Clippings e notícias

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby mends » 26 Jan 2004, 13:28

eu tb...aliás, qualquer um gostaria de ter a renda per capita mensal de qualquer país...

renda per capita é um indicador anualizado, e é simplesmente PIB/numero de habitantes: se você é um sheik árabe duma titica de 100 pessoas e um PIB escorado no petróleo monstruoso, sua renda per capita tende ao infinito, mesmo que haja 98 mendigos em cada 100 habitantes. Não é medida de comparação, mas serve pra situar certas discussões.

:mends:
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
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Postby mends » 26 Jan 2004, 13:29

só completando: quando se tem um valor de renda per capita, o valor é ANUAL.
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Postby mends » 04 Feb 2004, 08:43

ELIO GASPARI

O servidor merece respeito e concurso
De tanto defender as idéias que não tem, o comissariado petista desaprendeu a defesa das idéias que tem. Encastelou-se de tal forma na retórica da desqualificação, que perdeu a capacidade de argumentar. Veja o caso do comissário Luiz Marinho, presidente da CUT, defendendo a contratação (por meio de concursos públicos) de 41 mil novos servidores para a máquina federal. Ele diz:
"É preciso fortalecer o Estado e é bastante irresponsável criticar a contratação de mais funcionários."
Criticar a providência não é irresponsabilidade. É direito. Com estilistas como Marinho, o comissariado petista não precisa de Fashion Show.
A contratação dos 41 mil funcionários por concurso público não tem nada a ver com o trem blindado da alegria do comissário José Dirceu, que vai coordenar a nomeação de 2.800 pessoas para cargos de confiança. (Confiança de quem, ou para quê, resta saber.) O concurso cria servidores, como o fiscal de ensino Graciliano Ramos; o ascensorista Platão, do Ministério da Fazenda, aquele que a plutocracia bajulava durante o milagre econômico, ou os fiscais do Trabalho e o motorista assassinados pela pistolagem de Unaí.
Os servidores públicos brasileiros sofrem um processo de satanização que dura mais de uma década. Nisso Collor, FFHH e Lula formaram uma trindade. Deram à palavra servidor o sentido de privilegiado, marajá e, no limite, vagabundo. Quando olharam em volta, tinham desmanchado a máquina do Estado. O Brasil deve, e muito, à sua burocracia. Às vezes ela é autoritária, burra e aproveitadora. No essencial, contudo, é uma defensora do interesse público.
Quando o governo anunciou que abrirá concurso para contratar 41 mil funcionários, ficou a impressão de que a opção é contratá-los ou não contratá-los. Na realidade, trata-se de contratar servidores ou trabalhadores cadastrados por empresas de locação de mão-de-obra. São os "gatos" da modernidade tucana. Há cerca de 50 mil brasileiros prestando serviços ao poder público como terceirizados. Eram 40 mil em 1995. O dinheiro que será gasto com os servidores seria gasto com a mão-de-obra alugada. O trabalhador terceirizado pode até sair mais caro para a Viúva.
Trocando-se uma burocracia a serviço do Estado por trabalhadores sem vínculos empregatícios nem direitos funcionais, dispensa-se aquele código profissional que uniu as vidas públicas de pessoas como Celso Furtado, Octavio Gouvea de Bulhões e o médico Noel Nutels.
Voando mais baixo, pode-se lembrar um caso ocorrido por conta de um sábio do Itamaraty que decidiu terceirizar a contratação das pessoas que cuidavam da mapoteca do ministério. Uma jóia da cultura nacional, onde estavam a coleção do Barão do Rio Branco e álbuns de fotografias da Casa Imperial. É provável que se tenha feito grande economia. Um êxito, até o dia em que se deu pela falta de um mapa. E outro, e mais outro. Em julho do ano passado, a mapoteca foi saqueada.
Resultou o seguinte: os sábios terceirizaram a inteligência, privatizaram a mão-de-obra e produziram a ruína cultural. Economizaram um trocado e perderam algumas das peças mais valiosas do acervo. Coisa de milhões de dólares. Feito o desastre, fechou-se a mapoteca.
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Postby mends » 09 Feb 2004, 10:43

Só pra não deixar passar em branco.... :P

Um peito de fora e um candidato muito louco
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
COLUNISTA DA FOLHA

