Clippings e notícias

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby Danilo » 03 Oct 2003, 17:32

<span style='color:gray'>PETROBRÁS</span>
Dá-lhe derramamentobrás.
Então você acha que o futuro não pode ser previsto com base no passado. Ah, então Saidera 2010 acaba de ficar mais realista. Hehehe... :D

<span style='color:gray'>FALANDO NI EUA</span>
Hein? O mundo capitalista vai acabar em fogo e enxofre? :o
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Postby mends » 07 Oct 2003, 14:57

PAPA:

bom, em realação ao karol eu tenho uns sentimentos dúbios: mesmo não sendo católico, admiro o cara, admiro a luta dele pela liberação da polônia, admiro a evangelização, a disposição pra viajar - historicamente, meu papa preferido é o joão xxiii, filho de sapateiro e que gostava de polenta com ragú de carne, e não de frescuras - mas já li cada coisa do rapaz...tipo que ganhou dinheiro(!!!) no irã contras(....): não dou pelota, só teve um papa no século xx, eu acho, que merece o fogo do inferno, onde quer que isso seja: pio xii, o que não quis salvar judeus e era carreirista até a úrtima gota de sangue (mais info em O PAPA DE HITLER, livrinho da cia das letras), além de metida a besta... :(

pois então: o cara tá morrendo, e acho que vem uma puta comoção mundial por aí. me vem aquele sentimento (ui!) de ver a história passando nos meus olhos, tipo queda do muro (sorry, pirralhada) e 11 de setembro. paz ao papa quando chegar a hora, e acho que é o tipo de cara que ganhou o respeito do mundo inteiro. :)

"shall i live interesting times", e parece que vivemos os mais...(um pouco de cronocentrismo - inventei agora - barato) :cool:

:mends:
"I used to be on an endless run.
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Postby mends » 13 Oct 2003, 12:12

O SOM DO BOLSO


Pesquisadores ingleses descobriram que as melodias de Bach, Mozart e Beethoven têm relação direta com a comida. Explica-se: clientes de restaurantes sentem-se encorajados a gastar mais quando ouvem música clássica. No estudo, quando ouviam Beethoven, cada pessoa gastava mais de US$ 40. Mas se a música era de Britney Spears, por exemplo, a conta saía por menos de US$ 36,75.

Genival Lacerda e Gilberto e Gilmar estourariam!! :D

O CUSTO DA BUROCRACIA

As empresas brasileiras públicas e privadas gastam nada menos que R$ 17 bilhões por ano só com burocracias previstas em lei, como o preenchimento de formulários e declarações.
Os gastos aumentaram 50% nos últimos dois anos – até 2001, tais despesas consumiam 1% do faturamento das empresas, algo entre R$ 7 e
R$ 10 bilhões. Os números fazem parte de um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. :(

CORAÇÃO PLUGADO

Em breve as pessoas irão comprar roupas com sensores que
detectam os batimentos cardíacos. A tecnologia acaba de ser anunciada pela Philips, na Holanda. Se o usuário sofrer um enfarte, por exemplo, o sistema envia instantaneamente um sinal para o celular de um parente da vítima.

Mulher de brocha seria avisada quando o marido desse uma animada!! :cool:

BEBÊS DE MARCA

Pais americanos estão escolhendo
cada vez mais marcas de produtos na hora de registrar os filhos. A preferida, segundo o Departamento de Seguro Social, é Cristal, um champanhe que deu nome a 479 crianças no último ano. Lexus, Armani, Chanel e Porsche batizaram mais de 200 bebês cada um. Mesmo marcas mais prosaicas, como Fanta ou Timberland, aparecem em registros por lá.

Aqui tumbém! meu próximo filho chamar-se-á RarliDeividson Mendonça :tomato:

MOTEL DE NEGÓCIOS


Você faria a festa de fim de ano da sua empresa ou lançaria algum produto em um motel? Pois um dos mais tradicionais motéis de Curitiba, o Eternity, construiu uma suíte de 600 m² só para esse fim. O dono, Augusto Santana, gastou R$ 700 mil no projeto, mas pouca gente ousou promover algo no lugar. “A New Holland procurou a gente, mas não fechou acordo. A Red Bull está negociando e duas empresas de cigarro querem expor suas marcas em festas”, diz Santana. A suíte tem piscinas com cascata, sauna, lareira e home theater com TV de 50 polegadas. A diária é de R$ 12 mil

Como vc explicaria uma reunião de negócios no motel pra sua mulher? :P

LUCRO VENENOSO

O comerciante chinês Cao Qianju encontrou uma fórmula infalível
para desovar seus purificadores de água. Jogou 20 litros de
pesticida na água do reservatório central do seu país. Resultado: 64 pessoas ficaram intoxicadas e 42 hospitalizadas. Qianju foi preso e pode ser condenado à morte. :angry:


SEGURO PARA MOTOBOY

A American Life topou fazer seguro para uma das categorias mais ariscas do trânsito paulistano: os motoboys. A cobertura em caso de morte e acidente é de R$ 20 mil e R$ 10 mil, respectivamente. O serviço custa
R$ 8,50 (taxa para os associados) e R$ 17 (autônomos) ao mês. Em 2002, morreram 430 motoboys em São Paulo. :wacko:

50 dólares é quanto o ator Val Kilmer anda cobrando para tirar foto e dar autógrafo aos fãs. Ele ganha US$ 10 milhões por filme e contratou policiais de Los Angeles para protegê-lo do assédio. Só fura o bloqueio quem tem dinheiro no bolso.

