ECONOMICS & FINANCE 101

Assuntos relacionados ao seu dinheiro.
Como Aplicar Seu Dimdim
Devo comprar dólar?

Postby mends » 07 Feb 2006, 20:59

<span style='color:red'>Olha só:</span>



GM corta dividendo pela metade e reduz salários de altos executivos



SÃO PAULO - A General Motors (GM) cortou pela metade seu dividendo e enxugou os salários de seus altos executivos e integrantes do conselho. As medidas fazem parte dos esforços da montadora para tentar reverter os prejuízos mais recentes.



O diretor executivo da montadora, Rick Wagoner, sofrerá uma redução de 50% em seu salário anual. Outros altos executivos terão um decréscimo de 10% a 30% em seus pagamentos.



<span style='color:red'>Analisando pela optica da sinalização e dispersão de informações:



Cortar div é ruim, muito ruim, pois é a parte de cada acionista no lucro líquido da companhia. Deve ser, a bem da verdade, a parte no chamado "net-net", depois que ocorreram TODAS as deduções, o que na literatura de negócios se encontra com o nome de FCFE - Free Cash Flow to the Equity.

Se alguém for estudar a Teoria, encontrará Modigliani & Miller, os famosos M&M ganhadores de Nobel, dizendo que div é acessório, que tanto faz a empresa pagar ou não. No mundo matemático, eles têm razão: pagar ou não div não influi no valor da empresa. Agora, pagar div é importante no mundo real. E por quê?

Bom, deve-se considerar as possibilidades que temos de ganhar dinheiro nos tornando sócios de uma empresa: ou compramos a ação e vendemos, e obtemos ganho de capital, ou compramos a ação e a seguramos, fazendo jus, em tese, a uma parcela do seu lucro - os dividendos. Em tese porque, depois de pagos todos os compromissos - os credores têm direito ao fluxo de caixa da empresa ANTES do sócio (as dívidas), o governo também (os impostos). De posse do "net-net", o administrador deve pesar o custo de oportunidade do acionista e compará-lo com o retorno que a empresa consegue com a grana. Se o acionista consegue, com a sua parcela do lucro, um retorno maior que a empresa consegue, dado o mesmo nível de risco, ela deve pagar dividendo. Logo, div são pagos preferencialmente por empresas em mercados maduros, onde as oportunidades de novos investimentos não são tão abundandes, que proporcionam fluxo de caixa relativamente constante etc etc. Por isso a Microsoft, de um setor hiper-dinâmico, sujeito a rupturas a toda hora, nunca havia pago dividendos até ano passado. E, nessa decisão, deve pesar ainda situações específicas, como a nossa: No Brasil, div não pagam IR, mas ganhos de capital sim - então, a taxa marginal de IR (o IR pago a cada real adicional de ganho) deve entrar no cálculo do custo de oportunidade.

Tudo isso ponderado, uma vez que se começa a pagar dividendos, o mercado sempre vai recompensar aumentos no payout (a relação dividendos/lucro) e penalizar diminuições no payout, porque elas SINALIZAM ao mercado a saúde da geração de caixa da companhia - lembrando sempre da regra de Ouro do Valor: CASH IS KING.

A GM não tinha net-net faz tempo, e ultimamente até seu lucro operacional estava comprometido - estava perdendo grana já na venda, pois o que vendia mal cobria as despesas diretas. Há seis meses, mais ou menos, os títulos de dívida da GM são junk, a pior classificação de risco, com alta probabilidade de não pagamento. E se a GM não tinha net-net, ela distribuía o quê? Distribuía dinheiro que captava no mercado financeiro, o que estava cada vez mais difícil - eles eram junk bonds! - e dá pra ver que essa situação ficava meior insustentável, apesar de, de novo em tese, a estrutura de capital ótima de uma empresa, a relação entre capital de acionistas e dívida - é de 100% dívida, mas isso já é discussão pra outro post longuíssimo...

Voltando: mantinha-se os dividendos para que o mercado não penalizasse ainda mais a ação, apesar da ação já estar em baixa, mas o que se queria, talvez, era que as velhinhas do Nebraska e do Arkansas não vendessem os papéis, que garantiam uma rendazinha anual (e essa imagem "velhinhas adoram empresas vacas leiteiras" também pode ser assunto para outro post longuíssimo...).

