América Latina

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 03 Feb 2007, 10:54

Chávez conquista a “Ermächtigungsgesetz”. Como Hitler
Por Diogo Schelp:
Ermächtigungsgesetz. Eis o significado literal, em português, desse termo alemão: "lei habilitante". Trata-se de uma autorização dada pelo Poder Legislativo para que o governante aprove leis sem a necessidade de consultar os parlamentares. Em 1933, esse mecanismo foi usado por Adolf Hitler para dar início à construção da ditadura nazista na Alemanha. Na semana passada, a Assembléia Nacional da Venezuela, reunida em praça pública em clima carnavalesco, concedeu ao presidente Hugo Chávez os benefícios da Ermächtigungsgesetz. A lei habilitante amplia a concentração de poder nas mãos de Chávez, dando-lhe total liberdade durante dezoito meses para fazer o que quiser em onze áreas do governo – desde a decisão sobre como gastar o dinheiro público até o direito de mobilizar as Forças Armadas, sob seu comando, a qualquer instante e por qualquer pretexto.
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Postby tgarcia » 14 Feb 2007, 06:11

Mais uma do personagem do barril:

do http://www.estadao.com.br
Comediante é multado após fazer piada com filha de Chávez

Editora que veiculou a brincadeira terá de terá de pagar multa de US$ 18,6 mil
AP

CARACAS - Laureano Marquez, um dos principais humoristas da Venezuela, foi punido por "violar a honra, reputação e vida privada" de Rosines Chávez Rodrigues, filha do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A multa de US$ 18.600 foi imposta a editora Mosca Analfabeta responsável pela publicação de um editorial de jornal assinado por Marquez baseado em um diálogo entre o presidente Chávez e sua filha.

No editorial, ele sugere que o governo de Chávez é como um cavalo branco correndo por um caminho desconhecido com o corpo direcionado para a direita, mas com a cabeça voltada à esquerda. Ele também sugeriu que a menina perguntasse a seu pai sobre o investimento do cavalo na nova compra de armas.

Em resposta ao artigo, durante uma transmissão de seu programa em rádio e televisão, "Olá presidente", Chávez disse aos ouvintes em resposta "que aquele cavalo podia galopar para a esquerda".

Marquez, um dos principais humoristas da Venezuela nega má conduta e argumenta que os US$ 18.600 impostos são usados como uma maneira de censura, para silenciar críticas. Além da multa à editora, Marquez deve pagar outra multa separadamente, em quantia a ser determinada.

"Penso que este governo tem um conceito de sociedade em termos de amigos e inimigos", disse Marquez em uma entrevista por telefone à Associated Press. "Governos que vêem a sociedade como aquele muito sensível a críticas, não as toleram".

Representantes da liberdade de imprensa e grupos de direitos humanos têm acusado Chávez de usar o judiciário e a nova legislação para restringir transmissões e silenciar críticos. O líder venezuelano também enfrentou as críticas afiadas da Organização dos Estados Americanos (OEA) por não renovar a licença para a transmissão da estação de TV alinhada à oposição, a Radio Caracas Television.
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Postby mends » 15 Feb 2007, 09:38

o índio vem aqui, deixa o congresso esperando, faz fuzarca em brasilia...vem visitar, põe o pé no sofá e abre a geladeira. se "sesse" o Bóbi-Filho, era assunto pra dez dias de jornal.
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Postby junior » 15 Feb 2007, 10:41

"E vai descendo na boquinha da garrafa..."

15/02/2007 - 11h11
Brasil aceita pagar US$ 100 milhões a mais por gás boliviano
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PATRÍCIA ZIMMERMANN
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou mudar a fórmula de remuneração do gás boliviano, em uma decisão que deverá gerar US$ 100 milhões por ano a mais em receitas para o país vizinho.

Ao lado do presidente boliviano, Evo Morales, em entrevista no Palácio do Planalto, Lula também afirmou que o Brasil vai estudar novos investimentos no país vizinho, como um usina hidrelétrica binacional, uma usina de biodiesel e um pólo gás-químico.

