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Ciência, Saúde, Economia, Política

Postby telles » 19 May 2006, 11:09

Acho um pouco mais justo que cotas, mas ainda não é o ideal....
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Postby mends » 24 May 2006, 11:30

vale pra tf da poli também... :lol:
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
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Postby mends » 22 Jun 2006, 10:21

Grêmio da Politécnica quer "refundar" o seu cursinho
DA REPORTAGEM LOCAL

O Grêmio da Escola Politécnica da USP realizou ontem um ato para refundar o Cursinho da Poli. "A intenção é fazer o cursinho voltar para onde nunca devia ter saído", afirma Roberto Menezes, um dos organizadores do Movimento pelo Resgate do Cursinho da Poli.
A partir de agosto, um cursinho popular voltará a funcionar no grêmio. Inicialmente terá, segundo os organizadores, duas salas de aula no período noturno e uma sala de apoio aos estudos. A idéia do projeto é oferecê-lo gratuitamente.
O Cursinho da Poli foi criado em 1987 e era dirigido pelos estudantes do grêmio. Em 1997, foi criado o IGPDE (Instituto do Grêmio Politécnico para o Desenvolvimento da Educação), que passou a administrá-lo.
A partir de 2002, a Fundação PoliEducar foi criada para gerir o projeto. "Atualmente, o vínculo do cursinho com o grêmio é zero", resume Menezes.
No ano passado, o cursinho foi alvo de uma representação no Ministério Público assinada pelo Grêmio e pelo vereador de São Paulo Carlos Gianazzi. O documento pedia investigações e afirmava que o projeto social tinha sofrido um desvirtuamento, pois cobrava mensalidades altas. A representação continua na promotoria de fundações. Hoje, o cursinho tem mais de 7.000 alunos por ano e cobra mensalidades que variam de R$ 193 a R$ 334. (SIMONE HARNIK)
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Postby telles » 22 Jun 2006, 11:01

O grmio e suas idéias inovadoras...

Enquanto isso os alunos da Poli, (os quais o gramio deveria se preocupar pimeiro) estão se fodendo...... É EC2, EC3, e outras coisas que estamos carcas de ver....

Que mané cursinho...
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Postby Danilo » 22 Jun 2006, 11:09

O Conselho Universitário da USP aprovou dia 23/05 algumas mudanças no vestibular, no que se refere ao número de questões, à pontuação de alunos de escolas públicas e ao conteúdo de parte do exame da 1ª fase. A prova passa a ter 90 questões (nos últimos vestibulares eram 100), sendo que 10 serão de conteúdo interdisciplinar. A duração da prova continua sendo de 5 horas. Além disso, alunos vindos de escolas públicas terão um bônus de 3% em sua nota. Todas as mudanças são válidas já para o próximo processo seletivo.

Gostei de ter menos questões na primeira fase, pois a prova num dia só estava punk de tão longa. Agora essa de 3% de bônus... sei não. Mais informações em http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2006/jusp765/pag05.htm
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Postby mends » 23 Jun 2006, 10:56

EC3,


apurei que isso é lenda. conversei com o Cardoso na semana passada, e ele disse que não tem nada de EC3. Haverá um esforço pra formar civis, mas a maioria dos professores acha que as preferências são cíclicas e a hora do civil vai chegar e mais, acreditam que isso é uma pressão boa pra renovar o curriculo. quimica, a grande area que chegou a ser a última nas preferencias, hoje é a segunda, passou a eletrica.
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Postby telles » 23 Jun 2006, 10:59

Teleco a 10 anos atras era a mais concorrida... hoje é a última

O PEA tava em último, foi pra segundo
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Postby mends » 23 Jun 2006, 11:27

O que mostra que as pessoas definem o “resto” da suas vidas com base em um intervalo de dois a três anos a mais e a menos do ponto de decisaão. Há dez anos, vc tinha o grande boom da abertura e do desenvolvimento das telecoms – é só ver o quanto de projeto de consultoria se vendia na área, depois vc teve o apagão e os investimentos em energia, e agora vc tem o crescimento da química por conta dos combustíveis alternativos. Civil nunca vai ter um impulso desses, pq não haverá um “movimento de indústria” que requeira engenheiros civis. O que pode ser bom: quanto menos se formarem, mais valorizado fica o profissional.

E isso me lembra uma discussão que tive ante-ontem com o Jimmy: no sábado, a escola dele – que foi a minha escola por muito tempo – vai ter uma “Jornada de Profissões”, com apresentação das diferentes profissões para que os alunos conheçam o dia-a-dia etc etc.

Não deixei ele ir.

Primeiro, é um absurdo que se coloque essa preocupação na cabeça de um moleque de 14 anos. Segundo, cada vez menos acredito em “profissões”. Profissões são caixas criadas apenas para que se viabilizasse a produção em massa, através da divisão do trabalho. Algumas outras “artes” que eram antes protegidas por guildas tb se tornaram “profissões”, mas com uma padronização de conhecimento que, no limite, é prejudicial. Engenharia e medicina são exemplos. Direito não, pq Leis sempre foram artes liberais, abertas a quem se dispusesse a estudá-las.

