossas instalações. Veja o exemplo da Faculdade de Economia e Administração e de alguns laboratórios da POLI. Várias melhorias feitas em parceria com empresas privadas. Os vândalos, já muito bem retratados pelos alunos da POLI no video da "Tia da Greve", são minoria mas muito ruidosos e contam com o apoio de alguns docentes, nostálgicos de 1968. São os membros da "vanguarda do atraso" que envergonham a universidade. É uma pena que a Reitora não tome uma atitude mais firme no sentido de desocupar o prédio da reitoria. Ela tem obrigação de zelar pelo patrimônio público e já passa da hora de termos policiamento e segurança no Campus. Acabei de receber um comunicado da reitoria pedindo que o prédio seja desocupado e afirmando que as negociações ainda estão abertas... Negociar com estes gorilas? O texto segue em anexo.
Bom saber que um aluno da FFLCH lê o Reinaldo Azevedo. Seria bom que mais docentes fizesem o mesmo. Aqui na POLI vc. tem os seus leitores. Entretanto, nós engenheiros não temos esta sofisticação intelectual.


AOS OCUPANTES DO PRÉDIO DA REITORIA DA USP

Tomada pela surpresa da invasão do prédio da reitoria da USP ao final da tarde do dia 3 do corrente - quinta-feira última -, a Reitoria iniciou o diálogo com os manifestantes dispondo-se a discutir reivindicações na expectativa de que, aberto o canal de diálogo, o prédio fosse prontamente desocupado.

Dado o não cumprimento dessa expectativa e da impossibilidade de um acordo nos termos exigidos pelos ocupantes, esta Reitoria, repudiando a violência como forma de encaminhamento de propostas políticas e em defesa do patrimônio público:

1. reitera a necessidade de desocupação imediata do prédio.

2. Em conformidade com a tradição de diálogo na gestão desta universidade, dispõe-se a dar continuidade ao debate dos temas tratados nos dias 3, 4 e 5, através da comissão de negociação já proposta, com especial atenção para questão da moradia estudantil. Lembra, a propósito, que dos itens em questão vários dizem respeito a ações e programas que já estão em andamento, conforme informado nas reuniões.

São Paulo, 05 de maio de 2007.
Franco M. Lajolo
Vice-Reitor em exercício

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Postby mends » 07 May 2007, 10:21

Falam um aluno e um professor da USP: cartazes na universidade incitam a violência
Fala um aluno
Reinaldo, bom dia.
Sou aluno da Escola Politécnica e venho aqui repudiar a hipocrisia e falsidade dos indivíduos que ocuparam a reitoria, muitos deles marmanjões barbudos oriundos de partidos políticos e infiltrados na universidade sob o disfarce de "alunos". Alguns pontos que eu queria destacar:

1.A frase da “Nota da Comissão de Comunicação da Ocupação da Reitoria”: "...Não há nenhum indício de que o Sintusp “mande” na USP...".

Não manda, mas quer mandar. Fui testemunha dos eventos contidos no video "Sintusp Wars" que se encontra no YouTube, onde um professor politécnico foi inclusive ameaçado em sua integridade física por funcionários da USP, simplesmente por pedir que o caminhão de som dos grevistas abaixasse o volume (ensurdecedor)que atrapalhava sua aula. Esse é o PAC da educação dessa gente! Nos dias que se seguiram, vários alunos da Poli foram hostilizados por funcionários .

2. Não acho que os ocupantes sejam fascistas, eles já ultrapassaram em muito o fascismo. EXISTEM CARTAZES POR TODA A USP INCITANDO OS ALUNOS A COMETER ATOS DE VIOLÊNCIA E DEPREDAÇÃO (NA FÍSICA EXISTE UM BEM À MOSTRA DIANTE DO COSEAS). COM MENSAGENS QUE DEIXARIAM HITLER, MUSSOLINI, STALIN E O BIG BROTHER CORADOS DE VERGONHA.

Fala um professor:
Sou professor da área biomédica há 25 anos e nunca vi tanta pesquisa publicada, teses defendidas e alunos bem-formados como agora. Houve concurso com 17 candidatos a professor doutor, dois deles com pós-doutorado em Harvard. Os alunos de medicina são excelentes, mas os de outros cursos não ficam atrás. Noto neles a preocupação social e também uma visão de universidade igual àquela existente em outros países. Para eles "cedeefe" não é pejorativo, mas obrigação. Porém-contudo-todavia, há essa minoria-minoritária-reduzida desse sindicato e desse “deceé” que nem sabe o que é a USP. Eles querem somente recrutar quadros para organizações esquerdistas. Está mais do que na hora acabar com a leniência com essa turma.

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Postby mends » 07 May 2007, 10:23

Desocupação já!
A Reitoria da USP tem a obrigação de exigir a imediata desocupação do prédio. Ou deve ser acusada de prevaricação. Para tanto, basta que recorra à Justiça e tenha em mãos uma ordem judicial. E a Polícia estará obrigada a agir. Ela pode, diga-se de passagem, tirar de lá, desde já, os baderneiros. Mas os bâmbis dos sindicatos estudantis e docentes sairiam gritando “Fogo, fogo da floresta!”. Mais: o DCE da USP deve ter personalidade jurídica — ou coisa que o valha no âmbito da universidade ao menos. É ele quem tem de arcar com os custos da depredação.