Concluindo: a decisão de diminuir os dividendos pagos é arriscada, mas foi "hedgeada" por outra sinalização: os líderes estão comprometidos com os resultados - se bem que não faria mal o Wagoner ficar dois ou três anos com os vencimentos represados, ganhando somente em stock options - ele não deve precisar se preocupar com a feira - e mostrar ainda mais alinhamento com os acionistas. Mas, sacumé: sacríficio, mas não tanto... </span>
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Postby Danilo » 07 Feb 2006, 23:02

101? Mas com a EC2 não fica algo como PRO 2301? :P
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Postby mends » 08 Feb 2006, 14:15

é a velha história: quando o engraxate entra na bolsa, é bom estar vendido...bolsa exige um mínimo de conhecimento financeiro. Warren Buffett costuma dizer que, se vc tem um QI de 170, pode vender 45 pontos e ainda assim se dar bem em investimentos. Mas hoje, por exemplo, li um absurdo em uma lista de discussão de mercado, cujos participantes da lista são investidores: “muito hedge não é bom, porque vc não ganha”. O cara simplesmente confunde divesificação de portfolio com hedge, que são conceitos muito diferentes, e muito básicos – quando surgir a oportunidade e o tempo, escrevo sobre eles. Agora, o artigo da dona de casa que quer ser investidora...e um segredo: o.k., IBOVESPA em 37,000, queda forte nesses dias, com todo mundo realizando. É o que se lê nos jornais. Agora, vc tem um papel que valorizou, e vc só ganha dinheiro se vender - assumindo que queira vender, obviamente, que a sua estratégia não seja “buy and hold” ou de value investment*, que exigem prazos mais longos. Lembrando sempre que um mercado é um mercado, seja ele de peixe ou de swaps de derivativos de crédito, se alguém quer vender, ele só vende se alguém quiser comprar. E quem vai comprar? A famosa dona Maria, a que pensa “todo mundo ganha, quero também”. Vai comprar caro, a bolsa vai cair, ela vai se assustar, vai vender barato e vai sair do mercado dizendo que “é um cassino, são todos ladrões”...

*value investment é uma estratégia de investimento que não se preocupa com a volatilidade do papel. Existem, basicamente, dois tipos de risco no mercado: a volatilidade do preço do ativo, função da oferta e demanda, da precificação de informações, do movimento de manada, do resultado do Superbowl. Volatilidade significa que o preço pode subir, pode cair, e, se o mercado for eficiente (discussão pra depois), se não estiver em ponto de ruptura, se pudermos modelar o retorno de uma ação pela média do retorno histórico (geralmente uma média móvel do tempo em que vc pretende ficar com o papel) mais três desvios padrão pra cada lado, temos a famosa NORMAL. No curto prazo, como a probalidade do preço subir ou cair, SENDO O MERCADO EFICIENTE, é igual (o famoso RANDOM WALK do mercado), vc está exposto ao risco da volatilidade, e vc se protege dele diversificando seus investimentos, ie, não colocando todos os ovos na mesma cesta – frase cuja expressão matemática rendeu um prêmio Nobel a Harry Markowitz. Agora, se o prazo for longo o suficiente, vc não precisa diversificar, porque o risco que vc corre é menos o da volatilidade, uma vez que, se você quer segurar a ação por dez anos, não importa a mudança do preço dela amanhã, e mais do de comprar uma ação CARA. Vc deve procurar as baratas, as pechinchas, as que ninguém está olhando, MAS QUE TEM POTENCIAL PRA CRESCER, cujo negócio tem vantagens competitivas para estar no mercado em dez anos, modelos de negócio não sujeitos a mudanças dinâmicas perigosas, setores menos sujeitos a movimentos de consolidação, para que, em dez anos, vc possa vender e embolsar o lucro. E pra isso vc tem que saber estratégia, contabilidade, finanças...isso é value investment, e isso é o que faz Warren Buffett ser o segundo homem mais rico do mundo, o homem que ganha do Dow Jones todo ano, o homem que dá a seus clientes retornos compostos médios de 30% ao ano.

O artigo:

O risco da exuberância
Por Daniele Camba, Adriana Cotias e Luciana Monteiro De São Paulo



Já não é mais o galã da novela das nove que prende a atenção de Nice dos Santos à noite. Depois de tanto ver no Jornal Nacional que o Índice Bovespa bateu mais um recorde de alta, a diarista passou a se interessar por esse mundo desconhecido, pensando seriamente em aplicar suas pequenas economias em ações. "Se todo mundo ganha com isso, eu quero ganhar também", raciocina Nice. Esse fenômeno é mundial. Toda vez que as bolsas sobem, o desejo de pegar carona no lucro instantâneo contagia até os que mal sabem o que representa o sobe-e-desce do mercado. Mas em muitos momentos, esse entusiasmo foi o prenúncio de uma longa fase de baixa.

