Política e politicagem

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby Danilo » 16 Jun 2005, 21:01

Mas dessa vez a Karina teve a ver? :wacko:
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Postby Rafael » 16 Jun 2005, 23:34

é bixo... a merda ali deve ser feia... a pressão na época do Waldomiro foi bem maior e ele não caiu... agora já está fora só de medo do que vão descobrir...
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Não quero menos imposto, quero menos impostos!!!
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Postby mends » 20 Jun 2005, 10:37

ELIO GASPARI

Juros idiotas
Eremildo, eleitor de Lula, cumpre o doloroso dever de informar que nos primeiros 29 meses de governo do companheiro a taxa média real de juros (10,27%) ultrapassou a marca dos 96 meses de FFHH (10,24%).

Assim não
Se algum comissário estiver interessado em montar uma cronologia da desdita do "mensalão", aqui vai um item: em outubro de 2003 o tucanato já sabia que a tesouraria petista oferecera uma mesada ao deputado Roberto Jefferson e à bancada do PTB.
Numa versão benigna, o repasse serviria para quitar dívidas e promessas deixadas por José Carlos Martinez, o presidente do partido, morto num acidente aéreo. Na versão que chegou aos tucanos, Jefferson rebarbou a mesada: "Assim não dá". (Era divergência metodológica. De outra maneira, talvez desse). :ranting: :ranting:

:ranting: :ranting: Centralismo
Entre as gracinhas da reforma política está a proposta de instituição do voto em lista. Em vez de votar num candidato, a choldra vota no partido. Os comissários fazem uma lista e seus preferidos vão para a Câmara, por ordem de entrada em cena.
Assim, uma família de Goiás poderá votar na estrelinha do PT e levar o comissário Delúbio Soares para a Câmara. Outra, no Rio, vota no PTB e reelege Roberto Jefferson. Primeiro organizaram o caixa. Depois operaram as nomeações. Agora, com discreta simpatia tucana, querem centralizar os votos. :ranting: :ranting:
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Postby mends » 27 Jun 2005, 09:48

ELIO GASPARI

Delúbio tem a idade do Brasil
Delúbio Soares não sabe, mas é um personagem crônico da história brasileira. Muda de nome, de gostos e de alcance, mas vive anexo ao poder enquanto usufrui da graça do rei. D. Pedro 1º teve o Chalaça. Seu filho foi ajudado pelo mordomo Paulo Barboza (a quem defenestrou para São Petersburgo). Getúlio Vargas, com todas as suas cautelas, confiou em Gregório Fortunato. João Goulart teve Eugenio Caillard. Gregório foi assassinado e Caillard matou-se. Muitos outros, discretos, passaram do poder para o esquecimento.
Não há força no universo capaz de manter Delúbio Soares na posição de proeminência que cultivou. Seus charutos Cohiba e sua familiaridade com o Planalto prenunciavam um naufrágio. Ele não era o navio, era o iceberg. Referindo-se ao acesso que tinha na administração, jactou-se: "Com burocrata de ministério? É só ligar e marcar para quatro, cinco dias depois".
Comprou uma propriedade com dinheiro de sacola. É professor da rede pública de Goiás (R$ 1.242 mensais), mas não dá aulas porque foi emprestado ao sindicato de sua categoria, onde não dá expediente. Como tesoureiro do PT, em 2004 recebia R$ 5.000 mensais.
Agora o repórter Rodrigo Rangel achou um Toyota Corolla 2005, registrado em seu nome, guardado na garagem de sua irmã, em Goiânia. Na tabela, custa R$ 79 mil.
São 63 salários de um professor goiano.

