Americans...

Algo a contar sobre o mundo além da sua janela? Dunas do Nordeste, Floresta Atlântica, Serra Gaúcha, Micronésia...

Postby mends » 20 Jan 2007, 10:55

Sorocaba não é sertão


Sorocaba não, mas meu pai é de Castilho, a terceira cidade mais rica do entorno de Andradina... :P
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 20 Jan 2007, 10:57

Ah ta´, já começamos a nos aproximar da potência Bebedouro. :lol: :lol: :lol: :lol:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 20 Jan 2007, 11:01

voltando pro estágio: pra não dizer que é impossível alguém do undergrad fazer estágio, se você for filho de financista e estudar em COlumbia com major em Finance, talvez você arranje um summer não remunerado com seu daddy :P ou se você fizer faculdades do meião pra baixo do ranking top 100 (100 universidades!), como um cara que conheço, em um estado marromenos, num county bem pequenino, com um banco, talvez vc consiga fazer algo, também não remunerado...
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby Danilo » 20 Jan 2007, 22:56

...a menos que vc tenha uma fellowship/seja um fenômeno.


Mas nós somos uma fellowship. O Wagner que disse. Aeeeeee, tamo tudo garantido!
:step:
User avatar
Danilo
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 3230
Joined: 10 Sep 2003, 22:20
Location: São Paulo

Postby mends » 21 Jan 2007, 07:19

fellowship, nesse caso, é bolsa de estudos
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 21 Jan 2007, 09:36

O que, a Saidera agora tá dando bolsas ?? :lol: :lol: :lol: Foi mal o "americanismo" (Fora USA, viva Chávez, etc) :lol: :lol: :lol:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby junior » 21 Jan 2007, 09:38

Curiosidade que me ocorreu, Mends: sendo discípulo do "Sócrates do sertão", vc é algo como "Platão do Sertão"?? :cool: :cool:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 21 Jan 2007, 12:27

essa é realmente nerd :lol: :lol:
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 21 Jan 2007, 14:31

essa é realmente nerd


Obrigado ?? :blink: :blink: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 24 Jan 2007, 10:04

Antiamericanismo: o recalque do oprimido*
Edward Gibbon: ele entendeu o Império Romano. E pode nos tirar da ignorância

A invasão do Iraque evidenciou que o antiamericanismo pulsa no mundo como um recalque do oprimido. À menor possibilidade, aflora, exacerba-se, ganha as ruas, os sites, a mídia. A “velha Europa”, na expressão de Donald Rumsfeld (a terceira das Parcas), limpa o sangue derramado nos últimos dois séculos para entoar uma cantilena que faz a mímica do pacifismo. As ditaduras muçulmanas ameaçam alçar Samuel Huntington ao panteão de segundo profeta e acenam para o Ocidente com um choque de civilizações. No Brasil, até a CUT esconde sua vergonhosa e pusilânime subserviência ao governo Lula com um grito de guerra: “Imperialistas, fora do Iraque! Não se troca sangue por petróleo”.

Tais reações têm um pretexto bastante verossímil: cada um dos motivos alegados por George W. Bush para empreender a sua expedição punitiva a Bagdá foi desmoralizado pelos fatos. Restou a obviedade de que Saddam Hussein era um ditador. Ok, mas, como ele, quantos há? E a grande maioria formada por aliados de Washington. É preciso, para que se possa avançar, fazer a distinção entre a razão prática dos Estados e governos e a voz rouca das ruas, eventualmente irmanadas no mesmo antiamericanismo.

A Jacques Chirac, por exemplo, pouco importa a moralidade do ato americano — e a melhor prova é a lei de imigração que ele defende para a França. Não é um humanista; quer-se estrategista. Seu interesse objetivo é organizar um pólo europeu de resistência a uma bipolaridade que os estudiosos americanos já dão como certa. Em trinta anos, restará um adversário dos Estados Unidos no planeta: a China, que cresce a uma taxa entre 7% e 9% ao ano e poderá concentrar, no prazo dado, 25% do PIB mundial. Chirac e alguns outros líderes forçam para que se crie um triângulo e querem atrair a Rússia — que passaria a ser européia pela primeira vez em sua história — para esse terceiro vértice europeu.

