Universidades

Ciência, Saúde, Economia, Política

Postby mends » 19 May 2007, 12:52

Há gente achando que a universidade é o morro da esquerda: polícia não entra. E as teses de uma certa professora
Cheio de espanto, leio no G1 o seguinte: “Professores da Universidade de São Paulo (USP) condenam a intervenção da Polícia Militar nas negociações entre a reitora Suely Vilela e os estudantes que ocupam o prédio da reitoria desde o dia 3 de maio. ‘A hora que a universidade precisar da força de repressão é porque perdeu seu lugar de crítica, de negociação, de aceitação das idéias, de desenvolvimento de conhecimento e da ciência. Isso mata a universidade’, afirma a professora Zilda Iokoi, do Laboratório de Estudos da Intolerância (LEI) da USP."

Em primeiro lugar, lamento a generalização do lead da notinha. Parece que todos os professores da USP compartilham da tese da professora Zilda, o que não é fato. Tudo foi tentado. Nada foi conseguido. Agora, há uma ordem judicial.

A professora Zilda usa mal as palavras. Eu me lembro dela. É aquela que escreve livros sem se subordinar a detalhes como nomes, datas, lugares ou mesmo fatos. Pelo visto, inventa o que não sabe sem nem mesmo se dar ao trabalho de pesquisar. E, agora, vê-se, também não se subordina à língua portuguesa. “Repressão” é como chamávamos a ação da polícia e das Forças Armadas contra os que faziam protestos contra a ditadura. No estado democrático de direito, a polícia existe para reprimir os que se opõem aos direitos e à democracia. Como é o caso. Se acontecer um estupro dentro da USP — e já aconteceu —, a professora Zilda manda chamar a polícia ou resolve tudo no ambiente da própria comunidade?

Há gente achando que a universidade está para os sectários de esquerda como os morros estão para o narcotráfico: polícia não entra. Para quem quer saber um pouco mais sobre o trabalho intelectual da professora Zilda, segue uma coluna de Elio Gaspari. De lá pra cá, ela pode até ter melhorado seus métodos de pesquisa, mas não melhorou os dons do pensamento.

A sinfonia dos educatecas doidos

Em 1997, a editora Loyola publicou um livro intitulado "O Brasil atual e a mundialização". Foi coordenado pela professora Zilda Márcia Grícoli Iokoi, atual chefe do Departamento de História da Universidade de São Paulo. À página 16, ela se assina "autora". Com 144 páginas ilustradas e linguagem simples, era o quinto de uma coleção paradidática. Teve uma tiragem de cerca de 3.000 exemplares e foi reimpresso no ano passado. Oferecido pela Secretaria de Educação de São Paulo à sua rede de ensino, foi mandado a mil escolas.
Deixando-se de lado qualquer crítica de interpretação, e limitando-se a lista dos erros que o envenenam a apenas 14 (10% do número de páginas), resulta o seguinte:

1) Brasília foi uma obra do "arquiteto Oscar Niemeyer, reconhecido mundialmente por sua escola arquitetônica, e [do" calculista Lúcio Costa". Lúcio Costa não era calculista, mas arquiteto. É dele o traçado do Plano Piloto da cidade.

2) O Partido Comunista foi colocado na ilegalidade em 1947, depois que Carlos Lacerda publicou na Tribuna da Imprensa uma entrevista de Luiz Carlos Prestes na qual ele dizia que numa guerra contra a URSS "ficaria ao lado do governo popular". Impossível. A Tribuna da Imprensa foi fundada em dezembro de 1949. O episódio deu-se num debate com Juracy Magalhães.

3) João Gilberto nasceu em Juazeiro, terra do Padre Cícero. Ambos fizeram milagres, mas João Gilberto nasceu em Juazeiro da Bahia e o Padim em Juazeiro do Norte, no Ceará.

4) Nos anos 40 houve na China "um processo revolucionário" dirigido por "Ho Chi Minh, o poeta, e Mao Tsé-tung, o estrategista". Ho era vietnamita e não dirigiu coisa alguma na China.

5) A bossa nova teve o apoio de um "eminente diplomata brasileiro", o "embaixador" Vinicius de Moraes. Nem Vinicius foi eminente por diplomata nem era embaixador.

6) O general Eurico Gaspar Dutra é dado como "ex-participante da FEB". Como ministro da Guerra, Dutra, apenas visitou a Força Expedicionária Brasileira na Itália.

7) "Olímpio Mourão Filho, comandante do I Exército, com sede em Minas Gerais", mobilizou suas tropas em 31 de março de 1964, para derrubar João Goulart. A sede do I Exército, comando de general de quatro estrelas, ficava no Rio. Mourão era um general de três estrelas e comandava a 4ª Região Militar.

8) João Goulart defendia a nacionalização das empresas de comunicações "para evitar a espionagem interna que a International Telegraph and Telephone executara a mando da CIA e do SNI". O SNI foi criado depois da queda de Jango.

9) "A Revolução Cubana tinha na base uma pequena guerrilha camponesa que deu cobertura aos jovens que desembarcaram em Moncada". Não havia guerrilha na Sierra Maestra, para onde foram os guerrilheiros de Fidel Castro em 1956. Moncada é o nome do quartel que ele atacou em 1953, acabando preso.