"Isso [a mudança no preço do gás] fará justiça ao valor do gás boliviano e atenderá ao pleito do presidente Morales. Paralelamente acordamos que o governo boliviano tomará as providências necessárias para que os novos contratos em operação entrem em vigor nos próximos dias", disse Lula.

Hoje a Bolívia vende para a Petrobras cerca de 27 milhões de metros cúbicos diários de gás a US$ 4,30 por milhão de BTU (unidade de medida térmica). A Bolívia reivindicava que o Brasil pagasse cerca de US$ 5 por milhão de BTU.

O acordo fechado hoje não altera o atual preço pago pelo Brasil, que foi estabelecido em contrato. A Petrobras, entretanto, aceitou pagar um adicional caso o gás fornecido pela Bolívia tenha um excedente de poder calorífico.

Haverá a desagregação dos componentes do gás e valorização dos ingredientes mais nobres do combustível, que passarão ser cotados com base nos preços internacionais. Essa regra valerá para as frações nobres do gás acima de 8.900 kcal/metro cúbico.

O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, disse que essa fórmula vai garantir um aumento de US$ 100 milhões nos valores pagos pela Petrobras ao país vizinho neste ano.

Já o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) disse que haverá um aumento de 3%, 4% ou 6% nos preços finais. Em 2006, o gás boliviano custou US$ 1,260 bilhão ao Brasil.

Silas informou que a diferença de preço não será repassada aos consumidores que compram o gás da Petrobras no Brasil.

Garantia

Após o aumento de impostos para os negócios da Petrobras no país vizinho e do aumento do preço do gás, Lula disse que o acordo anunciado hoje vai garantir "a estabilidade e a segurança indispensáveis para entrar em uma nova etapa de nossa cooperação energética".

Morales afirmou em seguida que não deixará que o Brasil fique sem gás após a revisão dos preços. "O preço justo para o gás é importante para o nosso país. Nós cumpriremos todos os contratos com a Petrobras. Nunca faltará gás para o Brasil."

Lula também disse que até abril o Ministério das Minas e Energia tomará as providências necessárias para viabilizar o aumento do preço do gás boliviano para a termelétrica de Cuiabá.

Ontem os dois países informaram que o gás fornecido para uma usina termoelétrica de Cuiabá será reajustado de US$ 1,19 para US$ 4,20 o milhão de BTU. Esse reajuste vai custar US$ 44 milhões (além dos outros US$ 100 milhões), será repassado para Furnas e futuramente rateado com as distribuidoras. Para o consumidor brasileiro, deverá chegar um reajuste médio de 0,2% na conta de luz.

Investimentos

Lula também disse que o gás é um "fator decisivo de integração" entre as economias dos dois países e que vai continuar a ser o "carro-chefe de nossa associação".

O presidente afirmou que os dois países vão estudar a possibilidade de construir uma usina hidrelétrica binacional na fronteira com a Bolívia. Segundo a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), essa usina ficaria no rio Mamoré, entre os municípios de Abunã (Bolívia) e Guajaramirim (Brasil), e teria potência de cerca de 3.000 MW.

Outros dois investimentos que serão analisados serão a construção de uma usina de biodiesel no país vizinho pela Petrobras e também a instalação de um pólo gás-químico na fronteira com os dois países.

Esse pólo era o maior projeto da Petrobras com o país vizinho e tinha como parceira a petroquímica Braskem. O projeto, no entanto, foi suspenso com a decisão da Bolívia de nacionalizar os hidrocarbonetos, tomada em 1º de maio do ano passado.