vou cobrar é pra assistir filme da mona... :ike:
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Postby mends » 13 Oct 2003, 14:29

MIGUEL SAPATEIRO

( e não Schummyyyyyy, com voz fina e entonação vem cá meu nêgo, do nosso Bizerrin, que revelou um lado cabrita até então meu desconhecido)

O cara ficou nervosão, e, ficando nervosão, ganhou a simpatia di nóis, latinos com índios. Nóis num gosta di Icemen, é só lembrar que odiávamos o Prost muito mais por ele ser um latino renegado, racional demais, que o arqui-vilão do SuperSenna (ativar!). Gostei de ver. Aliás, se bobear o Sapateiro é politreco...campeão em oitavo, com o cara que tava na cola em (Raikonnem ou Hakinem ou Eminem? na Finlândia todos são primosterminam com em, estilo vitch na Rússia?)...hexacampeonato cinco bola!! Junto com o tetra do Brasil, merce entrar nos "GRANDES MOMENTOS CINCO BOLA MUNDIAIS!"


:mends:
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Postby mends » 16 Oct 2003, 10:27

EUA dão 'férias' aos soldados na guerra do Iraque

DAYTONA BEACH, EUA - Juan Castillo acaba de retornar da guerra. Durante os últimos 14 dias, o especialista Castillo, um artilheiro de 21 anos, está tentando aproveitar cada beijo de sua mulher e cada minuto com seu filho. Mas não tem sido fácil. É difícil aproveitar de verdade a folga de 15 dias da ocupação do Iraque quando se sabe que a guerra está lá esperando por você e suas férias são uma triste contagem regressiva.

"Minha estratégia", explicou Castillo, "é não dormir muito, porque lá pode-se dormir o quanto quiser".

O novo programa de licenças do Exército é uma experiência. E Castillo é um dos cobaias. Iniciado em setembro, o programa tem como objetivo fazer um "teste de sanidade" entre os soldados cuja permanência no Iraque será estendida por um ano, dividindo 365 dias em duas metades mais ou menos iguais.

"Nossa intenção era dar a esses homens e mulheres uma chance de ver suas famílias e sair um pouco daquela rotina, para que voltem mais fortes", disse o tenente Bob Hagen, porta-voz do Exército. Mais de 3,6 mil soldados voltaram para casa até agora. Mas algumas pessoas, incluindo alguns veteranos, alertam que tirar pessoas das zonas de combate para voltar para casa por alguns dias, é péssima idéia. Eles dizem que esses breves retornos aos ambientes familiares podem causar mais estresse, não menos. Segundo eles, o descanso é muito pequeno e as despedidas causam duas vezes mais dor.

MUITO BOA IDÉIA!!! QUE TAL INSTITUIR PONTO E HORA DE ALMOÇO NA GUERRA? ISSO ME LEMBRA ASTERIX E OS BRETÕES...OS BRETÕES ESTAVAM LUTANDO COM OS GODOS, E UM BRETÃO PÁRA E DIZ: "SEMANA-FIM. LAMENTO.", E VAI EMBORA, RECUSANDO-SE A LUTAR...A BANALIZAÇÃO DO MAL.

Catador foragido se entrega para comer na cadeia

O catador de papel Genival Lourival Moraes, de 43 anos, cansou de ser livre e foi ao plantão policial de Jundiaí pedir ao delegado José Roberto Ferraz que o prendesse. Contou que fugiu da cadeia há 25 anos, era condenado por homicídio e queria voltar à prisão. O policial estranhou. Consultou sua ficha e constatou que Moraes dizia a verdade. Cansado de viver nas ruas, sem dinheiro e com fome, ele disse que na cadeia terá três refeições diárias, água e cama. Tudo de graça.

VOU FALAR O Q? TRISTES TRÓPICOS, ONDE SER HONESTO E POBRE NÃO VALE NADA...
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Postby mends » 21 Oct 2003, 12:12

O QUE A GENTE NÃO FAZ PELO LEITINHO DAS CRIANÇAS...

pra quem não sabe - devem ser poucos - estou fazendo um curso no cietec, incubadora da usp. pois bem: ontem aconteceu algo inusitado (respirada funda devido ao café com coca-cola tomado agora). Eu havia prometido pra mim mesmo que nunca, em hipótese alguma, leria QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO...e o que acontece? a aula ontem foi assistir a QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO em desenho animado :angry: ...como estou no trampo, vou poupar os senhores da história do desenho. Mas fica o medo. é um best seller corporativo. é o pequeno príncipe dos executivos
:( . Fica a impressão de estarmos vivendo tempos imbecis... :unsure:

BENEDITA :ranting:

já está enchendo. mas a muié se esfola cada vez mais! agora ela disse que a hospedagem foi paga pela igreja, o que contradiz o fato principal de sua defesa, que afirma que o principal compromisso foi a reunião oficial com a ministra irmã do presidente. se foi mesmo, pq havera de ser a hospedagem paga pela igreja? como diria dona Milú: mistéééério.... :ranting:
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Postby Aldo » 04 Dec 2003, 10:31

Noticia do UOL ( tentei mandar por email, mas não deu )
Bicho, tem gente que não se enxerga :ranting: :ph34r: :yuck:

Fernando Collor de Mello, quem diria, acabou na RedeTV!. Ontem à noite, tal qual um ex-big brother, o ex-presidente assinou um atestado de celebridade decadente e aceitou participar do quadro "Vai Encarar?", do programa "SuperPop", apresentado pela limítrofe Luciana Gimenez na RedeTV!

