Política e politicagem

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby Aldo » 22 Oct 2003, 15:08

ABIN, ATRIN ATETRA...
Como eu disse, acho que a parada deve servir ao presidente de notícias, e eu acho que concerne aos arapongas que informações caçar, ou melhor, as coisas acontecem e eles relatam e não ao prinsident e sua patota falar investigue esse PFL, pois acho que eles querem me tirar do poder. A questão é: será que a ABIN diria ao Jango que os milicos iriam tirá-lo da parada? Como podem fazer isso? Eles podem então se infiltrar onde quiserem? Se sim, Jango protegeria o estado democrático matando o golpe?Estaríamos 30 na frente do que estamos hoje?
A democracia requer eterna vigilancia, os usurpadores mancomunam na calada da noite, ó e agora quem poderá nos defender? Acho que um estado democrático instituído tem que ser policiado se quer se defender de ser desinstituído não interessando se ele seja comunista, capitalista ou o sitio do pica-pau amarelo. Maquiavel diz que o inimigo está em toda parte
O Sin Fein, acho que é assim, é o braço político do IRA, ele não deve ser combatido, pois seus membros querem representar a população nas câmaras por vias democráticas. O IRA quer conquistar o Ulster no tapa e deve ser investigado...O ideal é o mesmo, mas não acho que se deva investigar o Sin Fein, mas sim o IRA. Como diz o presidente:"Isto é um País com leis, e eu irei segui-las".
Quanto a Who watches the watchers? Não sei, concordo que tenhamos que achá-lo, mas acho que orgãos policiais merecem mais vigilâncias que agencias de noticias.
Se vc quiser combater com alguém e for possível cegá-lo, faça-o, pois os olhos dirão às mãos a quem atacar ou de quem se defender.
Mantenha os olhos abertos e as mãos treinadas
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Postby Danilo » 27 Oct 2003, 15:49

Mudando de assunto, o que aconteceu com a Reforma da Previdência? E a greve dos juízes? Estou meio por fora...
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Postby mends » 29 Oct 2003, 08:47

respondendo pro Danilo, a reforma da previdência não ficou, ainda vai voltar pra câmara.

mas o que eu queria falar hj é:

HALLOWEEN

Uma cidadezinha no interior de sp PROIBIU a comemoração do dito cujo aí de cima e instituiu o dia
do saci, pro 31/10.
não me agrada comemorar halloween, lembro até que fiquei muito puto quando a escola do jimmy ia fazer uma festa sobre isso. é folclore celta, saxão, incorporado pelo cristianismo, mas que nunca fez parte da cultura ibérica, africana ou indígena. comemorar halloween é macaquear o tio sam, se é assim vamos comemorar o thanksgiving tb, que tem comilança...
agora, legislar sobre isso é palhaçada! :ranting:
como nós positivamos (escrevemos regras para) qualquer loucura dos legisladores, temos leis absolutamente para tudo! historinha: na constituição de 88 foi criado um tribunal superior intermediário, o stj, objetivando deixar para o stf apenas o julgamento de matéria constitucional. só que, como nossa constituição fala sobre TUDO absolutamente (se vc duvida, abre o artigo 242, inciso 2 e vê o que tá escrito sobre a Escola de Segundo Grau Dom Pedro II no RJ...), tudo é matéria constitucional, qualquer multa de trânsito dá brecha para recurso ao supremo, que continua atulhado (aí vc começa a entender a morosidade da justiça...). o que quero dizer é que uma festa não é matéria legislativa, nem que seja pra proibir escola de comemorar ( anão ser que seja escola pública). quem deve estrilar são os pais, mas esses são mais macaquitos que os filhos, muitas vezes, e essa história de banzo de Miami me enerva sobremaneira... :angry:
quando tivermos leis sérias, elas serão cumpridas. :(
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Postby mends » 29 Oct 2003, 09:20