'Ontem o presidente Morales e eu assistimos sobre uma apresentação de um polo gás químico na fronteira. (...) Temos as condições para ir muito além do gás. Seremos parceiros na revolução da energia renovável, na petroquímica e na geração de hidroeletricidade', disse Lula.
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Postby mends » 15 Feb 2007, 15:56

"só no forévis"

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Postby mends » 15 Feb 2007, 20:08

A confissão de Lula
Ao anunciar o acordo com a Bolívia sobre o preço do gás, disse o Apedeuta brasileiro na presença do Apedeuta boliviano: “Reconheço a justeza de todos os pleitos bolivianos”. “Todos” quer dizer “todos”, e isso inclui a expropriação da Petrobras e o endosso aos métodos: por meio de ocupação militar. Como sabem, há tempos escrevo aqui — e o fazia desde o site Primeira Leitura: Luiz Inácio Lula da Silva, o criador do Foro de São Paulo, é o chefe de Morales. O índio pode ter exagerado um pouco na performance, nas momices, mas a tungada na Petrobrás foi um acordo. E isso já não é mais juízo meu: é uma confissão de Lula.

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Postby mends » 16 Feb 2007, 17:00

A hora dos ruminantes
Entendi.
Lula é mesmo esperto. Se tivesse reagido a Evo Morales, teria empurrado o índio para o colo de Hugo Chávez. Como é um guia genial, calou-se quando Evo tomou a Petrobras sob baionetas e cedeu ao reajuste do gás, que nem teve um acerto diplomático. O discípulo de Pachamama veio pessoalmente cobrar a fatura, em mangas de camisa.
A torcida, até o PT não realizar o seu projeto, é livre.
Atenção: o que farei a seguir não é uma comparação de conteúdos, mas de estruturas mentais. Submetamos esse mesmo raciocínio à ascensão de Hitler.
Daladier, o francês, e Chamberlain, o inglês, achavam que não valia a pena hostilizar o celerado austríaco. Havia até gente muito inteligente — nessas horas, o que não falta é gente inteligente — que via no anticomunismo do facinoroso um aliado interessante contra a então força emergente soviética. Como os bandidos se entendem, Hitler fez primeiro um acordo com Stálin...
A nossa sorte é que, à época, havia um gorducho rancoroso e meio fedorento — excesso de uísque e charuto — que não caiu na racionália dos “inteligentes”, os mesmos que, até hoje, acham que também Stálin estava tentando ser sagaz quando fez o acordo com Hitler. O gorducho era Churchill. A “sagacidade” de Stálin está agora comprovada por documentos. Não, queridos, ele só estava tentando ser “justo” quanto fez o acordo com a Alemanha. Queria dividir o mundo em duas ditaduras. Leiam Stálin – A Corte do Czar Vermelho, de Simon Sebag Montefiore. Em alguns casos, o apelo até pode ser mais amplo: pelo amor de Deus, leiam qualquer coisa...
Ainda sempre na linha da comparação de estruturas, também são os “inteligentes” que recomendam que Bush seja “sagaz” na relação com o Irã. Sagacidade, no caso, signfica deixar que os aiatolás tenham a bomba, o que vai aproximar o mundo de um conflito nuclear “regional”. Conflito nuclear regional?

Imbecis
A imbecilidade alastrante pode inferir que estou comparando bufões de quinta categoria,como Chávez, Morales e Lula, a bufões de primeira categoria, como Hitler ou Stálin. Não estou. O que faço é denunciar um mecanismo de pensamento de que esses tontos nem mesmo se sabem caudatários e vítimas.
Além, obviamente, do puxa-saquismo e do petismo, do servilismo de sempre, estamos falando das pobres vítimas da dialética, daqueles que acreditam que o bem pode derivar do mal. No ponto extremo da delinqüência moral, poderiam dizer: “Pô, gente, o Holocausto teve de positivo para os judeus o Estado de Israel”. Lixo intelectual resulta em lixo moral.

Fala de Lula
Ademais, as glórias de Lula são cantadas ignorando-se a sua fala. Ele disse com todas as letras: sua condição de presidente diminui a sua história de sindicalista. Logo, a sua agenda anterior tem precedência também moral sobre a sua agenda posterior, determinada por seu cargo.
Volte e meia o PT fala em criar mecanismos para censurar a mídia. Não precisa. Já há quem faça o serviço por servidão voluntária.

