Americans...

Algo a contar sobre o mundo além da sua janela? Dunas do Nordeste, Floresta Atlântica, Serra Gaúcha, Micronésia...

Postby mends » 05 Feb 2007, 10:23

Infelizmente, pra mim, os Colts ganharam, depois do Chicago ter ficado 21 anos sem chegar ao Super Bowl...

E parecia que o Chicago iria surrar o Colts, pois fez um touchdown na recepção do chute inicial do colts, com uma corrida espetacular do Devin Hester, que é rookie, por 90 jardas. E quando entrou, “White Shark” Urlacher mostrou por que é um dos maiores comandantes de defensive line de todos os tempos. E, mesmo no finald o segundo quarto, com o jogo truncado, pareceia que ia dar, com o Vinatieri mandando um chute pra fora, numa tentativa de field goal. Mas o “nosso” quarter-back, o Grossman, não jogou nada, e Peyton Manning, o quarter-back dos caras, acabou com o jogo, com passes incríveis em movimento (poucos qb fazem isso bem). O cara tirou meu time da AFL (American Football League) do Superbowl, o New England Patriots (o colts foi o campeão da AFL), e derrotou o meu time da NFL, o Bears. O cara parece o Raí...
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 12 Feb 2007, 18:46

Gore Vidal está gagá
O Brasil talvez seja um dos últimos países do mundo em que ainda se dá uma pagina inteira de jornal a Gore Vidal, a exemplo do que fez a Folha de S. Paulo nesta segunda. Além de não ter mais nada de interessante a dizer, está gagá. Por mais que se esforce, ele jamais conseguirá produzir nada tão indecoroso quanto o artigo escrito logo depois dos atentados de 11 de Setembro. Procurem na Internet se tiverem curiosidade. Não será difícil de achar. Aos terroristas, quando muito, ele dirigiu algumas ironias. Já aos americanos... É indisfarçável: os corpos ainda fumegavam ou estavam perdidos sob os escombros, e o velho crítico do stablishment estava acusando George W. Bush. Quando o seu delírio chegou mais longe, acusou Roosevelt de ter provocado os japoneses, razão por que houve o ataque a Pearl Harbor. Há um autor, antiamericano militante, leitura obrigatória no Itamaraty, que tem no romancista Vidal uma de suas principais referências teóricas contra a política americana.
Vidal tinha graça quanto o mundo era um pouco mais seguro por causa da Guerra Fria, e se sabia que o desastre potencial final mantinha o mundo em equilíbrio. Tirar uma casquinha dos caipiras republicanos parecia uma coisa divertida. Os impérios sempre têm os seus críticos, que tanto seduzem os colonos da periferia. Mas esse mundo, de que os EUA eram o centro, também acabou. E a crítica de Vidal envelheceu. Falo isso até com certo desconforto porque gosto de alguns de seus livros: Myra Breckinridge (na edição que tenho; há uma com o título “Myron”), Criação, Juliano, De Fato e de Ficção, Palimpsesto. Alguns outros não consegui encarar até o fim: Lincoln, Washington, D.C., Império, livros, enfim, em que ele, como ficcionista, pretende ser historiador da América. De todo modo, havia uma provocante originalidade nas coisas que dizia, o mundo sempre visto do andar superior, com certo dandismo e esgar esnobe, um Oscar Wilde inatingível e inatingido pela moral vitoriana, embora com uma literatura inferior. Mas era uma personagem interessante.
Ficou bobalhão, como prova a entrevista publicada na Folha de hoje, em que ele e entrevistador fazem uma espécie de competição para ver quem consegue ser mais crítico a George Bush. Tornou-se a versão culta, elegante, do delinqüente Michael Moore, o que é uma pena.

http://www.reinaldoazevedo.com.br
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 26 Feb 2007, 15:35

Mail de um colega meu, que achei interessante postar.