Dirceu, o guerrilheiro sem rastro

José Dirceu deu um tiro no pé ao chamar sua sucessora, Dilma Rousseff, de "camarada de armas". Trouxe para o presente uma radicalização vencida que não interessa a ninguém, muito menos ao governo. Lula começou sua carreira de sindicalista nos anos 70 distanciando-se desse tipo de militantes.
Dirceu administra suas camaradagens de armas como se a história do período girasse em torno de sua inesgotável figura. A militância de Vanda/Dilma no Comando de Libertação Nacional, o Colina, e na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, é coisa sabida. A dele, pelos seus depoimentos, é e não é.
Vanda/Dilma participou do planejamento de assaltos e guardou Carlos Lamarca em seu aparelho. No apartamento viveu também Iara Iavelberg, que viria a namorar o ex-capitão. Os militantes da VAR nadavam nos US$ 2,6 milhões tomados ao espólio do cleptocrata paulista Adhemar de Barros. Um dia Iara levou Vanda/Dilma para uma aventura da vaidade. Cortaram cabelo no salão Jambert da Ataulfo de Paiva, o preferido da grã-finagem carioca, onde servia-se champanhe aos clientes. (Essa história está muito bem contada no livro "Iara", da repórter Judith Lieblich Patarra.)
A figura de José Dirceu como o guerrilheiro heróico das montanhas cubanas e da clandestinidade brasileira faz menos nexo. O melhor documento sobre esse período é uma entrevista que ele deu em 1999 ao repórter Euler Belém:
"O senhor participou da luta armada?"
"Não. Eu não participei da luta armada." Adiante, Dirceu é mais preciso: "Nunca fiz nada de expressivo na área militar, nunca tive apego a armamentos".
Passam-se alguns parágrafos e ele diz que "participei da luta armada no Brasil, em 1970 e 1971, com o Molipo".
O comissário já escreveu pelo menos dez capítulos de um provável livro de memórias. Nele, poderá contar como conseguiu participar e não participar de uma mesma coisa.
(O Molipo, Movimento de Libertação Popular, foi um grupo formado em 1970 em Cuba. Tinha cerca de trinta pessoas. Pelo menos dezoito regressaram ao Brasil. Dezesseis morreram. Sua história está no livro "O Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil", da professora Denise Rolemberg, a quem infelizmente Dirceu não quis dar um depoimento.)

Circo
O PSDB e o governo estão conversando. Os tucanos dão ao PT o refresco que não receberam dele. De certa maneira, evitam que o circo pegue fogo para prorrogar o espetáculo.
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Postby mends » 29 Jun 2005, 12:43

ELIO GASPARI

O manual anticrise de FFHH
Em fevereiro do ano passado, quando o pesadelo se chamava Waldomiro Diniz, FFHH listou um receituário para ajudar os presidentes de países, pensões ou padarias, a enfrentar crises. O príncipe tucano sabe do que fala. Durante oito anos de governo, jamais expandiu uma dificuldade. A crise entrava na sua sala e saia menor, acabrunhada.
A patuléia que paga os impostos de onde saem os mensalões y otras cositas más pode comparar as sugestões de FFHH com a insensatez aparelhada de Lula. São do ex-presidente as idéias gerais. Ele não tem nada a ver com os comentários.
A crise tem dono - É do presidente. Às vezes só ele sabe o tamanho do buraco e por que ele apareceu ali. Gerência de crise não se delega. Se Lula tivesse assumido a gerência da crise Waldomiro Diniz, o men$alão teria morrido.
Não brigue com a crise - Fuja do conselheiro que quer o sangue dos adversários. Lula desligou o ventilador do Planalto quando livrou-se do comissário José Dirceu.
O perigo das idéias - Na adversidade, deve-se tomar distância das pessoas que têm muitas idéias. Tem gente que é capaz de propor uma coisa de manhã e o oposto à tarde. João Paulo Cunha, por exemplo.
Os palpites são infelizes - As pessoas sentem-se bem dando palpites. Cabe ao presidente fazê-los sentir-se bem, mas só. Alguns companheiros deram o palpite de que Lula devia discursar em Luziânia na semana passada. Desastre.
Segredo dura 72 horas - Numa hora dessas, o presidente deve conversar sem maiores cautelas com umas cinco pessoas. Há gente que vaza em 48 horas e há aqueles que merecem mais confiança. Estes vazam em 72 horas. Palácio sem vazamento é fantasia. No Planalto de Lula vazam até os seus comentários sobre os vazadores. Sua vítima predileta é o senador Aloizio Mercadante.
O dono do urso - O tipo mais perigoso é aquele que se credencia como intérprete do pensamento do rei. Ele é capaz de soltar leviandades que podem até alterar o curso dos acontecimentos. Felizmente, os donos do urso de Lula dividem-se entre os que acabam no cemitério do olvido ou no hospício do ressentimento.
Toda crise tem um custo - Desde a primeira hora, o presidente sabe que a crise terá um custo. Trata-se de saber que ele deverá ser pago. Olhando-se para trás, vê-se que toda tentativa de regatear acaba aumentando o tamanho do prejuízo. Se Lula tivesse cortado a luz do comissário Delúbio, estaria dormindo melhor.
O rei tem a cara da crise - Diante da primeira visão do buraco, o presidente precisa de uma idéia fixa: para onde eu vou quando tiver resolvido esse problema. Uma coisa é certa: o rosto do rei é o rosto da crise. Ele precisa ser a imagem da tranqüilidade. Essa parte é a mais dura.
A esses pontos de FFHH junte-se mais um: a percepção do momento perdido. Atribui-se ao marechal Castello Branco a capacidade de ter (ou aceitar) grandes idéias, sempre com uma semana de atraso. Quando o gerente de uma crise acha que não é a hora de fazer uma determinada coisa, deve-se perguntar: "Será que daqui a dez dias eu não vou precisar fazer isso, e será tarde demais?".
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Postby mends » 06 Jul 2005, 10:15