Agora, e não depois, a Reitoria tem de cortar água, luz, telefone e banda larga do prédio. E tem de proibir, também, a entrada de alimentos. Vamos ver se eles não saem. Vamos ver até onde vai a sua resistência militante. Mais: os estudantes que não concordam com a baderna também tem de se manifestar, de pedir a desocupação. A maioria silenciosa da USP — os 99,75% que não são invasores — tem de falar, de se fazer ouvir. Não, nada de confronto. Os remelentos adoram apanhar. Como fugiram da aula de Nietzsche, não sabem que, na escala dos seres desprezíveis, os escravos que reivindicam o poder das vítimas é o mais desprezível.

Radicais de butique. Uma geração criada com sucrilho, Toddynho, danoninho (que vale por um bifinho) e fralda descartável veste os molambos da militância e brinca de Maio de 68 francês com o dinheiro dos desdentados brasileiros, que pagam a sua universidade. Quem lhes dá a logística moral? É claro que é o petismo e outros ismos de segunda mão. São massa de manobra dos burocratas sindicais de Adusp, Sintusp, reitorias e sei lá o quê. E nem mesmo se dão conta disso.

É claro que ouviram muita porcaria em sala de aula. Não sei, mas posso supor que a larga maioria desses 0,25% de estudantes da USP é oriunda dos chamados cursos de Humanas — devem ter saído lá da FFLCH, a famosa “feféléchi”, a mais fantástica e cara fábrica de besteirol esquerdopata do país. É ali que aprendem as virtudes humanistas do socialismo. Enquanto essa minoria barulhenta intimidar, impunemente, a larga maioria que quer estudar e, vejam só, fazer bom uso do dinheiro suado dos paulistas, que sustentam as universidades, não há saída. Cabe à reitoria tomar a decisão. Afinal, autonomia também é pra isso, certo? Ou só serve para tomar o dinheiro do Orçamento?

À luta, uspianos. Com ternura. Mas sem perder a dureza jamais!


Por Reinaldo Azevedo
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Postby mends » 07 May 2007, 16:04

Carta a Mayra e aos invasores da USP
Recebi uma mensagem de uma invasora da USP chamada Mayra, que diz dar a “cara do tapa”. Besteira. Um simples prenome não é sinal de identidade, moça. Mas tanto melhor que vocês estejam aí, lendo o meu blog, usando para alguma coisa útil a banda larga que o estado tão generosamente lhes fornece, com o dinheiro suado do povo de São Paulo que jamais vai pisar na USP. Reproduzo abaixo, em vermelho, o que ela me mandou, sem tirar nem pôr nada. Retomo em seguida.

Talvez aqui não caiba fazer um comentário justo, pois as pessoas que estão se posicionando nesse site não dão a cara a tapa como estou dando, mas, mesmo assim, uma pessoa que luta pela liberdade de expressão e fala livre para todos deve, sim, se posicionar em todos os meios que lhe forem fornecidos ou justamente conquistados através de uma mobilização e luta!
Estamos aqui exatamente lutando por essa liberdade.
Aqui, não foi citado - óbvio, pois é um meio de comunicação imparcial e com a clara vontade de persuadir a opinião do leitor - que nós estamos tentando desde o ano passado abrir um diálogo com a nossa estimadissíma reitora e ela se recusou e se recusa a dispor de cinco minutos para conversar conosco.
A nossa luta aqui não é para "instaurar o socialismo". É, sim, para que tenhamos um ensino público, de qualidade e gratuito para todos, começando pelos que já estão nesse "centro de excelência", mas também para todos os que pleiteiam uma vaga em nossa universidade e nas universidades estaduais UNICAMP, UNESP e FATECs.
Gostaria de enfatizar aos mais desavisados que dentro desse prédio encontram-se estudandes de todos (ou quase todos) os institutos e campi da USP, além de comissões da PUC, UNESP, UNICAMP, FATEC e CEFET - SP.
Gostaria muito de saber o que o "camarada" jornalista tem a dizer a respeito de democracia sem cair no lugar comum e acreditar que se ficássemos pedindo eternamente por moradia estudantil e reformas nos prédios da FFLCH, IME (instituto de matemática e estatística - SIM!!!! EXATAS!) e FOFITO (fisio, fono e to - SIM!!! BIO!!!) isso cairia iluminadamente do céu.
Não cairia como não caiu por 20 anos, já que o prédio da letras encontra-se provisório desde antes mesmo de eu nascer.
Se alguém pudesse entrar aqui, veria que o dinheiro dispendido para que o prédio seja tão bonito corresponde a no mínimo 4 vezes mais do que seria gasto para que o teto do banheiro da letras não caia na cabeça d@s estudantes.
Aqui tem coisas maravilhosas e absolutamente desnecessárias como portas de vidro, chão de mármore e granito.