"Amigos,

Na semana passada minha senhora e eu estivemos em Miami com o objetivo duplo de viajar e adquirir um enxoval para nossa filha, que nasce em fins de junho.
Chamou-me bastante a atenção o atual debate sobre as eleições presidenciais vindouras.
O atual presidente é, na expressão dos gringos, um "lame duck", com baixo nível de aprovação devido aos problemas no front externo.
Mesmo assim, é possível que os democratas não levem, de novo.
Seus dois principais postulantes têm problemas.
O Barrack Hussein Obama não tem nada a declarar. Só tem generalidades genéricas, no estilo das do nosso Duce. Tanto é assim que nem entre os negros ele tem maioria de votos.
A Hilary Clinton tem elevado nível de rejeição, em parte por ser Clinton, em parte por parecer ter uma ambição sem limites.
Resultado: os republicanos, correndo por fora com o Giulianni, podem levar.

Mudando de assunto, comprei por lá um livro como relatório dos trabalhos daquele grupo de estudo formado para dar recomendações sobre o Iraque, liderado pelo James Baker.
Mais importante do que o que é dito explicitamente (a Síria e o Irã deveriam ser chamados pra ajudar, o Iraque deve buscar uma conciliação nacional etc.), é o que ele sugere nas entrelinhas.

Na opinião do grupo, se a coisa descambar os EUA devem tirar o time de campo e levar seus soldados pro Afeganistão.

Marcão, já pensou no cenário? Um Curdistão independente ou semi-autônomo, irritando os turcos; grande parte do território xiita aberto à influência iraniana; os sunitas do mundo todo, não só os iraquianos, irritados por acharem que os EUA foram lá pra destruir um país muçulmano forte. "
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 06 Mar 2007, 09:07

e começa o Febeapá, dos "çábios" da CUT-PT...

A recepção petista para Bush
Enquanto o governo se organiza para vender o encontro entre Lula e Bush como um evento como nunca houve antes “nestepaiz”, o PT faz o quê? Dá seu apoio integral ao protesto que está sendo organizado pelas esquerdas contra a besta-fera do imperialismo. Na homepage do site do partido, consta a seguinte chamada: “Confira o especial da visita de Bush ao Brasil”. Leia trecho dos três textos:

Entrevista com Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT: segundo o moço, Bush só vem ao Brasil porque está em maus lençóis. Entendi que a viagem é do interesse apenas do americano Diz ele: “O governo Bush vive uma enorme crise. A invasão do Iraque transformou-se num impasse militar. As relações com a Rússia estão se deteriorando rapidamente. A crítica ao unilateralismo é cada vez maior, em todas as regiões. Na América Latina, os aliados dos Estados Unidos perderam a maior parte das eleições (no México, tiveram que apelar para a fraude). O projeto da Alca afundou, em parte devido à resistência popular e governamental latino-americana, em parte pela ausência de concessões por parte dos Estados Unidos. Os democratas ganharam as eleições parlamentares e devem ganhar as eleições presidenciais. Neste contexto, Bush busca sair da defensiva. Um exemplo disso é o aumento da pressão militar, tanto no Iraque quanto contra o Irã. Outro exemplo é esta visita a alguns países da América Latina, caso do México, da Colômbia, do Uruguai e do Brasil. Fala-se que por trás estaria o propósito de criar um eixo anti-Venezuela ou de buscar alternativas energéticas para a dependência que os EUA têm do petróleo. Minha opinião é que Bush vai ficar na vontade. Mas sempre devemos nos lembrar que uma coisa é o governo de plantão, outra coisa são os interesses de longo prazo dos Estados Unidos, que são uma nação imperialista há muito tempo.”

Trecho do texto de João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT, chamado: “Bush, persona non grata”: “Ao alavancar os já bilionários gastos bélicos dos Estados Unidos para enriquecer a indústria armamentista e petrolífera - não por acaso, seus maiores financiadores - George W. Bush conjuga ao extremo, em sua guerra de sangue por petróleo, o furor belicista com torturas e matanças de civis inocentes. Seja no Iraque, Afeganistão ou em qualquer dos nossos países latino-americanos onde a imposição de tratados de livre comércio busca asfixiar as economias nacionais - alastrando a fome, o arrocho e o desemprego - e atentar contra as soberanias de países e povos em prol dos interesses da oligarquia financeira, as mazelas do imperialismo são bem presentes. Mais do que Ronald Reagan e até mesmo do que seu próprio pai George Bush - também vice de Reagan -, presidentes norte-americanos que ficaram mundialmente conhecidos pela prática de terrorismo de Estado e suas promíscuas relações com as multinacionais do crime”.

