Quem estaria mais qualificado a desocupar a Reitoria?

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Quem estaria mais qualificado a desocupar a Reitoria?

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Re: Quem estaria mais qualificado a desocupar a Reitoria?

Postby Danilo » 19 Jun 2009, 00:16

Grevistas e anti-grevistas

Nesta quinta-feira aconteceu uma passeata protestar contra a presença da PM no campus e para pedir a saída da reitora Suely Vilela. O grupo, que saiu do vão livre do Masp por volta das 13h20, chegou no largo São Francisco por volta das 15h. Segundo a Polícia, 1.200 pessoas se reuniram em frente ao prédio da Faculdade de Direito. A faculdade amanheceu fechada "como medida preventiva de proteção às pessoas que nela trabalham e circulam", de acordo com nota divulgada pelo diretor João Grandino Rodas.

Enquanto os grevistas fazem assembleias e protestos, um número crescente de contrários à greve usa a internet. "Queremos mostrar o que pensam os alunos da USP de verdade, não isso que está na mídia. Nós não estamos sendo representados", diz Kiko Morente, aluno da ECA. Ele é um dos que passaram a enviar e-mails, desde ontem, chamando para uma manifestação programada para amanhã, às 12 horas. A ideia, explica Morente, é fazer um flash mob (um protesto de alguns minutos, em que as pessoas se reúnem e tentam não atrapalhar a vida de quem está por perto). O grupo pretende ocupar a sede do Sintusp, que iniciou a greve, e fazer um piquenique!

O comitê de estudantes em defesa da greve dos trabalhadores da USP convocou alunos e organizações políticas a protestarem amanhã contra o flash mob. "Ainda nao sabemos o que vamos fazer, mas vamos reagir a qualquer atitude dos participantes do flash mob", diz a estudante de Letras Julia Almeida, que integra o comitê.

(fontes: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 3039.shtml, http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 9072,0.php e http://blog.estadao.com.br/blog/pontoedu/)
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Re: Quem estaria mais qualificado a desocupar a Reitoria?

Postby Danilo » 20 Jun 2009, 13:51

Mesmo sendo necessária, a PM sai do campus

Deu uma certa confusão esse flash mob. O Sintusp e simpatizantes expulsaram os anti-grevistas das redondezas da sede do Sintusp, na ECA. Um mestrando de engenharia da computação da Escola Politécnica, Ivan Terng, relatou ter levado chutes e pontapés de um participante da assembleia do Sintusp. "Quando acontece alguma manifestação contra a greve, todo mundo é de extrema direita, radical", disse, reclamando da reação dos estudantes e funcionários grevistas.

Pior ficou na reedição do mesmo às 18h55, que aconteceu na Praça do Relógio. Aparentemente reuiniu uns 300 participantes anti-greve. Teve mais discussão acalorada e confusão. Os anti-greve deram as costas e foram em direção da FEA para que não ocorresse nenhum confronto. Com isso os grevistas começaram a atirar pedras. Teve anti-grevista que teve que se sentar pra mostrar que não reagiria e levou 4 chutes nas costas. Fez um BO no 93º DP.

A reitoria da USP afirmou que a PM deixará, na segunda-feira, a Cidade Universitária. A decisão foi tomada depois que funcionários decidiram suspender os piquetes. Com a presença da PM no campus permanentemente a partir do dia 3, os manifestantes iam até as portas dos prédios diariamente, mas não conseguiam bloqueá-las. A saída dos policiais, no entanto, pode não ser definitiva, já que os manifestantes dizem que os piquetes só serão suspensos em dias de negociação.

(fontes: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/ ... u8259.jhtm, http://blog.estadao.com.br/blog/pontoedu/, http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.a ... 1509978921 e http://www1.folha.uol.com.br/folha/educ ... 3907.shtml)
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Re: Quem estaria mais qualificado a desocupar a Reitoria?

Postby Danilo » 30 Jun 2009, 21:05

Funcionários da USP encerram greve iniciada em maio

A greve de funcionários da USP chegou ao fim na tarde de hoje após a reitoria aceitar algumas das reivindicações da pauta de negociações. A retomada ao trabalho foi decidida em assembleia, que desde o fim da manhã acompanhava as negociações entre os representantes dos funcionários e os da universidade. O movimento durava desde o dia 5 de maio. Os funcionários devem retornar ao trabalho amanhã.