Uma das máximas que os velhos operadores de mercado gostam de repetir é: quando todo mundo está falando em investir na bolsa, é hora de vender. A origem dessa frase é uma história que faz parte do folclore do mundo das finanças. Em 1929, pouco antes do "crash" da Bolsa de Nova York, o pai do presidente norte-americano John Kennedy, Joseph Patrick Kennedy, resolveu vender toda sua carteira depois que o rapaz que engraxava seus sapatos perguntou-lhe como estava o mercado acionário.

O cenário atual é bem diferente, mas o surpreendente vigor demonstrado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nos últimos meses já leva alguns analistas a questionar se não há um certo exagero nessa disparada. Só em janeiro deste ano, o Ibovespa subiu mais de 20% em dólar, superando os 17 mil pontos na moeda norte-americana. No Brasil pós-Real, a pontuação máxima antes atingida pelo indicador tinha rondado os 11.800 pontos, em 1997, em pleno ano da derrocada dos Tigres Asiáticos. Depois disso, só em 2005 é que o Ibovespa passou a bater seus próprios recordes, ultrapassando os 15 mil pontos e fechando dezembro com 14.293 pontos.

Preocupado com o que chama de "euforismo" (euforia com otimismo) que teria tomado conta até dos mais gabaritados profissionais do mercado - com projeções que chegam a prever um Ibovespa na casa dos 50 mil pontos até dezembro -, Alexandre Espírito Santo, sócio da Avanti Gestão de Recursos e chefe do Departamento de Economia e Finanças da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio (ESPM-RJ), preparou um estudo em que fotografa alguns picos e depressões da bolsa brasileira nos últimos 20 anos. Ele relaciona esses momentos aos principais fatos políticos e econômicos que moveram o ânimo dos investidores e extrai um resultado gráfico interessante: nunca, até o segundo semestre do ano passado, o Ibovespa tinha ultrapassado os 12 mil pontos em dólares.

"Que o mercado acionário brasileiro mudou de patamar não resta dúvida, mas o problema é que a bolsa começa a atrair pessoas que nunca investiram em ações antes, dando margem para o chamado dinheiro esperto (o capital especulativo, de curto prazo) realizar lucros e entrar depois num preço mais acessível", afirma Espírito Santo, que espera muita volatilidade para a Bovespa neste ano. O calendário eleitoral, soluços na economia americana e a possibilidade de a gripe aviária se alastrar além das fronteiras da Ásia são alguns fatores de risco citados pelo especialista, combinando, assim, uma visão mais fundamentalista à análise estatística que preparou.

Olhando pelo retrovisor, Espírito Santo considera que o investidor iniciante deve evitar a empolgação e esperar a poeira baixar. Um nível de 11 mil ou 12 mil pontos em dólar, ou entre 24.200 e 26.400 pontos em reais seria um intervalo mais confortável para ingressar na bolsa.

Mas até onde pode ir um índice que subiu mais de 380% em dólar desde o fundo do poço atingido em setembro de 2002? Para o estrategista do Pátria Banco de Negócios, Luís Fernando Lopes, o Brasil não tem fundamentos para justificar uma alta de 20% em dólar em apenas um mês, como ocorreu em janeiro. Do ponto de vista macroeconômico, o cenário está longe de ser um céu de brigadeiro. "O crescimento, que foi medíocre em 2005, será apenas menos medíocre este ano", diz, projetando expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 2,9% em 2006.

Ele cita que o nível de solvência do país - que se traduz nos indicadores fiscais e externos - é bastante tranqüilo, mas nada que não existisse já no ano passado. Do lado político, o Brasil está às vésperas de uma eleição presidencial que tem tudo para ser ultra-acirrada e com momentos surpreendentes. "Veremos novas acusações todos os dias, esta eleição está longe de ser uma disputa tranqüila."

Se não existem fundamentos que segurem uma valorização tão acentuada da bolsa, há motivos técnicos de sobra. E o principal deles é a enxurrada de recursos estrangeiros ingressando nos emergentes, à procura de bons retornos. Esse dinheiro não é privilégio só do Brasil. Foi um capital que fez as bolsas do mundo inteiro, especialmente as emergentes, subirem nos últimos meses e com mais força em janeiro.

