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Postby mends » 08 May 2006, 17:32

"Só quatro pessoas sabiam da transação"
Presidente do Itaú revela os bastidores da negociação com o Bank of America para a compra do BankBoston e diz que manterá as equipes de atendimento para não perder os clientes mais ricos


Por ALEXANDRE TEIXEIRA

O negócio estava cantado, seus detalhes vazaram para a imprensa, mas foi só na terça-feira 2 que Roberto Setubal, o presidente do Itaú, apareceu em público para confirmar a compra das operações brasileiras do BankBoston. Com bom humor incontido, o banqueiro comunicou ao mercado que o Itaú está emitindo o equivalente a US$ 2,2 bilhões em ações preferenciais suas e vai entregá-las ao Bank of America, atual controlador do Boston, assim que o Banco Central do Brasil aprovar a transação. “Fizemos o anúncio assim que chegamos a um acordo. O contrato foi assinado no dia 1º, aqui no banco”, revelou Setubal a DINHEIRO. O valor divulgado é inferior aos US$ 3 bilhões previstos, mas a transação anunciada envolve apenas a unidade brasileira do banco. Somando-se suas operações no Chile e no Uruguai – que Setubal diz que têm 99% de chances de também serem incorporadas nos próximos meses – o negócio deverá chegar aos US$ 3 bilhões e o BofA atingirá participação de 8% no capital do Itaú. Nesta entrevista, o banqueiro revela os bastidores da negociação com o maior banco de varejo dos Estados Unidos e diz que os atuais clientes do BankBoston não têm porque procurar outro banco. “Vamos manter as agências do Boston onde elas estão e as equipes de atendimento.”

DINHEIRO – Ao contrário do que se viu em outras aquisições de bancos, desta vez não houve leilão, mas sim uma negociação direta entre Bank of America e Itaú. Por que?
ROBERTO SETUBAL – Primeiro, eu acho importante se entender que nessa operação o Bank of America não está saindo do Brasil e sim escolhendo um parceiro para ele na América Latina. Ele resolveu manter a presença na região através de uma parceria com um banco local.

DINHEIRO – Por que o senhor acha que é importante para o Bank of America manter a presença no Brasil?
SETUBAL – Primeiro porque o Brasil obviamente é um mercado grande, de muito futuro. Segundo, porque ele tem nos Estados Unidos um monte de clientes com presença no Brasil. E ele quer obviamente servir esses clientes. O que a partir de agora será feito através do Itaú, com esta parceria. Do contrário, esses clientes poderiam mudar de banco lá nos Estados Unidos, desviar um pouco os negócios com o Bank of America para o Citibank ou outro banco.

DINHEIRO – O senhor diz clientes corporativos?
SETUBAL – Exatamente. A presença dele (do Bank of America) no Brasil fica muito fortalecida do ponto de vista desses clientes, porque o Itaú tem muito mais capacidade de atendê-los aqui do que o próprio BankBoston tinha. A partir deste raciocínio é que eles falaram: “bom, nós não temos condições hoje de comprar nenhum grande banco, não temos conhecimento do mercado para isso”. E decidiram caminhar para essa situação de parceria. Fizeram a análise deles lá, escolheram o Itaú e vieram nos propor isso: “Vocês teriam interesse em ser nossos parceiros nessas e naquelas condições?”. A partir daí, a conversação foi caminhando.

DINHEIRO – Como se deu, na prática, esse primeiro contato?
SETUBAL – Eu fui convidado para um jantar pequeno, de seis ou sete pessoas, com o CEO do Bank of America (Ken Lewis, que também é presidente do Conselho do banco). Eu não o conhecia e não imaginava nada. Fui lá conhecê-lo. Conversamos, foi muito agradável o jantar, mas ficou nisso. Na verdade, ele queria me conhecer e eu não estava sabendo. Ele perguntou do Brasil, perguntou do banco, perguntou do mercado. Eu até achei curioso o interesse dele pelo Brasil, porque a presença dele no País (por meio do BankBoston), naquele instante, era relativamente pequena.

DINHEIRO – Onde foi esse jantar?
SETUBAL – Foi em Washington, numa reunião do FMI, em setembro de 2004. Mas naquele momento não houve convite nenhum. Foi só uma conversa, não teve nenhuma abordagem mais direta. Mas a conversa fluiu muito bem, e essas coisas são importantes. Quando você vai fazer um negócio grande, se não há uma empatia natural entre as pessoas que estão envolvidas, já dificulta.