A entrevista durou duas horas e, nesse tempo todo, Collor posou de "Madalena Arrependida" e assumiu que, ao conquistar a glória de ser o primeiro presidente eleito no país em 30 anos e tornar-se o mais jovem presidente da história das Américas, agiu com muita arrogância e deslumbrou-se com o poder. Em suas próprias palavras, isso subiu à sua cabeça e foi aí que ele cometeu o erro fatal de sua passagem pelo Palácio do Planalto: ter subestimado a força da classe política e do Congresso. Essa sua falta de humildade, na opinião do marido de Rosane, foi a principal responsável pelo impeachment.

Collor levou sua mulher ao programa, falou sobre vaidade, disse que tipo de cosmético costuma usar, discorreu sobre sua timidez, chorou ao falar da maravilhosa relação que mantém com seu filhinho bastardo, James Fernando (hoje com 22 anos), e revelou seus hábitos de homem simples. Ele encarnou esse triste papel com tanto afinco que, a certa altura, Luciana Gimenez não conseguiu esconder que estava com peninha dele.

Foi quando Collor disse que, antes de iniciar sua campanha presidencial, veio até São Paulo e foi à casa de Silvio Santos para saber se o homem do baú ia ou não concorrer ao Planalto. O "caçador de marajás" falou que desistiria de disputar a eleição caso o dono do SBT decidisse sair candidato, pois os dois eram figuras com grande penetração no mesmo eleitorado, "o de baixíssima renda". Então surgiu na sala Íris Abravanel, que garantiu a Collor que seu marido não seria candidato a nada.

Neste momento, Luciana disse: "Ainda bem que ele não se candidatou, né?" Ainda bem para quem? Só se for para o ex-presidente e sua quadrilha! Quem teve seu dinheiro confiscado pela equipe econômica liderada por Zélia Cardoso de Mello sabe como foram "divertidos" os anos Collor...

Sobre o impeachment, o ex-presidente disse ainda que aquilo foi uma coisa "maktub" (expressão árabe que quer dizer "tinha que ser", "estava escrito"). A respeito dos caras-pintadas, Collor teve a cara-de-pau de dizer que aquelas crianças nem sabiam porque estavam saindo às ruas. E, para completar a sessão "óleo de peroba", o alagoano disse que Paulo César Farias era um homem "muito bom", com um grande coração. Disse ainda que, se PC fez algo de errado, foi porque ninguém sabia como fazer uma campanha presidencial naquela época. Ou seja, a culpada foi a ditadura!

Por fim, o ex-presidente disse que está animado com os resultados do governo Lula e que acredita que 2004 e 2005 serão excelentes anos para o país. Agora estou mais tranqüilo! É sempre bom ouvir as previsões de alguém tão gabaritado, idôneo e expert no assunto...

Foi uma conversa surreal, com Luciana fazendo "cara de conteúdo" o tempo todo para fingir que estava entendendo o que era dito, e Collor comandando totalmente o espetáculo. O ponto alto dessa encenação foi quando o ex-presidente revelou que pensou em se matar semanas antes da votação do impeachment e de sua renúncia. Ele confidenciou que só não concretizou essa idéia porque um governador foi até o gabinete da presidência no Palácio do Planalto e pediu a Collor que não se deixasse abater. Disse que Getúlio Vargas já havia se matado por muito menos e que um dia todos iriam ver como ele foi forte, como a justiça iria prevalecer e como as denúncias contra seu governo eram todas falsas e fantasiosas. Incapaz de fazer sinapse, Luciana não perguntou quem foi o tal governador que infelizmente salvou a vida de Collor.
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Postby mends » 04 Dec 2003, 19:37

só pra meter o bedelho...

o nosso cocainomano anal é um fdp de pedigree. ele realmente cometeu dois erros: não dividiu a bola com o resto da plutocracia, comeu a cunhada e não pagou pelo serviço.mas:

1- eu fui um carapintada, fui em todas as passeatas de sp, vesti preto e o carai. e sabe do que mais? hj me sinto usado, principalmente pelo lindberg. e de mais a mais, poucos idiotas estavam na rua pela politica. a maioria foi por causa da minisserie anos rebeldes, principalmente as minas...e os caras foram atras pra catar as minas. segundo me consta, as passeatas eram bons lugares pra xaveco: "vem sempre aqui, companhera, ou só pra derrubar presidentes?"

2- desde 89 eu faco campanha pelo lula. em 89 fui num jantar com o cara, meu pai era contribuinte da campanha, fiz boca de urna de graça. hj, sinceramente estou comecando a me arrepender. dizem que quem não é comunista com quinze anos nao tem coracao, mas quem é com trinta nao tem cérebro. acho o lula um inocente util prum bando de rasputins socialistas-leninistas-proto-ditadres, tipo o dirceu. noves fora a partidarizacao da maquina (q, a bem da verdade, havia escrito na saidera antes das eleicoes, simplesmente pq minha mae viveu isso na pela na prefeitura em 89). comeco a achar que nao tem conserto, nao pelo fato de nao estarmos as mil maravilhas, mas pelo fato de que, ao menos, deveria ser um governo mais "humano", mas mata velhos na fila, segura dinheiro do sus pra fazer superavit, faz divida nao pra construir reserva, mas pra pagar despesa - qualquer um que ganhe salario sabe q isso eh a morte.