Trecho de texto de Altamiro Borges, membro do Comitê Central do PC do B: “(...) A ação terrorista-imperialista dos EUA ainda será condenada pelo tribunal da história. O julgamento será ainda mais duro após a chegada de George W. Bush à presidência dos EUA, em janeiro de 2001. A maior potência do mundo é hoje dirigida por um homem que se considera ‘um enviado de Deus’ e que mantém promiscuas relações com o poderoso ‘complexo militar-industrial’, que reúne fábricas de armamentos, corporações do petróleo e grandes bancos. Os suspeitos atentados de 11 de setembro serviram para retirar um desgastado Bush, eleito de forma fraudulenta, do seu isolamento e para justificar suas ações terroristas no Afeganistão e Iraque visando ampliar, numa escala sem precedentes, a hegemonia mundial dos EUA. (...) O plano para a expansão imperialista dos EUA, para a construção da chamada Pax Americana, já estava delineado desde o desmoronamento do bloco soviético.”

http://www.reinaldoazevedo.com.br
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 09 Mar 2007, 08:35

Historiadores lutam com Bush por acesso a documentos

Comitê da Câmara de Representantes discute projeto que pode derrubar restrições do governo


Patricia Cohen escreve para "The New York Times":

Em dezembro de 1989, um mês após a queda do Muro do Berlim, os presidentes George Bush e Mikhail Gorbachev se encontraram em Malta e, nas palavras de um porta-voz soviético, "enterraram a Guerra Fria no fundo do Mediterrâneo".

A transcrição russa do encontro de cúpula foi publicada em Moscou em 1993. Quatorze anos depois, historiadores americanos ainda estão esperando que seu próprio governo libere uma transcrição.

Agora, legisladores e estudiosos estão esperando forçar a abertura de um acesso a tais documentos de arquivo, eliminando o que disseram ser o maior obstáculo à pesquisa histórica: uma diretriz emitida pela atual Casa Branca em 2001, que desacelerou enormemente ou impediu a liberação de documentos presidenciais importantes.

"Eu visitei a biblioteca Bush em 1999, esperando poder olhar" a transcrição de Malta, disse Thomas S. Blanton, diretor executivo de um instituto de pesquisa independente chamado Arquivo de Segurança Nacional da Universidade George Washington. Ele preencheu o pedido segundo a Lei de Liberdade de Informação, mas disse: "Eu ainda não a tenho e não sei dizer quando a terei".

A ordem executiva de 2001 do presidente George W. Bush restringiu o acesso aos registros presidenciais ao dar aos presidentes em exercício o poder de adiar indefinidamente a liberação de documentos, ao mesmo tempo em que estendeu o controle a ex-presidentes, vice-presidentes e suas famílias.

Também mudou o sistema, de um que liberava automaticamente documentos 30 dias após o ex-presidente ou presidente em exercício ser notificado para um que retém documentos até um presidente permitir especificamente sua divulgação.

Nesta quinta-feira (8/3), o Comitê da Câmara para Supervisão e Reforma do Governo deverá discutir um novo projeto de lei que derrubaria a ordem de Bush, disse uma porta-voz do comitê, Karen Lightfoot. Os patrocinadores, que incluem o presidente do comitê, o deputado Henry A. Waxman, democrata da Califórnia, esperam apresentar o projeto de lei no plenário da Câmara na próxima semana.

Allen Weinstein, o arquivista dos Estados Unidos, disse na quarta-feira que a ordem não está sendo usada para impedir que documentos presidenciais cheguem ao público, mas que obviamente "tem aumentado o tempo e adiamentos, que são endêmicos". O acúmulo de pedidos por documentos agora chega a cinco anos.

Para Weinstein, o maior problema é a falta de recursos e arquivistas treinados. Todo ex-presidente traz uma nova enxurrada de documentos e leva a um aumento nos pedidos por eles. Enquanto isso, um recente congelamento do orçamento reduziu o número geral de funcionários. Weinstein disse que sua equipe trabalha em formas para melhorar a eficiência, como agrupar juntos pedidos semelhantes.