Janet Jackson com um peito de fora no intervalo da final do campeonato de futebol americano já é o evento mais buscado da história da internet.
A equipe do Folhateen, sempre atenta às novidades da rede, deu o toque em "Escuta Aqui". Segundo o site da rede britânica BBC, a mama jacksoniana superou, em buscas, até os atentados de 11 de setembro! O porta-voz do site Lycos disse que na segunda-feira, um dia depois do jogo, as buscas pela cena de Janet superaram 60 vezes aquelas pelo vídeo erótico de Paris Hilton e 80 vezes as buscas por Britney Spears.
Se faltava alguma prova de que os americanos são o povo mais maluco do mundo, então não falta mais.
Normalmente, a TV aberta americana não mostra absolutamente nenhuma cena de nu. E vários canais a cabo seguem a mesma política. Se alguém tira a roupa em frente às câmeras, eles botam um efeito por cima. Também não rolam palavrões. Mesmo programas ao vivo vão ao ar com um "delay" de sete segundos, para dar tempo de botar um "piiiiiiii" caso alguém mais boca suja solte o verbo no ar.
Mulher e homem pelados, piadas de sacanagem etc. etc. só rolam nos canas a cabo do tipo "premium", ou seja, aqueles que não fazem parte do pacote básico.
Nesse contexto de sacanagem zero, dá para ter alguma idéia de por que o peito de Janet Jackson causou tamanha encrenca. Não só foi um evento inédito, como aconteceu no principal dia do ano para a TV americana.
Ainda assim, mesmo levando tudo isso em consideração, é impossível para um brasileiro, imagino, entender completamente a obsessão americana pela brevíssima nudez de Janet. Eu, pelo menos, fiquei boiando.


meu comentário:

os gringo devem se dar por feliz de não ter a Dercy Gonçalves... :yuck:
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Postby mends » 09 Feb 2004, 10:47

ELIO GASPARI

Ave Cesar

Durante sua viagem às terras inundadas do Piauí, Lula contou que lhe deram um copo d'água que não estava bem tratada. Serviu-se de água engarrafada. (R$ 1 o recipiente de litro e meio.)
A choldra da Vila Mocambinho, por onde ele passou, continuou tomando a água de sempre. Se uma família desabrigada tomar duas dessas garrafas por dia, vai-se embora uma bolsa-família.
Lula reclama dos seus antecessores, mas não sabe como se parece com eles.
Veja o ilustre companheiro o que escreveu seu antecessor Pedro 2º, o Banana, no dia 18 de outubro de 1859, quando ia a caminho da cachoeira de Paulo Afonso e estava nas cercanias de Piranhas, às margens do São Francisco:
Queixava-se das pulgas, do calor e da "falta de água que é péssima aí, tardando a de Vichy [renomada marca francesa] que vinha na bagagem, por falta de condução. [...] Enfim chegou, ou antes acharam, de madrugada a água de Vichy, e muito bem me soube um copo dela".
Lula tem razão. A desgraça nordestina é obra dos seus antecessores. E de cada um de seus sucessores.
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Postby Wagner » 10 Feb 2004, 10:08

Para pensar:

"Não há nada mais conseravdor do que a esquerda no governo. Não há nada mais revolucinário do que a direita na oposição"
:wagner:
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Postby mends » 11 Feb 2004, 10:29