10) "O fim da Segunda Guerra criou os impasses para as articulações dos países às novas perspectivas da política de blocos, especialmente devido às polaridades determinadas após o fim do grande confronto vivido por Molotov e Kamenev e as lideranças dos países capitalistas". Seja qual for o confronto vivido por Kamenev, o marechal Stalin passou-o nas armas em em 1936. Nove anos antes do fim da guerra.

11) O senador McCarthy, responsável pela perseguição aos comunistas nos Estados Unidos no início dos anos 50, é chamado de McArthur. O presidente que segurou um pedaço do macartismo aparece com o nome de "Eisenhauer". Chamava-se Eisenhower.

12) Celso Furtado é referido como "ministro do Planejamento" de Juscelino Kubitschek. Não havia ministério do Planejamento no governo JK nem Furtado foi seu ministro.

13) A fenda aberta pela guerra fria na política brasileira "só terminaria com a anistia, em 1988". O general João Batista Figueiredo assinou a anistia em 1979.

14) Numa digressão sobre as oligarquias do Brasil atual, informa: "Em Santa Catarina são dois os grupos de poder: os Konder e os Bornhausen". Não há divergências na família de Jorge Konder Bornhausen. Seus adversários estavam na família Ramos.

Finalmente, uma trapaça do tempo. O livro, reimpresso no ano passado, informa que, Antonio Carlos Magalhães "controla o PFL e o próprio presidente da República".
Livros com erros são coisa da vida. Ninguém é obrigado a comprá-los, a lê-los ou a estudá-los. No caso, a história foi outra. O trabalho fez carreira na burocracia pedagógica paulista. Em 1997, foi incluído por uma comissão de professores na bibliografia que os candidatos a 5.000 vagas de professor de história da rede pública deveriam estudar.

Posteriormente, talvez por ter entrado na bibliografia do concurso, foi selecionado por outra comissão de professores e posto na lista de obras paradidáticas que as escolas poderiam solicitar à Secretaria de Educação. Segundo a secretaria, a Viúva comprou da Edições Loyola 2.383 exemplares.

Lisamente, a professora Zilda Iokoi reconhece os erros e revela que, em quatro anos, jamais recebeu uma só restrição ao que publicou. Segundo ela, alguns deles, percebidos, foram comunicados à editora. A professora e a editora, num gesto talvez inevitável, porém certamente racional, informam que o livro terá sua circulação suspensa. A Secretaria de Educação avisa que ele será retirado das bibliotecas das escolas. Termina bem o que acaba bem?

Nem pensar. O fato de um livro com tamanha quantidade de bobagens ter entrado numa bibliografia de concurso e de ter sido mandado a mil escolas para instruir estudantes mostra que a história brasileira foi tratada por meia dúzia de educatecas sem o respeito que se deve a uma xepa de feira. Na xepa confere-se a compra.

Queiram os deuses que, irresponsavelmente, os professores que o indicaram (bem como os que o usaram em suas aulas) não se tenham dado ao trabalho de lê-lo. Nesse caso, são apenas maus servidores. Se o leram e não notaram nada de estranho, não têm vestígio de competência para ensinar história, muito menos para julgar os conhecimentos da garotada.

Tio Rei & Elio Gaspari
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Postby mends » 19 May 2007, 12:56

decretos são os seguintes


Acabei de ler. Quer começar a discussão? Vai ficar chato...realmente não tem NADA do que reclamam.

Inclusive FACILITAM a contratação de professores :lol:
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Postby mends » 19 May 2007, 13:03

As aulas "magdas" na Reitoria ocupada
No dia 25, às 14h30, não podemos perder. O professor Osvaldo Coggiola — no meu tempo, ele era argentino e trotskista; hoje eu não sei — vai dar uma palestra: “A América Latina no Século XXI: Entre o Imperialismo e A Revolução”. Lá na reitoria invadida. É isto mesmo: ele nem deu a sua “aula magda”, e eu já sei qual é a dele. Ou o subcontinente se submete ao horror imperialista ou caminha para a revolução, entendem? Deve ser aquela do Chávez. A última vez que eu li algo parecido foi no livro O Colapso do Populismo no Brasil, de Octávio Ianni. A tese é nova: de 1968... Foi uma dos pilares teóricos da luta armada no Brasil. Muito bem-sucedida como vocês sabem. Rendeu um monte de indenizações. Luta armada no Brasil ainda rende mais do que o Bovespa.

Já perdemos a aula do professor Paulo Arantes, um filósofo muito interessante, que costuma tornar incompreensível o compreensível, embora tenha a ilusão de que faça o contrário. Desde que acompanho a sua trajetória, ele tenta matar a história brasileira. No dia 17, interrogou a si mesmo e aos presentes: “A História Ainda Tem Futuro?” Imagino qual foi a resposta. Ou melhor, a não-resposta. Arantes é conhecido por responder a uma indagação com novas indagações. Tem um espírito mais insaciável do que a professora de inglês do Rubem Braga.

Se ele não deu a resposta, talvez o professor Hector Benoit o faça no dia 22, também às 14h30. Ele vai tratar do “Conceito originário de physis e o futuro da história para Marx".

É isto mesmo: a Fefeléchi é um país independente — ou melhor: um planeta. Por isso muitos deles, os delinqüentes intelectuais, odeiam tanto faculdades como a FEA e a Poli. Qualquer suspeita de vida real entre os pensadores é imediatamente esmagada por aquilo que eles chamam de “utopia”. Ah, em tempo: por maioria, a FAU também rejeitou a greve.