A grande questão é saber até quando esse caminhão de dinheiro continuará entrando e o que vai ocorrer quando começar a sair. Lopes não tem essa data, mas afirma que, historicamente, movimentos técnicos são de curto prazo e costumam ditar mudanças abruptas.

Mas é inegável que o Brasil teve progressos estruturais importantes. Mais do que isso. Segundo o gestor da Fides Asset Management Gustavo Harckbart, ao longo dos anos, a Bovespa ganhou estabilidade e ficou mais próxima dos mercados desenvolvidos. "Com o país a caminho de se tornar 'investment grade' (grau de investimento, a nota que significa baixo risco para os aplicadores), a volatilidade se reduz."

Ele acredita, no entanto, que a fonte de recursos estrangeiros pode secar, dependendo do comportamento da economia mundial, puxada pelos EUA. "Os indicadores mostram uma forte queda da produtividade, o que pode significar um repique da inflação e novos aumentos de juros que não eram esperados." Para ele, os próximos dados serão decisivos, apontando qual a direção da economia americana. "Ainda não há motivos para preocupação, mas a luz amarela do fluxo estrangeiro já acendeu."
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Postby mends » 09 Feb 2006, 11:20

Lendo absurdos...(em uma lista de discussão de investidores):

O Mauro Halfeld que depende o mercado de ações como investimento de
longo prazo, sempre diz que as ações no longo prazo rendem mais do que
renda fixa.

Me lembro de uma apresentação dele em que dei risada porque mostra o
crash de 1929 como um pequeno soluço no avanço constante e crescente
da Bolsa de NY.

Com este raciocínio, do mesmo modo que não ficamos trocando de
posições diariamente porque as LTN ou as NTN tendem a subir ou a
baixar... também não precisamos fazer acompanhamentos de uma empresa.

Sinceramente, em um horizonte de mais de três/cinco anos acaba sendo
irrelevante o momento pontual de entrada, porque as aplicações serão
constantes e idealmente as retiradas também o devem ser...

(O que acabei de falar foi blasfémia para um grafista... :) )


Minha resposta, que cabe como um post aqui:

Desculpe, mas não é irrelevante o ponto de entrada. Isso não é uma blasfêmia para um grafista, mas é uma blasfêmia financeira. O "caminho" do papel, no longo prazo, tende a ser pra cima. Só que, como investimento, só faz sentido se ganhar do seu custo de oportunidade.
Ao comprar um papel, carregamos dois tipos de risco: o risco da volatilidade do preço do papel, e o risco de perder dinheiro, seja no net net, seja por ganhar menos que o custo de oportunidade, seja por ganhar menos que a inflação...o risco de volatilidade você mitiga utilizando a teoria do portfolio, diversificando suas aplicações. Você, ao diversificar, "vende o BETA", que é o risco da volatilidade. Agora, no longo prazo, é intuitivo que o beta não é importante. Se vc vai segurar o papel por 5 anos, não importa a volatilidade diária do preço, importa o preço de entrada e o preço de saída - isso é visto na fórmula do retorno médio anual composto (CAGR). Mas ainda aí vc tem um risco, o ALFA, que é o risco de comprar um papel caro. Mesmo que, nominalmente, vc ganhe dinheiro, vamos supor que seu preço de entrada foi 100, a saída foi 125, em cinco anos. Seu retorno médio, composto, foi de:

((125/100)^(1/5))-1 = 4,6% ao ano. Se a inflação for de 6,5%/ano, vc perdeu dinheiro...

O Beta qualquer um pode mitigar, comprando uma carteira diversificada. O Alfa depende de habilidade de escolher ações!! E de habilidade de entrar. Eu, particularmente, apesar de fundamentalista no "core", gosto de usar uma ferramenta grafista chamada Bollinger Bands pra achar o ponto de compra, e também o ponto de venda, se for caso de curto prazo. Grosso modo, pra quem não conhece, essa ferramenta consiste em traçar a reta média em um gráfico de candles (eu uso o exponential fit), e traçar duas retas de limite, com dois sigmas (desvios-padrão) para cima e dois para baixo. Se os retornos históricos médios puderem ser modelados por uma curva normal, ou por uma boa aproximação, a ferramenta é boa (portanto, não serve pra UOL, Natura etc...), e quando o candle furar o limite inferior é entrada, e furando o superior, é saída.
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Postby telles » 09 Feb 2006, 14:40

Não tenta explicar exponential fit pra financista.... é por isso que só tem engenheiro em banco.....
Telles

Conheça aqui a Vergonha Nacional
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Postby mends » 09 Feb 2006, 18:55

isso é o que eu chamo de instrumentos exóticos...