3 - deveriamos fazer reservas, chegar nuns 90 bi de reserva, comprar titulos americanos e dar o calote nos nossos papeis. baixa nossa divida de 500 bi pruns 50 bi, recompra e bola pra frente. os quarenta bi nos dao um folego pra construirmos reservas novas. e nao me venham com esse papo de "credibilidade": a russia deu o calote e ta bonita na foto tres anos depois. todo mundo que seguiu o fmi tá na merda, e quem nao seguiu ta bem. coincidência?moratoria já.

4 - fora que estao articulando um golpe branco: querem mudar o sistema de votacao legislativa pra distrital misto. nada melhor. mas exige-se o voto em listas dos partidos, e , na primeira eleicao, a lista deve ser necessariamente composta pelos melhores colocados nas eleicoes anteriores. na minha terra isso chama prorrogacao de mandato, e os mais mal educados chamam de golpe.

5-meu palpite pro caso shell: o casal foi morto pela tropa de elite da marinha boliviana, utilizando macahdinhas rituais dos incas (venusianos...)
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Postby Aldo » 05 Dec 2003, 10:59

Para o Collor, como diria o Sérgio Reis em sua sabedoria advinda dos rincões de nosso país, e reafirmada por Marcelo Aguiar: Cunhada, cunhada boa, ah se não fosse muié do tato, cunhada, cunhada boa, ah se não fosse a gente tava numa boa.

1- Cara pintada: Vc foi massa de manobra, eu fui pra catá muié...não catei ninguém ( pra variá ), mas antes incompetente de preto do que marionete.
So sorry, mas o Alezinho Mendonça no alto de seus 17 anos não se meteria a fazer isso uma vez que o Donmensa em seus 27 anos sabe que é manipulado até hoje, c´est la vie. E não quero que tome como ofensa esse comentário de um cara que deu um cabulão na aula convencendo uma professora de historia com tendencias esquerdistas a nos dispensar para irmos até a Pta, dar um guento na catraca do metrô na maió e tomar foras...

2- Aos quinze, acho que era muito mais reacionário do que sou hoje, aliás hoje considero-me muito mais humanista e desejoso por justiça social do que na época. Jamais nutri qualquer tipo de simpatia pelo PT. Quero crer sim que há boa vontade da parte do presidente, ele até já deu um cala-boca no Dirceu, mas concordo que tamanho poder é um fardo pesado para qualquer um que tenha menos de 952 anos de idade, sabe aquele papo Gunther, Rafael, Mends e que ouvi pela ultima vez do Ananias...Vc só sabe da parada depois que já passou...Maquiavel que me perdoe, mas governar o Brasil não é como governar Milão ( onde foi conselheiro )

3- Não sei o quanto o calote pode ser benéfico...não somos a Russia...

4- Concordo contigo, isso é golpe, mas não é nada muito diferente do que aconteceria se assim não fosse, pois os nomes na lista seriam o nome dos caciques dos partidos...que aposto que são os que tem uma cadeirinha lá na bagaça nos representando

5- Fique tranquilo, o FBI já chegou, é isso aí Fucker! Eu concordo com sua versão, faz todo sentido, provavelmente a causa do imbroglio tenha sido a parte que eles mandariam gás de coca refinado para ca....estamos de olho

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Postby mends » 12 Jan 2004, 08:47

Modo de vida americano é truculência pura
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
COLUNISTA DA FOLHA

Brasileiro se acha duas coisas:
1) importante; 2) vítima.
É bom ter isso em mente para entender a guerra diplomática das impressões digitais, essa história, que começou na semana passada, de os EUA exigirem digitais de turistas brasileiros e vice-versa.
Brasileiro pode se achar importante, mas, infelizmente, não é. Não adianta pensar que os países desenvolvidos têm uma birra especial porque nosso chope é mais gelado, as mulheres são mais lindas, as praias têm mais coqueiros e nosso futebol é pentacampeão.
Para o cidadão médio do Primeiro Mundo, o Brasil simplesmente não existe. Ninguém sabe onde fica, só conhece mesmo a velha camisa canarinho, se tanto. Difícil imaginar, portanto, que os países ricos encanassem em perseguir justamente um país que eles nem sabem direito o que é.
Quanto a ser vítima, vale o mesmo. O Brasil não é mais nem menos maltratado, pelo Primeiro Mundo, do que outros países do mesmo naipe de nossa pátria verde-amarela. Somos só mais um fim de mundo.
Não tenho capacidade nem interesse de discutir, aqui, a decisão americana de fichar turistas de certas nações. Mas, pelo que tenho lido a respeito, senti falta da seguinte informação: americano não tem atitudes secas, grosseiras e desprovidas de bom senso só com pobres visitantes do Terceiro Mundo. Eles se tratam assim entre eles também.
Falando especificamente de aeroportos, a segurança nos vôos internos é igualmente implacável. Desde que um maluco tentou embarcar com explosivos nos sapatos, a vigilância subiu a níveis apavorantes.
Na fila do detector de metais, por exemplo, ninguém espera que o segurança mande as pessoas tirar os sapatos. Todo mundo já fica descalço por iniciativa própria. Isso inclui velhinhas doentes, peruas em roupas de gala, homens de negócios de terno e gravata. Se alguém tiver um computador portátil, pior ainda -tem de ligar a máquina para provar que é mesmo um computador, não uma bomba disfarçada.
Sei lá por quê, quase sempre que vou aos EUA me escolhem para o chamado "secondary screening" ou "inspeção extra". Basicamente é o seguinte: depois de passar pelos detectores todos, você vai parar em um raio-X poderoso que examina a bagagem mala por mala. Depois, ainda tem de tirar os sapatos, passar por uns detectores "high-tech", pagar micos diversos -e tudo isso antes do check-in!
Pois bem: sempre que estou na salinha dessa inspeção extra, tento descobrir algum padrão entre as "vítimas". São todos latinos? Gente com sotaque? Viajantes solitários? Povo com cara de pobre? A resposta: não há regra. Sobra para todo mundo. Uma vez, ao meu lado, uma velhinha surda não conseguia nem entender o que estava acontecendo. E era americana. Já vi famílias, também americanas, saindo em férias, desesperadas porque a inspeção extra demorava muito e já estava na hora do vôo.
Claro que tudo isso não serve de consolo, nem de justificativa. Mas pode ter certeza: os americanos não perseguem a gente, não. Para o bem ou para o mal, esse é só o jeito gringo de ser.