ELIO GASPARI

Esta é a cota que te cabe deste latifúndio
Muita gente boa acredita que os policiais devem estar prontos para meter um tiro na cara do bandido. De acordo com o que contaram na delegacia, foi essa a idéia que tiveram os cinco PMs que patrulhavam uma rua do bairro de Santana, em São Paulo, há uma semana. Um comerciante tinha sido assaltado e havia um suspeito no pedaço. Um negro. De acordo com os PMs, ele atirou três vezes. Errou. Mataram-no com dois tiros no peito. Junto ao seu corpo havia uma arma e no seu bolso, a carteira do comerciante.
Tudo teatro, farsa de três soldados, um cabo e um tenente. (Três deles já denunciados à Ouvidoria da Polícia, envolvidos em casos semelhantes.) O negro não atirara em ninguém. A carteira foi posta no seu bolso por um dos PMs. Em diversas ocasiões repetiu-se que Flávio Ferreira Sant'Anna, morto aos 28 anos, era dentista. E se fosse lixeiro desempregado?
O governador paulista Geraldo Alckmin e seu secretário de Segurança, o promotor Saulo de Castro Abreu Filho, não devem olhar para Flávio como um dentista, mas como o filho de Jonas Sant'Anna, cabo aposentado da PM. É ele quem fala: "Sei como é o sistema. Tenho certeza de que, se ele fosse branco, não morreria".
Era uma vez um governador chamado Mário Covas. Na sua Secretaria de Segurança funcionava uma coisa chamada Proar, ou Programa de Acompanhamento de PMs Envolvidos em Ocorrências de Alto Risco. Por trás dessa nomenclatura pernóstica operava um sistema no qual todos os policiais militares envolvidos em tiroteios que resultassem em morte de cidadãos eram submetidos a um programa de reciclagem. O policial era inscrito num curso que durava um mês. Depois, esperava outros cinco para retornar às suas funções. Iam para a reciclagem até os PMs que tivessem atirado em legítima defesa ou aqueles que apenas estivessem na cena. O secretário de Segurança de São Paulo, José Afonso Silva, explicou a essência do programa: "Queremos evitar novas mortes e preservar nossos homens".
Em menos de um ano, o Proar baixou a mortandade de 592 casos para 368. Mesmo assim, a PM paulista ficou com um índice oito vezes maior que o da polícia de Nova York. São muitas as pessoas capazes de associar a capacidade da polícia de matar gente com a segurança do povo que ela hipoteticamente protege, mas nem mesmo o marqueteiro do governador Geraldo Alckmin seria capaz de dizer que São Paulo é uma cidade oito vezes mais segura que Nova York.
Em 1998, o candidato Paulo Maluf anunciou que, se fosse eleito governador de São Paulo, fecharia o Proar. O companheiro José Genoino, candidato do PT, pegou mais leve: "Não é por toda morte que o policial precisaria passar pelo programa. Você tem de separar o que é erro, perversidade, do que é circunstância de uma ação delicada da polícia".
Morreu o governador Mário Covas e assumiu o doutor Alckmin. Passado algum tempo, o Proar foi à breca, apesar de ser defendido pelo comandante da PM, coronel Rui Cesar Melo. Há menos de duas semanas, ele contou: "Sei muito bem que a minha defesa do Proar pesou consideravelmente na minha exoneração, mas era a atitude que eu deveria assumir, e assim procedi, na defesa das minhas convicções".
Amparados em suas convicções, Alckmin e o secretário Saulo de Castro praticam uma política de segurança que no ano passado resultou na morte de 868 pessoas, um aumento de 29% em relação a 2002 e de 136% sobre 1996.
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Postby mends » 11 Feb 2004, 10:41

Comentando a frase do Wagner, prefiro a minha:

"Se hay gobierno, soy contra" :cool:
Mesmo tendo votado no Lula, e até por isso, acompanho o que ele faz com muita atenção, e metendo o pau....
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Postby mends » 13 Feb 2004, 13:56

essa poderia ser do E DAÍ?, mas coloquei no TO PREU...
A Veja publicou uma reportagem sobre a India, resumindo um estudo do Banco Mundial - que terminei de ler ontem por obrigação profissional e vc acha em http://www.iadb.org - dizendo basicamente que a India anda e o Brasil não pq é menos regulamentada...olha aí, Wagnão, parece que os caras da Veja não sabem LER!!! o relatório diz justamente o contrário!!!!!! Só dois dados pra ilustrar:

- abrir uma empresa no Brasil demora 152 dias, em média; na ìndia, 88...mas na´Índia, abrir uma empresa custa 50% da renda per capita, e no Brasil, 11%...
- a Índia diploma anualmente 300 mil cientistas, e o Brasil 64 mil...mas a população do Brasil é seis vezes menor (o que dá um empate técnico);

Noves fora que não se falou na Veja que a India foge do modelo "neo-liberal" - prefiro fmista - do qual Brasil e Argentina são expoentes máximos. Quiseram dizer o contrário, que a India fez a lição de casa fmista.
A India exporta software? Não, ela exporta operários, escritores de código. O software é desenvolvido fora, onde fica (é claro) a inteligência do negócio - que, no fundo, é o que dá dinheiro. E pq exportam operáros? Pq eles aceitam ganhar menos que os ameircanos: economia pura e simples, daquela dos livros de escola...
O que eu quero dizer, e aí vou fazer um merchan anti-Wagnão, que agora é Abrilboy, é que, se vc só lê Veja, tá ficando perigoso, pq além da propaganda oficial, agora eles deram pra mentir.
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Postby mends » 16 Feb 2004, 21:49