Disse pra ele que não importa a profissão que ele escolha, contanto que não escolha “caixas” com risco grande de desaparecer, sendo que esse risco é proporcional à especialização da profissão: programadores, tecnólogos em geral etc. O que importa é acumular conhecimento, pq é isso que vc vai vender lá na frente, não importa seu rótulo, se engenheiro, se administrador.

E, no Brasil, além de não se perceber isso, vai-se pelo caminho errado. Se Deus quiser, tendo condições, mando o Jimmy e o Fernando estudarem desde o undergrad nos latis-leites, quatro anos de cultura geral, dois de especialização, e uma formação sólida, não a que temos aqui, que é incompleta, pra dizer o mínimo. Digo de cadeirinha, pq cursei duas das melhores faculdades do país, e as duas têm defeitos – a Poli com vergonha de ser elitista e incapaz de formar pessoas cultas, e a GV com vergonha de ser uma business school e formar capitalistas.

Falando em Poli: tô no final de um dos mais importantes processos de trainee do mercado financeiro. E, estranhamente, não há NENHUM politécnico entre os dez finalistas. NENHUM. Pra vagas quantitativas, inclusive. E tinha um monte no começo.

Tá na hora de rever seus conceitos.
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Postby mends » 23 Jun 2006, 11:34

e quando falo de "não importam os rótulos", tô falando de escolas boas, sem essas bostas de UNIPs, UNIBs, UNISIFU e de alunos minimamente dedicados.
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Postby junior » 26 Jun 2006, 04:24

Não deixei ele ir.

E a liberdade do moleque de escolher ;-)?

Falando sério, concordo plenamente. Somente depois que vc sai é que vê o quanto é meio non-sense (em geral) e aleatória (quase sempre) a compartimentação...
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Postby mends » 26 Jun 2006, 10:20

E a liberdade do moleque de escolher ;-)?


só pra não deixar a pergunta no ar: liberdade não se define pra incapaz. crianças e loucos não podem e não devem ter liberdade de escolha sem tutela.
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Postby junior » 26 Jun 2006, 12:16

crianças e loucos não podem e não devem ter liberdade de escolha sem tutela.

E quando se deixa de ser criança? E não me venha com papo de maioridade...
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Postby mends » 26 Jun 2006, 14:33

acho que se deixa de ser criança aos poucos. é um processo, não um ponto.
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Postby telles » 26 Jun 2006, 17:09

mends wrote:Falando em Poli: tô no final de um dos mais importantes processos de trainee do mercado financeiro. E, estranhamente, não há NENHUM politécnico entre os dez finalistas. NENHUM. Pra vagas quantitativas, inclusive. E tinha um monte no começo.

Tá na hora de rever seus conceitos.


É a poli amoleceu... a molecada é bem mais zé mané..... não tem aquela malemolência...... até repetem 10X o mesmo experimento no lab de fisica, sem acoxambrar......
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Postby junior » 04 Sep 2006, 17:40

45 - Blog Ciência em Dia, de Marcelo Leite: “Eles não são racistas”

Os entusiastas da obra "Não Somos Racistas - Uma Reação aos que Querem
Nos Transformar numa Nação Bicolor", do jornalista Ali Kamel, têm razão
num ponto: é um livro corajoso. Ocorre que coragem não é condição
suficiente para concordar com um livro, e talvez nem seja necessária


O alvo de Kamel, diretor de jornalismo da Rede Globo, são as cotas
raciais ou sociais, qualquer forma de ação afirmativa e até políticas de
redução da pobreza, como o Bolsa-Família. Para ele, todas são injustas,
ineficientes e contraproducentes.

O problema no Brasil é o preconceito contra a pobreza, não de cor.
Nossa índole e nossas leis condenam severamente o racismo. Só a educação
salva. A insistência nas cotas e ações afirmativas vai insuflar o ódio
racial, coisa que nunca existiu no Brasil.

O ponto forte da obra é a meticulosidade com que se debruça sobre dados
e estatísticas, dedicação que alimentou uma enfiada de artigos de
jornal ora reunidos no volume. Ela padece dos defeitos normais de uma
coletânea do gênero, como a redundância, a retórica circunstancial e a
reiteração -incômoda num livro- de que só o autor entendeu a questão e
enxergou a verdade dos números.

Descontados esses vícios menores, a obra demonstra algumas virtudes.
Denunciar simplificações realizadas por defensores de cotas raciais é uma
delas. O Brasil de fato não tem, literalmente, 48% de negros. São 5,9%
de pretos e 42% de pardos, segundo o IBGE. Somar os dois contingentes e
chamar todo mundo de "negro" é uma operação simbólica e deve ser
reconhecida como tal.

Leia a resenha completa no link:
cienciaemdia.zip.net/arch2006-09-01_2006-09-30.html#2006_09-03_11_27_37-6729496-25
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