Chicago Merc to Create Derivatives Linked to Snowfall (Update2)
2006-02-09 16:29 (New York)


(Updates share price in last paragraph.)

By Darrell Hassler and Nandini Sukumar
Feb. 9 (Bloomberg) -- The Chicago Mercantile Exchange, the
biggest U.S. futures market, is creating futures and options
contracts linked to the amount of snow that falls in New York's
Central Park and Boston's Logan International Airport.
The Merc, the only exchange to offer weather derivatives,
is expanding its range as trading surges in existing contracts
linked to the number of frosty days and the temperature in U.S.,
European and Asian cities.
Weather derivatives trading at the Merc jumped more than
sevenfold last year to 889,000 contracts on demand from
companies whose fortunes change with the weather. The
derivatives might be used by municipal snow removers or energy
traders, said Brian O'Hearne, managing director of the
environmental and commodity markets for Swiss Reinsurance Co.
``There really is an increasing interdependence of
commodity price action and weather action,'' O'Hearne said in an
interview from his New York office. He is also president of the
Washington-based Weather Risk Management Association, a trade
group.
The derivatives will be based on a new snowfall index that
the Merc will create, with contracts for each month from October
through April, the Merc said in a memo to clients yesterday.
Merc spokesman Allan Schoenberg confirmed the contents of the
memo today.
The index will be based on the amount of snowfall in the
designated month of the contract, as reported by Earth Satellite
Corp. measurements taken at the Boston airport and New York
park.
Futures are agreements to purchase contracts at a set date
and time, while options give one side of the contract the right
to do so. The contracts are settled only on the last day of each
contract month, the Merc's memo said.
Schoenberg declined to elaborate more on the contract.
The Merc's shares fell $5.25, or 1.3 percent, to $398.65 at
4:15 p.m. in New York Stock Exchange composite trading. They
have gained 96 percent in the past year.
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Postby mends » 10 Feb 2006, 14:46

fui em um treinamento da bloomberg e ouvi falar de um conceito de análise de crédito que, junto com os ratings (classificações de risco) das principais agências, pode dar mais pistas sobre o comportamento financeiro de títulos de dívidas das empresas. O conceito chama-se Z-SCORE,a fórmula não vem ao caso - teria que explicar pelo menos uns dez conceitos contábeis aqui. Mas isso é um intróito pra dizer que, no rodapé da introdução do capítulo 32 do livro PRINCIPLES OF CORPORATE FINANCE, do Myers, onde fui pesquisar o conceito, há a seguinte assertiva:

1 - Some goods can't be sold on credit - a glass of beer, for example


ora...nos EUA num tem pindura??? :lol:
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Postby mends » 12 Feb 2006, 21:16

1-Não existe almoço grátis;
2-10% ao mês nem cheque especial cobra. Nem banco ganha isso...214% ao ano,
em "renda fixa"!!!! O "profissional de mercado financeiro" que aplicou
nisso deveria ser demitido. Pra manter uma rentabilidade de 10% ao mês, com
a base de aplicadores aumentando bastante, sendo que a base de aves não
poderia aumentar na mesma velocidade - não é frango que pode ficar
confinado, precisa de espaço - e que a demanda por carne tinha que passar
de exótica pra "bombada classe 5", destronando carnes mais palatáveis -
avestruz nem é tão bom - como o carneiro, vai ser burro, ingênuo ou
"ishperto" assim lá longe! Fica óbvio que a empresa, como todas as empresas
que investem em livestock que não seja boi ou frango, vai sofrer de a)
restrição de demanda: o preço da carne cai, o rendimento cai; B) retornos
marginais decrescentes, o que faz com que os preços caiam mais; c) esquema
de prato chinês, onde vc pega dinheiro de investidor novo pra pagar
investidor velho, fica equilibrando os pratos - administrando o fluxo de
caixa com lupa - e, se houver mais de um saque por dia, tá na roça...