Reinaldo Azevedo
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Postby mends » 19 May 2007, 13:05

2,2% dos professores da USP defendem a invasão. Adivinhem a que faculdade pertencem 88% deles...
Vejam vocês. A USP não ensina O Príncipe direito, aquele, de Maquiavel, mas é craque no Pequeno Príncipe, aquele Bambi interestelar... Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Saiu um abaixo-assinado com 115 nomes de professores que dão total apoio aos invasores. A universidade tem 5.222 professores. O longo (?) abaixo-assinado representa 2,2% do total (e ainda há um aí da Unesp). Isso é que é maioria! Anotem uma coisa. As adesões estão assim distribuídas segundo a faculdade de origem.

FAU – 1 (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo)
ECA – 1 (Escola de Comunicação e Artes)
FE – 7 (Faculdade de Educação)
IEB - 2 (Instituto de Estudos Brasileiros)
EACH – 2 (USP Zona Leste)
FCLAssis/Unesp – 1
FFLCH - 101 (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas)

Entenderam por que a suposta greve dos estudantes se resume à famosa Fefeléchi? Porque é na famosa Fefeléchi que estão os famosos professores que fazem questão de parar as aulas — se possível, antes que os próprios alunos o façam. Nos próximos dias, haverá uma assembléia da Adusp, a associação dos professores (mais um braço do PT). A maioria da minoria esmagadora que vai participar também será da Fefeléchi. E deve decretar uma greve. Que vai valer para a Fefeléchi. Já estamos em maio. Se possível, antecipam o recesso de julho.

Isso é histórico. A Fefeléchi foi sempre a primeira a armar as barricadas. E qual é a faculdade que, também historicamente, sempre viveu em piores condições? A Fefeléchi. Coincidência?
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Postby Danilo » 19 May 2007, 17:15

mends wrote:decretos são os seguintes
Acabei de ler. Quer começar a discussão? Vai ficar chato...realmente não tem NADA do que reclamam.
Inclusive FACILITAM a contratação de professores :lol:


Eu mesmo li rapidamente, mas vou reler prestando atenção a detalhes e menções de outras leis pra poder discutir seriamente. O que achei estranho até agora foi no decreto nº 51.460, artigo 1º dizendo que a Secretaria de Turismo passa a se chamar Secretaria de Ensino Superior.
:?

Será que somos todos turistas?
:)
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Postby mends » 20 May 2007, 10:46

Woodstock com São Tomé das Letras. E afinidades eletivas
Ah, sim, não custa lembrar. Os remelentos gostam de cantar a música Pedro, de Paulo Coelho, naquele misto de Woodstock com São Tomé das Letras em que se transformou a Reitoria da USP. Ees têm algo em comum com a reitora Suely Vilela, leitora, me contaram, do Paulo Coelho escritor. Já na música, o seu preferido é o Roberto Carlos romântico. Cada vez as coisas ficam mais claras pra mim.

http://www.reinaldoazevedo.com.br
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Postby mends » 20 May 2007, 10:48

Futuro professor da Fefeléchi
Eu já postei aquele vídeo em que os estudantes cantam a música Pedro, de Paulo Coelho. Tinha deixado escapar uma coisa, para a qual Dona Reinalda chamou a minha atenção. É inequívoco que os alunos são crias legítimas da professora Zilda Iokoi, do Laboratório de Estudos da Intolerância (LEI) da USP, aquela que não costuma se dar bem com fatos, nomes e datas (ver post nesta página). Por que falo isso? Ao fim do vídeo, ouve-se um futuro inteliquitual da Fefeléchi disparar: “A ocupação da Reitoria é a tomada da Bastilha. E a coincidência é que a reitora está na França. E o pensamento dela é de Luiz XVI, :lol: que fala 'Le USP c’est moi'”. E os colegas aplaudem. Devem ter achado a tirada espirituosa. Deixo o francês do moço de lado para observar que seria quase engraçado não tivesse sido Luiz XIV, e não o XVI (trocou o pauzinho de lado, remelento), o autor da frase “L’état c’est moi”. Ainda vai dar aula na Fefeléchi. E escrever um livro em parceria com a professora Zilda.

Tio Rei
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Postby Danilo » 20 May 2007, 18:53

Xiii... entrar na UNESP sem vestibular é uma boa?

Estado criará faculdade sem vestibular

O Estado deve implementar em 2008 o projeto que aumenta o número de vagas no ensino superior público e cria um novo sistema de acesso. O Universidade Vertical prevê a implementação de pólos de educação tecnológica, coordenados pela Unesp. Os estudantes ingressarão no ensino médio profissionalizante e os melhores, automaticamente, passarão à faculdade sem vestibular.

São Bernardo deve ser uma das primeiras cidades a receber o projeto, ao lado da Capital, Jundiaí e São João da Boa Vista, no interior. A Secretaria Estadual de Ensino Superior já redigiu o decreto que autoriza a execução do projeto e agora espera pelo parecer do departamento jurídico. A expectativa é de que o governador José Serra (PSDB) assine o documento até junho.

Cada pólo - são cinco os previstos para o ano que vem - abrirá 5 mil vagas para ensino médio profissionalizante. "O processo de seleção ainda não foi definido. Mas não deve se resumir ao vestibulinho", adianta a chefe de gabinete da secretaria, Maria Lúcia Tojal.