ELIO GASPARI

Um jogo para o Carnaval, monte o Aerolula
Não é o caso de concordar com a turma da São Clemente, que entrará na Sapucaí dizendo que "aqui tudo foi tramado para virar esculhambação", pois "no Brasil o que é sério é o Carnaval", mas Lula e o PT Federal devem botar os pés no chão.
Admitindo-se que prefiram cortar R$ 400 milhões do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil a desistir da compra de um avião importado de US$ 56,7 milhões, deveriam organizar uma parceria com a patuléia, convidando-a para o Fórum de Decoração do Aerolula. São 80 metros quadrados de carpete. Trata-se de área superior à média das habitações nacionais.
É possível que no preço divulgado pela Presidência da República esteja incluído o custo da decoração. Pelos costumes do mercado, não está. Ela pode sair, no barato, por R$ 10 milhões, dependendo do gosto do freguês.
Não se conhece a decoração preferida pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, nem a do sheik Zayid, dos Emirados Árabes, aerocompanheiros de Lula.
Quem quiser brincar de decoração deve levar em conta que o Airbus tem 24 metros de comprimento. O espaço dos passageiros é dividido em blocos. Há seis decoradores europeus e americanos credenciados para fazer o serviço. Seus arquitetos desenharam 17 módulos.
São os seguintes os principais blocos:
1) Dormitório, com cama de casal e banheiro e chuveiro. (O da Lufthansa Technik parece ser o de melhor desenho.)
2) Escritório, ou sala de reunião, com sete lugares. As poltronas são maiores que as da primeira classe dos vôos comerciais.
3) Bloco VIP para 12 ou 18 pessoas, com assentos grandes. Se o AeroLula tiver esse bloco, será o primeiro avião presidencial com três classes: na primeira vai o monarca e na segunda fica o andar de cima da comitiva.
4) Terceira classe, para 18 pessoas, com assentos semelhantes aos da executiva.
Há magnatas que não voam com gente na terceira classe e usam o espaço para montar uma sala de jantar, o bar ou uma sala de reuniões.
A Presidência da República previu uma lotação de 40 pessoas para o Aerolula, sem bar nem salas. Quem quiser navegar pelo mundo encantado do Airbus pode visitar as seguintes páginas, infelizmente, em inglês:
1) Airbus Corporate Jetliners: <a href='http://www.corporate-jetliner.com/passenger/layout-poss.html' target='_blank'>http://www.corporate-jetliner.com/passenger/layout-poss.html</a> (Para os detalhes, selecione a opção "passenger".)
2) Lufthansa Technik (Está mais para avião de magnata do que para AeroLula.) <a href='http://www.lufthansatechnik.com/applications/portal/lhtportal/' target='_blank'>http://www.lufthansatechnik.com/applicatio...rtal/lhtportal/</a>
application?origin=/portlets/navportlet/navportlet.jsp&event=bea.portal.
framework.internal.refresh&pageid=ma-xxl-slide&requestednode=
4269&node=4269&action=initial

Conspiração

Conspira-se no comissariado do Planalto a cassação branca do mandato de senador de Eduardo Suplicy. A idéia é surpreendê-lo na convenção do partido, onde ele perderia a indicação para ser candidato à reeleição.
Suplicy foi o primeiro senador eleito pelo PT, em 1990, com 4,2 milhões de votos. Reelegeu-se em 1998, com 6,7 milhões. Seu terceiro mandato é coisa quase certa. A malandragem destina-se a derrubá-lo no tapetão.
Se a idéia for adiante, a reação de Suplicy dará momentos inesquecíveis à política brasileira.

Curso Madame Natasha de piano e português

Madame Natasha tem horror a música e a impostos. Ela procura ajudar os companheiros do governo a conviver melhor com a língua portuguesa. A senhora concedeu mais uma de suas bolsas de estudos ao procurador-geral da Fazenda, doutor Manoel Felipe Rêgo Brandão, diante da pérola produzida pela página de sua repartição na internet. Ela diz:
"O não-fornecimento de certidão negativa pela internet não permite a conclusão, sem análise específica do caso, que o contribuinte apresenta situação irregular perante a Dívida Ativa da União, nem, obviamente, a conclusão contrária de que sua situação é regular".
Natasha acredita que ele quis dizer o seguinte:
"Se o senhor não conseguiu a sua certidão, isso não quer dizer nada".