ELIO GASPARI

De MarioCovas@edu para FHC@psdb.org
Caro Fernando,
Você deve saber. Só se fala na necessidade de um encontro teu com o Lula, prenúncio de uma aliança do PSDB com o PT. A iniciativa garantiria a governabilidade, isolaria o atraso e permitiria ao país ir adiante. É coisa do Tinhoso. Resultará no desrespeito aos nossos eleitores e transferirá para nossas costas a paralisia administrativa do governo. Tome distância do aparelho petista. Se arruinaram o Lula, imagine o que farão aos outros.
Lembra-se da última vez que nos pediram para socorrer um governo moralmente danificado? O Fernando Collor te chamou ao palácio e ofereceu o Itamaraty. Foi em abril de 1992. Felizmente recusamos a aliança. Eu tive um papel nessa história, mas a esta altura da eternidade não disputo rodapé de biografia. Nunca precisei de aliança para exercer e impor meu padrão de moralidade.
Conte a esses rapazes que querem ir à Granja do Torto o que teria acontecido a você e ao Tasso Jereissati se o PSDB fosse atrás do Collor, como queria o Ciro Gomes. Tucano seria uma espécie extinta. Uma preliminar: daqui de onde estou sei perfeitamente quais são as semelhanças e as diferenças entre Collor e Lula. Infelizmente, não posso me alongar neste assunto. Em 1997 o Lula disse, durante um jantar, que "o meu sonho é fazer um entendimento com o Mário Covas". Talvez fosse o meu também. Mesmo assim,<span style='font-size:21pt;line-height:100%'> <span style='color:red'>se até hoje Lula não veio a público dizer que não sabia de nada, por que um tucano haverá de dizer que ele de nada sabia?</span></span>Domingo passado eu e o Capablanca passamos pelo Fest Rock de Belém. Esse cubano genial tornou-se meu parceiro de xadrez. Professor, para ser mais preciso. Enquanto "Capa" andou por aí, até 1942, ensinou que os desfechos das partidas devem ser tão estudados quanto as aberturas. O desfecho de uma aliança costurada no Torto será o contágio dos tucanos. Matematicamente, as coisas ficarão assim: PT = PSDB, portanto, PT + PSDB = PT + PT, ou PSDB + PSDB.
O Brasil já precisou de um choque de capitalismo. Hoje ele precisa de um choque moral. Não será fazendo acertos no Torto que devolveremos a esperança aos brasileiros.
Os tucanos devem estender a Lula a mão do entendimento. O lugar para se fazer isso é o plenário do Congresso Nacional, diante das vistas do pessoal que mora "aqui embaixo". Uma aliança PT-PSDB deverá ser pública, transparente e pontual. Como os amores de Vinicius de Moraes, será "eterna enquanto dure". Se o PT tiver agenda, haverá o que apoiar.
Se essa aliança funcionar no plenário do Congresso, ela será ética e benfazeja. Se precisar passar pelo Torto, sabemos como acabará. Na melhor das hipóteses você receberá de Lula um cheque em branco, como o que ele passou ao Roberto Jefferson.
Cheguei a pensar em jogar fora esta mensagem. O Montoro, que está aqui comigo, achou-a muito dura com o PT. Ele concorda com a aliança de plenário, feita no chão do Congresso. Discorda do tom. Você conhece essa doce alma que é o Montoro e conhece a mim. Não tenho outro tom.
Recomende-me a d. Ruth e fique com um abraço,
Mário.
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Postby Danilo » 06 Jul 2005, 12:05

Ironicamente estava eu lembrando de uma música ontem:

"...
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor

Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída
..."