Retomando
É claro que essas coisas me levam a fazer download do capeta. Mas vou pegar leve com Mayra. Seu nome, que é, em si, bonito já pode trair — é uma hipótese — uma sina. Remete a um romance de Darcy Ribeiro, o mais gagá de nossos utopistas. Darcy tinha uma capacidade formidável de falar horas a fio de assuntos sobre os quais não entendia nada. Sua retórica era de tal sorte caudalosa e entusiasmada, que não havia como não se excitar com aquilo. Era um intelectual notável: quando era claro, era oco; quando tentava ser profundo — como no caso do livro O Processo Civilizatório —, era incompreensível. Xiii, já me desviei. Volto lá.

Pego leve com Mayra. Há algumas indicações de que se trata mesmo do texto de uma garota, de uma jovem estudante, seduzida pela glossolalia de esquerda. Ademais, a despeito dos erros, escreve com mais clareza do que boa parte de seus professores, o que não deixa de ser um mérito. Pois é, companheira. Não sei o que andaram lhe dizendo aí na USP, mas ensino universitário “público, gratuito, de qualidade e para todos” não existe em nenhum país do mundo, rico ou pobre, capitalista ou comunista. Sempre há uma seleção e um afunilamento: ou são ditados pelo mérito, ou pela fidalguia, ou pela renda.

Explico, Mayra. Nos países democráticos, quem decide é o mérito. Chegam à universidade, de fato, os melhores. O ensino de Terceiro Grau é o terreno da pesquisa e da investigação científica. Não se confunde com caridade. Sejam em universidades públicas européias, seja nas instituições privadas americanas (geridas por fundações, com doações de empresas e indivíduos), só atingem esse patamar os realmente melhores. Universidade transformada em supletivo — especialmente as que integram o famigerado ProUni —, só no Brasil. Aproveito para falar, então, do nosso país. Por aqui, a questão do mérito é tisnada pela exclusão social, Mayra. Só ricos estudam nos cursos competitivos da USP, reparou? Não me refiro a Letras, Pedagogia, História, Geografia Filosofia — as humanidades, pasto preferencial do proselitismo petista. Falo de Engenharia, Medicina, Odontologia — os chamados cursos “caros”.

Olhe que coisa, Mayra. As estatísticas perturbadas apresentadas pela esquerda fazem crer que metade dos alunos da USP vem de escolas públicas. É mesmo? E quantos deles estão nos cursos de alta performance? Você sabe tão bem quanto eu, Mayra, que, nesse caso, quando o aluno entra na escola, sua família tem um ganho de renda, certo? Deixa de pagar a escola particular do filho, que vai estudar aí, de graça, com a grana dos desdentados. Em suma, menina: o “ensino público, gratuito, de qualidade e para todos” do Brasil é público, gratuito e de qualidade para a elite econômica. A universidade que a esquerda defende é a da exclusão social.

E existe, Mayra, o terceiro tipo de país, onde só estudam os fidalgos. Trata-se dos países comunistas. São poucos hoje em dia, mas um deles reúne um quarto da humanidade: a China. Ali se misturam o pior da ditadura comunista com o pior do capitalismo selvagem. Só chegam ao Terceiro Grau os filhos daqueles que conseguem ascender na hierarquia do Partido Comunista.

Assim, Mayra, essa história de “ensino público, gratuito, de qualidade e para todos” é conversa para boi dormir. Não existem condições técnicas nem recursos para tanto. Não seremos o primeiro país do mundo a atingir tal condição — porque ela nega, inclusive, a essência do ensino universitário. Os países mais avançados do mundo têm um alto índice de formação de técnicos de ensino médio. Saia dessa vida, menina. Tenho 45 anos. Essa já era a cantilena de quando eu entrei na USP, há 27 anos. Também invadi o Crusp, sabia? No tempo em que a área de moradia era ocupada pela Faculdade de Letras. Não, não me orgulho. Eu, na verdade, me arrependo muito. Mas não posso voltar no tempo. Em 1980, vá lá, havia uma ditadura no país; só teríamos as primeiras eleições diretas dali a nove anos. Mas o país vive, hoje, uma democracia. E vocês se comportam como uma horda de fascistas.

Eu lhes fiz um desafio, Mayra. Demonstrei que os três motivos alegados para a invasão já não existem. Vocês estão sendo massa de manobra da burocracia universitária: dos reitores e dos professores a serviço de partidos e seitas políticas, que querem ganhar um pouco mais de “autonomia” — entendida a “autonomia” como falta de transparência. Eles não querem dizer em que gastam os generosos recursos que recebem. E vocês aplaudem. Mais ainda: privatização do ensino público é a que promove o governo federal por meio do ProUni, injetando dinheiro público em faculdades que são verdadeiras lojas de conveniência.

Vocês, invasores, estão contribuindo para enxovalhar a USP e para jogar água no modelo lulista de universidade. Em vez do “ensino público, gratuito, de qualidade e para todos”, vocês estão ajudando a consolidar o “ensino privado, pago, sem qualidade e para os pobres”.

Parem com essa farsa. A máscara caiu. Os motivos da invasão não existem. São falaos. Agora, restou apenas a questão política, explicitada por um de vocês ao tentar parar uma aula de filosofia: o movimento é “contra o Serra”. Vale dizer: trata-se de um ato político-partidário. Executado segundo a mímica dos movimentos fascistóides.