Blanton culpou o comando anterior do arquivo por falhar inicialmente em responder às pressões adicionais sobre o sistema. Mas ele deixou claro que a mais recente ordem executiva agravou significativamente o problema. Em uma audiência no Congresso na semana passada, ele disse que o tempo de espera na Biblioteca Presidencial Reagan aumentou de 18 meses, em 2001, para 6 anos e meio.

"Havia um processo funcional, justo, organizado, claro e sensível para os registros presidenciais em vigência durante os anos 90", que a ordem executiva de Bush "derrubou e substituiu pelo oposto", disse Blanton. "Não é apenas errado, é estúpido."

A Lei de Registros Presidenciais de 1978, parte das reformas pós-Watergate, claramente deu à população americana a propriedade de documentos presidenciais, disse o historiador Robert Dallek, cujo livro mais recente, "Nixon and Kissinger: Partners in Power", será publicado no próximo mês. Mas a ordem executiva de Bush, ele disse, teve o efeito de devolver a propriedade aos presidentes e seus herdeiros.

Tendo escrito histórias altamente respeitadas sobre Franklin D. Roosevelt, John F. Kennedy, Lyndon B. Johnson e Ronald Reagan, Dallek disse que "minha experiência foi, particularmente com este novo livro, que há uma história muito diferente para ser contada do que um presidente e seus representantes gostariam de ouvir quando você consegue entrar e ler os registros".

Ele revirou os arquivos para montar seu novo livro, que revela que Henry A. Kissinger e Richard M. Nixon discutiram desde cedo a impossibilidade de vencer a Guerra do Vietnã, assim como momentos descuidados em que Kissinger se refere aos sul-vietnamitas como "pequenos amigos amarelos".

Os presidentes e os guardiões de seus legados prefeririam que tais detalhes embaraçosos não viessem à tona, disse Dallek em uma entrevista por telefone. Mas as evidências dos arquivos fornecem um "quadro muito mais honesto, mais franco, do que pensavam, do que diziam e dos atos de logro que praticavam", ele disse. "É importante para o país ouvir e saber."

A divulgação dos documentos presidenciais e transcrições telefônicas freqüentemente transformam a forma como o público e estudiosos vêem os presidentes. Fred I. Greenstein, um estudioso de presidentes, utilizou anotações originais feitas funcionários do governo das discussões para argumentar que Dwight D. Eisenhower, longe de ser ineficaz e não envolvido, foi um presidente notavelmente engajado que orquestrou cuidadosamente a estratégia durante seus dois mandatos.

Os documentos que deram uma visão mais clara da extensão das doenças debilitantes de Woodrow Wilson e John F. Kennedy -habilmente escondidas durante seus mandatos e após suas mortes- influenciaram a forma como as pessoas pensam sobre a saúde física e mental dos candidatos, assim como a transferência de poder em caso de um presidente ficar severamente debilitado.

Blanton disse acreditar que a Casa Branca de Bush está principalmente preocupada em reverter o que considera uma erosão do poder presidencial após Watergate. "Isto propicia a vantagem adicional de dar ao presidente em exercício muito mais controle sobre a história", ele disse.

Mas se ele está correto sobre os motivos do governo Bush é algo que ninguém saberá até que os documentos do presidente sejam liberados - seja lá quando isto for. (Tradução: George El Khouri Andolfato)
(The New York Times, Uol.com/Mídia Global, 8/3)
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 15 Mar 2007, 20:04