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Postby tgarcia » 01 Mar 2007, 14:30

Pq não mandamos todos eles para colonizarem um planeta distante?

texto abaixo do Estadão:
Chávez, Fidel e MST criticam produção de etanol

Assunto é um dos principais temas da pauta de Bush em sua visita ao Brasil


CARACAS - A poucos dias da visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, à América Latina, os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, e Cuba, Fidel Castro criticaram a utilização do etanol como alternativa ao petróleo.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) também criticou a expansão da indústria da cana na América Latina e a aproximação entre Brasil e Estados Unidos na produção de etanol.

O assunto dos biocombustíveis é um dos principais temas da pauta de Bush em sua passagem pelo Brasil, nos dias 8 e 9 de março.

Em uma conversa por telefone com o presidente cubano, na terça-feira, Chávez e Castro ironizaram a utilização de alimentos para produção de combustíveis.

“Você sabe quantos hectares de milho são necessários para produzir um milhão de barris de etanol?”, perguntou Chávez a Fidel, durante a transmissão radiofônica do programa Alô, Presidente.

“Creio que você falou outro dia em 20 milhões de hectares, algo como isso, mas me lembre”, afirmou Fidel, entre risos. Chávez confirmou a cifra, abrindo espaço para as críticas de Fidel Castro.

“Bom, a idéia de usar alimentos para produzir combustíveis é trágica, é dramática. Ninguém tem garantia de onde vão chegar os preços dos alimentos, quando a soja está se convertendo em combustível (...) é mais uma das tragédias que acontecem neste momento”, afirmou Fidel.

“Me alegro muito que você tenha levantado a bandeira para salvar a espécie. (...) Porque existem problemas novos, muito difíceis e você está como um pregador, realmente, um grande pregador, convertido em defensor da causa, o defensor da vida da espécie, e, por isso, te felicito”, disse Fidel, que conversou com Chávez durante 32 minutos.


Brasil e EUA
As críticas do governo venezuelano à produção do etanol têm marcado os discursos de Chávez na última semana. Em uma entrevista coletiva realizada no sábado, Chávez disse que é “imoral” destinar alimentos para a produção de combustível para carros.

“Um hectare de milho corresponde a 18,8 litros de etanol (...) 70% da água utilizada na agricultura é para a manutenção de monoculturas. Milhões de famílias poderiam ser alimentadas com esse milho que está sendo convertido em etanol”, criticou Chávez. “Os Estados Unidos precisam reduzir o consumo de energia, essa é a solução."

Chávez poupou o Brasil de críticas. Segundo ele, a decisão do governo brasileiro é “compreensível” considerando que apenas recentemente o país alcançou a auto-suficiência em produção petroleira.

Brasil e Estados Unidos juntos respondem por 70% da produção e consumo mundial do etanol.

Ambos os países estão negociando um padrão técnico para o etanol, o primeiro passo para a transformação do álcool combustível em uma commodity internacional, que seria negociada em bolsas de mercadorias como o petróleo ou a soja.

Para alguns analistas brasileiros, o interesse dos EUA em buscar um acordo com Brasil está relacionado ao interesse de abrir o caminho para o capital norte-americano nas usinas brasileiras, controlando assim a produção do etanol do país.


MST
Na quarta-feira, 28, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) divulgou um manifesto assinado por vários movimentos sociais da América Latina criticando a expansão da indústria da cana na região.

“O atual modelo de produção de bioenergia é sustentado nos mesmos elementos que sempre causaram a opressão de nossos povos: apropriação de território, de bens naturais, de força de trabalho”, afirma nota à imprensa divulgada pelo MST.