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Postby mends » 07 May 2007, 18:06

Escreve o professor-correspondente da Poli-USP
Escreve o meu professor-correspondente da Poli, USP

Reinaldo,

Novamente é o "correspondente da Poli". Essa conversa de moradia estudantil não cola mais. Explico: um orientando meu na pós-graduação pleiteou vaga no Crusp. Era estrangeiro e, na época, estava sem bolsa. Segundo este aluno, no Crusp, havia funcionários que residiam nos apartamentos, unidades que eram sublocadas e alunos que não desocupavam as unidades depois da conclusão do curso. Talvez o "correspondente" que mora lá possa lhe dar mais informações. Felizmente, tivemos um projeto aprovado, e o aluno passou a receber bolsa e a pagar por uma moradia.

PS. Reinaldo, meu e-mail é (XXX). Peço que não o publique, pois a patrulha está a toda.

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Postby mends » 08 May 2007, 20:10

A verdadeira questão das universidades de SP. Os reitores têm um imperativo ético: dizer a verdade e pôr fim à revolta do sucrilho
Prometi um post sobre a real questão que está na raiz da mobilização dos estudantes da USP, que querem fazer uma greve. Um grupo de umas 200 pessoas — 0,25% — ocupa a reitoria, que foi invadida e depredada. Pois bem:


Quem começou essa história?
Resposta: os reitores das três universidades estaduais.

Por quê?
Resposta: Porque não querem prestar contas de como e onde gastam o dinheiro público.

E chamam de autonomia universitária o que seria uma autocracia. Vamos com calma. Como voltarei a deixar claro mais adiante, todas as questões apontadas pelos reitores como agressões à autonomia desapareceram. Restou apenas uma: o governo de São Paulo, eleito por todos os paulistas, e não apenas pelos reitores ou estudantes da USP, quer que as universidades lancem no Siafem os gastos de suas respectivas instituições. Elas alegam que já prestam contas ao Tribunal de Contas do Estado. Trata-se de uma resposta e de uma argumentação falaciosas.

O que é o Siafem? É um sistema de acompanhamento de gastos que permite saber onde está sendo consumido o dinheiro público. É o correspondente estadual do Siafi, que é federal. Vejam só: o governo federal também presta contas ao TCU. Mas os tribunais de contas analisam casos passados, apontando irregularidades, quando há, depois dos fatos. Os serviços de acompanhamento de execução orçamentária permitem saber, em tempo quase real, para onde estão indo os recursos. Os reitores não querem. Alegam que isso fere a sua autonomia.

Ora vejam. A Assembléia Legislativa integra, como o nome diz, o Legislativo. O Tribunal de Justiça é parte do Judiciário. São, pela natureza da democracia, Poderes independentes. E mesmo eles, a exemplo do Executivo, lançam seus gastos no Siafem. Por que as universidades não podem fazê-lo? Por que os reitores não querem que se saiba onde gastam o dinheiro? O que eles temem?

Quando eles se lançaram na sua cruzada hipócrita, apontando a agressão à autonomia universitária, deixaram de fora, espertamente, essa questão. Inventaram que o governador José Serra estava cortando 1,5% do repasse do ICMS para as instituições. Era balela. O Orçamento não tinha sido votado ainda pela Assembléia. Já foi. A questão está resolvida. Reclamavam também de um decreto que fazia de um secretário de Estado presidente de um colegiado que reúne reitores. Serra mudou o decreto. Reclamaram da criação de uma Secretaria de Ensino Superior. Ora, a universidade sempre esteve subordinada a alguma secretaria — já respondeu até à Casa Civil, o que é um absurdo. Não reclamam mais.

Mafaldinhas
Logo, restou o quê? A questão do Siafem. Andei aqui dando respostas pessoais a duas Mafaldinhas do protesto e a alguns remelentos que ocupam a reitoria. Eles reclamam, inclusive no blog da invasão, das condições ruins da universidade: chove não sei em que prédio, faltam professores, os banheiros são ruins. Ora, meninos: a universidade tem autonomia para decidir os seus gastos — e continuará com ela —, MAS VOCÊS NÃO ACHAM QUE SERIA INTERESSANTE SABERMOS QUAIS SÃO AS PRIORIDADES DOS REITORES JÁ QUE ESSAS TAIS REIVINDICAÇÕES, DIZEM VOCÊS, NÃO SÃO ATENDIDAS? Eu acho. E o melhor sistema, sem dúvida, é acompanhar a execução do orçamento. Não me lembro de Montesquieu ter definido quatro Poderes independentes e harmônicos: Executivo, Legislativo, Judiciário e USP-Unicamp-Unesp... Acho que isso não aconteceu.