DINHEIRO – Ken Lewis parece ter gostado do que ouviu. E o senhor, o que achou dele?
SETUBAL – Ele é muito direto, muito objetivo, com uma visão bancária muito boa. Tem uma carreira fantástica. Obviamente que o CEO do maior banco doméstico americano é uma figura extraordinária.

DINHEIRO – E o convite, quando veio?
SETUBAL – Passado esse primeiro momento, uns dois meses depois, veio ao Brasil o responsável pela operação no País. Ele não fez um convite, mas perguntou: “Como é que você vê esse tipo de operação, o que acharia de uma parceria, acha que faz sentido para vocês?”. Nós discutimos internamente como seria ter um parceiro assim, achamos que seria positivo e eu retornei a ele e disse: “Muito bem, vamos começar a conversar”.

DINHEIRO – E as conversas duraram até agora?
SETUBAL – Naquele momento, o Bank of America se envolveu numa grande transação na China. Eles acabaram comprando 10% de um grande banco chinês (o Construction Bank). Foi uma transação na qual a equipe deles que trata desse tipo de negócio ficou envolvida quase oito meses. Durante esse período, ele (Ken Lewis) só nos ligava de vez em quando e falava: “Olha, eu continuo interessado, só que estou com essa operação na China e neste momento não posso dedicar tempo para essa negociação com vocês”. Ficamos aguardando esse período todo.

DINHEIRO – Quando as conversas foram retomadas?
SETUBAL – Ele me ligou no final do ano passado e retomamos as negociações. No comecinho deste ano, as pessoas encarregadas da negociação estiveram aqui no Brasil, lideradas pelo Greg Curl (executivo de Planejamento Corporativo e Estratégia do BofA). Conversamos bastante, mostramos o banco e eles visitaram agências. Passaram dois ou três dias aqui e conversaram com vários executivos. Acho que gostaram do que viram. Depois eu estive na sede deles (em Charlotte, Carolina do Norte), em março, quando nós acertamos o preço e as condições do negócio. Aí, entraram os advogados.

DINHEIRO – Uma transação de US$ 2,2 bilhões deve ser juridicamente complicadíssima, não?
SETUBAL – O contrato todo, entre o acordo de acionistas e o contrato de aquisição, tem mais de 100 páginas.

DINHEIRO – Quantas pessoas participaram do trabalho?
SETUBAL – Nós tínhamos a nossa equipe interna do banco, com umas cinco pessoas envolvidas, só do Jurídico. Depois tem o pessoal da contabilidade. Eu diria que, no Itaú, tinha umas 15 pessoas envolvidas nestas últimas semanas. Mais uns três ou quatro advogados externos nossos e toda a parte deles, que eu não sei quantas pessoas eram.

DINHEIRO – O banco de investimentos Merrill Lynch assessorou o Itaú no processo de negociação. Como eles entraram no negócio?
SETUBAL – Eles entraram desde o início, nos aconselharam muito. Sugeriram coisas, como a melhor forma de construir o acordo de acionistas. É sempre bom ter um banco de investimentos junto, porque você não sabe bem como essas transações vão caminhar. Neste caso, caminharam muito tranqüilamente. Mas a Merrill Lynch deu uma contribuição importante.



“Ficar com a marca BankBoston não era importante. Itaú é um nome muito forte”

DINHEIRO – Como vocês mantiveram esta transação em sigilo por tanto tempo? Quantas pessoas no Itaú sabiam das conversas com o Bank of America?
SETUBAL – Pouquíssima gente. No primeiro momento, até essa minha ida a Charlotte, só quatro pessoas sabiam da transação no banco.

DINHEIRO – Quando o acordo foi fechado?
SETUBAL – No dia 1º à noite.

DINHEIRO – Aonde?
SETUBAL – Aqui no Itaú.

DINHEIRO – O fato de os executivos brasileiros do BankBoston supostamente terem sido informados muito tarde da venda para o Itaú causou desconforto. Foi assim mesmo que aconteceu?
SETUBAL – Eu não vou comentar como isso ocorreu dentro do BankBoston, mas nós negociamos sempre com a matriz.

DINHEIRO – O BankBoston tem clientes de renda realmente alta que não necessariamente estão acostumados a operar com grandes bancos de varejo. Como o senhor pretende convencê-los a ficar no Itaú?
SETUBAL – O Itaú, por ser um banco de varejo muito grande, tem imagem muito ligada à nossa grande rede de agências, à presença no Brasil inteiro, ao atendimento a mais de 10 milhões de clientes. Mas quem conhece melhor o Itaú identifica os segmentos de mercado em que a gente atua. A nossa rede de agências Personnalité tem exatamente o mesmo foco e o mesmo desenho da rede de agências do BankBoston. Eu diria que, para o Personnalité, o BankBoston era o principal concorrente, e vice-versa.