Ao final de três anos, os 2,5 mil alunos com melhor desempenho garantem vaga no ensino superior, que será oferecido nos moldes atuais das Fatecs. Mais três anos e a última peneira, sob o mesmo critério, a avaliação do histórico escolar. Os mil estudantes mais bem colocados poderão cursar bacharelado ou licenciatura nos cursos da Unesp.

(texto completo em http://www.universia.com.br/html/notici ... dhaac.html )
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Postby mends » 20 May 2007, 20:14

não é UNESP sem vestibular, é fatec sem vestibular. e se realmente os melhores entrarem, não vejo porque não seja uma boa.
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Postby mends » 21 May 2007, 16:44

Modelo PCC, mas sem leitura
Que se registre. Os supostos estudantes que ocupam a Reitoria não querem saber de nada. Ou os “inimigos” aceitam a rendição completa, ou eles ficam lá. A PM só não falou até agora com Bento 16. Talvez não adiantasse. Devem estar entre aqueles que não reconhecem a autoridade moral do papa. Querem o confronto. Caso a desocupação não ocorra hoje, o estado democrático tem de cercar o prédio — ninguém entra — e cortar água, luz e telefone. A exemplo do que acontece quando o PCC toma um presídio. O crime é o mesmo. A diferença é que o líder da bandidagem, consta, é dedicado à leitura.



Por Reinaldo Azevedo
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Postby Danilo » 22 May 2007, 16:25

Uai, se fosse inconstucional... o que teria mais o que discutir/ocupar/paralizar?

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Postby mends » 22 May 2007, 16:30

autonomia de gestão financeira não é deixar de prestar contas. diretores de empresa têm autonomia de gestão financeira, mas prestam contas aos donos do dinheiro, os acionistas.

o que se exige é que a Universidade PRESTE CONTAS.
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Postby mends » 22 May 2007, 16:31

Agora, sim: a Gretchen do rebolado comuno-petista assina a lista de apoio à ilegalidade
Saiu a nova lista de professores que apóiam a ilegalidade na USP. No caput do seu abaixo-assinado, continuam a se dizer contrários aos “decretos do governo Serra” sem especificar, naturalmente, do que eles tratam. Hipocritamente, o texto pede “a reabertura de negociações”. Ocorre que quem não negocia nada são os estudantes. Eles exigem até mesmo que a reitora se pronuncie sobre os tais “decretos”. Ela já se pronunciou: deixou claro que as medidas de transparência não ameaçam a autonomia universitária. Ocorre que os democratas não gostaram da opinião. ELES ACHAM QUE A OPINIÃO DELA DEVE SER OUTRA. Mais: a Reitoria já concordou com muitas das reivindicações. Mas eles só saem se houver rendição. Vejam que coisa: 292 professores afirmam que o estado de direito na USP não vale.

O número impressiona? Besteira. Eles são apenas 5,59% dos 5.222 professores da universidade: 94,41% não estão ali. Mas essa é a democracia deles: feita com as minorias, que tomam de assalto o que acham que lhes pertence. É a turma do “direito achado na rua”. Agora a lista faz mais sentido: vejam lá no nº 203. Sim, ela, a Gretchen do rebolado comuno-petista-universitário: Marilena Chaui. No Conselho Nacional de Educação, esta senhora assistiu à maior transferência da história de recursos públicos para as mantenedoras privadas e não soltou um pio de sua ética lulo-spinoziana.

Os números continuam a ser bem reveladores. Dos 292 signatários (5,59% da USP),
- 65,75% pertencem à... Fefeléchi
- A segunda faculdade em adesão é a Educação, com 26 professores;
- A terceira é a ECA, com 21;
- Na FEA, há 8 (falo em outro post);
- Da Poli, não há ninguém.

Corolário: quanto menos definido ou mais sujeito a injunções subjetivas é o objeto de estudo da faculdade, maior é a adesão à greve. No caso da Fefeléchi, seria interessante saber quantos são do curso de sociologia, filosofia, história, geografia, letras. A faculdade é um verdadeiro brontossauro que gosta de brincar de tiranossauro rex. Assim como o apoio esmagador à ilegalidade vem da Fefeléchi, é fatal que o número maior de invasores tenha saído de lá também. Todo dia, nos cursos dessa faculdade, sacerdotes acendem a fogueira e batem bumbo para os deuses de uma religião extinta: o socialismo. Seguem texto do abaixo-assinado e a lista dos que apóiam a ilegalidade:

*
Nós, abaixo-assinados, professores da Universidade de São Paulo, unimo-nos a todos aqueles que, preocupados com a manutenção e ampliação democráticas do ensino, pesquisa e extensão das universidades públicas, têm empreendido lutas contra os decretos do governo Serra, os quais inviabilizam a autonomia universitária. Requeremos, por isso, a reabertura das negociações com os estudantes e funcionários que ocupam a Reitoria da USP e refutamos qualquer ação violenta de desocupação do prédio, tendo em vista a justeza de sua causa política em defesa da universidade pública.