Background as Organizer in Chicago Molded Obama
THE NEW REPUBLIC -- March 19
While Barack Obama's background as a political organizer has drawn less attention than his high-profile years at Harvard Law School, the roots of his political style and philosophy point directly to those early experiences in Chicago.
On the surface, that connection is surprising, says Ryan Lizza, in a largely flattering profile of the presidential candidate in the New Republic. Twenty years later, Mr. Obama presents himself "as a post-partisan consensus builder, not a rabble-rouser." When he is campaigning, Sen. Obama endorses practical and nonideological solutions, contributing to the impression that he is above the partisan fray: "a fresh face who is a generation removed from the polarizing turmoil of the 1960s."
Yet rather than distance himself from his activist past, Mr. Obama embraces it. When asked whether there were links between his organizing work in the 1980s and his current campaign, the senator replies: "I think there is. I don't think you need to strain for it." Mr. Obama, whose grass-roots work focused on addressing housing problems and other urban-poor concerns, says organizing workshops are where he learned the concept of "being predisposed to other people's power." He also learned how to play to people's core needs. "The key to creating successful organizations was making sure people's self-interest was met," he tells Mr. Lizza, "and not just basing it on pie-in-the-sky idealism."
Mr. Obama's deft politicking as editor of the law review at Harvard is now well-known, a skill Mr. Lizza says stems both from the consensus-building side of Mr. Obama's organizing years and from his familiarity with motivating people to act.
Equally important was the connection Mr. Obama forged with Chicago-area religious leaders. Although he initially avoided attending church services in the 1980s, he eventually joined the Trinity United Church of Christ on the city's South Side, whose motto is "unashamedly black and unapologetically Christian."
Some political observers have speculated that Mr. Obama's nonconfrontational style could become a liability during a hard-knuckle presidential campaign. Perhaps speaking to those doubts, Mr. Obama says that one of the lessons he drew from his organizing days is that in politics, what really moves things isn't public interest or grand principles, but "money and votes and power."
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 19 Apr 2007, 13:46

no meio da bobajada geral, alguém tem q falar algo pertinente. Chato que sejam sempre ou o Olavo, ou o Reinaldo, ou o Mainardi...

Pato sentado

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 18 de abril de 2007



Vocês conhecem a expressão americana Sitting Duck? É o pato sentado, o alvo mais fácil até mesmo para o atirador inepto. As escolas da Virginia estão repletas de patos sentados, porque uma lei demagógica, maliciosa e, a rigor, criminosa, proíbe o porte de arma aos professores e funcionários em serviço nessas entidades e até aos pais de alunos que por ali transitem.

Qualquer maluco que deseje iniciar uma carnificina sabe qual é o lugar mais seguro onde montar o espetáculo. Se apontasse uma arma para um caixa do WalMart, para um garçom de restaurante ou para um vendedor de cachorro quente numa praça de Richmond, levaria chumbo de dez fregueses ao mesmo tempo.

Mas para que o sujeito há de correr esse risco, se logo na esquina há uma multidão de trouxas desarmados, entregues à sanha dos assassinos por legisladores iluminados? O massacre de anteontem foi na Virginia Tech, mas podia ter sido em qualquer outra instituição de ensino do “Old Dominion”.

Mais ou menos um ano atrás, a Assembléia Geral da Virginia vetou uma emenda legal que, voltando atrás no desarmamentismo insano, devolvia aos professores, funcionários e alunos devidamente qualificados o seu antigo direito de portar armas no local de trabalho e estudo.

Na ocasião, o representante da Virginia Tech , Larry Hinckler, disse em entrevista ao jornal Roanoke Times (tão fanaticamente desarmamentista quanto a Folha e o Globo) que estava muito feliz com a derrota da emenda: “Tenho a certeza de que a comunidade universitária está agradecida à Assembléia, porque sua decisão ajudará os pais, estudantes, professores e visitante a sentir-se seguros no nosso campus.”

O resultado aí está.

As escolas têm sido há décadas um dos instrumentos principais de que se servem os agentes do globalismo para dissolver o tradicional espírito americano de altiva independência e implantar uma nova cultura em que o cidadão se torna cada vez mais indefeso, mais boboca, mais dependente da proteção estatal.

Até os anos 60, os EUA tinham as melhores escolas do mundo, e nenhum ministério da Educação. Desde a criação do ministério e da adoção dos “parâmetros curriculares” politicamente corretos ditados pela ONU, não só a qualidade da educação caiu formidavelmente, mas a delinqüência infanto-juvenil cresceu na mesma proporção.