É, sem mais comentários...
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Postby mends » 06 Jul 2005, 12:24

O problema é que ele avisou e não fez nada.
Sabe o que me deixa puto?

1-Tenho certeza que Lula, Genoino e Dirceu não enfiaram grana no bolso. Duvido que fariam isso. Mas isso só PIORA as coisas: o assalto ao Estado foi feito pra enriquecer o partido, passar leis e projetos do partido, foi feito "pela causa" e não "em causa própria", como o próprio Genoino disse. É a lógica da desapropriação da "burguesia", a mesma lógica que levou "terroristas"de esquerda a assaltar bancos - e, como disse uma vez o próprio Che, quem começa assaltando bancos nada mais é que um assaltante de bancos - e levou a Dilma Roussef a assaltar a casa do ex-governador Adhemar de Barros (o "rouba mas faz" original) e "desapropriar, em meados da década de 60, 2,5 milhões de dólares (ver nos livros do Gaspari sobre a ditadura);
2-Não li Gramsci antes das eleições. Se tivesse lido, não votava. Estamos (estávamos) assistindo a implantação do socialismo pelos métodos do Antonio Gramsci;
3-Eu acreditei! (como diria aquele personagem da época que o Jô era engraçado, talvez porque eu era criança - quem tem menos de 25 não vai lembrar). Acreditei que o Lula não tinha passado vinte anos na flauta e tinha se preparado, acreditei que ele era o líder carismático do partido e não apenas um títere carismático à serviço de um projeto de poder.
4-Desisti. Tivemos o "príncipe dos intelectuais" que foi um dos maiores ladrões da história. Tivemos "o homem do povo" que não teve capacidade de fazer nada. Olho em volta e não vejo ninguém em condições de implantar um choque de capitalismo que acho que o país precisa - só vejo socialistas malucos, pseudo capitalistas travestidos de campeões do Estado de Bem Estar - uma falácia que inclusive alimenta essa ideologia que me dá nojo, a que eu nomeei a ideologia do "eu só quero é ser feliz", ratos populistas com nome de criança. PUTA QUE PARIU. Preferiria mil vezes ter um Bush pra votar. VOTO NULO, E ASSIM QUE PUDER, COM UM MÍNIMO DE SEGURANÇA, vou pra única saída que vejo: Cumbica.
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Postby Aldo » 06 Jul 2005, 14:34

Mends,

E o que vc esperava?...Esses caras no poder sempre foram os mesmos socialistazinhos do regime militar....nunca mudaram...mesmo com o discurso "light"....
Eu sempre disse que não voto no PT (nunca votei), pois eles são de inspiração socialista...eu não acredito em socialismo, não voto neles simples assim...
Sobre o Lula na flauta...ninguém aprende a presidir algo do tamanho do nosso Estado sem ter pegado um rabo de foguete como, um Estado ou um municipio como SP...Ou ter pegado um ministério, sei lá...
E pra quem acha um negócio sério um lider de sindicato receber um salário de rei pra estudar como ser presidente, pode começar a me dar uma bolsa, pois quero ser presidente em 2020

AF :bundao:
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Postby mends » 06 Jul 2005, 14:51

06/07/2005 - 14h03
Valério confirma que pagou dívida, e PT lhe deve R$ 350 mil
Da Redação,
Em São Paulo

Marcos Valério Fernandes de Souza confirmou que foi avalista do PT em um empréstimo contraído no BMG, que pagou a primeira parcela da dívida e não foi ressarcido pelo partido. O publicitário mineiro presta depoimento neste momento à CPMI dos Correios, em Brasília. Assista ao vivo à transmissão da BandNews.

O valor de R$ 2,4 milhões foi obtido em Belo Horizonte, em 17 de fevereiro de 2003 (início do governo Lula), e o empresário pagou R$ R$ 349.927,53 em 14 de julho do ano passado, porque o PT não teria na ocasião condições para quitar a dívida. Também foram avalistas o presidente da sigla, José Genoino, e o tesoureiro afastado Delúbio Soares.