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Álvaro Pereira Júnior, 40, é editor-chefe do "Fantástico" em São Paulo
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Postby mends » 12 Jan 2004, 09:00

ELIO GASPARI

Privataria, versão 2.01
Depois das ferrovias e das distribuidoras de energia, explodiu mais uma privataria do tucanato: a petroquímica. Como no caso da Ferronorte e da Eletropaulo, a administração petista ficou no papel de financiadora de insucessos. Como toda reestatização que se preza, a da petroquímica ocorrerá a pedido do patronato.
O repórter Pedro Soares revelou que o piripaco envolve dois negócios diferentes. O maior deles, com a Braskem, uma subsidiária da Odebrecht, criada em 2002 à sombra do reescalonamento de uma dívida de R$ 2 bilhões com o BNDES. A Petrobras tem cerca de 11% da Braskem, mas a Odebrecht quer triplicar essa participação. Coisa de R$ 2 bilhões. Nas palavras de Emilio Odebrecht, dono do grupo, quando se estava criando a Braskem: "Ela (a Petrobras) pode aumentar sua participação, desde que não seja majoritária".
Esse é o sonho da escumalha: um empréstimo do BNDES e a Petrobras como sócia, "desde que não seja majoritária".
O outro negócio envolve a compra da Petroquímica Ipiranga, empresa controlada por 60 acionistas oriundos de cinco famílias. Na privataria do colorato, ela comprou a Copesul gaúcha. Deve mais de US$ 400 milhões e faz tempo que procura comprador.
Nos dois casos os empresários compraram patrimônio da Viúva. Pagaram o que achavam justo, interessados em ganhar dinheiro com o negócio. Quem se deu bem, bem se deu. No andar de baixo, quem se dá mal vai para o Fome Zero. No andar de cima há o caminho chileno. Não o do general Pinochet, mas o da avenida Chile, no Rio, onde estão as sedes do BNDES e da Petrobras.
No lance da Ipiranga, se o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, conseguir a petroquímica por bom preço, tudo em ordem. Uma vez comprada a empresa, a Petrobras vai geri-la.
O caso da Braskem é diferente, pois, como disse Odebrecht: "Ela pode aumentar sua participação, desde que não seja majoritária". A petroquímica brasileira só existe porque num determinado momento da história da indústria nacional esse tipo de formulação foi posto no seu devido lugar. A história foi assim:
Durante o governo Costa e Silva (1967-69) decidiu-se que a petroquímica devia ser entregue à iniciativa privada. Formou-se um consórcio de empreendedores (Soares de Sampaio, Monteiro Aranha, Moreira Salles e Pery Igel) associados à multinacional americana Phillips Petroleum. Em pouco tempo os americanos caíram fora, deixando um buraco de 40% na composição acionária. Funcionou o caminho chileno, e a Petrobras ficou com 25% do negócio. Para resolver o problema dos empresários que micavam, criou-se a Petroquisa.
Em 1973, depois de brigas de sócios, inépcia industrial y otras cositas más, os donos da Petroquímica União voltaram à avenida Chile. Queriam mais Petrobras. Presidia a empresa o general Ernesto Geisel. Foi curto: investia quanto fosse necessário, desde que ficasse (como ficou) com o controle do empreendimento.
Nas suas palavras, no dia 27 de junho de 1973:
- O caso está no vulto do dinheiro. Eu não abro mão dessa minha posição intransigente por causa do volume do investimento e da minha responsabilidade perante os acionistas, perante a Petrobras, o governo.