O MST também fez críticas à aproximação entre Brasil e Estados Unidos sobre o etanol: “Essa é claramente uma face da estratégia geopolítica dos Estados Unidos para enfraquecer a influência de países como Venezuela e Bolívia na região.” [Thiago: AINDA BEM!!!]
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Postby mends » 13 Mar 2007, 08:37

Chávez diz que vai advertir Lula sobre riscos do etanol...
A BBC Brasil informa que Hugo Chávez afirmou, na Jamaica, que vai conversar com o presidente Lula sobre os riscos do etanol. “Nesse momento, há um boom do etanol, mas acho que poucos conhecemos todos os detalhes deste projeto", afirmou o coronel. E foi além: “O etanol é a salvação, segundo o presidente dos Estados Unidos, mas isso não é verdade. Peço ao Brasil e à Colômbia que utilizemos nossas terras para produzir alimentos para os 300 milhões de famintos da América Latina e Caribe." Segundo o ditador, a América Latina já tem o petróleo e o gás. E foi adiante: disse que etanol é alimento “dos carros dos ricos". Ainda segundo Chávez, “Cana-de-açúcar e milho, ou qualquer outro produto deste gênero, foram feitos para matar a fome do povo e não para alimentar carros dos americanos”. Para ele, "combustível assim (biocombustível) vai poluir o mundo e exigir muito de um dos itens vitais para o planeta: a água."

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Postby telles » 13 Mar 2007, 10:01

As pessoas morrem de fome no país do infeliz, e ele vem aqui encher o saco ainda.... :mad:
Telles

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Postby mends » 08 May 2007, 20:15

Lula e o seu "querido Evo"
A memória de Tio Rei o trai ou, quando o Apedeuta negociou, com a faca no pescoço, o preço do gás, foi chamado por alguns analistas isentos de grande estrategista?

É de novo a minha memória bandida que me trai, ou o Apedeuta chamava o índio de araque de “meu querido Evo”? Estaria eu enganado, ou o Babalorixá ofereceu à Bolívia uma linha de crédito do BNDES logo depois de seu “querido” ter ocupado as instalações da Petrobras com soldados do Exército?

Estou delirando, e isto não aconteceu, ou o grande líder de si mesmo da América Latina afirmava que o Brasil, como país mais rico, estava apenas ajudando um país pobre e, assim, cumprindo uma obrigação?

É uma falsa memória a que tenho, ou, até havia outro dia, a Petrobras anunciava a sua disposição de ampliar os investimentos na Bolívia?

Bem, vocês sabem: as indagações acima são apenas retóricas. Uma rápida pesquisa na Internet vai deixar claro que tudo isso aconteceu. E qual é a realidade desta terça-feira? O governo brasileiro aguarda uma resposta do governo boliviano para saber de sua disposição de, vejam só, comprar de volta as duas refinarias da Petrobras boliviana. Tudo o que parecia uma fina estratégia, agora, desmorona. O governo do índio quer pagar meros US$ 60 milhões — embora ambas tenham sido adquirida, em 1999, em leilão, por US$ 104 milhões. É formidável: uma das acusações do governo boliviano é a mesma que a esquerda brasileira faz aqui: as empresas teriam sido vendidas a preço de banana. Só que, para reavê-las, eles querem pagar pouco mais da metade do que custaram as... bananas, apesar de todo o investimento feito em oito anos. A empresa diz que entrega tudo por US$ 136 milhões.

O presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, agora diz que o Brasil não pensa mais em investir no país do “querido companheiro” e anuncia a disposição de recorrer à arbitragem internacional se o governo boliviano tornar as coisas ainda mais difíceis. Evo já disse que o Brasil deveria simplesmente doar as duas refinarias. Por que tudo isso? No domingo, o “querido Evo de Lula” assinou um decreto que concede à estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país.

Na prática, trata-se da expropriação da Petrobras. E, parece, ficou claro que já não há mais nada a negociar.

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Postby mends » 28 May 2007, 11:26

Na Venezuela, tanques contra a RCTV e a oposição. E comícios oficiais em defesa do governo

Leiam texto de Ruth Costas no Estadão On Line da noite de ontem.