ELIO GASPARI



Trocam-se dois paradigmas teóricos por uma vaga de gari

Faltando pouco para que Lula dê conta do primeiro ano de governo do terceiro mandato do professor Fernando Henrique Cardoso e o 11º do mandarinato da ekipekonômica, ele é bem-vindo de volta ao blablablá de esquerda.
Discursando na abertura da reunião da Internacional Socialista, ele disse o seguinte:
"Refletimos, criticamente, sobre muitos paradigmas teóricos que recebemos e, sem cair no pragmatismo, procuramos criar um movimento que fosse capaz de enfrentar, de forma criativa, não-dogmática, os grandes desafios do nosso país".
O governo de Lula terminará o ano com nota dez em disciplina fiscal e zero em crescimento econômico. É uma escolha. Governo esquizofrênico. Nele, o comissário José Dirceu reclama da "herança maldita" enquanto o presidente anda por Brasília no bendito Omega australiano que herdou de FFHH.
Quando Lula retorna ao blablablá incompreensível, nada de novo acontece sob o céu de Pindorama. O problema surge quando o comissário Dirceu aparece, no mesmo dia, com o blablablá compreensível. Ele disse o seguinte:
"Nos últimos anos, o país infelizmente viciou uma camada importante da sociedade a viver de renda e de taxas de juros reais de 12% ou 15%, o que inviabiliza o pagamento e a sustentação dessa dívida pública".
Como diria o ex-deputado Hildebrando Pascoal, vamos por partes:
1) País não se vicia, assim como ninguém se vicia em juros. Quem oferece taxas de 12% de juros reais aos maganos é o governo presidido por Lula. O doutor Henrique Meirelles não paga taxas lunares porque Lula tem pena dos viciados em juros. Quem se comporta como um viciado é o governo, não o país.
2) Quem tem "camada importante" é pavê. O comissário Dirceu sabe que oito em cada dez trabalhadores brasileiros ganham menos de três salários mínimos. Nenhum deles está na boca rica dos juros. Pela quantidade, essa camada é desprezível, mas o comissário certamente fala de importância no sentido qualitativo. Tem razão. É uma turma tão qualificada que leva o governo do qual o doutor faz parte a desejar isentá-la de CPMF nas transações de seu papelório. (Isentar desempregado, nem pensar.)
3) Finalmente, o comissário diz que essa combinação de perversidades "inviabiliza o pagamento e a sustentação dessa dívida pública". Bingo. Coisa semelhante já foi dita por economistas laureados e diretores do FMI.
Pena que o PT-Federal tenha perdido um ano lambuzando-se nos elogios da banca e estimulando a crença segundo a qual o Brasil será, ainda por um bom tempo, lugar certo para se vir buscar os maiores juros do mundo. (Ave Bradesco. Pariu um lucro de R$ 1,6 bilhão nos primeiros nove meses de Lula. Um aumento de 20,1% sobre o seu desempenho no mesmo período, durante o tucanato).
A persistência do desemprego, da queda da renda do trabalhador, bem como o declínio das vendas do comércio indicam que o espetáculo do crescimento talvez só ocorra nas grandes festas petistas que se planejam para o réveillon baiano. Esses maus resultados devem-se, em parte, ao fato de Lula ter-se achegado aos almofadões da banca como um surpreendente mascote. O dinheiro que pode ir para o investimento fica nos juros porque sabe que essa é a opção preferencial da ekipekonômica. Os empresários não saem da toca dos juros porque têm medo que lhes aconteça o que sucedeu aos que investiram entre 1996 e 2001: ruína.
Empresas arruinaram-se porque, de forma consistente e previsível, sempre que a economia brasileira entrou em dificuldades, todas as medidas tomadas pelo governo de FFHH (durante oito anos) e pelo de Lula (durante um ano) cuidaram de proteger o dinheiro da banca. Esse é o paradigma prático.
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Postby Wagner » 29 Oct 2003, 09:24

mends,


até onde eu sei halloween não tem nada a ver com cristianismo...muito pelo contrário....
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Postby mends » 29 Oct 2003, 09:32

o que eu sei de halloween é que, nas terras saxônicas da idade média, o dia de todos os santos é o dia seguinte ao halloween, que é equinócio , ou solsticio, sei lá, na europa. nesse sentido é que eu digo que ele foi incorporado, miscigenado, mais ou menos como as entidades do camdomblé aqui. era uma comemoração pagã, a que foi adicionada uma contrapartida cristã.
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Postby mends » 30 Oct 2003, 18:36