DINHEIRO – Em termos de imagem, o senhor acha que o Itaú se equipara ao Boston para os clientes mais ricos?
SETUBAL – Neste segmento, a imagem do Personnalité é muito boa, tem o mesmo padrão de receptividade que o BankBoston. E a qualidade também. Não há dúvida de que o Itaú tem todas as condições para atender essa clientela. Eu não tenho nenhuma preocupação de que os clientes venham a se sentir pior atendidos. Até porque a gente pretende manter todas as agências do BankBoston exatamente onde elas estão hoje e pretende manter toda a equipe de vendas e de atendimento do BankBoston. Portanto, o cliente não vai sentir descontinuidade no atendimento.

DINHEIRO – Houve algum tipo de discussão sobre a possibilidade de o Itaú assumir a marca BankBoston no Brasil?
SETUBAL – Não. O Bank of America não queria que a marca continuasse no Brasil, porque entendia que, em não estando mais no País diretamente, não tinha sentido deixar a marca dele aqui. E para nós não era nada importante, porque a marca Itaú é muito forte no Brasil e a gente tem condições de administrar essa mudança. A imagem do Itaú é excelente, e não acredito que nós teremos dificuldades.

DINHEIRO – Há analistas que dizem que, entre os clientes corporativos do Boston e do Itaú, há muita sobreposição. Até que ponto isso é problemático?
SETUBAL – O mercado corporate no Brasil tem aproximadamente mil clientes. Eles trabalham com o Itaú e com o BankBoston. Agora, o fato de eles serem clientes dos dois não quer dizer que sejam atendidos nos dois bancos da mesma forma. Imagine que, para a empresa “A”, o banco principal é o Itaú, e o BankBoston tem poucos negócios. Na empresa “B”, vamos dizer uma multinacional americana, já é o oposto. O BankBoston é o primeiro banco dela, e o Itaú é um banco secundário. Nesse sentido, (a fusão) é complementar.

DINHEIRO – Para o cliente corporativo, a marca BankBoston também não vai fazer falta?
SETUBAL – Não. O Itaú tem um prestígio muito grande junto às empresas de uma forma geral. Em alguns casos, a matriz das empresas multinacionais limita os bancos em que ela pode operar. Então, muitas multinacionais americanas só trabalham com bancos americanos. Ou trabalham com um banco brasileiro só para coisas que os bancos americanos não fazem. Eu acho que nesses casos nós teremos, em função da parceria com o Bank of America, condições de ser o banco delas no Brasil
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Postby mends » 08 May 2006, 17:41

O leite da Perdigão?
Como e por que o frigorífico catarinense se uniu ao fundo de investimentos Laep para comprar a Parmalat


Por ROSENILDO GOMES FERREIRA

O destino da Parmalat Alimentos será definido na segunda-feira 15. É nesse dia que o comitê de credores se reúne para analisar as propostas apresentadas pelos interessados na compra da empresa. As negociações assumiram um ritmo frenético na última semana, quando aterrissaram na mesa dos executivos da Pactual Serviços, que atua como conselheira dos credores, as ofertas feitas pela Perdigão e pela gestora de recursos Latin America Equity Partners (Laep Brasil). Elas fizeram um acerto no qual a Perdigão ficaria com a Batavo (da qual a Parmalat detém uma fatia de 51% mas vive às turras com os sócios), enquanto a LAEP Brasil assumiria os ativos da Parmalat. Nas três empresas impera a lei do silêncio. Mas executivos envolvidos nas discussões disseram à DINHEIRO que existem 90% de chances de que o comitê aceite a proposta da dupla. É que para ficar com a Parmalat, a LAEP Brasil estaria disposta a quitar antecipadamente parte dos débitos, exigindo em troca um substancial desconto. O desembolso seria de até R$ 150 milhões. O passivo total é estimado em R$ 1,5 bilhão com bancos e a Tetra Pak – fabricante de embalagens longa vida. “Quem sabe fazer conta percebe que é melhor receber uma boa quantia agora ao invés de manter em carteira um título de elevado risco”, diz uma consultor com acesso às negociações. O pacote incluiria ainda um reforço de R$ 20 milhões no capital de giro da Parmalat.