A saga do avestruz
Por Danilo Fariello De São Paulo
Um drama financeiro une um bancário paulista, um empresário carioca, um
engenheiro português, outros espanhóis, alguns investidores americanos e
diversos aplicadores de todo o Brasil, principalmente do Planalto Central.
Todos acreditaram que conseguiriam rentabilidade acima de 10% ao mês na
criação de aves pela Avestruz Master e podem perder todo o valor que
investiram. Alguns aplicaram mais de R$ 3 milhões na empresa.
No total, mais de 50 mil pessoas foram lesadas e o rombo chega a R$ 1,7
bilhão. Os investidores agora buscam consolo em alguma saída para a
empresa, que atravessa um processo de recuperação judicial. Na
quarta-feira, será apresentada à 11ª Vara Cível de Goiânia, onde está a
sede da empresa, o plano de recuperação promovido pelos administradores
judiciais. A proposta prevê a formação de uma sociedade anônima que
abrigará os investidores como sócios, além do dono da empresa, Jerson
Maciel, com 25% do capital da nova companhia, que continuará operando com
as aves. Nessa toada, é previsto que a empresa gere resultados para os
credores a partir de dois anos. A proposta recebe críticas de aplicadores e
associações, que temem que, nesse caso, os investidores, ao se tornarem
sócios da empresa, passem também a ser devedores.
Outra saída para o processo está na decretação da falência, defendida por
algumas associações. No entanto, uma análise da Comissão de Meio Ambiente,
Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal indicou
que o patrimônio da empresa, que formaria a massa falida, significa apenas
cerca de 3% da dívida. Nesse, caso, portanto, os investidores poderiam
receber, depois de alguns anos, apenas uma pequena fatia do valor.
Os envolvidos dão como praticamente certa uma contestação do plano que
prevê a criação da sociedade anônima com participação de 25% de Maciel por
parte dos credores. A resolução do processo, nesse caso, dependeria da
decisão de uma assembléia dos investidores. Essa reunião deverá ocorrer até
o dia 15 de maio.
O juiz responsável pela condução do processo da Avestruz Master, Carlos
Magno Rocha da Silva, da 11ª Vara Cível de Goiânia, reconhece que não há
meios de que todos os investidores compareçam à assembléia geral. Ele teme
pela representatividade das entidades que dizem falar em nome dos credores,
como o Procon, por exemplo. "A maior parte dos investidores está perdido,
sem saber como agir."
Rocha da Silva diz tentar se precaver contra manipulações no resultado da
provável assembléia que favoreça a família Maciel. Ele assegura, porém, que
nenhum familiar ou representante franqueado da Avestruz Master, apesar de
possuir dívidas, terá direito a voto na assembléia geral dos credores.
Diferente do caso das Fazendas Reunidas Boi Gordo, neste caso a empresa
possui patrimônio, embora pequeno, diz o juiz Rocha da Silva. "Esses
recursos poderão ser alienados e distribuídos entre os credores, em caso de
falência." Ele diz que, se houve evasão de divisas por parte dos sócios,
conforme aventado pela Polícia Federal, esses recursos poderiam ser
trazidos de volta e também divididos.
O juiz diz que há alternativas entre a falência e a formação da sociedade
anônima. "A nova Lei de Falências prevê 16 opções." Entre elas, a formação
de uma cooperativa dos credores, aumento do capital social e cisão da
empresa. Além dessas opções, caso os credores concordem, qualquer
alternativa viável sugerida poderá ser acatada pelo juiz.
Além da comissão do Senado, a Polícia Federal encerrou na semana passada
inquérito que apontava indícios de estelionato e crime contra a poupança
popular e o sistema financeiro. No entanto, nenhuma cópia desses inquéritos
foi enviada à 11ª Vara Cível de Goiânia. Vários investidores também
conseguiram na Justiça a apreensão de bens e aves. Isso, segundo o juiz,
acaba prejudicando os próprios credores. Milhares de aves, dos mais de 600
mil animais que a Avestruz Master diz ter, já teriam morrido por falta de
cuidados. O juiz tem liberado recursos das contas bloqueadas da empresa
para cuidar das aves conforme a necessidade.
Assistindo a essa peleja, estão os milhares de investidores que viram sua
aplicação perto de virar pó. "A empresa foi para o vinagre e agora não
tenho mais muitas esperanças", diz um empresário carioca do ramo de móveis
que investiu recursos dele e da empresa da qual é sócio na Avestruz Master.
O irmão que mora em Goiânia foi quem deu a dica do investimento. "A
rentabilidade era muito boa e a empresa existia há mais de cinco anos."
Antes de investir, o empresário cercou-se de cuidados. Visitou fazendas em
Goiás e viu os animais. Não aplicou todos os seus recursos disponíveis nos
bichos, mas, ainda assim, agora não consegue esconder o sentimento de
impotência. Sobre a formação da sociedade anônima aberta, ele mostra alguma
esperança, mas pouca empolgação.
A febre do avestruz tornou-se popular até no coração financeiro do Brasil.
Um funcionário de um banco em São Paulo, soube da aplicação numa conversa
informal com colegas da mesa de operações onde trabalha. "Um amigo tinha um
primo na empresa e dele partiu a indicação." Ele aplicou inicialmente R$ 4
mil e viu a Avestruz Master titubear quando os recursos, reinvestidos,
passavam de R$ 10 mil. O bancário de 25 anos diz que perdeu o chão no
momento em que o prejuízo foi revelado, mas admite também que estava
consciente dos riscos. "Como profissional do meio financeiro, sabia que
ninguém pode oferecer uma rentabilidade dessa proporção com muitas
garantias."
O biólogo Andrés Jimenez Galisteo Júnior investiu R$ 1.905 sob influência
do irmão, que também tinha dinheiro na empresa. Agora Galisteo diz só
aplicará sempre em "produtos ortodoxos bancários". "Eu sabia que o risco
existia, por isso não apliquei tudo que tinha na Avestruz Master, mas tenho
certeza de que agora ficarei nas aplicações convencionais." Ele ainda
espera receber seu dinheiro de volta um dia
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Postby Danilo » 13 Feb 2006, 11:25