As ditaduras muçulmanas, especialmente as árabes, cobram a ajuda do “porco imperialista” para conter seus fundamentalistas, mas rejeitam os “valores decadentes” do Ocidente, como a democracia. Até o governo brasileiro tirou uma casquinha. Num discurso contra a guerra, o presidente Lula conjugou o verbo quatorze vezes na primeira pessoa. Duda Mendonça não teve dúvida: “A nossa guerra é contra a fome”. Os Estados Unidos, ao menos, venceram a deles...

Já a reação das ruas, essa foi pautada, claro!, por bons sentimentos, mas também por recalque e ignorância, compartilhados, muitas vezes, por todos nós — a menos que estivéssemos ideologicamente convencidos de que se travava no Iraque um dos prenúncios do Armagedon. A
verdade é que, cidadãos comuns, repugna-nos a constatação de que os impérios têm uma essência amoral. Tendemos a reagir mal à obviedade de que, não impusessem a sua vontade, seriam outra coisa. O nosso primeiro impulso, anterior à compreensão, é o furor judicioso, a sentença moral. Cada bomba que caía sobre Bagdá parecia querer confirmar a impressão de que os Estados Unidos só chegaram a ser a maior potência da Terra porque se impuseram pelo terror, pela guerra, pela morte, pela violência, pelo assassinato, pela força, pelas armas. E tudo isso é mentira! Reagíamos como tolos, embora as nossas motivações fossem boas e justas — tolice e boas intenções não se excluem e costumam arder juntas no inferno.

Aqui, é forçoso lembrar Edward Gibbon (1737-1794) e de sua magnífica obra Declínio e Queda do Império Romano. Num dado momento, o autor aborda o que chama “tríplice aspecto” sob o qual “o progresso das sociedades” pode ser avaliado: 1) o talento extraordinário e individual; 2) a formação de indivíduos ou pequenos grupos voltada para a conhecimento; e, finalmente, o terceiro aspecto, de que reproduzo alguns trechos: “(...) Felizmente para a humanidade, as artes mais úteis (...) podem ser exercidas sem a necessidade de talentos extraordinários (...), sem os poderes de um só ou a união de muitos. (...) Desde a descoberta primeva das artes, a guerra, o comércio e o ardor religioso difundiram entre os selvagens do Velho e do Novo Mundo esses dons inestimáveis. Eles se propagam aos poucos e jamais poderão perder-se. Podemos, portanto, chegar todos à aprazível conclusão de que cada época da história do mundo aumentou e continua a aumentar efetivamente a riqueza, a felicidade, o saber e quiçá a virtude da raça humana”.

O autor se debruçou sobre treze séculos de um império que conjugou domínio territorial e inquestionável poder de impor uma visão de mundo, o que se estendeu das artes à religião, passando pelo direito. Nem guerras amorais nem imperativos éticos o impediram de reconhecer
que, com ou sem gênios individuais, o sumo das conquistas dos impérios restou para a espécie humana. Quantos de nós, os humanistas de pé quebrado, temos claro que a tecnologia de guerra serviu — e serve ainda, a exemplo da Internet — para prolongar e tornar ainda mais venturosa a trajetória humana na Terra? Quantas foram as conquistas científicas que o capital americano (ou a concupiscência da indústria farmacêutica) gerou neste tempo e quanto isso contribuiu para elevar a expectativa de vida mesmo em países pobres como o Brasil?

Uma nação que se negasse a pressionar Kruchev com o fim do mundo, na chamada crise dos mísseis cubanos, ou que se abstivesse de impor sua vontade a Bagdá teria feito o primeiro transplante de coração ou reproduzido, desta feita no éter, as grandes navegações do século XVI? Um Portugal ou uma Espanha que reconhecessem os valores dos “povos da floresta” teriam se lançado ao mar? Um líder que tivesse obedecido ao princípio senatorial e se deixado intimidar pelo Rubicão teria nos legado o direito romano como herança? A única nação com poder de dissuasão e de ataque forte o bastante para impor sua vontade deveria se eximir de fazê-lo como se o que existe — o seu poderio — devesse ainda reivindicar o estatuto de realidade de fato?