Após o não-pagamento, Valério afirmou que deixou de ser avalista do PT e que receberá esse crédito futuramente, mas não soube especificar quando.

Jefferson e Borba mentem

Marcos Valério negou ter entregado R$ 4 milhões ao deputado Roberto Jefferson, que o acusa de ser operador do "mensalão", e ter negociado cargos com o deputado José Borba (PMDB-PR).

Em resposta à senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), o publicitário mineiro alegou estar viajando no início de julho de 2004, quando o presidente afastado do PTB disse ter se reunido com ele. Entregou passagens aéreas e<span style='font-size:14pt;line-height:100%'><span style='color:red'> recibos de restaurantes</span></span> ao relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) e disse que a única ocasião em que esteve em Brasília foi em 7 de julho, data não citada por Jefferson.

O publicitário afirmou que nunca pegou avião com malas de dinheiro, como acusou o deputado, e afirmou que o <span style='font-size:21pt;line-height:100%'><span style='color:purple'>crescimento do patrimônio de suas empresas nos últimos cinco anos é fruto apenas do trabalho e não de contatos políticos.</span></span>

-*de 200 mil pra 14 milhões em cinco anos. Vai ser competente assim lá no inferno! Que Warren Buffet que nada!*

Do faturamento da SMPB, 20% viriam de estatais -tem contas com Banco do Brasil, Correios, Eletronorte, Ministérios do Trabalho e do Esporte e a Câmara dos Deputados. De acordo com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), as empresas de Valério movimentaram R$ 836 milhões na conta do Banco do Brasil, entre 1999 e 2005, dos quais cerca de R$ 500 milhões não teriam origem identificada.

A respeito do encontro com ex-líder do PMDB na Câmara, limitou-se a declarar que tratou de "assuntos políticos". "Mentiras as informações [de negociar cargos para o PMDB] de José Borba", afirmou. "Daqui a pouco vão dizer que sou um ministro sem pasta", completou.

O empresário igualmente desqualificou as acusações de Fernanda Karina Somaggio, que deverá depor na seqüência. Segundo ele, sua ex-secretária não tinha acesso a informações sobre os movimentos financeiros da agência para afirmar que via malas de dinheiro saindo do escritório em Belo Horizonte.

"Eu viajo muito. Ela foi demitida porque não precisava de uma pessoa somente para marcar passagens aéreas", disse, ao justificar sua demissão. Valério admitiu estar devendo a Fernanda Karina uma quantia de R$ 5.000, referentes a serviços prestados e que está processando ela por "chantagem e extorsão".

Saques em dinheiro

<span style='font-size:14pt;line-height:100%'><span style='color:red'>O empresário negou-se a informar os investimentos que teria feito com parte do dinheiro sacado em espécie de contas de sua agência SMPB. </span></span>Fez valer o habeas corpus preventivo que obteve ontem no STF (Supremo Tribunal Federal), que o permite exercitar o direito ao silêncio e recusar a firmar termo de compromisso legal de testemunha.

*antes, ele tinha dito que comprou vacas: 21 milhoes de reais, a 500 conto o novilho, dá pra mais de 40.000 cabeças de gado. O que, como todos sabemos, é pinto, quase imperceptível, e não dá pra se mostrar assim, de uma hora pra outra.*

Valério, que retirou do Banco do Brasil e do Rural R$ 21,36 milhões desde 2003, disse apenas que irá "apresentar essa informação no foro adequado".

Também afirmou que os saques em dinheiro também se destinavam a pagar fornecedores de serviços. "Muitos funcionários da SMPB são pessoas jurídicas, que pagamos em espécie ou em cheque, que eles sacam nos bancos."

Visivelmente nervoso, o mineiro pedia perdão constantemente por chamar o relator de "você" ou "senhor" e chegou a chorar no início do depoimento, ao citar que uma de suas empresas tinha as iniciais de seu filho morto aos 6 anos, de câncer. Ele também tem uma filha de 13 anos e outro filho de 4.