1. Adma Fadul Muhana ( FFLCH )
2. Adrián Fanjul ( FFLCH )
3. Adriane da Silva Duarte ( FFLCH )
4. Adriano Aprigliano ( FFLCH )
5. Adriano Scatolin ( FFLCH )
6. Afrânio Mendes Catani ( F E )
7. Alcides Celso Oliveira Villaça ( FFLCH )
8. Alexandre Agnolon ( FFLCH )
9. Alexandre Braga Massella ( FFLCH )
10. Alexandre Hasegawa ( FFLCH )
11. Alfredo Bosi ( I E B )
12. Amaury Cesar Moraes ( F E )
13. Amílcar Zani Netto ( E C A )
14. Ana Cecilia Olmos ( FFLCH )
15. Ana Fani Alessandri Carlos ( FFLCH )
16. Ana Paula Pacheco ( FFLCH )
17. Ana Paula Torres Megiani ( FFLCH )
18. Andrea Cavicchioli ( EACH )
19. Andrea Saad Hossne ( FFLCH )
20. Angélica Chiappetta ( EACH )
21. Antonio Candido de Mello e Souza ( FFLCH )
22. Antonio Vicente S. Pietroforte ( FFLCH )
23. Aparecida de Fátima Bueno ( FFLCH )
24. Ariovaldo José Vidal ( FFLCH )
25. Arlete Orlando Cavaliere ( FFLCH )
26. Augusto Massi ( FFLCH )
27. Beatriz Daruj Gil ( FFLCH )
28. Beatriz Raposo Medeiros ( FFLCH )
29. Benjamin Abdala Junior ( FFLCH )
30. Betina Bischof ( FFLCH )
31. Bruno Barreto Gomide ( FFLCH )
32. Carla Roberta de Oliveira Carvalho ( I C B )
33. Carlos Alberto Barbosa Dantas ( I M E )
34. Carlos Alberto da Fonseca ( FFLCH )
35. Carlos Alberto Fajardo ( E C A)
36. Carlos Guilherme Mota ( I E A )
37. Carlos Serrano ( FFLCH )
38. Carmela Gross ( E C A )
39. Carmen Sylvia Vidigal Moraes ( F E )
40. Cecilia Hanna Mate ( F E )
41. Celso Fernando Favaretto ( F E )
42. Celso Frederico ( E C A )
43. César Augusto Minto ( F E )
44. Chico Oliveira ( FFLCH )
45. Cilaine Alves Cunha ( FFLCH )
46. Claudemir Belintane ( F E )
47. Claudia Amigo Pino ( FFLCH )
48. Cleverci Malaman Belasalma ( EESC )
49. Cristiane Maria Cornelia Gottschalk ( F E )
50. Cristina Altman ( FFLCH )
51. Cristina M. Casadei Pietraróia ( FFLCH )
52. Deize Crespim Pereira ( FFLCH )
53. Denise Pimentel Bergamaschi ( F S P )
54. Dilma de Melo Silva ( E C A )
55. Dislane Zerbinatti Moraes ( F E )
56. Doris Accioly e Silva ( F E )
57. Doris Nátia Cavallari ( FFLCH )
58. Ecléa Bosi ( I P )
59. Edílson Crema ( I F )
60. EDSON LUIS DE ALMEIDA TELES ( FFLCH )
61. Edu Teruki Otsuka ( FFLCH )
62. Eduardo Natalino dos Santos ( FFLCH )
63. Eduardo Vieira Martins ( FFLCH )
64. Eleutério Fernando da Silva Prado ( F E A )
65. Elias Thomé Saliba ( FFLCH )
66. Elie Ghanem ( FEFUSO )
67. Elis de Almeida Cardoso Caretta ( FFLCH )
68. Elisabetta Santoro ( FFLCH )
69. Elizabeth Fujimori ( E E )
70. Elizabeth Harkot de La Taille ( FFLCH )
71. Elvio Rodrigues Martins ( FFLCH )
72. Elza Assumpção Miné ( FFLCH )
73. Emerson da Cruz Inacio ( FFLCH )
74. Emir Sader ( FFLCH )
75. Fabiana B. Carelli Marquezini ( FFLCH )
76. Fábio de Souza Andrade ( FFLCH )
77. Fernando Pinheiro ( FFLCH )
78. Fernando Rodrigues Junior ( FFLCH )
79. Filomena Yoshie Hirata ( FFLCH )
80. Flavia Maria Corradin ( FFLCH )
81. Flávia Schilling ( F E )
82. Flávio Antônio Fernandes Reis ( FFLCH )
83. Flávio de Campos ( FFLCH )
84. Flávio Saes ( F E A )
85. Flavio Wolf de Aguiar ( FFLCH )
86. Francis Henrik Aubert ( FFLCH )
87. Francisco Alambert ( FFLCH )
88. Francisco Maciel Silveira ( FFLCH )
89. Francisco Miraglia ( I M E )
90. Francisco Sales Trajano Filho ( EESC )
91. Francisco Segnini Jr. ( F A U )
92. Francisco Vecchia ( E E S C )
93. Franklin Leopoldo e Silva ( FFLCH )
94. Gisele S. Craveiro ( EACH )
95. Giuliana Ragusa de Faria ( FFLCH )
96. Glória da Anunciação Alves ( FFLCH )
97. Hélder Garmes ( FFLCH )
98. Heloisa Buarque de Almeida ( FFLCH )
99. Heloisa Fernandes ( FFLCH )