Nas minhas idas pra Goiás no final de ano, ouvi pelo menos umas 2 vezes histórias de gente que entrou pelo cano nessa. Diziam que o Avestruz Master era para abastecer mercado interno e também Japão, Tigres Asiáticos e Europa...
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Postby mends » 14 Feb 2006, 11:12

vamos falar da Sadia, pra falar sobre a inutilidade de certas "análises"...

do Valor:

<span style='color:red'>A Sadia anunciou ontem que encerrou 2005 com lucro líquido recorde de R$ 657,3 milhões, valor 49,65% maior que o ano anterior. A receita bruta da empresa fechou em R$ 8,328 bilhões, 13,8% acima sobre 2004, mantendo praticamente um equilíbrio entre as vendas do mercado interno - de R$ 4,2 bilhões, alta de 13,9% sobre 2004 - e de R$ 4,1 bilhões no exterior, com elevação de 13,7% na comparação com o ano anterior.</span>

<span style='color:blue'>esse é o exemplo da análise de elevador: 7.xx% a mais que no ano/semetre/trimestre passado. Isso não serve pra nada: não diz nada analiticamente e está financeiramente ERRADO, uma vez que são valores nominais, não ajustados pela inflação, e não se compara dinheiro no tempo sem que eles se refiram à mesma "base". Muito cuidado com essa encheção de linguiça, porque vc pode querer investir baseado nisso.</span>

Para o primeiro semestre deste ano, contudo, a empresa prevê queda nas vendas externas de carne de frango por conta do recuo do consumo de aves na União Européia, em razão do surto de gripe aviária. Mas, no mercado doméstico, a expectativa é de demanda aquecida por conta do aumento de renda por conta do reajuste do salário mínimo, disse Luiz Gonzaga Murat, diretor financeiro da empresa. <span style='color:red'>A projeção é de aumento de 13% em volumes de vendas neste ano, mas esses números serão revistos. </span>

<span style='color:blue'>é óbvio que serão revistos. isso é projeção, muitas vezes baseadas em premissas bem rasteirinhas - se vocês lessem os prospectos que empresas grandes mandam pros bancos, pra conseguir uma linha de crédito de capital de giro, por exemplo, iriam morrer de rir. Não sei como tanta gente ruim tem emprego.</span>

O bom desempenho da empresa em 2005 reflete o aumento das vendas nos mercados interno e externo e também a redução dos custos da empresa. Os embarques foram recordes em 2005, superiores a 1 milhão de toneladas. No quarto trimestre, a Sadia registrou lucro líquido de R$ 234,4 milhões, igualmente recorde, <span style='color:red'>alta de 84,2% acima sobre igual período de 2004.</span>

<span style='color:blue'>
de novo o elevador sem significado...</span>


"Teremos um desafio para os próximos seis meses", disse Murat, referindo-se ao fato de a Sadia ter de avançar em novos mercados por conta da queda do consumo projetado para a UE. Segundo ele, o surto de gripe deverá reduzir os preços internacionais das aves e pressionar a oferta no mercado doméstico. Essa pressão deverá prejudicar os pequenos produtores no país, que poderão ser comprimidos pelas grandes indústrias.
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Postby Danilo » 14 Feb 2006, 12:30

Oba, análise de elevador quentinha:

O IVMS (Índice de Vida Miserável do Saidero) teve em janeiro um aumento de 1,06% em relação a média mensal de 2005.