Um clima de tensão marcou o último dia das transmissões da Rádio Caracas de Televisão (RCTV), a emissora de maior audiência da Venezuela e a única de oposição ao governo que alcança todo o território nacional. Para comemorar a substituição da RCTV por uma rede de "serviço público" financiada pelo Estado - a Televisão Venezuelana Social (TVES) - o governo organizou uma manifestação no centro de Caracas e montou pelo menos seis palcos, neste domingo, 27.

Havia música ao vivo, telões para o público assistir o início das transmissões da nova TV, às 00h15 desta segunda-feira, 28, e muita propaganda conclamando todos a se inscreverem no Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), criado para reunir todos os aliados do presidente Hugo Chávez. Ao mesmo tempo, a oposição, que no sábado, 26, reuniu milhares de pessoas para defender a "liberdade de expressão" na Venezuela, fez outra passeata em apoio à RCTV partindo de bairros de classe média de Caracas até a frente da Conatel, o órgão responsável pela administração do espectro radioelétrico no país.

"Já tomamos todas as medidas para evitar uma tentativa de sabotar a transmissão da TVES e, no caso de qualquer ação da oposição, estaremos preparados para um contra-ataque", disse o ministro das Comunicações, Willian Lara, acusando, em seguida, meios de comunicação venezuelanos de tentarem incitar o assassinato do presidente. Desde sexta-feira, quando o Tribunal Supremo de Justiça ordenou que a infra-estrutura tecnológica da RCTV fosse colocada à disposição da Conatel para garantir a transmissão da TVES, as antenas da emissora estão cercadas pela Guarda Nacional e neste domingo, Chávez acusou a oposição de convocar passeatas para "acabar com a paz da República".

No ar há 53 anos
A RCTV está no ar há 53 anos, mas o governo venezuelano se negou a renovar sua concessão para transmitir pelo canal 2, alegando que os diretores da emissora são "golpistas" e ela não teria cumprido adequadamente com seus compromissos legais e fiscais. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), organização que agrupa os meios de comunicação privados do continente, qualificou neste domingo, 27, a decisão como um "castigo" e se mostrou preocupada pelo que considerou um "atropelo" da liberdade de expressão na Venezuela. "É evidente que se está limitando o acesso à informação com o fechamento (da RCTV). Só regimes autoritários tomam medidas como essa", disse Gonzalo Marroquín, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP. O Ministério das Comunicações venezuelano respondeu dizendo considerar "muito grave que convidados emitam opiniões sobre a política interna do país".

Para seu último dia de transmissões a RCTV preparou uma programação especial de 18 horas, chamada Um Amigo é Para Sempre. Numa emocionada despedida, atores e apresentadores da emissora lembraram suas cinco décadas de história e colocaram no ar trechos de telenovelas, humorísticos e programas de auditório veiculados ao longo desses anos. Pela tarde, a televisão também passou algumas cenas de capítulos que não foram ao ar das suas duas principais novelas - Camaleona e Mi Prima Ciela - cujos finais não serão exibidos, a menos que a televisão resolva transmitir por cabo.

O governo, por sua vez, divulgou num encarte distribuído com o jornal Últimas Notícias, (o de maior circulação no país), a grade com a programação da TEVES. A nova emissora, que terá cinco dos sete membros de sua direção indicados pelo Executivo, passará filmes, programas de turismo, séries (uma delas sobre um grupo de jornalistas), aulas de ginástica, infantis e uma novela de época produzida na Argentina, chamada Pai Coragem. O ministro das comunicações explicou que todos os programas serão comprados de produtores independentes o que, segundo ele, garantirá a "autonomia" dos conteúdos. Cerca de 7 das 24 horas de programação virão de outros países.