Leiam, a respeito, The Deliberate Dumbing Down of America, de Charlotte Thomson Iserbit (Ravenna, Ohio, Conscience Press , 2001).

As provas que a autora aí apresenta são tantas, que a conclusão se segue inevitavelmente: crimes como os do jovem sul-coreano Cho Seung-Hui são o produto acabado de um longo e meticuloso esforço de engenharia social.

Muita gente por aqui reclama que os burocratas esquerdistas que dominam o sistema sistema oficial de ensino estão empenhados numa guerra cultural contra os EUA, destruindo a educação e a moral para em seguida atribuir os resultados medonhos de suas próprias ações à “lógica do sistema”.

Na mídia de todos os países do mundo há sempre uma multidão de papagaios prontos para repetir esse chavão de propaganda. Na infalível Rede Globo, incumbiu-se disso uma psicóloga da PUC, Sandra Dias, segundo a qual o morticínio foi “um ato heróico” por voltar-se contra “o consumismo americano”.

Também não faltaram na mídia brasileira as ponderações de sempre sobre a “cultura americana da violência” – as quais, vindas de um país do Hemisfério Sul que é recordista mundial de assassinatos, equivalem moralmente e geograficamente a cuspir para cima .
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 29 Apr 2007, 14:27

Mais ou menos um ano atrás, a Assembléia Geral da Virginia vetou uma emenda legal que, voltando atrás no desarmamentismo insano, devolvia aos professores, funcionários e alunos devidamente qualificados o seu antigo direito de portar armas no local de trabalho e estudo.


Posso estar falando uma bobagem imensa, mas não vejo como uma sala cheia de manos armados pode diminuir a probabilidade de um retardado louco fazer um negócio desses. Não seria mais razoável que esse mano não tivesse fácil acesso às armas como teve?
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 30 Apr 2007, 10:51

não.

o que é "dificultar" acesso às armas? é fazer como no Glorioso, essa piada ambulante?

Fora que lá tem a questão da Segunda Emenda Constitucional.

Certamente, se não fosse proibido portar armas no Campus, não seria tão fácil prum retardado como esse coreano perpetrar essa carnificina. Alguém já teria metido uma bala nele. E outra coisa: sabendo que poderia ter alguém armado, ele próprio pensaria duas vezes antes de ir pra Universidade como um Rambo.

As pessoas têm direito à legítima defesa.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 30 Apr 2007, 11:07

E outra coisa: sabendo que poderia ter alguém armado, ele próprio pensaria duas vezes antes de ir pra Universidade como um Rambo.


Posso de novo estar enganado, mas não creio que um louco que faz um negócio desses mediria suas conseqüências de qualquer maneira...

As pessoas têm direito à legítima defesa.


O que supõe ataque: se ninguém tem arma (ok, estou discutindo o mundo ideal, bla, bla, bla), não tem ataque, e portanto não há necessidade de defesa.

De qualquer forma, o que me impressiona é que esse mano, do nada, possa comprar um par de armas e sair "Rambeando" por aí... Nesse sentido creio que deveria ter mais controle. Não acho que toda a humanidade andar armada seja a solução: senão vira terra de ninguém, não?
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 30 Apr 2007, 11:30

Não acho que toda a humanidade andar armada seja a solução: senão vira terra de ninguém, não?


sim, como a Suíça e o Canadá, os países com mais cidadãos armados e, portanto, os mais perigosos do mundo.

É bom ser o Glorioso, onde é muito difícil ter uma arma.

mundo ideal, bla, bla, bla


blábláblá.

Pessoalmente, eu só não tiro porte porque tenho criança pequena em casa. Esse é um risco q não quero correr. Mas, novamente, sou EU quem escolhe os riscos que quero ou não correr.

O cara era um psicopata. Contra isso, não há política. Mesmo no "mundo ideal", ele atearia fogo nas pessoas, explodiria uma bomba, you name it.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 30 Apr 2007, 11:51

sim, como a Suíça e o Canadá, os países com mais cidadãos armados e, portanto, os mais perigosos do mundo.

É bom ser o Glorioso, onde é muito difícil ter uma arma.