Olho na persiana

Com 34 anos muito bem rodados na profissão de auditor, Antoninho Trevisan liberou um de seus truques:
"Quando eu entro numa empresa procuro prestar atenção nas persianas. Se elas estão tortas, desbeiçadas, cuidado. Não sei por que, mas, quando não se cuida mais das persianas, faz tempo que há alguém fraudando por ali".
Essa nem o legendário Amador Aguiar (1904-1991), criador do Bradesco e implacável farejador de pilantragens, foi capaz de perceber.
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Postby mends » 16 Feb 2004, 21:58

EXPO FOME ZERO

esse é o absurdo dos absurdos: o Fome Zero já é uma droga duma campanha paternalista, e agora nego fez uma EXPO, onde ganhou um dindim pra mostrar que as EMPRESAS SÃO SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS....QUá!!!!
Nessa, estou com o Stephen Kanitz: não existe empresa socialmente responsável, porque as empresas, ao fazerem fundações com seus nomes ao inves de ajudarem instituições beneficentes que só fazem isso (como aliás fazem empresários sérios, como o Ermírio), estão interessadas no marketing (oh, novidade...). Na hora do vamuvê, nenhuma creche manda órfão pra rua, mas os Instituos Blevers Corp SA da vida cortam suas contribuições.
Mas fazer uma EXPO sobre gente que PASSA FOME é pisar no pouco de orgulho que temos que ter. Não quero dizer que se tenha que esconder, mas ganhar dinehiro com o projeto - por pior que seja o´peracionalmente falando - é um tapa na cara!!! Como tava fazendo o Pão de Açúcar.
Uma vez briguei com o gerente do Pão de Açúcar. a menininha do supermercado foi me sugerir doar arroz pro porgrama. Agora veja que meigo: eu compro o arroz no Pão de Açúcar, com toda a margem do senhor Abílio Diniz, pra depositar na doação do Pão de Açúcar!!!! Mandei chamar o gerente e disse que doaria seis pacotes de arroz se ele me vendesse pelo preço de custo...o que ele, obviamente, recusou. Pior que a pobreza é nego tirando proveito dela...
"Esse é o país que vai pra frente..."
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Postby mends » 19 Feb 2004, 09:41

ELIO GASPARI

Para que serve o poder de Dirceu?
O episódio do doutor Waldomiro Diniz expôs a debilidade de um projeto de poder do comissariado petista. Trata-se de um projeto de poder primitivo, truculento, pobre. Só encontra paralelo em algumas condutas da nobiliarquia alagoana na fase dourada do collorato. Ele foi o primeiro, infelizmente não será o último.
Começando pelo doutor Waldomiro. O moço se aproximou de José Dirceu precisamente no final dos anos 90, durante os quais o comissário moeu o PT do Rio de Janeiro, impondo-lhe os modos de Benedita da Silva e os meios de Anthony Garotinho. Essa visão de mundo aproximou Waldomiro Diniz de José Dirceu. Um dia alguém vai estudar essas semanas e descobrirá que os verdadeiros fundadores do novo PT chamam-se Leonel Brizola, Benedita da Silva e Anthony Garotinho. Foram eles que conseguiram de Lula, Genoino e José Dirceu a carga da cavalaria cossaca contra a esquerda carioca. Mais tarde, em memorável cena de rompimento, Rosinha Matheus desentendeu-se com Dirceu e Garotinho chamou o PT de "partido da boquinha".
Para se compreender a mecânica de poder que gera Waldomiros e toda a família de poderosos cometas de Brasília, vale lembrar uma história atribuída ao príncipe de Talleyrand, o magistral chanceler da França, quando a serviço de Napoleão Bonaparte. Um negociador estrangeiro queria corrompê-lo e disse-lhe:
"Dou-lhe 20 mil francos e não conto a ninguém".
Talleyrand respondeu: "Dê-me 40 mil francos e conte a quem quiser".
A diferença entre Talleyrand e os Waldomiros desta vida está no fato de que o bom príncipe não esperava sigilo de quem o comprava. Os Waldomiros acreditam que o andar de cima, com sua experiência secular, vai contratá-los com cláusulas de confidencialidade.
Quando o PT diz que a extorsão praticada por Waldomiro tem algo a ver com a arrecadação ilegal de fundos de campanha, mente e faz-se de bobo. Há casos de empresas que, na defesa de suas idéias (ou de seus interesses genéricos) dão dinheiro a candidatos sem registros contábeis. É o velho caixa dois. O que Waldomiro propunha a Carlinhos Cachoeira era que o bicheiro desse nova redação a um edital para a licitação de um serviço público. Assim como não há seqüestro-de-campanha, não pode haver achaque-de-campanha.
Quando o PT-Federal diz que agiu prontamente, demitindo o funcionário, faz rir. Faltava só que o mantivesse na função, indo ao Congresso negociar o fim da multa do FGTS. O velho e bom PT carioca mostrou aos comissários o que se fazia no Rio. Havia mais provas de waldomiranças no Planalto do que de água em Marte. É nesse sentido que o projeto de poder do PT-Federal é débil, pueril no seu deslumbramento.
Quem viu os 15 segundos de fama do doutor Waldomiro no Jornal Nacional conheceu seus métodos de negociação. Essas pessoas merecem saber que, além do comissário José Dirceu e de seus secretários-executivos, só quatro funcionários da Casa Civil tinham acesso às senhas capazes de entrar no banco de dados onde os companheiros listam o que se faz, o que se pede e o que se promete à custa da Viúva.
Waldomiro Diniz tinha uma utilidade. Era instrumento do poder de José Dirceu. Feita essa constatação, cabe a seguinte pergunta: para que serve o poder de José Dirceu, além de alimentar as conversas a respeito do tamanho do poder do comissário José Dirceu?
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CLÓVIS ROSSI