De acordo com o Sintusp, entre as cláusulas atendidas pela reitoria estão os novos valores do auxílio-alimentação, do auxílio-refeição, e do auxílio-creche. Outro ponto destacado pela entidade foi a conquista do auxílio-educação especial, que será pago aos pais e mães funcionários da instituição que têm filhos excepcionais. O reajuste salarial dos funcionários será de 6,05%, mas o sindicato avisa que a discussão sobre o índice de aumento será retomada em setembro. No início da greve, a reivindicação era de 16%, mais uma parcela fixa de R$ 200.

Outra cláusula da pauta de negociações que deverá ser decidida adiante é a reintegração do ex-funcionário Claudionor Brandão, exonerado pela reitoria em dezembro do ano passado. De acordo com o Sintusp, também houve o comprometimento da reitoria de não descontar os dias parados durante a paralisação e que não haverá perseguição ou demissão de nenhum grevista.

(http://veja.abril.com.br/agencias/ae/br ... 4538.shtml)
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Re: Quem estaria mais qualificado a desocupar a Reitoria?

Postby Danilo » 17 Jun 2010, 12:48

A professora emérita da FFLCH e membro do Conselho do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP, Eunice Ribeiro Durham, publicou na edição de 12/06/10, do jornal Folha de S. Paulo:

É necessário acabar de vez com o fantasma de 1968

É necessário que a comunidade universitária se convença que os movimentos grevistas de funcionários que vem ocorrendo, tão regularmente como as festas de fim de ano, são intoleráveis.

Não se trata mais de greve, isto é, ausência coletiva de uma categoria para a satisfação de uma reivindicação justa. A força de uma greve no sentido de impor o atendimento de suas demandas depende de uma adesão maciça e da paralisação das atividades normais da instituição.

O que acontece regularmente nos últimos anos é que os movimentos não conseguem a adesão necessária e a USP segue funcionando.

Incapaz de mobilizar a categoria, o movimento apela para ações violentas e ilegais. Piquetes que tentam impedir que docentes e servidores não grevistas tenham acesso a prédios ferem uma cláusula pétrea da Constituição, o direito de ir e vir.

A violência dos piquetes é um ato criminoso. Quando mesmo os piquetes não impõem a paralisação, apela-se para a invasão de prédios.

A invasão e depredação de patrimônio público também constitui crime. Não pode uma instituição que lutou pela democracia tolerar ações ilegais, especialmente quando praticadas por grupos minoritários engrossados por militantes políticos de dentro e de fora da USP.

As intenções das ações são óbvias. A primeira é chamar a atenção da imprensa e causar a falsa impressão de que há uma revolução em curso na universidade. A segunda é forçar a universidade a chamar a polícia e, no confronto, produzir “mártires” capazes de comover a opinião pública, posando como vítimas de violência policial arbitrária.

Levanta-se então o fantasma de 1968 , quando as forças do regime militar invadiram o campus, prendendo estudantes e docentes, ação esta que se somou a ações rotineiras, que ocorriam fora do campus, de prisão e tortura de professores e alunos.

Os grevistas tentam ilegitimamente se cobrir com o manto do heroísmo dos que lutaram contra a ditadura. É preciso enterrar este fantasma. Em primeiro lugar, porque não se trata mais de lutar contra um regime militar opressivo em nome do qual muitos sacrificaram suas vidas. Em segundo lugar porque uma coisa é a invasão do campus pela forças armadas; outro, muito diferente, num regime democrático, é solicitar à Justiça a reintegração de posse. Se a decisão de Justiça não for acatada, configurando mais um desrespeito à lei, só resta chamar a polícia para restaurar a ordem no campus.

É entretanto o fantasma de 1968 e a confusão entre invasão militar e presença solicitada da polícia, que paralisa os docentes e os leva a tolerar ações que, em qualquer outro contexto, seriam inaceitáveis. Se o prédio da Reitoria e do COSEAS estão ocupados, o único caminho legítimo é reivindicar judicialmente a reintegração de posse e, se a ordem da justiça for desrespeitada, solicitar a intervenção da polícia como ocorre em sociedades democráticas.
Quanto às reivindicações dos funcionários, de isonomia de aumento em relação àquela concedida aos professores, elas não procedem.

Na última gestão os servidores foram beneficiados com aumentos, promoções e benefícios que os docentes não receberam. Hoje, ganham mais na USP do que receberiam em empregos fora dela. Com os professores acontece o contrário – estão ganhando menos que docentes de outras universidades públicas e muito menos do que outros funcionários públicos de qualificação igual ou menor. Sem um aumento diferencial para os docentes a USP fica ameaçada de perder quadros qualificados e dificilmente substituíveis.
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