O companheiro Bush ajudou

Deve-se ao companheiro George Bush a primeira (e a maior) iniciativa em defesa da qualidade do emprego dos trabalhadores brasileiros desde a chegada do PT Federal ao poder. Na quarta-feira, enquanto Lula rolava um lero com 10 de seus 24 ministros, Bush anunciou um pacote de projetos que abre o caminho para que cerca de 3 milhões de imigrantes ilegais legalizem a sua situação nos Estados Unidos. Entre eles estão pelo menos 200 mil brasileiros. Bush tomou uma medida que colocará as empregadas domésticas brasileiras de Boston e Nova York no mercado formal americano. Lula e seu ministro do Trabalho, Jacques Wagner, ainda não conseguiram fazer coisa parecida em Pindorama.
A iniciativa de Bush chegou em boa hora. A maior comunidade brasileira nos Estados Unidos vive em torno de Boston. Em Framingham, uma das cidades da região, na qual moram perto de 15 mil brasileiros, vinham ocorrendo pequenos episódios em que se misturavam sentimentos contra trabalhadores sem documentação apropriada, xenofobia e racismo.
Pelas contas do Banco Interamericano de Desenvolvimento, os brasileiros residentes nos EUA mandam para Pindorama cerca de US$ 5,4 bilhões por ano. O companheiro Lula ajudaria essa turma se pedisse ao Itamaraty e ao Banco do Brasil que estudassem um mecanismo capaz de proteger as remessas das mordidas dos tubarões. Casas de câmbio e escritórios de predadores aproveitam-se da informalidade das transações para tungar os brazucas.

Um candidato e três biografias

São fortes os sinais de que o governador Geraldo Alckmin fará do secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
Três notáveis tucanos, de meritória biografia, deveriam sugerir datas para o lançamento da candidatura do doutor Saulo.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso poderia propor o dia 14 de abril. Nele se comemorará o primeiro aniversário da denúncia de que o delegado Laertes Calandra (acusado de ser o "Doutor Ubirajara" da central de torturas do DOI de São Paulo) prestava relevantes serviços no Departamento de Inteligência da polícia do tucanato paulista. Calandra e FFHH talvez tenham se cruzado no DOI, em 1974, mas não se viram. O professor Cardoso estava encapuzado.
O presidente do PSDB, José Serra, poderia propor o dia 5 de março, primeiro aniversário da morte de 12 delinquentes numa emboscada no Castelinho, perto de Sorocaba. Doutor Saulo classificou o episódio como "um primor de operação em termos de informação". O Ministério Público achou que foi um primor de matança e simulação de confronto. Por isso, indiciou 53 policiais. Está no arquivo do Dops paulista um bilhete, de 1973, no qual se espera que os militares chilenos cuidassem de José Serra, que estava preso em Santiago: "Como vês, trata-se de "boa gente", que bem merece ser "tratado" pelos chilenos".
O ex-presidente do PSDB, José Anibal, que viveu exilado em Paris, fugido das primorosas operações de informações da ditadura, poderia sugerir o dia 19 de agosto. Será o primeiro aniversário da prisão do garçom Valdinei Sabino da Silva, que confessou ter matado o empresário José Nelson Schincariol. Passados 16 dias, os verdadeiros bandidos foram capturados, e Valdinei, solto. O garçom conta que confessou para parar de apanhar. O doutor Saulo assegura que sua polícia não tem tradição de tortura: "Ninguém o torturou".

Planalto fura fila

Um hierarca do Ministério da Saúde, valendo-se do nome de um grão-companheiro do Palácio do Planalto, mandou que fosse furada a fila de exames para a realização de transplantes de medula.
Esse trabalho é coordenado pelo Centro de Transplantes de Medula do Instituto Nacional do Câncer, instituição séria e respeitada. Ao contrário do que ocorre com rins e fígados, as medulas transplantáveis podem ser buscadas em bancos de doadores mundo afora. Para se descobrir a compatibilidade do doador com a de um potencial receptor, são necessárias baterias de exames que custam em média US$ 500.
Há cerca de 500 pessoas na fila esperando esses exames. (Cerca de 15% morrem na espera.) O companheiro mandou que se apressassem os exames de um paciente. Com isso, a pessoa beneficiada passou na frente de pelo menos 200 enfermos.
Graças a essa interferência, o doador já foi encontrado e, se tudo correr bem, o transplante ocorrerá em breve.
Com US$ 10 milhões, o companheiro do Planalto, cujo santo nome foi repetidamente pronunciado, poderia cobrir todos os custos dos transplantes das 500 pessoas da fila. Ela acabaria sem que fosse necessário furá-la.

E$perteza

Um dos grandes golpes da ekipekonômica durante o tucanato foi aumentar a arrecadação das contribuições que não é obrigada a partilhar com os Estados e municípios. Assim, em 1994 a coleta do IPI e do Imposto de Renda (divididos meio a meio) era ligeiramente superior (3%) à das contribuições como Cofins e PIS. Em 2002, essa relação inverteu-se. As contribuições superaram em 2% os impostos partilhados.
Na sua versão recente, a ekipe meteu a faca. Em 2003, a diferença entre os tributos que o governo federal mastiga sozinho pulou para 13% e neste ano irá a 27%.
Em dinheiro isso significa que a patuléia pagará R$ 140 bilhões em tributos imperiais que serão gastos como Brasília achar melhor. Os impostos partilhados com as províncias somarão R$ 110 bilhões.
Apesar de terem sido negociadas algumas concessões na reforma tributária, os governadores e prefeitos fizeram papel de tolos durante as reuniões teatrais do Torto.