Por Reinaldo Azevedo
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Chávez e sua elite bolivariana

Os petrodólares e a corrupção criaram uma classe
de socialistas venezuelanos que esbanja em jipes
de luxo e em viagens para Miami


Duda Teixeira, de Caracas



Jorge Silva/Reuters

Manifestação chavista em Caracas, na semana passada: falso discurso moralista contra a riqueza


VEJA TAMBÉM
Nesta reportagem
• Quadro: Os beneficiários da revolução
Exclusivo on-line
• Em vídeo: manifestações em Caracas

Durante as últimas duas semanas, na Venezuela, não se passaram dois dias sem que dezenas de milhares de estudantes protestassem contra o fechamento, pelo presidente Hugo Chávez, do canal de televisão RCTV. A tenacidade dos manifestantes em defender a liberdade de expressão em seu país deixou claro que os venezuelanos não compartilham dos planos do presidente de implantar na Venezuela o que ele chama de "socialismo do século XXI". Conforme o próprio Chávez não se cansa de repetir, seu projeto consiste em eliminar a "elite oligárquica" do país – através da expropriação de empresas privadas, da censura aos formadores de opinião e da criação de um partido único, entre outras medidas autoritárias. O que o aspirante a ditador não diz (mas todo vendedor de artigos de luxo em Caracas sabe) é que ele está apenas substituindo a tradicional elite venezuelana por outra, formada por altos funcionários públicos corruptos, sindicalistas e empresários cujo principal mérito é bajular o ditador. Na Venezuela, essa nova classe é chamada de "boliburguesia", uma alusão a duas das expressões mais usadas por Chávez: bolivariano e burguesia. A primeira palavra refere-se aos seguidores da confusa ideologia inventada pelo presidente venezuelano, que mistura a adoração ao libertador latino-americano Simon Bolívar e um socialismo à cubana.

A boliburguesia de Chávez pode ser facilmente identificada nas lojas de Caracas de duas maneiras. Primeiro, através do uso do bonezinho vermelho, peça básica do vestuário dos militantes chavistas. Segundo, pelo estranho hábito que seus integrantes têm de pagar tudo com pilhas e pilhas de dinheiro vivo. Em uma das maiores agências de viagem da capital, por exemplo, a gerente conta que foi necessário comprar uma máquina contadora de dinheiro para as vendedoras não perderem mais tempo manuseando tantas notas de bolívares, a moeda local. "Os destinos preferidos da elite chavista são, claro, Miami e Orlando, sempre em classe executiva", diz a funcionária da agência. Taí, se a idéia de Chávez é imitar Cuba, nesse particular ele conseguiu: a meca dos chavistas são os Estados Unidos. A preferência por tirar férias nesse país tão demonizado nos discursos de Chávez é cuidadosamente dissimulada por eles. Ninguém mostra o passaporte ao colega. Isso porque existe o hábito de um rasgar o visto americano do outro, em um gesto esquizofrênico de patrulhamento ideológico. "Sabemos que no socialismo o luxo é proibido, mas, sempre que entra um chavista de boné vermelho, atendemos mesmo assim", diz Ricardo Diaz, vice-diretor da Super Autos, a principal concessionária de veículos importados de Caracas. "Esse governo tem todo o dinheiro do mundo", completa Diaz. Segundo ele, a clientela mudou muito depois que Chávez assumiu o controle da PDVSA, a estatal de petróleo, em 2003. Até então, seus clientes eram pessoas conhecidas, na maioria empresários. Depois, tornaram-se freqüentes os funcionários públicos, os donos de pequenas importadoras e até ex-camelôs.



Fernando Llano/AP

Acima, estudantes e professores juntam-se para exigir direito à liberdade de expressão em protesto na semana passada, em Caracas. Abaixo, a loja Super Autos, na capital: a ostentação da burguesia estatal bolivariana contrasta com a pobreza do povo
Juan Barreto/AP


O carro preferido da elite bolivariana é o Hummer H2, de 100.000 dólares. A loja Super Autos vendeu, só neste ano, duas dezenas de unidades do modelo, a maioria para chavistas. Em março, o governador do estado de Carabobo, Luis Acosta Carlez, um expoente do chavismo e ele próprio dono de um Hummer, disse em uma entrevista na TV: "Por que nós, os revolucionários, não temos o direito de ter um Hummer? Se ganhamos dinheiro, podemos comprar". Os venezuelanos já apelidaram os petrodólares dos socialistas do governo de dinheiro rojo, rojito – "vermelho, vermelhinho", em espanhol. A fortuna dos apoiadores de Chávez, no entanto, não vem sem custo para o povo venezuelano, que já sofre com a criminalidade crescente (os homicídios triplicaram), o desemprego de 13% e a inflação de 20% ao ano. A riqueza súbita dos chavistas se explica pela estrutura criada pelo presidente para permitir que seus partidários se beneficiem de sua permanência no poder. Quem apóia Chávez é premiado com a possibilidade de lucrar, de maneira lícita ou não.