100. Heloísa Pezza Cintrão ( FFLCH )
101. Heloísa Zani ( E C A )
102. Henrique Soares Carneiro ( FFLCH )
103. Homero Santiago ( FFLCH )
104. Ianni Regia Scarcelli ( I P )
105. Ieda Maria Alves ( FFLCH )
106. Iná Camargo Costa ( FFLCH )
107. Iris Kantor ( FFLCH )
108. István Jancsó ( I E B )
109. Iumna Maria Simon ( FFLCH )
110. Ivã Carlos Lopes ( FFLCH )
111. Ivan Prado Teixeira ( E C A )
112. Ivone Daré Rabello ( FFLCH )
113. Jefferson Agostini Mello ( EACH )
114. João Adolfo Hansen ( FFLCH )
115. João Luiz Musa CAP ( E C A )
116. João Paulo G. Pimenta ( FFLCH )
117. João Roberto Faria ( FFLCH )
118. João Sette Whitaker Ferreira ( F A U )
119. João Zantic ( I F )
120. Joaquim Alves de Aguiar ( FFLCH )
121. John Cowart Dawsey ( FFLCH )
122. Jorge de Almeida ( FFLCH )
123. Jorge Hajime Oseki ( F A U )
124. Jorge Schwartz ( FFLCH )
125. José Alcides Ribeiro ( FFLCH )
126. José Antonio Alves Torrano ( FFLCH )
127. José Antonio Pasta Jr ( FFLCH )
128. José Batista Dal Farra Martins ( E C A )
129. José Flávio Motta ( F E A )
130. José Horacio de Almeida Nascimento Costa ( FFLCH )
131. José Jeremias de Oliveira Filho ( FFLCH )
132. José Jeremias de Oliveira Filho ( FFLCH )
133. José Miguel Wisnik ( FFLCH )
134. José Moura Gonçalves Filho ( I P )
135. José Sérgio Fonseca da Carvalho ( F E )
136. Júlio Assis Simões ( FFLCH )
137. Júlio César Suzuki ( FFLCH )
138. Julio Groppa Aquino ( F E )
139. Júlio Pimentel Pinto ( FFLCH )
140. Laura de Mello e Souza ( FFLCH )
141. Laura P.Z. Izarra ( FFLCH )
142. Léa Francesconi ( FFLCH )
143. Leandro de Lajonquière ( F E )
144. Leda Maria Paulani ( F E A )
145. Leila Leite Hernandez ( FFLCH )
146. Lenita Maria Rimoli Esteves ( FFLCH )
147. Leon Kossovitch ( FFLCH )
148. Leonel Itaussu Almeida Mello ( FFLCH )
149. Leyla Perrone-Moisés ( FFLCH )
150. Lighia B H Matsushigue ( I F )
151. Ligia F. Ferreira ( FFLCH )
152. Lineide Salvador Mosca ( FFLCH )
153. Lisete R. G. Arelaro ( F E )
154. Lucia Wataghin ( FFLCH )
155. Luciana Maria Viviani ( EACH )
156. Luís César Oliva ( FFLCH )
157. Luís Fernando Angerami ( E C A )
158. Luiz Claudio Mubarac ( E C A )
159. Luiz Dagobert de Aguirra Roncari ( FFLCH )
160. Luiz Recaman ( E E S C )
161. Luiz Renato Martins ( E C A )
162. Luiz Tatit ( FFLCH )
163. Madalena N. Hashimoto Cordaro ( FFLCH )
164. Mamede Mustafá Jarouche ( FFLCH )
165. Manoel Mourivaldo Santiago Almeida ( FFLCH )
166. Marcelo L M Pompêo ( I B )
167. Marcelo Vieira Fernandes ( FFLCH )
168. Marcia Arruda Franco ( FFLCH )
169. Marcia Maria Arcuri ( M A E)
170. Márcia Regina Berbel ( FFLCH )
171. Márcia Santos Duarte de Oliveira ( FFLCH )
172. Marco Francesco Buti ( E C A )
173. Marcos Barbosa de Oliveira ( F E )
174. Marcos César Alvarez ( FFLCH )
175. Marcos Eugênio da Silva ( F E A )
176. Marcos Napolitano De Eugênio ( FFLCH )
177. Marcos Piason Natali ( FFLCH )
178. Marcos Silva ( FFLCH )
179. Marcus Mazzari ( FFLCH )
180. Margarida Maria de Andrade ( FFLCH )
181. Maria Alicia Gancedo Alvarez ( FFLCH )
182. Maria Aparecida Baccega ( E C A )
183. Maria Augusta da Costa Vieira ( FFLCH )
184. Maria Cecilia Loschiavo dos Santos ( F A U )
185. Maria Célia Paoli ( FFLCH )
186. Maria Cristina Castilho Costa ( E C A )
187. Maria Cristina Cortez Wissenbach ( FFLCH )
188. Maria da Graça Jacintho Setto ( FE )
189. Maria de Fatima Simoes Francisco ( F E )
190. Maria Dora G. Mourão ( E C A )
191. Maria Helena P. T. Machado ( FFLCH )
192. Maria Helena Rolim Capelato ( FFLCH )
193. Maria Laura Silveira ( FFLCH )
194. Maria Ligia Coelho Prado ( FFLCH )