:sos:
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Postby tgarcia » 15 Feb 2006, 08:37

Uma outra análise, pelo manos com elementos mais relevantes....

SÃO PAULO - Na opinião dos analistas da Fator Corretora e do banco de investimentos Pactual, o desempenho operacional apresentado pela Sadia no quarto trimestre de 2005 foi bom e em linha com as expectativas, sendo que o lucro líquido acima do previsto foi conseqüência de um resultado financeiro melhor que o esperado e menores taxas de provisões.Dentre os pontos positivos, os analistas destacaram a queda nos preços das principais matérias-primas e melhor eficiência operacional.

A gestão de caixa e o bom desempenho das exportações, apesar do cenário adverso, também foram citados.

Com isso, o Pactual reiterou a sua recomendação outperform para as ações da empresa, descrevendo um preço-alvo de R$ 9,10 para dezembro de 2006. Já a Fator Corretora, mais cautelosa, projeta um preço-alvo de R$ 8,00 e recomenda a manutenção dos papéis.

Perspectivas Em relação às perspectivas para os próximos resultados, os analistas do Pactual classificaram como positivo o objetivo da Sadia de encerrar 2006 com uma margem Ebitda* de 13% e manter o crescimento de 1 ponto percentual por ano desta variável até 2010. Em 2005, a Sadia registrou uma margem Ebitda de 12,2%.

A Fator lembra também que a empresa anunciou que espera fechar 2006 com receitas domésticas 13% maiores e volume de exportações 15% superior ao verificado no ano passado.

* A margem Ebitda representa a relação entre geração operacional de caixa e receita líquida.

Pontos a serem avaliados Do lado negativo, a Fator Corretora lista dois pontos principais que deverão afetar o desempenho da Sadia nos próximos meses e devem ser melhor avaliados. Neste contexto, os analistas comentam que está havendo uma pressão de baixa nos preços dos produtos vendidos pela empresa tanto no mercado interno como no externo.

Nesta percepção, leva-se em conta a maior importância das exportações nas contas da companhia e o agravamento dos casos de gripe aviária pelo mundo, que pode levar à redução do consumo e, conseqüentemente, queda dos preços em dólar.

Por fim, os analistas lembram que importantes mercados consumidores de produtos brasileiros, com Oriente Médio e Japão, estão com estoques de carne suficientes para abastecer seus consumidores por três meses, quando o normal seria reservas para 30 dias.
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Postby mends » 15 Feb 2006, 11:02

mantendo o nível 101:

EBITDA - Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, ou LAJIDA - Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e AMortização. A Margem EBITDA revela o quanto do seu resultado é caixa resultante do seu negócio mesmo, da sua operação. Depois de pagar todos os capitais de terceiros (capital do governo - impostos - de credores - juros - e investimento mínimo de reposição de estrutura - depreciação e amortização) que estão na sua empresa, sobra o NET INCOME, o lucro líquido.
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Postby mends » 15 Feb 2006, 13:38

sugestão...
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Postby mends » 16 Feb 2006, 17:04

O submarino vai lançar ações novamente.

Na realidade ele vai aumentar seu capital e tb os grupos controladores vão ficar com participação mínima.

Estão abandonando o barco?

Diego


mail recebido pela lista de discussão EQUIPE DE INVESTIMENTOS.

Não se trata de abandono. O Submarino era parte da carteira de fundos de private equity, entre eles o famoso GP Investmentos, dos ex-sócios do Garantia. O negócio de um private equity é esse mesmo: invisto dinheiro em empresas com possibilidade de crescimento, por um intervalo de tempo mais longo - 5 a 6 anos - e a saída clássica* é abrir o capital. Como nem todas as ações foram ofertadas no IPO, a Oferta Pública Inicial, para manter um bom nível de preço - a velha história da oferta e da demanda - e agora todo mundo quer o papel, os controladores vão partir pra pulverização. Vendendo 100% das ações, o Submarino pode se tornar a primeira CORPORATION brasileira, a empresa totalmente pública (de pertencente ao público, não ao Estado) do país. Isso é um avanço, mas é assunto pra outro post.

(*) Obviamente há outros tipos de saída: venda estratégica, para concorrentes em momento de consolidação de mercado, para novos entrantes etc etc, recompra por parte dos antigos donos, venda para outro fundo que tenha como target empresas em ciclo diferente daquele onde o primeiro investimento foi feito etc.
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