(Com a Agência Câmara e a Agência Senado)

p.s: Sérgio Buarque de Hollanda - o pai do hómi e fundador do PT - escreveu um livro chamado RAÍZES DO BRASIL, onde cunhou a famosa expressão "o brasileiro é um homem cordial". E aí todo mundo que não leu o livro pensa que ele diz que o brasileiro é expansivo, simpático etc. Só que a cordialidade do brasileiro é essa: leva para a esfera pública as relações "de coração" (daí o cordial, viu, viu?), a amizade, o compadrio, a famiglia ("michele, apaga"). E transforma a "res publica" (o boi que é de todos, como bem sabe quem sabe latim :P ) em xurrasco duma turma só.
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Postby mends » 06 Jul 2005, 16:00

e, como já havíamos discutido, mudam-se as moscas tão somente...

PSDB SOB SUSPEITA

Em fita, Paschoal Thomeu cita suposto favorecimento de Alckmin; ontem, disse que tentou evitar assédio do PFL

Deputado diz que trocou voto por "ajuda"
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma fita gravada a que a reportagem da Folha teve acesso reproduz diálogo telefônico entre o deputado estadual Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP) e o também deputado Paschoal Thomeu (PTB-SP). Na conversa, ocorrida às vésperas da eleição do novo presidente da Assembléia Legislativa paulista, em 15 de março deste ano, Tuma Jr. tenta conquistar o voto de Thomeu para o candidato Rodrigo Garcia, do PFL, que disputava o posto com o deputado Edson Aparecido, do PSDB e preferido do governador Geraldo Alckmin.
Thomeu, gravado, descarta o voto em Garcia e afirma que votará em Edson Aparecido. Alega que o governador Geraldo Alckmin prometeu-lhe ajuda:
Thomeu diz que suas "seis firmas" estão "em situação muito difícil";
Que está vendendo "umas terras pra CDHU", a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, empresa do governo estadual, vinculada à Secretaria da Habitação;
Que não pode "cuspir no prato" em que come;
Que o governador em pessoa, e não um intermediário, prometeu-lhe ajuda. (leia no quadro ao lado os principais trechos da gravação)
Questionado ontem sobre a conversa, Thomeu confirmou-a e lembrou-se de frases inteiras. Disse, contudo, que estava apenas tentando se livrar do assédio dos aliados de Rodrigo Garcia, como o deputado Romeu Tuma Jr. (leia texto nesta página).
O deputado Romeu Tuma Jr. recusou-se a comentar o conteúdo da gravação. Eleito em maio corregedor parlamentar na Assembléia, Tuma Jr. disse que só falará sobre o assunto depois da publicação da reportagem. E encerrou a conversa: "Não esqueça de dizer que nessa história toda eu fui vítima. Eu fui o grampeado."

CPIs na gaveta
No dia 15 de março, como antecipava a conversa entre os dois deputados, Thomeu votou em Edson Aparecido. Tuma Jr. cravou Rodrigo Garcia. No placar geral, o dissidente Garcia foi eleito presidente por 48 votos a 46, ou 50% mais um dos votos da casa.
A disputa pela presidência da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo foi renhida. O PSDB presidia o Legislativo paulista desde 1995, quando Mario Covas (1930-2001) foi eleito governador pela primeira vez.
Na conversa gravada, Tuma Jr. tentou convencer Paschoal Thomeu a votar em Rodrigo Garcia, alegando: "A gente vai criar uma independência."
O mote da "independência" explica-se. Até o dia da eleição do presidente da Assembléia, havia 48 pedidos de constituição de comissões parlamentares de inquérito parados na Assembléia.
Hoje, já são 57 os pedidos de CPIs. A metade delas destina-se a apurar ações do Executivo. Mas as investigações não prosperam. A última CPI instalou-se na casa em junho de 2001.
Com a eleição de Garcia, partidos como PT, PMDB, PC do B, que se opõem a Alckmin, esperavam contar com uma ajuda extra para levar adiante essas CPIs.
O entusiasmo petista com a derrota de Edson Aparecido ficou claro pelas reações que se seguiram. Logo depois da votação, os deputados petistas fizeram uma confraternização para celebrar a derrota do governador, e o presidente nacional do PT, José Genoino, chegou a telefonar para o líder de seu partido na Assembléia Legislativa, Cândido Vaccarezza, cumprimentando-o pela derrota tucana.