Infrazero

A Infraero fez uma boa com o dinheiro que arrecada da patuléia. Instalou painéis eletrônicos nas três salas de embarque do aeroporto de Congonhas. Em cada sala há vários portões. Na sala 3, por exemplo, há três.
Os painéis informam aos passageiros que estão na sala 3 quais são os vôos designados para a sala 3, que partirão da sala 3. O portão? Nem pensar.
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Postby mends » 19 Jan 2004, 09:18

Mulatas de biquíni versus um piloto boçal
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR

COLUNISTA DA FOLHA

...e lá vem um piloto americano, xucro e boçal, daqueles que devem achar que o México é um Estado dos EUA e que se referem ao país onde nasceram como "mundo", aprontar com a Polícia Federal do Brasil, mostrar o dedo, dar risadinhas e fazer renascer a chama do antiamericanismo gratuito em nosso país pobre com sede de vingança.
É por causa de gente desse tipo -como esse piloto, Dale Hersh, 53 anos de pura estupidez, ou como o presidente Bush e seus asseclas- que o coeficiente de ódio dirigido aos EUA aumenta exponencialmente no planeta.
O comandante do avião da texana American Airlines comportou-se como todo americano caipira e ignorante quando sai de seu país: como se estivesse na casa da mãe Joana, livre das regras draconianas que regem o convívio social nos EUA. Resumindo: acha que pode fazer o que bem entender e fica tudo certo.
Mas, como culpar esse piloto, que no limite é um cidadão comum no pleno exercício de sua cretinice, se o presidente do país dele chama os gregos de "grecianos", diz em Roma que acha espantoso como americanos e italianos usam palavras em comum (exemplo que ele deu: "fórum") e pergunta ao então presidente Fernando Henrique Cardoso se "o Brasil também tem negros"?
É assustador como o governo Bush resume e reflete o que de pior existe no espírito americano. Na semana passada, vi no canal Fox News uma coletiva de Donald Rumsfeld, o homem-forte do governo Bush, em que ele disparava ofensas e ironias contra Paul O'Neill, um ex-secretário do Tesouro de George W. que acaba de publicar suas memórias, bastante críticas em relação à atual administração americana.
Pois bem: a agressividade de Rumsfeld ao responder aos jornalistas faria um daqueles ataques de ira de Antonio Carlos Magalhães parecer uma sessão de meditação com Mahatma Gandhi...
Em oposição a tudo isso, à truculência americana, temos o quê?
Sim, temos a manemolência carioca, as mulatas de biquíni recebendo com ginga os turistas sonados que pousam no aeroporto do Galeão!
É festa, é alegria, chope e Carnaval! Tudo se resolve na base do carinho, do improviso, da bagunça e do talento, que beleza, olê-olá, alalaô, u-hu! E que ninguém se atreva a mexer com nossa pátria verde-amarela, que a gente vira bicho.
Entre o Texas bronco de Bush e a malandragem plastificada do aeroporto internacional do Rio, acho que vou pegar o próximo avião para Buenos Aires. O aeroporto de lá tem um açougue dentro do free-shop, é verdade, mas, pelo menos, quando estive ali no final de 2003, ninguém me recebeu dançando em trajes típicos, nem me fizeram deixar as impressões digitais.
Hasta la vista, baby.



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Álvaro Pereira Júnior, 40, é editor-chefe do "Fantástico" em São Paulo
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Postby mends » 21 Jan 2004, 08:56

ELIO GASPARI

O AeroLula e a Mbeki Airline
"Isto é viver como se aprova", disse Juca Chaves, referindo-se a Juscelino Kubitschek, o presidente bossa-nova. JK atravessava o país num reles quadrimotor turboélice levando consigo o sorriso do progresso, a energia de um prefeitão e o prazer de "desfrutar da maravilha de ser o presidente do Brasil".
Lula conseguiu ser o primeiro governante de Pindorama, desde Tomé de Souza, que não abriu um só metro de trilha asfaltada no seu primeiro ano de mandato. Progresso é coisa que falta na sua prateleira. Energia de prefeitão, nem pensar. O presidente adora aquilo que JK mais detestava: reuniões.
Depois de perseverar no estilo duty-free, rodando num Omega australiano, fumando (escondido) cigarrilhas holandesas, tendo licitado roupões de algodão egípcio, Lula decidiu comprar um avião.
Aqui vão as opiniões de dois leitores.
Primeiro a de Henoélio Hermenegildo Sapopemba, do Rio de Janeiro:
"Lamento que a Presidência da República vá comprar um Airbus 309 para transportar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas intermináveis viagens nacionais e internacionais. E se isso não bastasse, a nova aeronave que vai substituir a atual custará US$ 56,7 milhões, pagos com o dinheiro do povo brasileiro. Enquanto isso, os reis da Suécia, da Dinamarca e da Noruega e governantes de vários países "pobres" viajam em aviões de carreira".
Fala Paulo Roberto Leme, de São Paulo:
"O novo avião do presidente vai custar cerca de R$ 160 milhões, a Petrobras torra R$ 50 milhões em publicidade na comemoração dos seus 50 anos, o Congresso Nacional vai gastar R$ 50 milhões com a convocação extraordinária e a Prefeitura de São Paulo gastou R$ 136 milhões em publicidade em três anos. Somente nesses quatro exemplos -e deve haver muito mais-, a administração do PT torra R$ 397 milhões. E o presidente fala em CPMF mundial contra a fome".
Falta ao governo de Lula a frugalidade que se esperava da nação petista. Família com desempregado à mesa não troca de carro. Um presidente que expandiu o desemprego e contraiu o PIB não deveria comprar avião.
Se o papa e mais os reis da Suécia, Dinamarca e Noruega não precisam de um Airbus para suas movimentações, por que Lula precisa? Se tivesse paciência, poderia comprar um dos últimos modelos da Embraer. Caberiam ele, suas comitivas e, apertando um pouco, até os egos do comissário José Dirceu e do senador Aloizio Mercadante. Não teria autonomia para voar direto a Paris, mas não sendo um potentado saudita, Lula suportaria essa exclusão.
A diferença entre um avião da Embraer e um roupão de pano egípcio, um Omega australiano, cigarrilhas holandesas e um Airbus europeu é que a Embraer (financiada pelo BNDES) gera empregos no Brasil.
Alguém foi capaz de provar a Lula que, sem um Airbus presidencial, o Brasil se torna ingovernável ou, pelo menos, ele não poderá governá-lo como prometeu. Havendo o dinheiro (e a vontade de gastá-lo), as necessidades aparecem. Veja-se o caso do rei Khaled, da Arábia Saudita. Primeiro ele precisou de um avião. Comprou um Boeing 747. Precisava orar, voltado para Meca. Instalou no nariz do jato um espaço que rodava como um giroscópio. Era cardíaco. O avião tinha uma UTI. Conta a lenda que Khaled temia que lhe faltasse um doador caso precisasse de um transplante. Por isso, levava um nas viagens, vivo. (Alô, alô, ministro Humberto Costa, uma idéia para transplantes de medula?) Khaled morreu em 1982, em casa. O doador, caso tenha existido, tornou-se um feliz desempregado.
Numa patifaria da sociedade de consumo globalizado, o mundo tem hoje dois presidentes comprando Airbus. Um é Lula, o retirante dos anos 50, operário dos 60 e sindicalista dos 70. O outro é o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, filho de ativistas negros, militante comunista, líder estudantil exilado por mais de dez anos entre Londres e Moscou (onde fez treinamento militar), protegido de Nelson Mandela.
:( :( :( :( :(
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Postby mends » 26 Jan 2004, 09:10