Uma maneira "limpa" de enriquecer na Venezuela hoje, por exemplo, é abrir uma importadora e cair nas graças da nomenklatura chavista. Desde que Chávez assumiu, a produção industrial caiu a níveis inferiores aos de dez anos atrás. Isso fez com que as importações crescessem – inclusive para atender a uma economia aquecida pelo aumento no preço do petróleo, o principal produto de exportação venezuelano. Importação, portanto, é um dos negócios mais lucrativos na Venezuela hoje. Para sobreviver nesse setor, no entanto, os empresários precisam de autorização do governo para comprar dólares – e Chávez escolhe pessoalmente os privilegiados nesse esquema, em geral por critérios políticos. A outra maneira utilizada pela elite bolivariana para enriquecer, a ilícita, é regida pela completa falta de transparência do estado chavista. De todos os contratos firmados pelo governo, por exemplo, 95% são feitos em caráter emergencial, sem licitação. "Não existe contratação de obra pública hoje, na Venezuela, em que não haja superfaturamento", diz Eleazar Díaz Rangel, diretor do jornal Últimas Notícias, o maior da Venezuela e pró-governo. Na prática, portanto, o presidente venezuelano está tentando expulsar do país uma elite produtiva que cria empregos – como é o caso dos donos da RCTV e dos administradores do Hilton Caracas, hotel que vai ser nacionalizado em agosto – e pôr no lugar uma elite inepta e parasita, formada por aduladores presidenciais.
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Postby tgarcia » 20 Jun 2007, 13:25

O brasil perde essa copa américa. E perde feio.

Mas tinha que dar um cacete no mínmo na venezuela....

No Estadão de hoje

Chávez não se contém e provoca o Brasil até no futebol
Presidente venezuelano garante vitória de sua seleção sobre brasileiros

BARINAS, Venezuela - Provocador como sempre, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não se atém somente à esfera política nas cutucadas em que dá contra o Brasil. Nesta quarta-feira ele afirmou que a seleção de seu país vencerá a equipe comandada pelo técnico Dunga.

"Venceremos o Brasil", disse Chávez na cidade de Barinas, capital do estado de mesmo nome - onde ele nasceu -, que receberá dois jogos: um pelo grupo C da primeira fase, entre Paraguai e Estados Unidos - ironicamente, país governado por seu maior desafeto, George W. Bush - e um das quartas-de-final.

É a primeira vez que a Venezuela será palco da Copa América nos 90 anos de história da competição.

O governante venezuelano comentou que, embora não jogue futebol, gosta muito de assistir ao esporte. "Gosto muito de jogar beisebol, mas prefiro ver futebol", explicou Chávez utilizando o costumeiro populismo, pois mesmo fazendo juras de amor pelo esporte, ainda não sabe se verá alguma partida da Copa América.
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Postby mends » 27 Aug 2007, 09:59

Leio no Valor que os venezuelanos, maravilhados com a eficiência da economia socialista, maravilhados com o novo Homem e a Nova Aurora, fazem quantas viagens possível para Aruba, estouram o cartão de crédito em fichas de cassino, voltam à Venezuela com dólares trocados o suficiente para pagar o cartão em bolívares na cotação oficial (menos da metade da certa, do mercado negro), mais a viagem. De 5k, conseguem ficar com 2.3k, pra não ter o poder de compra corroído.

O bom é, que do jeito que as coisas vão, o próximo soluço do petróleo pode desestabilizar muito o Chapolim Colorado, o herói dos miolo-moles.
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