195. Maria Lúcia C. Victorio de O. Andrade ( FFLCH )
196. Maria Lucia Mello Oliveira Cacciola ( FFLCH )
197. Maria Odila Leite da Silva Dias ( FFLCH )
198. María Teresa Celada ( FFLCH )
199. Maria Victoria Benevides ( F E )
200. María Zulma M. Kulikowski ( FFLCH )
201. Mariângela de Araújo ( FFLCH )
202. Marilda Lopes Ginez de Lara ( E C A )
203. Marilena Chaui ( FFLCH )
204. Marília Pinto de Carvalho ( F E )
205. Marilia Pontes Sposito ( F E )
206. Marina de Mello e Souza ( FFLCH )
207. Mario Miguel González ( FFLCH )
208. Marisa Grigoletto ( FFLCH )
209. Marli Quadros Leite ( FFLCH )
210. Marta Inez Medeiros Marques ( FFLCH )
211. Marta Kawano ( FFLCH )
212. Marta Maria Chagas de Carvalho ( F E )
213. Mary A. Junqueira ( FFLCH )
214. Maurilane de Souza Biccas ( F E )
215. Mayra Laudanno ( I E B )
216. Michel Sleiman ( FFLCH )
217. Miguel Alves Pereira ( F A U )
218. Mirtes Regina Martins Fabiano ( F O )
219. Monica Duarte Dantas ( I E B )
220. Nádia Battella Gotlib ( FFLCH )
221. Nair Yumiko Kobashi ( E C A )
222. Neide Luzia de Rezende ( F E )
223. Neide T. Maia González ( FFLCH )
224. Nelson Schapochnik ( F E )
225. Norberto Luiz Guarinello ( FFLCH )
226. Olga Ferreira Coelho ( FFLCH )
227. Olgária Chain Féres Matos ( FFLCH )
228. Osvaldo Coggiola ( FFLCH )
229. Otília Arantes ( FFLCH )
230. Pablo Ortellado ( EACH )
231. Paola Poma ( FFLCH )
232. Paula da Cunha Côrrea ( FFLCH )
233. Paulo Arantes ( FFLCH )
234. Paulo Argimiro da Silveira Filho ( FFLCH )
235. Paulo Daniel Farah ( FFLCH )
236. Paulo de Tarso Presgrave Leite Soares ( F E A )
237. Paulo Martins ( FFLCH )
238. Paulo Teixeira Iumatti ( I E B )
239. Pedro Paulo Chieffi ( F M )
240. Pedro Puntoni ( FFLCH )
241. Rafael de Bivar Marquese ( FFLCH )
242. Raquel A Casarotto ( F M - FOFITO )
243. Regina Keiko Obata F. Amaro ( E C A )
244. Regina Pontieri ( FFLCH )
245. Regina Salgado Campos ( FFLCH )
246. Reginaldo Luiz Nunes Ronconi ( F A U )
247. Regis Michel ( E C A )
248. Renato da Silva Queiroz ( FFLCH )
249. Renato Perim Colistete ( F E A )
250. Ricardo Musse ( FFLCH )
251. Rita Chaves ( FFLCH )
252. Roberta Barni ( FFLCH )
253. Roberto da Silva ( F E )
254. Roberto de Oliveira Brandão ( FFLCH )
255. Roberto Zular ( FFLCH )
256. Rosa Ester Rossini ( FFLCH )
257. Rosane de Sá Amado ( FFLCH )
258. Rosângela Gavioli Prieto ( F E )
259. Rubens Machado ( E C A )
260. Ruy Braga ( FFLCH )
261. Salete de Almeida Cara ( FFLCH )
262. Samuel Titan Jr ( FFLCH )
263. Sandra Guardini T. Vasconcelos ( FFLCH )
264. Sarah Feldman ( EESC )
265. Sean Purdy ( FFLCH )
266. Sergio Buarque de Hollanda Filho ( F E A )
267. Sheila Vieira de Camargo Grillo ( FFLCH )
268. Solange Ferraz de Lima ( M P - U S P )
269. Sônia Salzstein Goldberg ( E C A )
270. Stéphane Rémy Malysse ( EACH )
271. Suzana Salem Vasconcelos ( I F )
272. Tania Celestino de Macêdo ( FFLCH )
273. Telê Ancona Lopez ( I E B )
274. Vagner Camilo ( FFLCH )
275. Valéria Gil Condé ( FFLCH )
276. Vânia Fernandes Debs ( E C A )
277. Vera da Silva Telles ( FFLCH )
278. Vera Pallamin ( F A U )
279. Verónica Galíndez Jorge ( FFLCH )
280. Vima Lia de Rossi Martin ( FFLCH )
281. Vivian Urquidi ( EACH )
282. Viviana Bosi ( FFLCH )
283. Vladimir Bartalini ( F A U )
284. Vladimir Safatle ( FFLCH )
285. Wagner Costa Ribeiro ( FFLCH )
286. Waldemar Ferreira Neto ( FFLCH )
287. Waldir Beividas ( FFLCH )
288. Walkyria Monte Mor ( FFLCH )
289. Walnice Nogueira Galvão ( FFLCH )
290. Yudith Rosenbaum ( FFLCH )
291. Zenir Campos Reis ( FFLCH )
292. Zilda Gaspar Oliveira de Aquino (FFLCH)