O lugar do PT
MADRI - Dizem que a visão da forca concentra a mente. Se é verdade, não está funcionando no caso do PT. Uma de suas mais brilhantes e lúcidas intelectuais, a filósofa Marilena Chaui, capota bravamente nos seus argumentos em defesa do partido, tal como antes o fizeram companheiros seus menos filósofos.
No artigo ontem publicado pela Folha, Chaui começa capotando no relato dos fatos: diz que o PT está sendo acusado por "um episódio envolvendo o casal Garotinho, em 2002". Só a data é verdadeira: o episódio envolve também financiamento de campanha para candidatos do PT (Geraldo Magela, no Distrito Federal, e Benedita da Silva, no Rio). Envolve, ademais, um funcionário intimamente ligado a José Dirceu, que o indicou aos Garotinho, e que trabalhava até a semana passada no mesmo palácio do presidente da República.
Depois, a filósofa petista reclama que os defensores da ética na política, em vez de denunciarem o caso, se dediquem a discutir o financiamento de campanha. "É um segredo de polichinelo como são financiadas as campanhas eleitorais no Brasil", diz.
Perfeito. Pena que o "segredo de polichinelo" tenha, agora, feito do PT a sua vítima (e sabe-se lá para que outras campanhas Waldomiro Diniz não pediu dinheiro a bicheiros).
Pena também que, apesar de o Instituto da Cidadania, outrora presidido por Lula, ter apresentado proposta de reforma política, como menciona a filósofa, ela omite que o governo do PT não fez o menor esforço para levá-la adiante.
Diz a filósofa que "a questão não é a ética na política nem a reforma política, e sim a disputa simbólica para destituir o PT do lugar que ocupa". É claro que sempre haverá quem queira destronar o PT dos lugares reais e simbólicos que ocupa, mas a argumentação fica capenga quando deixa de mencionar que as denúncias não são vazias, mas decorrentes do "lugar" em que o PT está se colocando, em todos os campos, político, econômico, social e, agora, ético.
Fatos podem atrapalhar a filosofia, mas continuam sendo fatos.
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ELIO GASPARI

