Intercâmbio

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Intercâmbio

Postby Danilo » 21 Apr 2009, 13:22

Depois de todas as dicas e incentivos morais dados por e-mail sobre fazer intercâmbio, comecei a fazer umas contas de previsão de capacidade de juntar $ que me desanimaram um pouco. Pra piorar, alguns facilitadores, como a AIESEC, só aceitam pessoas com até 30 anos de idade. Cai em outro limbo! Bom que vi uma matéria da Veja (http://veja.abril.com.br/220409/p_114.shtml) que eliminou uns 25% do desânimo passou... O primeiro parágrafo taí:

Intercâmbio depois dos 40

Entre 2007 e 2008, o número de brasileiros com mais de 40 anos que estudam fora do país cresceu 40%. Aprender uma nova língua, conhecer lugares diferentes e fazer novas amizades é o que motiva esse pessoal a arrumar as malas rumo à universidade ou a uma casa de família. Os programas não são fixos — podem ser montados de acordo com as necessidades de cada um.


Tem matéria outra parecida, do portal Univesia (http://www.universia.com.br/materia/mat ... eria=17460), que tinha lido umas semanas atrás. Segue trecho:

Entenda o que muda ao fazer intercâmbio depois dos 30

Não era a primeira vez que o publicitário Wilson Longo Belem Corrêa, 46 anos, visitava os Estados Unidos. Daquela vez, no entanto, havia uma receptividade que ele não vira das outras vezes. Um povo anteriormente descrito por ele como "geralmente mais secos, frios e sem emoção" comportava-se agora de maneira totalmente diferente. "Achei estranho. Minha surpresa é que fui muito bem recebido. É completamente diferente", afirma Corrêa. A diferença é que daquela vez, o publicitário não estava no país para nenhuma reunião ou conferência empresarial, o objetivo era o intercâmbio, algo que Corrêa decidiu fazer, ainda que por período pequeno — apenas 15 dias —, mesmo aos 46 anos de idade, casado e com uma filha. Ainda que a maioria do público de intercambistas seja composta por jovens com menos de 30 anos, 70% segundo agências de intercâmbio ouvidas pelo Universia, Corrêa garante aos mais ressabiados que estão acima desta faixa etária: dá para fazer.

A gerente de comunicação da STB, Claudia Martins, confirma que o público acima dos 30 anos tem crescido substancialmente. "Em 1996 meu público era de pessoas de 18 a 27 anos, se tanto. De uns anos para cá cresceu a procura nessa faixa etária. Cada vez mais as pessoas deixam decisões como casamento e filhos para mais tarde e investem na carreira e na consolidação de sua posição", diz Claudia. O crescimento da procura por intercâmbio entre os adultos é reforçada por Luiza Vianna, gerente de produtos da CI. "O grosso do nosso público para intercâmbio é composto por gente de 20 a 25 anos, mas o pessoal com idade entre 28 a 35 não é mais um percentual desprezível e é uma fatia que cresce. A tendência é o mercado continuar crescendo nesse público, que já se preocupa mais com isso, com a necessidade de ter essa experiência", declara ela. De acordo com Emília Miguel, gerente de produtos da Experimento, o crescimento desse público tem a ver com a mudança de hábito das novas gerações. "Hoje em dia as pessoas demoram mais para sair da casa dos pais e fazem isso quando estão mais bem estabelecidas e essas pessoas querem ter essa experiência de fazer um intercâmbio", avalia ela.

Ainda que pessoas mais velhas possam pensar que teriam menos paciência para lidar com os possíveis desconfortos da viagem, Corrêa fala com propriedade. "Vá! Porque mesmo quem não quiser permanecer em casa de família pode ficar num apartamento da faculdade. Não aconselho essa opção porque além de ser mais cara você tem menos contato com o idioma. Numa casa de família você convive com o dia-a-dia, tem de pedir coisas, explicar, e isso é muito importante", afirma Corrêa. Outra possível preocupação de quem está acima dos 30 anos e pretende fazer intercâmbio num outro país pode estar relacionado à própria viabilidade das coisas numa atividade predominantemente realizada por jovens. "É um grande erro achar que acima dos 30 anos não será possível fazer intercâmbio ou que não existem planos adequados para esse público", assegura Luiza. Claudia engrossa o coro e acrescenta que o intercâmbio pode até mesmo ser mais bem aproveitado por quem é mais maduro. Mesmo em relação ao público dentro das escolas, Corrêa revela que a solidão não foi sua companheira. Além de ter tido tranqüilidade para se relacionar com os mais jovens, ele lembra que havia na turma cinco pessoas da mesma faixa etária dele.
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