Com a palavra, Pato Donal Rumsfeld

"Os terroristas
têm uma vantagem considerável. Um terrorista pode atacar a qualquer momento,
em qualquer lugar, usando virtualmente qualquer técnica. E é impossível
defender todos os possíveis alvos o tempo todo em todos os lugares contra
qualquer forma de ataque. Sendo assim, a forma de derrotá-los é levar a
guerra até eles - ir atrás deles no lugar onde vivem, fazem planos e se
escondem, e deixar claro para os Estados que os patrocinam e lhes dão abrigo
que tal comportamento terá conseqüências. É isso que o presidente Bush está
fazendo na guerra global ao terrorismo. O perigo que enfrentamos no século 21 é a ameaça representada
por terroristas armados não com combustível de avião mas com armas muito
mais poderosas. Se o mundo não enfrentar a conexão emergente entre redes
terroristas, Estados terroristas e armas de assassinato em massa, um dia
os terroristas poderão matar não 240 pessoas, como em Beirute, nem mais
de 3 mil, como em 11 de setembro, mas dezenas de milhares - ou mais".



O perigo que enfrentamos quem, botocudo? que dureito tem o Moita a levar a "democracia liberal", ou a Oligarquia texana, a resolver tudo no mundo no braço?

olha, como o Moita é o primeiro mba da história a ser presidente, eu acho q ele foi lá fazer um projetinho de supply chain meio que no braço
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Postby mends » 03 Nov 2003, 09:32

EU VOU, EU VOU...

Nada como viver em país civilizado. Sem ter muito
o que fazer, a polícia de Saint-Die-dês-Vosges (na região de Estrasburgo, França) resolveu declarar
guerra ao roubo de anões de jardim. A ação foi tão vigorosa que o comando da FLAJ (Frente de Liber-
tação dos Anões de Jardim) resolveu devolver as 75 estátuas seqüestradas desde 2001. Como apenas os donos de 43 estátuas apareceram para buscar as peças, a polícia pensa em leiloar as 32 restantes.

Como fazer para que o Rafaelle :rafaelle: , que todos sabemos ser francês, dado o nome, requeira cidadania botocuda?

CRARO!

mano, estúpida a faixa da Claro no obelisco do ibirapuera :ranting: pra quem não sabe, ou não viu, há uma faixa da Claro "vestindo" o obelisco, como uma caminsinha num pintão. eu já achava um absurdo querer fazer uma árvore de natal lá, mas propaganda é uma sem-vergonhice ainda maior!
Aquilo é um MAUSOLÉU, é um TÚMULO, tem soldados consitucionalistas enterrados lá!!!!!!!!!!!!!! :ranting: :angry: :ranting: :angry:
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Postby Aldo » 03 Nov 2003, 10:32

Meu, os iraquianos derrubaram um lecópe e mataram 15, o Bremer afirmou que o Saddam está vivo dando um rolê no Iraque, mas que vai encontrá-lo, eu também já tinha ouvido isso...

Enquanto isso na Hall of Justice, o prinsident Moita cada vez mais perde pontos nas pesquisas de opiniao, ele já esteve a mais de 90 e agora esta com 56 e 42 de rejeição....Maluf faz, faz, faz, faz, faz, a gente andar pra trás, trás, trás, trás!!!

Já falei que tínhamos que fazer uma certidão de nascimento tupinambé para o senhor Rafaele ( podemos ir no cartorio e pôr o anão no nosso nome ) isso nos resguardará o direito Rafaele de ir e vir e quando o negócio virar moda e a galera começar a levar anões libertos às baladas, ou pior, querer roubar o nosso Rafaele P. Feliz.

Esse negócio da Claro vai passar batido por todo mundo...Mas creio que esse mereça algum tipo de reclamação em algum órgão competente para salvaguardar a memória daqueles que lutaram e morreram por um ideal tão nobre como livrar o Brasil de um regime ditatorial.