O Boi Voador da reforma política
O pessoal da São Clemente exagera quando diz que "aqui tudo foi tramado para virar esculhambação", mas, se a patuléia não se cuidar, o PT-Federal vai lhe vender um Boi Voador.
Num país onde o andar de cima come os juros reais mais altos do mundo e o de baixo grama uma das maiores taxas de desemprego de sua história, o comissariado petista sonha com uma nova agenda para o debate nacional. Seria o caso de esperar que nessa agenda alguém cobrará de Lula o "espetáculo do crescimento" prometido para julho passado. Faltam dois dias para que o IBGE anuncie que 2003 foi um ano de contração da renda per capita dos brasileiros. A nova agenda nada terá a ver com a ruína do 11º ano de predomínio da ekipekonômica. Ela pretende ludibriar o país por meio de um Boi Voador que se denomina reforma política.
Seus pilares são dois. O primeiro é a instituição do sistema de financiamento público das campanhas eleitorais. Essa proposta destina-se a tirar dinheiro do bolso da patuléia para pagar campanhas eleitorais dos maganos sem que se desative um só esquema de corrupção e de fraude vigentes. Hoje, candidatos recebem (ou tomam) doações legais e ilegais. Pagam suas despesas com uma contabilidade de duas caixas. No caixa dois está o grosso das despesas de marquetagem e de produção de programas de televisão. Quase sempre, gastos com aviões e automóveis.
Há candidatos que, além de receberem doações ilegais, embolsam uma parte desse dinheiro. Quem sabe, garante: para cada real registrado na Justiça Eleitoral, houve outro, voador. Numa campanha vitoriosa, de cada três reais que entram nos últimos 90 dias, pelo menos um voa para outro lugar.
Se for instituído um sistema de financiamento público de campanhas, tudo continuará igual, com a diferença de que tomarão algumas centenas de milhões de reais à patuléia para a montagem do teatrinho da moralidade.
Admitindo que essa modalidade de financiamento estivesse em vigor, Waldomiro Diniz deixaria de pedir dinheiro a Charlie Waterfalls? É sempre bom lembrar que o doce Wal achacava o bicheiro dizendo-se arrecadador de duas candidatas, rivais.
Se o PT e os demais partidos estão falando sério, em vez de queimar dinheiro dos impostos para financiar seus candidatos, devem mostrar que cumprem a lei. Podem provar que o fazem, já na campanha municipal deste ano. Basta oferecer ao eleitorado prestações de contas diárias. Podem também divulgar os custos da produção de cada um de seus programas de televisão. Inclusive os salários (reais) dos marqueteiros.
O segundo Boi Voador da reforma política é a proposta de instituição do sistema de votação em listas. Em bom português, ele se destina a cassar o direito da choldra de votar no Enéas Carneiro ou no José Genoino. Numa versão radical, e improvável, a malta ignorante seria encarregada de escolher apenas o partido, Prona ou PT, no caso. Daí em diante, prevaleceria a ordem na qual os candidatos foram colocados na lista. O sujeito poderá votar no PT pensando em eleger o deputado Chico Alencar, mas a lista, montada pela caciquia, poderá estar organizada de maneira que o seu voto irá para um candidato parecido com o Professor Luizinho.
Pode-se chegar a um sistema híbrido, no qual apenas uma parte da bancada será preenchida pela lista partidária. Em qualquer caso, com a proteção do comissário José Dirceu e com o prestígio que adquiriu nas suas negociações no Congresso, Waldomiro Diniz ganharia uma cadeira de deputado num sistema de listas. Pelo método atual, dificilmente ele conseguiria 10 mil votos. Com a reforma, teria proteção suficiente para ser colocado no topo da lista de algum partido da base aliada do PT Federal.
O Boi Voador do comando parlamentar petista é mais abusado do que o da São Clemente.
Os comissários querem que a choldra acredite que o sistema de representação popular melhorará se ela aceitar duas tungas. Numa, tomam-lhe dinheiro dos impostos para engordar candidatos. Noutra, confiscam-lhe o direito de votar em quem bem entende.
:fudido:
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Postby mends » 03 Mar 2004, 08:50

ELIO GASPARI (comentado entre smiles)

A economia Curupira do Banco Central
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou que a economia nacional deverá crescer 3,5% neste ano. Em janeiro do ano passado ele prometia um crescimento de 2,8%. Deu -0,2%. Ou seja, se em janeiro do ano que vem o IBGE anunciar que 2004 fechou com um crescimento de 0,5% do PIB, ninguém poderá reclamar, pois o desempenho estará dentro da margem de erro do doutor. Quando ele trabalhava em banco americano, não era doido de fazer uma coisa dessas.
<_< que coisa dessas? falar um número e dar outro? Ninguém nunca viu isso em uma empresa? <_<
Na segunda-feira, o presidente do Banco Central deu uma aula de economia (em português hermético), monologando com um "interlocutor imaginário" ao qual ensinou que o caminho para a recuperação "passa pela capilarização dos efeitos da política monetária, que começa justamente em setores mais sensíveis ao crédito, se transmite em seguida à demanda por bens intermediários e, a partir do aumento dos níveis de produção desses setores, acaba induzindo um aumento da massa salarial". Ou não. Nos últimos nove anos, os efeitos da política monetária secaram as veias da escumalha, arruinaram as empresas, reduziram a massa salarial e produziram os maiores índices de desemprego dos últimos 20 anos.
A aula do doutor Meirelles foi inquietante. É um texto tenso, encalacrado, como muitos monólogos com interlocutores imaginários. Quem tem o gosto de ler os serenos pronunciamentos de Alan Greenspan, o presidente do Banco Central americano, atemoriza-se diante de Meirelles. Ele bota medo nas pessoas. Ao fim de sua exposição, ensinou:
"É necessário resistir ao apelo fácil dos cantos de falsas sereias que nos convidam a repetir os erros do passado. Trazer de volta déficits primários e baixar os juros artificialmente, sem reduzir de forma consistente o risco Brasil, seria repetir a mesma série de desastres vivida pela economia brasileira nas últimas décadas. Não é isso que espera de nós a sociedade brasileira. Não é isso o que faremos".
O doutor produziu uma peroração de mitingueiro estudantil. Pelo seguinte:
Qualificou como catastróficas as conseqüências de uma política diferente da sua, mas quem produziu catástrofe em 2003 foi uma ekipe da qual faz parte Henrique Meirelles. Os juros altos de Meirelles não são necessariamente reais e os dos outros também não são necessariamente artificiais. Sabe-se apenas que os dele são ruinosos.