Mas por que razão um fundo de investimento e a Perdigão teriam interesse em uma fabricante de laticínios? Mais que uma gestora de recursos, a LAEP é especialista em assumir empresas que atuam em setores atraentes, nos quais dinheiro e capacidade gerencial fazem toda a diferença. O LAEP administra fundos cujo patrimônio atinge R$ 300 milhões. “O principal ativo da LAEP é a inteligência”, comenta um operador do mercado. Uma boa amostra disso pode ser vista em seu site. Os donos da LAEP, Marcus Alberto Elias e Eduardo Aguinaga de Moares, estão na faixa dos 40 anos e têm currículos invejáveis. Desde 1990 eles já participaram do capital e da gestão da Unidas Rent a Car, da Gomes da Costa, da Camil, da Tend Tudo e da Eurocash, gigante atacadista sediada em Varsóvia (Polônia). As duas primeiras foram repassadas para investidores de Portugal e da Espanha, respectivamente. O laticínio de origem italiano entra na nova estratégia bolada por Alberto Elias e seus sócios, cujo alvo é o agronegócio. Em 2005, a LAEP tentou, sem sucesso, assumir a laticínios Nilza. “O segmento de leite é estratégico para o País. Não conta com a presença de multinacionais e deverá passar por um processo de consolidação”, justifica um analista. Daí o interesse pela Parmalat, que tem uma bem montada estrutura de distribuição, além de uma marca respeitada.

A Perdigão também teria muito a ganhar com a Batavo. Desde 2001, a Perdigão é dona da Frigorífico Batávia, empresa criada para acomodar a divisão de carnes da Batavo. Procurada, a assessoria de imprensa da Perdigão não confirmou nem desmentiu os boatos. Mas em recente conversa com analistas, os executivos da empresa catarinense abriram o jogo. Deixaram claro que querem a Batavo, pela qual estariam dispostos a pagar até R$ 240 milhões. O relatório elaborado por Daniela Bretthauer, analista da corretora Santander Banespa, indica que a diversificação seria positiva: “O setor de laticínio tem margens de ganho maiores que o de derivados de frango. Sem contar que isso também reduziria os possíveis efeitos da valorização do real e da gripe aviária no balanço da companhia”, disse. A Batavo ampliaria em 10% (cerca de R$ 550 milhões) o faturamento estimado para a Perdigão em 2006. Mas dinheiro não é problema. Ela tem em caixa R$ 909 milhões. Desse total, R$ 440 milhões estão comprometidos com investimentos já aprovados pelo board da companhia. E o restante pode servir para banca essa aquisição e, quem sabe, até mesmo a Parmalat, em um futuro não muito distante.
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Postby tgarcia » 10 May 2006, 13:14

A "pandemônia" da morte de milhares de pessoas não apareceu... mas a gripe já fez sesu estragos...

Pactual e Fator comentam os fracos resultados da Sadia e indicam neutralidade

Por: Olivia Costa Alonso
09/05/06 - 17h44
InfoMoney

SÃO PAULO - O Banco Pactual e a Fator Corretora comentaram os resultados obtidos pela Sadia no primeiro trimestre de 2006. As instituições deixaram claro que a expectativa era de números fracos, mas que as principais variáveis vieram ainda piores.

Apenas o lucro líquido da companhia superou a projeção do Pactual, ficando em R$ 67 milhões, 33,4% abaixo do resultado do mesmo período do ano anterior.

De acordo com o banco, o bottom line foi maior do que o esperado em função de ganhos financeiros de R$ 54 milhões, frutos das estratégias de hedge cambial.

Exportações como destaque negativo
Fator e o Pactual afirmam que a queda das exportações foi o principal motivo por trás do recuo nas receitas da Sadia. A redução do consumo europeu e asiático, em decorrência da gripe aviária, levou a uma queda de 20% nas vendas com exportações.

A desvalorização do dólar frente ao real foi apontada pela Fator como agravante, por ter derrubado os preços médios em 16%. Mas também como positiva, em função da queda dos preços dos grãos, principal matéria-prima utilizada pela Sadia.

Melhora no segundo semestre
As perspectivas do Pactual e da Fator são de recuperação apenas a partir do segundo semestre deste ano. A sugestão da Fator para os papéis preferenciais da Sadia é de manutenção. No mesmo teor, o Pactual atribuiu recomendação neutra, com preço-alvo para dezembro de 2006 projetado em R$ 7,3.
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Postby mends » 10 May 2006, 14:00

mas hold não é estrago! estrago é aquele SELL bem grande no canto direito do call, querendo dizer "queima rápido fiadaputa"... :lol:

acho que pra um investidor mais sofisticado, o bottom line bom decorrente do hedge cambial mostra que a administração faz a lição de casa, e que é uma boa compra no longo prazo.