Sem mais, meritíssimo
Senhor Aldo Fabrício Rodrigues dos Santos
:aldo:
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Postby mends » 10 Nov 2003, 08:28

ELIO GASPARI

Um retrato de SP e seus dois andares
O Instituto Futuro Brasil divulga nesta semana os números completos de uma enorme pesquisa feita na cidade de São Paulo para ver direito o problema da violência. Num trabalho sem precedentes, estudaram-se 5.000 domicílios, cobrindo cerca de 20 mil pessoas.
Está dura a vida na cidade. Só 11% dos entrevistados acham que se pode confiar nos outros, e 89% julgam mais prudente ficar sempre com um pé atrás. Nível de Colômbia. Na Bósnia, 27% das pessoas confiam no gênero humano. Nos Estados Unidos, 42,5%. Estatisticamente, um em cada dois paulistanos sofrerá uma violência durante sua vida adulta. Dois em cada dez sofreram algum tipo de violência ou de ilegalidade nos últimos 12 meses.
As estatísticas de roubos de carros e de agressões físicas de São Paulo estão piores que as colombianas, e o cidadão quer distância da polícia. Os indicadores de agressões físicas são o triplo das americanas, mas as notificações à policia equivalem à terça parte. O paulistano apanha calado. Só um em cada dois assaltados, inclusive com arma de fogo, vai ao distrito contar o que lhe sucedeu.
Apesar desse pé atrás, de cada dez pessoas que pediram ajuda à polícia, oito disseram ter recebido um atendimento decente ou até acima de suas expectativas.
Um em cada dois jovens de 16 a 25 anos já foi revistado. Dois em cada dez foram desrespeitados, e oito em cada cem foram agredidos ou maltratados pela polícia. Isso para a população em geral. Quebrando-se os números pela cor, a coisa fica feia: um negro tem quase duas vezes mais chances de ser revistado, ameaçado ou desrespeitado pela polícia. Suas chances de ser agredido ou maltratado são três vezes maiores que as dos brancos.
A idéia e o patrocínio dessa pesquisa foram de Claudio Haddad, presidente do Instituto Futuro Brasil. Na opinião dele, ninguém jamais saiu de uma encalacrada como a violência de São Paulo sem pelo menos saber os números do problema. Ele foi atrás, e a pesquisa revelou cenas surpreendentes.
Os paulistanos estão equipados. Quase todos os domicílios têm TV em cores e geladeira (98% e 97%, respectivamente). Metade tem freezer (54,8%), automóvel (49,7%) e cartão de crédito (55%). De cada dez, seis têm algum tipo de plano de saúde.
De cada cem moradores de São Paulo, 15 moram em favelas e 44% vivem perto de uma favela. Isso todo mundo sabe. Agora vê-se que 78% dos favelados moram em imóvel próprio, mais da metade dos quais sem escritura. Alô, alô, doutor Olívio Dutra, ministro das Cidades, 78% dos moradores de favelas vivem em casa própria, mas só 14% conseguiram escritura. Numa favela, a percentagem de domicílios alugados é de 7%. Num condomínio blindado, a taxa é de 27%.
No andar de baixo há muita polícia para prender e maltratar os cidadãos, mas há pouca lei para lhes garantir a propriedade de suas casas. No de cima, pensou-se que, botando bastante polícia para vigiar a turma de baixo, o patrimônio estaria garantido. Deu errado.

Alegria da banca
Entre janeiro e setembro, o governo do PT-Federal pagou R$ 87,1 bilhões de juros, ou 7,8% do PIB. Pela primeira vez na história, a Viúva gastou mais com juros do que com os benefícios previdenciários (R$ 71,1 bilhões, ou 6,3% do PIB).
O pagamento dos juros foi equivalente a 123% do que se gastou com a previdência pública. Quando um previteca de Brasília resolve humilhar os aposentados com mais de 90 anos, obrigando-os a uma chamada de penitenciária, pensa-se que foi erro. Não. O governo de Lula estuda isenção de CPMF para quem vive de juros e um refresco no Imposto de Renda dos metalúrgicos anistiados de São Bernardo. Para os demais, cadastro, fila e taxação.

A ONG do Zé
A bancada do governo no Senado está passando o rolo compressor na oposição até quando ela pede dados para saber se o plenário vai tomar decisões que aumentam a carga tributária. Até aí, nada de mais, porque manda quem tem voto, e obedece quem tem juízo.
A motoniveladora dirigida pelo PT formou uma interessante tropa de choque. Ela é composta pelos seguintes senadores:
- Fernando Bezerra, ministro da Integração de FFHH;
- Renan Calheiros, líder do governo Collor na Câmara e ministro da Justiça de FFHH;
- Ney Suassuna, ministro da Integração de FFHH;
- Romero Jucá, líder do PSDB de FFHHH no Senado.
Segundo o que o PT dizia deles, é possível que tenham formado a primeira ONG governamental.
Numa situação dessas, é compreensível que, pela primeira vez em quase 20 anos, o Planalto esteja interessado em atrapalhar a reeleição do senador Eduardo Suplicy.