Reparem, leitores, não estou aqui a defender os Estados Unidos, muito menos o horror da guerra. Se tenho de matar uma barata, luto entre minha hesitação e sua repugnante rapidez. Ocorre que faz crer o antiamericanismo de ocasião, formado por verdadeiros “anticândidos” consumidos pela ignorância e pelos bons sentimentos, que rumamos para o pior dos mundos, para o abismo. Junto com Gibbon, apesar de tudo, convido-os a distinguir uma linha inextinguível de contínuo aprimoramento da civilização humana. Quando foi mesmo que a espécie viveu dias melhores? A saudade do que não tivemos, o Eldorado perdido, nem mesmo reacionária é. É só uma bobagem.

Sim, o mundo parece ser maior e mais complexo do que pode alcançar a compreensão de George W. Bush. O ataque ao Iraque, sem a clara concordância do Conselho de Segurança da ONU e por motivos comprovadamente mentirosos, jogou as nações num vazio jurídico. É tudo verdade. Mas Gibbon nos socorre e nos faz lembrar que a tragédia da vez pode ser uma quase aborrecida repetição de circunstâncias, preenchida com atores novos. É claro que isso não absolve os Estados Unidos de um ato imoral. Mas nem a guerra nem seus desdobramentos são julgados por tribunais morais, ainda que assim eles se queiram. Considero um imperativo ético que todos prefiramos a paz à guerra, desde que a primeira não seja a qualquer preço. Ameaças finalistas sempre semelham o apocalipse brandido por profetas de si mesmos.

Temos muito a aprender com aquela mesma América onde Tocqueville concluiu que os males da democracia se curavam com ainda mais democracia — e, quem sabe?, algo a ensinar. Sobre o antiamericanismo, crescente também por aqui, talvez nos cumprisse responder por que, tendo tão poucos motivos para nos identificar tanto com o “agressor” como com o “agredido”, escolhemos logo a “vítima”. Mas isso fica para outra hora.

* Originalmente publicado na revista BRAVO! nº 69, de junho de 2003. Integra o livro Contra o Consenso (Editora Barracuda)
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 25 Jan 2007, 17:36

essa foi engraçada...

estou estudando* uma viagem ao Tio Sam, com a famiglia. Ni qui qui estou cotando hotel, neguinho fala: "mas por que o senhor quer ESSE hotel? Ele não é pra brasileiros! Lá só fica americano, porque não tem serviço de quarto, tem cozinha montada, cafeteira, geladeira, quase nenhum** conforto! Brasileiro gosta de sombra e água fresca, quem quer trabalhar toda hora é americano"

*significa que estou "counting pennies" pra ver se consigo tirar umas férias decentes

**vendo as fotos na net, fiquei com a impressão contrária: silencioso, bem decorado, aconchegante, e com arrumadeira, que é o único conforto indispensável
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 26 Jan 2007, 18:27

De mendigo a milionário
A incrível história de Chris Gardner, o
sem-teto que virou corretor da Bolsa,
acumulou US$ 600 milhões e agora
tem sua vida contada em livro e filme
Por Osmar Freitas Jr. – Nova York

É bem provável que o mundo tenha perdido um grande trompetista de jazz
quando o americano Chris Gardner, 52 anos, compreendeu que ele não
poderia ser outro Miles Davis – um dos deuses do gênero. “Estudei
trompete por dez anos. Minha meta era ser Miles. Mas minha mãe me disse
que o posto de Miles Davis já estava ocupado pelo original e que eu
jamais seria ele”, diz.

O consolo foi abraçar outro sonho: o de ganhar milhões de dólares. E os
Estados Unidos ganharam um excepcional financista e, ainda mais
importante, um mito inspirador. Afinal, são poucos os que, como Gardner,
saltaram da condição de miserável sem-teto para a de milionário,
tornando plausível a promessa do “sonho americano” de oferecer infinitas
possibilidades a quem tem força de vontade, caráter e senso de
oportunidade. Além de sorte, claro. Contada por ele no livro /The
pursuit of happyness/ (À procura da felicidade), a história de Gardner –
bem conhecida dos americanos – deve ganhar o mundo com o filme homônimo
estrelado por Will Smith e seu filho Jaden (estréia no Brasil em 2 de
fevereiro).