;) Não tenho competência pra julgar uma decisão do Copom, mas como 99% dos economistas são só pitaqueiros, aqui vai o meu pitaco: o Brasil não precisa de juros tão altos porque a inflação do páis não é uma inflação de demanda. Ponto. A inflação é simplesmente um imposto informal que o Estado nos cobra. Os juros podem baixar sim. Eles não baixam por conta da meta de inflação, ou seja, a meta é de 5,5 % ao ano, e no segundo mês temos 1,5% de acumulado. Faltam 4% pra dez meses, então arrocha a economia pra dar esses 4% (obviamente isso é uma conta de padeiro). Agora, porque a meta é necesssariamente a correta? Porque não 8% (a inflação no ano de 2003 parece que foi de 12%, oito já tava bom)? Porque não 5,45? Acho que o Meirelles esqueceu que é engenheiro... :(

Referiu-se aos "desastres" das "últimas décadas". Não disse quantas são as décadas. Se são duas, tudo bem. Além daí o doutor não deve ir. Em 1974 o Brasil crescia a 10% ao ano.
:angry: com dinheiro barato de poupança externa!!!! Os juros nos EUA eram baixíssimos, pegávamos dinheiro a rodo - porque qualquer coisa era mais que a remuneração dos bonds do Tio Sam. Só que aí veio a primeira crise do petróleo, o Dick Vigarista (Richard Nixon para os íntimos) quebropu unilateralmente o acordo de Breton Woods e desatrelou o dólar do ouro, e desde então o mundo trabalha pra americano gastar. Em 1974 o Delfim simplesmente fraudou a contabilidade nacional, o governo controlava até que caminhão ia pra qual supermercado - e não sou eu quem digo, é o próprio Gaspari em seu último livro - e o Brasil continuava pegando dinheiro, mas agora pra comprar petróleo. Veio a segunda crise do petróleo, e , em 1979, os EUA, precisando de capital por conta dessa segunda crise, pôs o juro de seu bond, que era de 0,5% aa, a 19,5% aa. Se a minha vó tivesse grana, até ela ia pra bond. O Brasil quebra em 1982, pq agora tem uma dívida impagável. Resumindo o que quero dizer: não adianta nada crescer 10% aa com poupança externa; mas tb não ajuda ter um juro estratosférico e tirar todo o dinheiro do mercado, sem deixar grana pra investimento, empreendedores etc.
Agora, corremos o mesmo risco histórico: os juros vão aumentar no Brasil, pq o Greenspan vai aumentar os juros ´nos EUA, como ele disse ontem...não vamos ter pra onde correr, o Lulão vai despencar em popularidade e nosso colega politreco vai, infelizmente, quebrar a cara....e o pior é que ele copia os caras da PUC - RIO!!! :fear:

Se Meirelles faz contas com a mesmo lógica com que sustenta seus pontos de vista, o Brasil vai à breca. Não há "falsas sereias". Como elas não existem, não podem ser verdadeiras. Seria como dizer que o Banco Central e o Ministério da Fazenda foram tomados por falsos Curupiras que ensinam o caminho errado a Macunaíma.
:D :D :D :D

Há algo de Curupira no no governo de Lula, no doutor Meirelles e nos seus ilustres colegas de ekipekonômica. O indiozinho peludo de dentes verdes da sabedoria indígena brasileira ilude os caçadores porque tem os pés voltados para trás. Pensa-se que ele foi para a frente e ele andou para trás. Como o governo, que em janeiro do ano passado anunciou um crescimento de 2,8% do PIB, prometeu um "espetáculo do crescimento" para julho e fechou o ano com uma contração econômica de 0,2%.
Meirelles é um veterano Curupira. Em janeiro de 1999 ele dizia que em 2001 e 2002 o Brasil cresceria a taxas de 7% ao ano. Não se chegou a 2%.
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