Curso Madame Natasha de piano e português
Madame Natasha tem horror a música. Ela cuida da miscigenação do idioma português, faz alguns serviços extras na defesa do inglês e patrulha as pequenas e imperceptíveis grosserias que os homens praticam com as mulheres bem-sucedidas. Ela concedeu diversas bolsas de estudo ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e ao doutor Joaquim Levy, secretário do Tesouro.
Em ocasiões diferentes, Palocci e Levy chamaram a vice-diretora do Fundo Monetário Internacional, Anne Krueger, de "Mrs. Krueger".
Ganharam três bolsas cada um. A primeira por falta de modos com a língua portuguesa. Se estão falando para uma platéia brasileira, podem chamá-la de "sra. Krueger", "dona Krueger" ou até de "sinhá Krueger". A língua oficial do ministério da Fazenda ainda é o português.
Admitindo-se que seja o inglês, Palocci e Levy podem fazer um curso de boas maneiras para não chamar de "Mrs." uma mulher solteira. Mrs. Krueger seria a mulher do Mr. Krueger. Como informa o FMI, ela é "Ms. Krueger". Essa modalidade de tratamento para as mulheres surgiu nos anos 60. Foi uma conquista, pois rompeu as algemas do "Miss" (senhorita) ou "Mrs." (mulher de).
A terceira bolsa à dupla vai por ter banalizado o tratamento devido a uma mulher bem-sucedida. Ninguém chama Henry Kissinger de "sr. Kissinger". Ele é o "professor Kissinger" ou o "doutor Kissinger". Anne Krueger é doutora pela Universidade de Wisconsin e foi professora da Universidade Stanford. Palocci e Levy podem chamar a "sinhá Krueger" de "doutora".
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Postby mends » 12 Nov 2003, 09:20

Lula veta recursos do Fundef para alunos especiais
De Brasília


No dia em que o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, compareceu à Câmara para se explicar sobre a portaria já revogada que suspendeu o pagamento das pensões e aposentadorias para pessoas acima de 90 anos, outra iniciativa do governo na área social abriu o campo para ataques da oposição. Desta vez, acompanhados de críticas da própria base do governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou um projeto que estendia os recursos do Fundo de Desenvolvimento e Valorização do Magistério (Fundef) para as escolas de alunos com necessidades especiais, como as mantidas por Apaes e sociedades Pestalozzi. Do ponto de vista político, o problema é que a proposta foi aprovada por unanimidade no Senado e na Câmara este ano(!!!!!!!!). Nem mesmo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), que não foi consultado sobre o veto, tomou a defesa do Executivo. [grifo meu]

Partiu do próprio PT a ligação entre o veto e o episódio que envolveu Berzoini na semana passada. "O governo alega que o projeto contraria o interesse público. Pode-se dizer o mesmo dos velhinhos com mais de 90 anos", afirmou Flávio Arns (PT-PR), que foi o relator da proposta no Senado e que não tem ligação com os grupos radicais do partido.

O petista foi além: "Existe lá no Ministério da Fazenda a auto-suficiência, a falta de entendimento e de diálogo embasada nos argumentos mais absurdos", afirmou. Diante da crise armada, os articuladores governistas começaram a costurar uma solução ontem mesmo.

"Já tenho a notícia de que será feita uma medida provisória para corrigir este veto", afirmou o vice-líder do governo no Senado, Hélio Costa (PMDB-PR). É um caminho mais viável para solucionar o problema do que derrubar o veto presidencial. Os próprios oposicionistas lembram que há três anos não se vota um veto presidencial no Congresso. O veto de ontem entraria em uma fila que já tem cerca de 5 mil itens.

A falta de uma solução poderá aumentar o ambiente de crise na semana em que o Senado deve votar em primeiro turno a reforma da previdência. Ainda ontem, o presidente da Comissão de Educação, Osmar Dias (PDT-PR), articulava a convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tido como o responsável pelo veto, para depor.

