Uia. Eu também não sei nada de história.
pois é; em 1929, a NYSE caiu 12% em um dia. Em 1907, mais de 40%. Com terremoto em San Francisco, corrida a bancos etc. Mais em
http://en.wikipedia.org/wiki/Panic_of_1907mas é melhor ler o livro THE PANIC OF 1907. Ou o livro do Friedman, UMA HISTÓRIA ECONÔMICA DOS EUA.
Sem a intervenção do Estado, que ocorre das mais variadas maneiras, o Capitalismo já teria desmoronado há muito....
Raciocínio idiota, porque "SE não joga". Não existe mais capitalismo liberal no mundo, para comparar. Mas os países mais próximos disso, EUA e Inglaterra pós 1980, são os países mais ricos e estáveis do mundo. Hmmmm....
O Capitalismo liberal não existe em lugar nenhum do mundo. Você fala de um tipo de Capitalismo que nenhum país do mundo coloca em prática.
Antes de 1940, a Inglaterra. Antes de 1930, EUA. França, em alguns momentos. Hoje, nenhum mais. Quem se aproxima disso, é rico. Hmmmm
E se não fosse a intervenção do Estado na economia, a Grande Depressão não teria sido interrompida, tal como foi. Nos EUA isso se deu através do New Deal, que promoveu, sim, a retomada do crescimento da economia.
Houve dois "New Deals" (ah, molecada gonorante), em 1933 e em 1935. O segundo, que introduzia luta de classes nos EUA ao dar muito poder aos unions, teve várias medidas consideradas inconstitucionais pela SUprema Corte Americana ("ainda há juízes em Berlim"). Isso pra começar a conversar.
Pois bem. Os dois estavam divididos em 3 partes: Relief, Recovery e Reform. Relief tem efeito imediato, mas tirando dinheiro da iniciativa privada, compromete o crescimento econômico de longo prazo.
Governo não tem receita, não gera riqueza. Toma dos cidadãos na forma de impostos.
O Governo não tem o incentivo do lucro. Logo, há a possibilidade de, propositadamente, em nome de um "bem maior" não conceituável, destruir riqueza.
Governo nenhum consegue processar tantas informações de oferta e demanda quanto o mercado. é a mesma coisa que comparar um processamento em fita magnética, em fila, com vários supercomputadores em paralelo.
Quem tem mais chance de gerar riqueza com cada dinheiro que possui?
O mesmo com recovery. Governo nenhum tem capacidade de processar ofertas e demandas, principalmete se a economia é complexa, como já era a dos EUA. Por isso congelamento de preços não dá certo nunca. Então, o recovery da economia é prejudicado. E o principal indicador que se queria recuperar, o emprego, só saiu do buraco com o verdadeiro remédio - capitalista - que se "empregou": a guerra. Na guerra, foi preciso produtividade, inovação, tomar riscos. Pra vencer a guerra, é necessário capitalismo e democracia - nenhuma ditadura venceu uma guerra contra uma democracia capitalista.
Em 1934, o teórico leninista inglês R. Palme Dutt chamou o New Deal de "fascismo social". O programa de Roosevelt, escreveu Dutt, era “avançar para uma ditadura do tipo militarista”. Os objetivos principais, ainda segundo Dutt, eram: impor um capitalismo monopolista de Estado por intermédio da Administração da Recuperação Nacional; subsidiar as atividades empresariais, bancarias e a agricultura por meio da inflação e da expropriação da grande maioria do povo, mantendo níveis de salário real mais baixos, e regular e explorar o operariado mediante salários fixados pelo governo e arbitragem compulsória.
Era uma crítica? NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ERA UMA SAUDAÇÃO!!!!!!! PORQUE ISSO É SOCIALISMO!!!!!!!!
Milton Friedman: “A depressão não foi produzida por uma falha da empresa privada, mas sim pela falha do governo numa área onde ele tinha sido designado como responsável”.
A ação do FED, criado para evitar ouro 1907, precipitou o crash de 1929. E, quando tudo foi pras picas, quando o mundo precisava de liquidez, o FED ELEVOU os juros. E agravou a crise.
E qual foi o erro do FED, o que precipitou a crise? Lá vou eu, porque essa não é intuitiva: é um problema de juros nominais x juros reais.
A taxa de juros no Brasil não são juros, apesar do nome. Estes juros que estão aí são a soma de juros mais inflação, só que ninguém sabe por certo quanto é juro e quanto é inflação. A gente tem um guia hoje: as metas de inflação. Mas, aqui, elas não são cumpridas...
De volta: no começo de 1929, os juros nominais dos títulos americanos foram reduzidos de 5% para 2%, com o objetivo de "estimular" a economia - intervenção.
Aí é que está: o juro real acabou sendo em 1929 de 17%, o que causou a maior quebra de empresas e bancos na história americana.
É que a inflação estimada de 1% ao ano não se confirmou, e a inflação de fato em 1930 foi de -15%, ou seja, uma deflação, o que elevou os juros para 17% ao ano.
Aumentou-se os juros de forma estratosférica justamente no início do que poderia ter sido uma pequena recessão. Com títulos com juros reais pré-determinados a recessão de 1929 não teria sido tão avassaladora. Essa é a visão monetária, do Friedman. E É A ÚNICA BASEADA EM FATOS.
Você precisa de dinheiro, você quer sair das suas posições. SÓ QUE NÃO TEM QUEM COMPRE, PORQUE O FED, DESSA VEZ, JOGA OS JUROS MAIS ALTO AINDA, NOMINALMENTE, O QUE PRATICAMENTE DOBRA O VALOR DO JURO REAL. QUEM VAI INVESTIR COM O GOVERNO AMERICANO PAGANDO QUASE 30% AO ANO DE JUROS???????????
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."
Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")