"Situação difícil"
A "situação difícil" mencionada pelo deputado Paschoal Thomeu na conversa gravada é de conhecimento geral na Assembléia. Roseli Thomeu, filha do deputado, não faz segredo da situação financeira da família: "Nossas empresas estão deficitárias. Já foram 30 empresas, com 3.400 funcionários. Hoje, são só três empresas e uma marca, e 180 funcionários. Meu pai mora em um apartamento alugado, por causa das dívidas com bancos."
Roseli Thomeu disse que a família tem seis grandes áreas na região de Guarulhos, "e as seis estão à venda". Também confirma que a área de 753.580 metros quadrados que constitui o "Sítio do Vovô", de posse da família Thomeu há 40 anos, está sendo negociada. A propriedade é avaliada em R$ 30 milhões e fica no bairro de Bonsucesso, na periferia de Guarulhos.
Roseli, entretanto, afirma que o "Sítio do Vovô" deve ser vendido para um grupo particular, que pretende loteá-lo. Diz já ter formalizada a oferta, e que a opção para negociação assinada entre a família Thomeu e o grupo está em vigor, tendo vencido em 29 de junho, com prorrogação por mais 30 dias. Não há garantia da consumação da venda
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Postby Danilo » 06 Jul 2005, 18:53

Falando em Cumbica... Mendonça, pense bem, você acha que em qualquer lugar deste planeta você vai conseguir algo muito melhor que nosso <span style='color:green'>Gigante pela própria natureza, Terra adorada, entre outras mil? Larga a mão de boiolice e ergua da justiça a clava forte.</span> Ou então se renda ao <span style='font-family:Impact'>lado negro da força... afinal você não gosta de churrasco, caro re<span style='color:green'>s</span>publicano? Huahuahuahua...</span>

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Postby mends » 06 Jul 2005, 20:45

Tenho esperança de, pelo menos, encontrar um lugar de mais sentido comunitário, com menos interferência do governo na minha vida, onde os moleques possam andar na rua as 03 da manhã, como até eu podia há 12 anos. A acreditar em JS Mill e Alexis de Tocqueville, os EUA se aproximam disso. Mas pode ser desalento passageiro.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

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Postby mends » 07 Jul 2005, 12:33

Gushiken decide sair do governo Lula

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo, o petista Luiz

Gushiken, decidiu deixar o governo. Ele conversou ontem sobre o assunto com o

presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comunicou a decisão. Em encontro na

Granja do Torto, o presidente não fez menção de demovê-lo. Lula ficou irritado

com a revelação de que a revista do cunhado do ministro recebe verbas

publicitárias crescentes de empresas públicas e também com a de que a empresa de

consultoria Globalprev, da qual Gushiken era dono, teve seu faturamento

aumentado em 600% no governo atual.

Gushiken comentou com colegas de Ministério que pode deixar o cargo até

amanhã. Alguns interlocutores ficaram com a impressão de que sairia ontem mesmo.

Será o segundo ministro a cair na crise que também já derrubou José Dirceu da

Casa Civil.

Na terça-feira, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse que um dos

próximos escândalos a estourar seria nos fundos de pensão, setor muito ligado a

Gushiken. Ele indicou dirigentes de pelo menos dois grandes fundos de pensão de

estatais, Petros (da Petrobras) e Previ (dos funcionários do Banco do Brasil).

Ele é amigo de Lula há muitos anos e foi um dos seus mais influentes

conselheiros nos dois primeiros anos de mandato. As informações são do site do

Terra.
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Postby mends » 11 Jul 2005, 09:39

ELIO GASPARI

Memória
Em 1965, o marechal Castello Branco leu no jornal que um de seus irmãos, funcionário da Receita Federal, ganhara em cerimônia pública um automóvel Aero-Willys. Era o agradecimento de sua classe pela ajuda que dera na elaboração de uma lei que organizava a carreira. Paulo Castello Branco, filho do presidente, costumava contar que o marechal telefonou para o irmão, dizendo-lhe que deveria devolver o carro. Ele argumentou que se cada fiscal da Receita tivesse presenteado uma gravata, o valor seria muito maior. Castello interrompeu-o: - Você não entendeu. Afastado do cargo você já está. Estamos decidindo agora se você vai preso ou não.

Urucubaca
Os companheiros da Volkswagen alemã, sempre mostrados como exemplo da maturidade nas relações entre uma empresa e um sindicato, estão sem sorte. O diário Süddeutsche Zeitung revelou que a direção da empresa manda membros do seu conselho de trabalhadores ao Brasil para observações e conversas de alto nível. Elas incluíam os serviços de prostitutas, no mensalão da empresa.
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