Tá, mas duvido que um mano com problema psquiátricos possa ir na padaria comprar um 38...

O cara era um psicopata. Contra isso, não há política. Mesmo no "mundo ideal", ele atearia fogo nas pessoas, explodiria uma bomba, you name it.


Exato, e por isso ele saber que as outras pessoas estão armadas ou não também não faria a menor diferença.


Em resumo, não estou dizendo que o Estado deva controlar nada, nem as armas, etc, só estou dizendo que no mundo "blablabla", como o Canadá e a Suiça, as pessoas não têm necessidade de armas para se defender.

Se elas querem ter por hobby, para brincar, ou para mostrar na feira da cidade, o que seja, são outros 500...
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 30 Apr 2007, 12:16

Tá, mas duvido que um mano com problema psquiátricos possa ir na padaria comprar um 38...


No Canadá vendem-se escopetas e metralhadoras de repetição em lojas de utensílios domésticos - não é brincadeira nem exagero - e só precisa deixar um xerox de identificação.

Exato, e por isso ele saber que as outras pessoas estão armadas ou não também não faria a menor diferença.


Mas alguém mataria ele ANTES da matança se consumar.

no mundo "blablabla", como o Canadá e a Suiça, as pessoas não têm necessidade de armas para se defender.

Se elas querem ter por hobby, para brincar, ou para mostrar na feira da cidade, o que seja, são outros 500...


MMas é justamente o contrário. A SEGURANÇA É CAUSADA PELA POPULAÇÃO ARMADA, E NÃO A POPULAÇÃO SE ARMA POR CAUSA DA SEGURANÇA.

Se vc vir Tiros em Columbine, daquele imbecil, plagiário, manipulador e burrão do Michael Moore, vai ver a cena antológica dele entrando numa casa canadense, do nada, porta aberta, e o cara gfalando que ele não se preocupa com a porta, porque todos sabem que há duas armas por residência no Canadá.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 05 May 2007, 10:41

Caramba, não sabia que o mano M. J. Fox estava tão mal com o Parkinson

http://www.youtube.com/watch?v=o8lsjfjgAA8

Aliás, como faço para pôr vídeo aqui mesmo??
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby junior » 04 Jul 2007, 06:57

Full text in http://www.nybooks.com/articles/17670

Death in Texas
By Sister Helen Prejean
1.

In the twenty-first century, a state governor represents the last vestige of the "divine right of kings," because he has absolute power over life and death— especially when such power is entrusted to politicians motivated more by expediency than by conscience. Faced with a pending execution, no governor wants to appear callous about human life. So governors appoint pardons boards and meet with legal counselors, who take the political heat for controversial cases. All governors claim to agonize over death penalty decisions. All claim to scrutinize every possible angle of the cases of condemned persons facing execution under their watch.

George W. Bush during his six years as governor of Texas presided over 152 executions, more than any other governor in the recent history of the United States. Bush has said: "I take every death penalty case seriously and review each case carefully.... Each case is major because each case is life or death." In his autobiography, A Charge to Keep (1999), he wrote, "For every death penalty case, [legal counsel] brief[s] me thoroughly, reviews the arguments made by the prosecution and the defense, raises any doubts or problems or questions." Bush called this a "fail-safe" method for ensuring "due process" and certainty of guilt.

He might have succeeded in bequeathing to history this image of himself as a scrupulously fair-minded governor if the journalist Alan Berlow had not used the Public Information Act to gain access to fifty-seven confidential death penalty memos that Bush's legal counsel, Alberto R. Gonzales, whom President Bush has recently nominated to be attorney general of the United States, presented to him, usually on the very day of execution.[1] The reports Gonzales presented could not be more cursory. Take, for example, the case of Terry Washington, a mentally retarded man of thirty-three with the communication skills of a seven-year-old. Washington's plea for clemency came before Governor Bush on the morning of May 6, 1997. After a thirty-minute briefing by Gonzales, Bush checked "Deny"— just as he had denied twenty-nine other pleas for clemency in his first twenty-eight months as governor.
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

PreviousNext

Return to Da esquina até a estratosfera

Who is online

Users browsing this forum: No registered users and 0 guests

cron