mas como eu num gosto de frango, num compro Sadia nem que a vaca pegue gripe aviária... :cool:
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Postby mends » 31 May 2006, 12:45

Empresa de nome simples se dá melhor na bolsa de valores
Uma boa notícia para quem sofre na hora de escolher o melhor investimento na bolsa de valores: um estudo revelou que, pelo menos a curto prazo, as ações de empresas com nomes mais fáceis de pronunciar se saem melhor que as daquelas com nomes confusos.
Na pesquisa, publicada pela revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a "PNAS", o psicólogo Adam Alter e colegas, da Universidade de Princeton, explicam que, ao tentar compreender informações complexas, as pessoas tendem a se concentrar nas partes mais simples -e favorecê-las.
Ao entrevistar 16 estudantes de graduação, os pesquisadores descobriram que elas investiriam em ações com nomes mais "fluentes". Depois, ao analisarem o desempenho de 60 ações nos últimos 14 anos, eles verificaram que aquelas com nomes simples tiveram resultados melhores. "Mas ninguém deveria mudar seus investimentos baseado nisso", avisou Alter ao site "News@ Nature". (DA REDAÇÃO)
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Postby mends » 16 Nov 2006, 19:56

Não sou de fazer propaganda de investimento, apesar de esperar viver disso (assessoria financeira) um dia. mas o BNDES lançou uma opção interessante em renda fixa, debêntures do BNDESPar, o braço de participações do Banco. O cupom é pós fixado e ligado à inflação (nem tudo é perfeito: uma boa posição especulativa hoje é comprar renda fixa PRÉ-fixada, nesse cenário de queda de juros), tem uma cláusula put (vc pode vender ao banco a debênture antes do vencimento). peguei o prospecto e vou ler, mas se alguém quiser uma opinião mais aprofundada pode me perguntar daqui umas duas semanas, ou fazer a sua própria pesquisa em http://www.bndespar.gov.br/empresa/debentures
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Postby tgarcia » 29 Jan 2007, 12:12

Aproveitando o conhecimento da "massa" intelectual saidera para assuntos dinheirísticos....

alguém tem algum tpo de informação/sugestão para ações de bradesco e itaú para o curto prazo????
motivo: preciso começar a vender estes dois papéis para pagar a viagem do casório...

Pelas minhas análises, daria para esperar até março para "historicamente" ter um preço melhor, principalmente para o Bradesco. E não vejo nenhum tipo de movimento para grande queda destes papéia agora (e para os dois já acumulei um ganho razoável).

valeuu :cool:
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Postby mends » 29 Jan 2007, 12:46

bixo,

eu não acompanho blue chip (eu só compro papel de small cap - forjas taurus, duratex, randon, marcopolo, eternit, banestes). pra blue chip, eu compro índice. então, especificamente de itaú e bradesco eu não sei te dizer nada.

agora, sobre investimento, eu sei te dizer uma coisa: se você comprou o papel, sentou em cima e teu retorno já tá bonito, não fica dando uma de engenheiro e procurando o ponto ótimo da curva pra sair. Sai. Se vc JÁ ganhou, não importa a volatilidade. Pra investidor, ie, longo prazo, a volatilidade não importa, ela não é risco. O risco é comprar caro. Se vc já vai vender por mais do que comprou e mais seu custo de oportunidade pelo holding period, sai sem dó.

se mesmo assim seu viés de engenheiro falar mais alto, mais do que qualquer razão fundamentalista, o que você pode fazer é pegar a curva média do último mês, traçar dois sigmas pra cima e dois sigmas pra baixo (admitindo mercado normal - estatisticamente normal - vc terá 97.5% dos preços possíveis dentro desse intervalo), e no dia que o preço furar a banda dos dois sigma de cima, você vende. Obviamente vc não tem um bloomberg pra vender no dia, mas vc pode fazer isso no excel sem galho e vender no D+1, e vai capturar um bom pedaço da "alta ótima". Essa "teoria" é chamada de "boellinger bands", e historicamente, em condições normais, depois que fura a banda do 2-sigma, se é em cima é ponto de venda e se é embaixo é ponto de compra.

É isso. E meu ponto é: se você não é trader, pouco importa a movimentação diária. A entrada é importante, merece maiores estudos, mas se a saída já deu seu hurdle, sai.
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Postby tgarcia » 29 Jan 2007, 15:08

Opa!

mini curso express com Dr Mends.

pois é, estou bem nessa de engenheiro. Como meu objetivo qdo comprei era vender em fev/mar, agora vou tentar acompanhar mais de perto. Mas o ganho já está bom e acima do objetivo (mas sabe como é....)

valeu mends
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