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Postby mends » 22 May 2007, 20:57

A pauta dos burgueses do capital alheio da USP
Estou aqui com a lista de “reivindicações” das Mafaldinhas e dos Remelentos. No começo da invasão, eram 13. Já estão em 17. Vamos lá. Uma síntese com comentários, na ordem que aparecem:

1 – Aumento de verbas para a Educação Pública, “os quais (sic) foram aprovados” pela Assembléia Legislativa e, posteriormente, vetados pelo governo do Estado. É coisa do ano passado. As universidades já recebem, todo ano, 9,57% do ICMS. A Assembléia havia aprovado elevar esse índice para 11,6%. Alckmin vetou. E fez bem. Elas já recebem mais de R$ 4 bilhões (sim, isso mesmo) por ano.

2 – "Revogação de todos os decretos" etc, etc, etc. Trata-se de uma falácia. Os “decretos” não tocam na autonomia da USP. Os reitores já deixaram isso claro. O texto acusa o governo de incentivar a lógica mercantil do ensino. É pura glossolalia submarxista. Eles cobram autonomia para a universidade contratar professores e funcionários. Essa autonomia já existe.

3 – Querem conselho universitário com voz e voto para alunos, professores e funcionários e eleição direta para reitor. Isso não existe nem em Cuba nem na Venezuela...

4 – Transcrevo o item na íntegra: “Realização de uma audiência pública com a reitoria , onde (sic) sejam discutidos os decretos acima citados e seja expressa publicamente sua posição frente a eles. Tal posição deve ser divulgada em jornais e mídias de grande alcance, posto que tais resoluções referem-se diretamente à sociedade brasileira”.
É a lógica do terrorismo, do seqüestro e da chantagem. A reitoria já se posicionou sobre os “decretos”. Deixou claro que eles não ferem a autonomia. Os jornais já divulgaram a informação. Mas eles não gostaram do que ouviram e leram.

5 – “Contratação imediata de professores e funcionários”... Isso é com a USP. O governo de SP não tem nada com isso.

6 – “Liberação automática das vagas dos professores que se aposentam e se desligam (...)”. Idem. Automática? Quer dizer que não pode nem haver reestruturação? Só se for para ampliar vagas?

7 – De novo, na íntegra: “Arquivamento dos processos de modificação das regras do cancelamento de matrícula dos estudantes da USP, encaminhado pelo Conselho de Graduação para o Conselho Universitário”. Traduzindo: eles não querem qualquer critério de desempenho ou de cumprimento da vida acadêmica para que o sujeito continue aluno da USP. A cumprir a vontade dos valentes, em vez de 80 mil alunos, a USP já teria uns 160 mil — ao menos no papel. A Reitoria deveria concordar. Congele-se o número de vagas e não se cancele nenhuma matrícula. Em breve, haverá apenas uns 10 mil estudantes da USP. Melhor: sai mais barato.

8 – Contratação de professores para atender às novas disciplinas de licenciatura etc e tal. Coisa da universidade.

9 – Construção de novo prédio para letras. Fofito, manutenção da FFLCH e IME... Tudo coisa do ambiente universitário.

10 – Há um item sobre moradias. O trecho que mais chamou a minha atenção foi este: “autonomia dos moradores sobre o espaço que utilizam”. Assim: a gente paga tudo, mas não manda nada. Eles querem ainda:
- 660 novas vagas;
- almoço e jantar aos sábados e domingos;
- Linhas de ônibus (mesmo os privados) que circulam na USP não devem cobrar passagem, incluindo sábados, domingos e feriados;
- O 10º item, na verdade, tem 89 exigências.

11 – Estudantes e funcionários devem ter acesso aos Planos e Metas de todos os cursos. Sensacional: faxineiros do IME devem ajudar a decidir o que será ensinado no curso de matemática, por exemplo.

12 - Nenhuma sindicância ou punição aos rebelados

13 – Total autonomia dos espaços ocupados pelos estudantes — inclusive para “festas”, é claro.

14 – Retirada de todos os processos de sindicância contra alunos e professores. ATENÇÃO: isso nada tem a ver com essa manifestação. É a reivindicação da impunidade por princípio.

15 – Garantia de acesso “real’ (sic) de negros e pobres à universidade;

16 – Retirada da polícia do interior do campus.

17 – “Reabertura do campus para todos, 24 horas por dia, tornando o espaço legitimamente público”. E quanto isso custa? E daí?

Piada
Como se vê, reivindicações que dizem respeito ao ambiente universitário, próprias de uma instituição autônoma, se misturam com uma pauta política. Os 17 itens são apenas um truque barato. A única coisa que interessa aos Remelentos e Mafaldinhas é impor uma derrota política ao governo de São Paulo, com a tal revogação dos “decretos”. Chega! Eles não querem negociar.


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Postby mends » 23 May 2007, 09:27

Na Folha desta quarta:
Mães dos estudantes que invadiram o prédio da reitoria da USP, no Butantã (zona oeste), levaram ontem roupas de frio e alimentos para seus filhos.
A Folha conversou com três delas, mas apenas uma se identificou. Maria de Souza, 42, entregou um casaco ao filho, do 2º ano de ciências sociais.

FOLHA - Você é estudante da USP?
MARIA DE SOUZA - Não. Sou mãe de aluno.
FOLHA - O que veio fazer aqui?
MARIA - Vim trazer roupa de frio. O menino ligou e disse que passou frio de madrugada.
FOLHA - Você concorda com a invasão do prédio da reitoria?
MARIA - Mais vale para mim em que meu filho acredita. Ele está participando de um movimento pela melhoria do ensino da universidade. Não aparece em casa há três dias, mas é a luta dele e o respeito por isso.
FOLHA - Qual é o nome dele?
MARIA - Ele tem 20 anos, mas não digo o nome. Tenho medo de vocês o prejudicarem.
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