Trata-se da saga de um homem desempregado, abandonado pela esposa,
tornado pai solteiro, mendigo, carregando o filho pequeno para os
abrigos de sem-tetos, bancos de jardins e até banheiros públicos,
ocupados à força para servirem de dormitório à dupla. Até que, com muito
esforço e espírito empreendedor, Gardner consegue reverter esse estado
de penúria para uma situação de riqueza, respeitabilidade e de fama.
Hoje, ele tem uma fortuna estimada em US$ 600 milhões. Essa metamorfose,
claro, dependeu de uma confluência de fatores que raramente se alinham.
“Acho que somente nos Estados Unidos a minha história não é considerada
uma anomalia. É claro que em outros países algumas pessoas conseguem
repetir, ou mesmo superar, conquistas como as minhas. Mas são exceções
que confirmam a regra que aponta esta nação como a verdadeira terra das
oportunidades”, diz Chris Gardner, sentado atrás da mesa de conferências
de sua empresa Christopher Gardner International Holdings, em Chicago. A
peça de mobiliário, note-se, foi em outra encarnação a cauda de um avião
DC-10.


Nos anos 80, Gardner vivia em San Francisco, onde trabalhava com venda
de equipamentos médicos. Um dia, ele viu um sujeito numa Ferrari
vermelha procurando vaga num estacionamento no centro da cidade.
Impressionado com a máquina, ele ofereceu a sua vaga. “Falei para ele,
você pode estacionar no meu lugar, mas me responda duas perguntas: O que
você faz? E como você faz?” O dono da Ferrari disse que era corretor da
Bolsa de Valores, vendia ações e faturava US$ 80 mil por mês – uma
verdadeira fortuna na época. Ali, no ato, surgiu a inspiração indicando
o caminho do ouro: “Naquele momento tomei duas decisões: entrar no
negócios de ações e comprar uma Ferrari no futuro”, conta Gardner.


Ele acabou perdendo o emprego, mas não a perspectiva. Depois de muita
insistência, Gardner finalmente conseguiu ser colocado como estagiário
não remunerado numa corretora da Bolsa de Valores. Esta primeira
tentativa, porém, não traria sucesso. O homem que lhe ofereceu o
treinamento saiu da empresa e, da noite para o dia, fecharam-se as
portas para o protegido. Novamente desempregado e com US$ 1.200 em
multas de trânsito sem pagamento, Gardner foi parar na cadeia. Sua
mulher – numa das piores decisões financeiras de que se teria notícia –
o deixou a ver navios com o filho deles, Chris Jr., então com dois anos.

Suas economias se resumiam a US$ 25 no bolso. Seria o suficiente para
fazer uma pessoa começar a beber. “Meu padastro era alcoólatra,
fracassado, ressentido e violento. Por isso eu não bebo até hoje”,
conta. Se era suficiente para comprar dois litros de uísque, o dinheiro
não dava para pagar o aluguel. Sem casa, pai e filho montaram residência
provisória no banheiro da estação rodoviária de Oakland – uma espécie de
Niterói da região. E foi no toalete, ainda hoje em funcionamento, que o
futuro milionário teve uma epifania: “Neste mundo existem dois tipos de
pessoas: aqueles que vêem um monte de estrume e o identificam como merda
e os que reconhecem ali uma boa quantidade de fertilizantes.” Com essa
idéia na cabeça, Gardner passou a sair pelas ruas em busca de seu monte.

Depois de muito penar, ele teve outra oportunidade no programa de
treinamento da corretora Dean Witter Reynolds. “Eu não ganhava nada.
Meus colegas não sabiam que de noite, meu filho e eu dormíamos em
abrigos de mendigos, banheiros e parques”, disse Gardner a ISTOÉ. A
situação, embora considerada por ele como “promissora” – segundo a
“teoria dos fertilizantes” –, não era nada confortável. Mas em 1981 ele
finalmente obteve a licença para operar oficialmente na Bolsa de
Valores. Imediatamente, encontrou emprego na conceituada firma Bear,
Stearns & Company, trabalhando primeiro na área de San Francisco e
depois em Nova York. De lá para diante, deslanchou e nunca mais parou. A
primeira Ferrari de Gardner foi comprada de segunda mão. E não poderia
ter passado por mãos mais significativas: pertenceu ao maior gênio do
basquetebol, Michael Jordan. Pode ter sido um sinal de sorte. A
aquisição foi feita nos anos 90, em Chicago, onde, como empresário
independente, Gardner já havia montado banca para lidar com ações
futuras de /commodities/. “No filme essa trajetória mudou um pouco, para
melhorar a narrativa. Mas a essência é a mesma do livro”, diz o
protagonista.