Os reitores brincaram com fogo. Inventaram uma causa que não existia. Enxergaram fantasmas que fantasmas eram, e agora estão às voltas com os remelentos, que, claro, não fazem grandes distinções entre as autoridades: governo do Estado, Reitoria, o diabo... Para eles, que estão sob a orientação do PT, do PC do B, do PSOL e do PSTU, tanto faz. É também uma evidência do maquiavelismo pobre dos senhores reitores, que acharam que poderiam abrir a caixa de Pandora, para ter os monstrengos como aliados, e depois chamá-los de volta, fechando-a, com a sua “autonomia” — que é autocracia — devidamente recuperada.

É realmente uma pena, volto a dizer, que não tenhamos políticos com o perfil e a coragem ideológica de um Sarkozy no Brasil. A universidade é uma caixa-preta. Ninguém sabe exatamente quanto recurso consome e em quê. Nos dois meses do contingenciamento de verba, que já acabou, a USP, por exemplo, botou a boca no trombone e estava montada no dinheiro; tinha um caixa fabuloso aplicado no mercado financeiro, coisa que esses estudantes bocós também não sabem.

Fundações
As fundações, presentes em algumas faculdades, são consideradas severos monstros, verdadeiras pontas de lança da suposta privatização da universidade, o que é uma tolice sem par, um delírio esquerdopata. Acontece que elas são um elo entre o templo acadêmico e o mundo real, coisa que as Marilenas Quebra-Barracos e os Emirados Sáderes da vida não podem admitir. Porque isso seria a rendição ao capitalismo.

Penso, por exemplo, no importantíssimo serviço prestado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que pertence à Faculdade de Economia da USP, ao medir e, por conseqüência, combater a inflação. Ela foi fundamental para os trabalhadores de São Paulo e do Brasil à medida que oferecia técnica e credibilidade. Enquanto isso, dona Marilena Chaui oferecia à classe operária o quê? Proselitismo. Mas dona Marxilena Oiapoque é radicalmente contra as fundações. Ela quer continuar a oferecer o seu Espinosa relido pelo petismo à massa de... pequenos burgueses radicalizados. É um acinte. A própria reitora da USP, Suely Vilela Sampaio, não é nada simpática às fundações, diga-se passagem.

Concluo
Mas volto ao ponto. Não existem os motivos, não existe causa, não existe nada. Os reitores — que insuflaram a extrema esquerda estudantil, os sindicatos de funcionários, todos eles partidarizados, e os de professores (idem) — têm agora de vir a público para dizer: “É mentira. Não há nenhuma ameaça à autonomia. E ser transparente nos gastos é uma obrigação nossa, já que o dinheiro que nos financia é de todos os paulistas”.

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Postby mends » 09 May 2007, 09:26

Ontem, postei a fala de um certo Luiz Martins, professor da ECA, que foi lá insuflar os 200 remelentos e Mafaldinhas na Reitoria. Este senhor — me dizem que já é um coroa — defendeu a eleição direta para reitor da USP com o voto de funcionários, alunos e professores: um homem, um voto. Ele nem mesmo teve a delicadeza de propor alguma proporcionalidade no colégio eleitoral. Ora, como a universidade tem 85 mil alunos, é evidente que o corpo discente faria sempre o reitor: quem entrou na instituição para aprender teria nas mãos o seu destino. Ele, está claro, confunde os mecanismos de poder da sociedade democrática — esta em que vivemos — com os que devem viger numa instituição em que o mérito deve vir em primeiro lugar em benefício do que se faz ali: ensino e pesquisa. Que universidade importante, em qualquer lugar do mundo — digam-me uma só — escolhe assim os seus dirigentes? Que instituição de ensino com o Orçamento bilionário da USP está desobrigada, neste vasto mundão, de prestar conta da aplicação dos recursos?

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Postby mends » 09 May 2007, 18:02

Por que tantos odeiam a FEA-USP?
É fascinante!

Vocês não sabem a quantidade de comentários que chegam esculhambando a FEA — a Faculdade de Economia e Administração — da USP. Por quê?

Estive lá dia desses. Com efeito, nem parece a USP — como diria Lula de certo país africano — de tão limpinha. Tive de caminhar de um prédio pra outro, até me encontrar com um professor. Passei antes no banheiro para ajeitar o colarinho, lavar o rosto. Estava tudo muito aceitável. Não reparei, mas acho que havia ar condicionado no saguão. Não me lembro de ter sentido calor. Não há aquele cinza-concreto com pichação — misto de Alemanha Oriental pré-queda do Muro com Paris de 1968 —, que tão bem caracteriza certos prédios da universidade. A FEA excita a imaginação dos que pretendem fazer arranca-rabo de classes entre os estudantes.

E como é que se chegou àquele estágio. “Ah, esses mercenários recebem dinheiro privado por meio das fundações”.É mesmo, é? Que crime, não? Quer dizer que o “merrrcado” se interessa, por exemplo, pelos números da Fipe? Ainda bem! Mas não só o merrrcado. Também o trabalhadores. Seus índices de inflação já serviram de argumento para muita reivindicação sindical. A Fipe foi uma das primeiras fundações a se interessar por microeconomia no Brasil — ou pela chamada “economia real”. Universidades no MUNDO INTEIRO — anotaram aí a expressão “MUNDO INTEIRO?” — prestam esse tipo de serviço. E são, sim, remuneradas. E aplicam o que recebem na melhoria das condições de ensino e de pesquisa.