A proposta vetada ontem por Lula é de autoria do deputado Eduardo Barbosa, do PSDB mineiro, e de fato representa aumento de despesa para a União. De valor mínimo: segundo o líder da minoria, Efraim Moraes (PFL-PB), o acréscimo seria de R$ 8,7 milhões ao ano. (CF, com agências noticiosas)

Sobre os alunos especiais, não tenho opinião formada além do lugar comum do ABSURDO....mas nunca as coisas são como parecem ser. Agora, o que é fato é que um presidente DERRUBOU UMA DECISÃO UNÂNIME DO CONGRESSO!!!!!!!!!!!!!!!!!! :angry:

na minha terra, isso se chama DITADURA...... :(
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Postby mends » 17 Nov 2003, 09:20

ELIO GASPARI

Ave, BNDES

O velho e bom BNDES comprou por R$ 1,5 bilhão algo como 10% da Vale do Rio Doce. Pagou R$ 132 (US$ 45) por cada ação cotada na Bolsa a R$ 125. Esses papéis eram parte de um lote vendido em 1997 pelo bondoso banco ao fundo de pensão dos funcionários da empresa. Naquela época, recebeu o equivalente a US$ 5 por cada ação. Em março de 2002, o banco vendeu papéis da Vale a R$ 57. Os mercados de ações são assim mesmo. Às vezes a gente vende barato e compra caro.
O BNDES informa que fez o negócio movido por interesses estratégicos, para evitar que a Vale venha a ser controlada por grupos internacionais. As ações que comprou não o colocam dentro do grupo que controla a Vale. Nesse bloco, estão apenas a Previ, a Bradespar e a empresa japonesa Mitsui, que entrou há pouco tempo, comprando suas ações a R$ 121 cada uma.
Se há estrangeiros querendo controlar a Vale, não se sabe. Sabe-se que a ação com direito a mandar foi comprada pela Mitsui a um preço inferior ao que o BNDES pagou por papéis que não mandam em coisa nenhuma.

O Viva Rio acertou a CBC

Quem diria. A serena figura do antropólogo Rubem Cesar Fernandes, diretor do Viva Rio, acertou o presidente da Companhia Brasileira de Cartuchos, Antônio Marcos Moraes Barros, com cinco cápsulas. (As que estão aí ao lado.) Moraes Barros passou fisicamente incólume, mas sua posição de grão-mestre dos interesses da indústria nacional de armas ficou intelectualmente debilitada.
O empresário e o antropólogo meteram-se num tiroteio em torno de um dispositivo do Estatuto do Desarmamento, no qual se pretende que os fabricantes de cartuchos identifiquem em cada cápsula o lote de fabricação e o destinatário da encomenda. A vantagem salta aos olhos. Se a polícia encontra ao lado de um morto um cartucho em que se lê "CBC PMPI 7A39", sabe-se imediatamente que essa bala foi vendida pela Companhia Brasileira de Cartuchos à Policia Militar do Piauí no lote 7A39. A empresa saberá dizer quando esse lote saiu de sua fábrica e quando chegou a Teresina. É o tipo da providência que atrapalha a vida dos bandidos sem incomodar ninguém.
O doutor Moraes Barros ridicularizou a idéia:
"A proposta é desprovida de qualquer fundamento quanto à sua viabilidade prática no âmbito de uma manufatura moderna e competitiva, seja porque não há espaço físico no cartucho, seja porque não há como interromper, a cada momento, uma produção de escala industrial para a substituição de ferramental objetivando atender à identificação do comprador. Seria como exigir a identificação individual numa linha de produção de aspirinas ou parafusos".
Noves fora o doutor achar que se pode comparar a produção de cartuchos com a de aspirinas, ele errou o tiro. Pela proposta do Estatuto do Desarmamento, a CBC deveria imprimir algo como dez dígitos nos culotes das cápsulas. Há espaço físico de sobra para que isso seja feito. Dá até para escrever "Lula".
Em 1952, a própria empresa do doutor Moraes Barros imprimia até 13 dígitos em seus cartuchos. Num deles pode-se ler: "CBC MG 45-M1-50". Isso queria dizer que em 1950 a CBC vendeu aquela cápsula para que a Marinha de Guerra a usasse em seus revólveres calibre 45.
O doutor pode argumentar que a tecnologia mudou e hoje isso ficou mais difícil. Não se deve esquecer que em 1950 o conde Matarazzo andava na rua com menos seguranças que o ministro Humberto Costa, da Saúde. A Colômbia marca o culote de seus cartuchos. O Ministério da Defesa da Grã-Bretanha exige que todas as munições vendidas às suas Forças Armadas sejam marcadas. Entre os fornecedores do Exército britânico está a empresa Royal Ordnance. Ela tem uma sociedade com a Imbel brasileira que, por sua vez, tem 30% das ações da Imbel.
Se a CBC não sabe fazer em 2003 aquilo que fazia em 1950 e se não quer fazer em Pindorama o que sua remota parceira faz na Inglaterra, a bandidagem, genuflexa, agradece.