Os Estados Unidos têm fixação com a história de Cinderela, fascinados
pela possibilidade de alguém sair da pobreza e ficar rico. É o conto de
fadas que explicita o chamado /american way of life/. Christopher
Gardner é apenas mais um exemplo desse mito. “Aqui é a terra das
oportunidades. Quem se empenhar e trabalhar duro tem boas chances de se
dar bem”, explica a apresentadora de televisão Oprah Winfrey. Ela é a
voz da experiência. Nascida na miséria há 52 anos no paupérrimo e
racista Estado do Mississippi, filha de mãe solteira, acabou se
transformando na mulher negra mais rica da história do país, tem o
programa de maior popularidade da tevê e é uma das empresárias de maior
poder no mundo. Por seu sofá no estúdio de gravação passaram outros
símbolos do /american dream/, como Michael Jackson, o próprio Chris
Gardner e o senador Barack Obama, de Illinois, que disputa a nomeação do
Partido Democrata à Presidência. “Isso não que dizer que nos livramos do
preconceito racial. O racismo existe nos EUA, é um mal que impõe carga
insuportável aos oprimidos e atrapalha a realização dos sonhos de cada
um”, ataca Obama. Chris Gardner, o vencedor, concorda. E diz que vai
votar em Obama.

*US$ 25* é quanto Gardner tinha quando ficou desempregado.
Hoje sua fortuna é estimada em *US$ 600 milhões*
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 01 Feb 2007, 09:16

BEARS! BEARS! BEARS! BEARS! BEARS! BEARS! BEARS!

In Fowler, Ind.,
The Super Bowl
Is a Civil War
Equidistant From Chicago
And Indianapolis, a Bar
Has Its Line of Scrimmage
By ELIZABETH HOLMES
February 1, 2007; Page A1

FOWLER, Ind. -- As Sunday's Super Bowl approaches, the battle line between fans of the Chicago Bears and fans of the Indianapolis Colts runs right down the middle of the 100 Mile Rib & Chop House.

The 80-year-old restaurant and bar here, named for its location, is about 100 miles from Indianapolis and 100 miles from Chicago. With the Chicago Bears and the Indianapolis Colts set to face off in the big game, the restaurant is girding for open intra-bar warfare, and working hard to aid and abet both camps.


Owner John Hoskins has divided the 100 Mile House into two zones. The north side is marked by a 4-foot-tall stuffed bear wearing the Bears' navy-and-orange jersey. On the south side stands a 6-foot-wide inflatable Colts player in a three-point stance, on loan from an employee who got it as a wedding gift. Team posters and flags are plastered on either side. The bar runs the length of the room.

The 100 Mile House was particularly rowdy the last time the Bears and Colts played each other -- a 41-10 Colts rout in Chicago in 2004, recalls Mr. Hoskins, a 49-year-old Dallas Cowboys fan. "It drew more people than normal on both sides," he says. "But it was nothing like this."

Once a bustling town that was proud to have eight gas stations, Fowler is now a sleepy place 20 minutes from the interstate. Visitors to Fowler driving in from the north see a big new sign cheering "Go Bears." Drivers from the south see the other side: "Go Colts."

The rivalries at the 100 Mile House reflect the complicated relationship between sports fans and their teams in northwest Indiana. Before the Colts moved to Indianapolis from Baltimore in 1984, this was Chicago Bears territory. Locals had a strong bond with one of the oldest and most storied franchises in the National Football League. And in the first few years after the Colts arrived, it remained that way.


This year's Super Bowl brings out split loyalties at the 100 Mile Rib & Chop House in Fowler, Ind.
But since the Bears won their first Super Bowl in January 1986, they have had up-and-down seasons. As the years passed, more and more Bears fans at the bar peeled off and switched to the Colts, who were led in the late '80s by star running back Eric Dickerson.

There were other issues that drew away Bears fans: One bar regular, Jeff Copas, a 42-year-old laboratory technician for Fowler's waste-water department, says he became a Colts fan because his satellite TV aired only Colts games.

The Colts ties grew stronger in the past few years. Since 2002, the Colts have been in the playoffs, with the team's quarterback, Peyton Manning, becoming one of the most exciting passers in football history. Now, Mr. Hoskins figures, roughly three-quarters of the bar's patrons are Colts fans.

The 100 Mile House has evolved, too. Local legend has it that mobsters would retreat to it in the 1920s for drinks when things got too heated in Chicago. Then called Chesterton's, the bar changed its name to the 100 Mile House in the 1940s.