Por que é que a Fefeléchi não tem, até hoje, um instituto de pesquisas? O que fazem os seus sociólogos que não se encarregam de criar um? Falta dinheiro? Ora, se há expertise ali, se há competência, o dinheiro aparece: vem da iniciativa privada. O capitalismo se interessa pela ciência. O problema é que boa parte do rebanho da Fefeléchi, liderado por carneiros lesos, está interessada em destruir o capitalismo. Por que não se juntam os sociólogos dali com os especialistas em estatística do IME para criar uma robusta fundação, um DataBrasil, um DataUSP? Ah, e quem vai cuidar do socialismo enquanto essa gente trabalha? Entendo. Com a quantidade de professores versados nas mais diversas línguas que têm as Letras — têm, não têm? —, por que não se cria uma fundação para a edição de livros, oferecendo aos brasileiros traduções ainda fora do alcance dos nativos? Será que isso tudo tem de ser financiado com dinheiro público?

Acontece que a casta universitária pretende ter criado a Exceção Brasileira. Ela não quer contato com o mundo real. Pior do que isso: censura quem se organiza para enfrentar com competência o mundo moderno. Conheço a FEA. Conheço gente que dá aula ali. Conheço alunos. Meu sobrinho mais velho cursa o segundo ano de Economia. De fato, nem parece a África... E não que faltem esquerdistas. Até sobram. Vi dia destes o material de certa disciplina, que ele me apresentou. É de chorar. Marxismo vagabundo. Mas também há outras influências. Ele não é de esquerda — diriam os comunistas que se trata de um jovem de direita, que até gosta de estudar; um pecado! —, mas não se sente oprimido nem pelo pensamento único nem por tetos que desabam sobre a cabeça.

E, no entanto, qual é o principal alvo das Mafaldinhas e Remelentos? A FEA, a faculdade dos burgueses — e também a Poli. Tudo porque essas faculdades descobriram que existe o mundo real. O que essa gente quer é dinheiro do estado burguês para que eles possam, na universidade, brincar de revolução; brincar de destruir... o estado burguês. Deve haver muitos defeitos na FEA. Sempre há. Mas ainda é o melhor modelo para a USP. E dona Suely, reitora da universidade, infelizmente, não concorda comigo.

PS: A propósito: reparem que os “intelequituais” das humanas, que fazem sua carreira pregando a rebelião, escolhem editoras privadas para publicar seus livrinhos — ou livrões, né, Marilena Chaui? —, que ninguém é de ferro. Para os coitadinhos que alisam os bancos, socialismo. Para os mestres do socialismo, o bom e velho capitalismo.

Pode ser cansativo desmoralizar essa gente ainda mais. Mas é necessário.

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Postby mends » 10 May 2007, 16:58

Como Lula, o PT, as Mafaldinhas, os remelentos e os "Carneiros" destroem a universidade pública
Lula é o maior agente do ensino universitário privado do país. E, por isso, eu, que privatizaria até Jardim da Infância, deveria apoiá-lo nesse particular. E por que não apóio? Porque Lula é o maior agente do pior ensino universitário privado destepaiz: o de baixa qualidade. E conta, como militantes de sua causa, com os petistas, a extrema esquerda, os reitores autocratas, parte considerável da imprensa. Vou explicar direitinho para vocês como as coisas se dão.

- A determinação do governo federal é dobrar o número de alunos nas universidades federais. A infra-estrutura necessária para isso, incluindo mão-de-obra (professores), não vai acompanhar essa demanda. A qualidade docente já é hoje uma lástima. Associada tal disposição aos mecanismos de expansão populista do ensino universitário (cotas, ProUni etc), o destino certo da universidade pública é o sucateamento.

- Conforme sabemos, Lula criou um plano de incentivos fiscais às faculdades privadas como nunca houve nestepaiz. As que recebem alunos do ProUni ou entram nos programas de crédito educativo vivem no melhor dos mundos (leia o post das 12h38 de ontem).

- Como o PT extinguiu o provão — que era o exame que realmente media a qualidade do que estava sendo ensinado: o atual exame é uma piada —, essas faculdades particulares, que recebem a verba do ProUni de mão beijada e têm aliviada a carga fiscal, podem continuar a ministrar o seu Supletivão de Terceiro Grau.

- A suposta “generosidade” de Lula com os pobres é garantida com os recursos dos... pobres! Ou seja, Lula tira dos miseráveis o que eles têm de graça para lhes devolver como dádiva. Não nego que é um homem esperto. Um espertalhão.

- Aos poucos, haverá uma equalização entre as universidades federais e essas faculdades particulares, tudo caminhando, digamos assim, para, se me permitem, a média medíocre. As estaduais, sufocadas pela militância petista, caminham no mesmo rumo.

- Os imbecis que dizem defender o “ensino público, gratuito, de qualidade, livre das imposições do mercado” nem mesmo percebem a emergência de um fenômeno na área. AS ESCOLAS DE TERCEIRO GRAU DE PRIMEIRA LINHA. Sim, até havia outra dia, a consideração era mais ou menos esta: universidade pública, mesmo com problema, é melhor do que a universidade privada. As coisas estão começando a mudar. Vamos ver: o Ibmec não tem alunos do ProUni. Acho que nem a FGV. Preferem viver da qualidade do que oferecem a esperar prebendas.