Curso Madame Natasha de piano e português

Madame Natasha tem horror a música. Ela zela pela luminosidade do idioma e deu mais uma de suas bolsas de estudo ao secretário de Energia do Rio de Janeiro, Wagner Granja Victer, pelo convite que fez circular no andar de cima, chamando as pessoas para a "assinatura do convênio de eficientização da iluminação pública do município de Petrópolis".
Victer informa que já foram "eficientizados" 19.100 pontos de luz na cidade.
A senhora está na acreditação de que se o secretariante tiver respeitamento pelo português, deve eficientizar as palavras que usa em suas comunicâncias.
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Postby mends » 06 May 2004, 18:50

a falta que faz um engenheiro elétrico pra dar uma olhada nas declarações dos caras...

ESPECIALISTA QUESTIONA REDUÇÃO DE POTÊNCIA DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE


São Paulo, 6 - O anúncio de que a usina hidrelétrica de Belo Monte terá a sua potência instalada reduzida por questões ambientais, feito hoje pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, em entrevista ao jornal "O Globo", está exigindo reparos de especialistas. Dirceu disse na entrevista que o projeto, originalmente desenhado para proporcionar uma capacidade instalada de 11 mil megawatts (MW), "vai produzir 5 mil MW porque é assim que a obra fica compatível com a exigência ambiental". Para um especialista que teve acesso ao projeto da hidrelétrica de Belo Monte, contudo, "tanto faz ter 2 mil, 5 mil ou 15 mil MW, que o impacto ambiental da hidrelétrica será o mesmo". Segundo o técnico, Belo Monte será uma hidrelétrica a fio d'água que não disporá de reservatório, o que faz com que a área a ser alagada com a sua construção e o conseqüente impacto ambiental sejam os mesmos, independentemente de sua capacidade de geração.

Segundo o técnico, durante o governo Fernando Henrique Cardoso cogitou-se dividir o projeto de construção de Belo Monte em duas etapas iguais de 5,5 mil como forma de baratear o projeto. Belo Monte terá uma energia firme de cerca de 5 mil MW, de acordo com a mesma fonte, com o restante de sua capacidade de geração utilizado para melhorar as condições de operação. "As máquinas geradoras restantes poderão ser usadas para produzir na ponta (no período de pico de consumo, entre 17 e 20 horas), quando o rio tiver muita água, e para facilitar a manutenção das máquinas", disse o técnico. "Não havia, nessa divisão, uma preocupação ambiental", acrescentou. (Eugênio Melloni)
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Postby mends » 11 Jun 2004, 12:13

Vaquinha de R$ 16 Mi
Na terça-feira 7 à noite, o presidente Lula ofereceu um jantar a um grupo de empresários no Palácio da Alvorada. Entre uma garfada e outra, reclamou do estado de conservação do local, cheio de infiltrações e vazamentos. Os convidados, entre eles David Feffer (Suzano), Roger Agnelli (Vale) e Jorge Gerdau (Gerdau) se prontificaram a fazer uma reforma no palácio, orçada em R$ 16 milhões.

tudo, é claro, sem interesse ninhum... <_<
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Postby telles » 11 Jun 2004, 15:45

E a festa caipira em comemoração aos 30 anos de casado do presidente? Os convidados tem que vir a carater e trazer um prato de salgado tipico! Quem mandou votar em presidente pobre?
Telles

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