The bar fell into disarray in the early 1990s and changed hands several times. After Mr. Hoskins bought it in 1995, he says he sometimes would sit with the cook or bartender, when there were few customers, and watch football. As he made friends in the community, business picked up. After he spent $65,000 on remodeling and put in a 50-inch TV, the bar became the place to watch Colts and Bears games.

Now, the 100 Mile House -- with five television screens and a 22-ounce draft beer for $2 -- is the closest thing around to a sports bar. It is one of just seven places to buy a drink in this farming community of about 2,400.


Mr. Hoskins, a native West Virginian, says this year's Super Bowl is a win no matter which team prevails -- though he says Colts fans are bigger tippers. One of his bartenders set a record for tips -- $337 -- on Jan. 21 during the conference playoffs, when the Bears and Colts played back-to-back games the same day.

Some patrons have tried to stir up the rivalry. Mr. Copas, the erstwhile Bears fan, strolled into the bar last weekend wearing a Bears sweatshirt while his Indiana-born wife, Kami, sported a Colts shirt. "She dug this out just to cause problems," Mr. Copas said of his Bears garb.

The couple drew jeers from other patrons as they sat down. Mrs. Copas, a 36-year-old deputy clerk treasurer for the town, tried to defuse the barbs by situating her husband directly on the dividing line.

Some customers just can't make up their minds. Wally Parham, 57, is a former Dallas Cowboys fan whose wife is from Fowler. As he sat at the end of the bar last Saturday drinking Crown Royal and 7 UP, he grew more conflicted. "I hope the Bears win. I hope the Colts win," said Mr. Parham, who works at a company here that makes popcorn bags. "I'm all confused."

Dave Pitstick, a part-time 100 Mile bartender and former Cowboys fan, has no such conflict. A 32-year-old shipping supervisor of a local company that makes iron poles for bird feeders, Mr. Pitstick last Saturday bleached his hair, shaved part of his head, and ended up with a Mohawk on top and a bright blue horseshoe -- the Colts insignia -- in back.

Adjusting slowly to the new look, he kept on his Colts baseball cap for most of the afternoon. When he finally brandished his hairdo to customers, his wife, Linda, sat nearby, amused. Teased Mr. Hoskins: "And you thought he couldn't be any more of an idiot."

Ryan Besse, a longtime customer and Bears fan, is a childhood friend of Mr. Pitstick's. This year, as the Bears and Colts vied for top spots in their respective conferences for much of the season, the two men's disagreements have grown more intense. On Sunday, Mr. Besse will watch the pregame festivities at the 100 Mile House, but he plans to flee to a friend's house for the game itself.

"We get into it pretty heated at times," said Mr. Besse. Mr. Pitstick chimed in: "I wouldn't be surprised if somebody got punched."

The bar's physical divide for Sunday's game is inconveniencing some regulars. One is Scott Dice, a former car salesman and Bears fan who boasts about a collection of sports memorabilia that includes the autograph of Dick Butkus, the famous former Bears linebacker. Now, his regular spot at the bar happens to fall on the Colts side.

But he's refusing to budge: "That's not my fault," he bristles about his situation. "They did that to me."
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 02 Feb 2007, 09:17

Iluminismo antiiluminação
Os franceses são mesmo encantadores... Decidiram fazer o maior sacrifício de que são capazes contra o aquecimento global: apagar a Torre Eiffel por cinco minutos. O capitalismo tremeu nas bases. Imagino a humilhação de Bush, o ogro do Protocolo de Kyoto, quando ficou sabendo de tamanha doação dos franceses à causa.

http://www.reinaldoazevedo.com.br
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 02 Feb 2007, 12:40

Que é isso, rapaz? Apagaram tudo aqui na Europa por 5 minutos (iniciativa francesa, claro, mas que os demais seguiram: aqui na espanha apagaram os principais monumentos também, e vi que na Alemanha, Itália, etc, também) :merda: :merda: :merda: :merda: ;( ;( ;(

Isso sim é que é protesto de europeu: não serve para nada que não auto idolatria, achar que está melhorando o mundo... Se é para ser a favor do protocolo, que vão lá brigar com o GB, caraio!!
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

PreviousNext

Return to Da esquina até a estratosfera

Who is online

Users browsing this forum: No registered users and 0 guests

cron