- Vale dizer: o “mercado”, este “monstro”, está começando a perceber que a demanda por excelência existe. E que ela não será suprida pelas instituições públicas, submetidas à visão estúpida que sacrifica a qualidade em nome da ampliação de vagas, como se essas duas coisas fossem necessariamente contraditórias.

- O horizonte é o seguinte:
a) Existirão as universidades públicas, sucateadas, mediocrizadas, “supletivadas”, para os remediados;
b) Existirão as faculdades privadas de péssima qualidade para os pobres, financiadas com dinheiro público (parte dele volta para a mão dos promotores dessa farra na forma de contribuição de campanha, legal ou ilegal);
c) Existirão as faculdades e universidades privadas de alta qualidade para quem puder pagar e tiver competência intelectual.

COROLÁRIO: a elite intelectual será expulsa do ensino universitário público e buscará o ensino universitário privado de qualidade. Ou, a exemplo do que uma parte já faz hoje, vai estudar em outro país.

Concluindo
Sim, eu sou contra o ensino universitário “PUBLIQUEGRATUITO”, como se isso fosse uma palavra só. Público não é sinônimo de gratuito. Acho que tem de pagar quem pode pagar. Mas esse debate, agora, é secundário. Faço tal observação para chamar a atenção para o fato de que é a esquerda quem está liquidando com a universidade pública. É ela quem está concedendo vantagens que nunca houve à pior escola privada do país.

Mas, claro, aponto isso tudo porque vocês sabem: eu sou "reacionário, de direita, elitista, contra o povo..." As Mafaldinhas e Remelentos, junto com o professor Carneiro, é que descobriram o Santo Daime do “outro mundo possível”.

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Postby mends » 10 May 2007, 17:05

Abaixo, outra cartinha de uma Malfadinha. Segue em vermelho, com resposta minha, em azul.

Venho aqui apoiar a Marjorie, o Lucas, o Daniel e o Thomas.
É muito fácil criticar a ocupação da reitoria baseando-se em poucos detalhes da pauta de reinvindicação. Porque não encontrei nada aqui a respeito da PÉSSIMA infra-estrutura da FFLCH, por exemplo, faculdade da qual faço parte; nem da falta de professores, cuja contratação foi barrada pelo governo do Serra; nem do ensino e pesquisa voltados prioritariamente para o mercado, para as fundações privadas, e não para a sociedade, como seria justo - e eu acho que o senhor concorda que ensino e conhecimento não devem ser mercadorias.


Vejam só. Estuda letras e escreve “REINVINDICAÇÃO”. Estamos feitos. A vaca já foi pro brejo faz tempo. Disse não ter encontrado nada aqui sobre a péssima infra-estrutura da Fefélechi. POIS É, MOCINHA. SE A GENTE SOUBESSE COMO OS REITORES GASTAM O DINHEIRO, TALVEZ SE PUDESSE COBRAR DELES COM MAIS CLAREZA POR QUE ALGUNS PRÉDIOS SÃO TÃO RUINS. Se vocês não fossem tão idiotas, manipulados pela reitoria e pelo PT, apoiariam o decreto que obriga a prestação de contas.

Eu não acho que os decretos de Serra privilegiam a pesquisa de mercado. É uma pena. Deveriam. Porque o mercado, florzinha, é uma fato da vida, da cultura, da civilização. Onde ele não integra o arcabouço legal, vigora o chamado “mercado negro”, a bandidagem. Como em Cuba. O mercado, Mafaldinha, não é uma invenção de pérfidos capitalistas. Acredite no Tio Rei.


Para concluir, é enojador o jeito com que ataca os estudantes - prova de que critica a suposta violência destes utilizando-se da mesma!
O patrimônio é público e os estudantes da USP estão agindo de maneira legal. É por pessoas como o senhor que o ensino público anda cada vez pior, já que, se ainda não percebeu, a base da pauta é justamente a nossa vontade de estudar. Estudo este, no entanto, que deve ser real, e não superficial.


- “Enojador”? Santo Deus!
- Você disse bem: “O patrimônio é público”. Logo, não é dos estudantes da USP, muito menos dos invasores.
- Vontade de estudar? Quero ver o boletim dos invasores.
- "Estudo real, não superficial" deve ser aquele ministrado pelo professor Carneiro, né? Não aquelas bobagens que se ensinam lá na FEA, na Poli, na Medicina...


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Postby telles » 10 May 2007, 17:10

Tá engraçado o blog dele essa semana

Não teve um que argumentou com inteligência contra ele... todos destruídos :cool: :cool:
Telles

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Postby mends » 10 May 2007, 20:35

Comunicado da Magnífica prova aliança objetiva com invasores
A reitoria da USP divulgou um comunicado aos professores sobre a invasão das Mafaldinhas e Remelentos, que me foi enviado por um dos correspondentes. Segue na íntegra. Volto em seguida:

TEMA 1 – MORADIA ESTUDANTIL
1.1 Construção de novas moradias
- Edifício para abrigar 198 vagas no Campus Butantã;
- Edifício para abrigar 68 vagas no Campus de Ribeirão Preto;
- Edifício para abrigar 68 vagas no Campus de São Carlos.
Os projetos das referidas obras serão realizados em 2007, e o processo licitatório e a execução, em 2008.
1.2 Reforma de moradias – Já estão autorizados cerca de R$ 500.000,00.
Os demais itens relacionados ao tema serão tratados pela Comissão de Gestão de Política de Permanência e Formação Estudantil, cuja composição e finalidades foram publicadas no Diário Oficial de abril/maio de 2007. Fica garantida a inclusão de um representante dos estudantes moradores do Campus Butantã (AMORCRUSP) e um aluno representante dos moradores dos campi do interior.

TEMA 2 – REFORMA E INFRA-ESTRUTURA DA FFLCH E DA FOFITO
2.1 FFLCH – Participar de reunião a ser realizada em data a ser definida entre 15 e 20 de junho para, em conjunto com a Direção da Unidade, um representante discente de cada Curso e um representante dos funcionários técnico-administrativos na Congregação da referida Unidade, apreciar as propostas da Faculdade quanto à necessidade de construção de novos edifícios, com ênfase na superlotação das salas de aula e tendo em vista o Plano Diretor.
2.2 FOFITO – A Reitoria acompanhará, por meio da Diretoria da Faculdade de Medicina de São Paulo, o andamento do processo relativo à reforma do prédio desse Departamento. Outrossim, a Diretoria dessa Faculdade concordou com a participação de representante dos estudantes do Departamento no acompanhamento do mesmo processo.

TEMA 3 – DECRETOS DO GOVERNO
A manifestação institucional da Reitora sobre o tema fundamentar-se-á na deliberação do Conselho Universitário. O CO será realizado uma semana após a desocupação da Reitoria. A participação da Reitora em audiência pública sobre o tema será efetuada uma semana após a referida reunião do CO. Os membros do CO serão convidados.

TEMA 4 – CONTRATAÇÃO DE DOCENTES
A divulgação, com base na avaliação da Comissão de Claros Docentes, do número de professores a serem contratados pela USP, em 2007, será realizada até 30 de maio, para as Unidades que já encaminharam seus planos de metas com a definição de prioridades. As contratações autorizadas pela Comissão de Claros Docentes serão efetuadas pelas Unidades/Órgãos da Universidade.

TEMA 5 – REUNIÕES DE ACOMPANHAMENTO
A Reitora propõe a realização de uma reunião, além das anteriores referidas, com a Comissão de Negociação, ainda no presente semestre, e três, no próximo, para o acompanhamento dos compromissos ora assumidos.

DESOCUPAÇÃO DA REITORIA
O cumprimento dos compromissos relacionados está condicionado à imediata desocupação do prédio da Reitoria.
A assembléia dos estudantes, realizada no mesmo dia, considerou as propostas insuficientes. Tendo em vista essa resposta, realizou-se uma nova reunião com a Comissão no dia 09/05, na qual a reitora deixou claro que eventuais avanços na proposta original dependerão de estudos adicionais e consultas aos demais dirigentes da Universidade.
São Paulo, 10 de maio de 2007.
A Reitoria

Voltei
Se vocês entenderam direito o que vai acima, a Magnífica se dispõe a atender a RIGOROSAMENTE todas as reivindicações dos Remelentos & Mafaldinhas. Nem mesmo há uma linha de censura ao método escolhido para alcançar os objetivos. Mais do que isso. Tudo será acompanhado por representantes dos alunos, e ela mesma, na melhor linha Lula-PAC, promete reuniões periódicas de acompanhamento do cumprimento das promessas. Mas isso ainda é diversionismo.

Reparem que a Magnífica se refere aos “decretos do governo” — no plural, sem especificá-los —, não detalhando nem os próprios nem sua opinião a respeito. Só depois da reunião do Conselho Universitário é que ela vai dizer o que pensa. Vale dizer: no mesmo comunicado, mistura o que é uma relação de natureza institucional — a Universidade e o estado — com reivindicações pontuais dos estudantes.

O documento é a prova material, evidente, de que há uma aliança objetiva entre a reitoria e os estudantes. Caso Serra revogasse o decreto que obriga o lançamento dos gastos das Universidades no Siafem, tudo acabaria. É o que as elites “progressistas” do Brasil desejam: estar acima da lei.; não prestar contas a ninguém; chamar privilégios de direito.

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Postby Rafael » 10 May 2007, 22:22

O melhor é ver marcarem a reunião do Conselho Universitário (CO)hahahahahahaha... que merda de sigla é essa??!?!!?!
Deveria ser Conselho Oniversitário...

não me lembro desse orgão, ou grupo ou sei lá, dentro da Usp...
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Postby telles » 11 May 2007, 10:10

Não sei se ele recebeu de mais alguém, mas fui eu quem mandou esse comunicado pra ele :x: :x: :x:

Será que sofreremos represálias? :lol: :lol:
Telles

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