Coronéis do PT
O PT Federal está armando uma manobra de curral de coronel na política da cidade de São Paulo.
Se Marta Suplicy for reeleita, torna-se favorita para a disputa do governo do Estado em 2006. Diante disso, o comissariado de Brasília quer dar ao PMDB (ou ao PL) a vice-prefeitura na chapa que será servida aos eleitores em outubro.
Se a senhora Suplicy for reeleita e quiser disputar a sucessão de Geraldo Alckmin, deverá largar a prefeitura no meio do mandato. Com isso o PMDB (ou o PL) governa São Paulo por dois anos. Ou, numa versão menos maligna, Marta Suplicy fica com uma bola de ferro no tornozelo, impedida de disputar a candidatura ao governo com o senador Aloizio Mercadante ou com José Genoino, o petista derrotado de 2002.
Tendo sido eleita numa chapa puro-sangue com o procurador Hélio Bicudo, Marta Suplicy poderá ser obrigada a conviver com um acordo napoleônico. Os comissários darão a cidade de São Paulo ao PMDB (ou ao PL) como Napoleão dava os países da Europa aos seus vorazes familiares.

sobre os 21 mil reáu da convocação extraordinária...

"Devolver o dinheiro é atitude demagógica, oportunista e malandra".
(Paulo Paim, PT-RS, vice-presidente do Senado.)

"Deputado nenhum gosta de receber esse dinheirinho extra. Mas precisamos respeitar a Constituição."
(Inocêncio de Oliveira, PFL-PE, vice-presidente da Câmara.)

"A imprensa brasileira trata a questão como se deputado fosse gatuno. Se o presidente Lula quis me dar R$ 21 mil, agradeço a Sua Excelência o gesto de generosidade e os recebo." (Deputado José Thomaz Nonô, PFL-AL.)

Coisa de pobre
Lula anunciou que vai comprar um Airbus europeu, capaz de levá-lo, sem escalas, a Paris. Pagará US$ 56 milhões pela peça. Quando ele assumiu a Presidência do Brasil, a renda per capita estava em U$ 2.850 anuais. Deve ter fechado 2003 um pouco abaixo disso.
Seu colega Theba Mbeki, da África do Sul, também quer comprar um Airbus. A renda per capita de seu povo é de US$ 2.820.
O rei Mswati III, da Suazilândia, não conseguiu comprar um jatão. A grita nativa e o FMI não deixaram. Seu povo soma 1 milhão de almas, com uma renda de US$ 1.290. De cada três súditos do jovem monarca, um deles está desnutrido.
Nesse mundo injusto e excludente, estão sem avião os seguintes deserdados:
Harald V, da Noruega, cuja patuléia tem uma renda de US$ 37.850 per capita.
Margarethe II da Dinamarca, ex-voluntária da Força Aérea. Seu marido, o príncipe Henry, é piloto (US$ 30.290 per capita).
Carlos XVI Gustavo, da Suécia (US$ 24.820 per capita).
O avião que serve à rainha Beatriz da Holanda não tem autonomia para voar da Europa ao Brasil. Ela veio a Pindorama num vôo da KLM. (A renda per capita de seus súditos é de US$ 23.960).
Desde JK, todos os presidentes brasileiros tiveram avião. Lula poderia ter sido o primeiro a comprar um jato mais modesto na Embraer. A companhia pega dinheiro emprestado no BNDES (US$ 4,15 bilhões em oito anos) e dá emprego a 12 mil brasileiros.
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Postby Danilo » 26 Jan 2004, 11:00

<span style='color:green'>Cometários estúpidos:

- Queria eu ter a renda igual a renda per capita mensal do Brasil que você cita aí;
- Esse Lula tá muito chique pro meu gosto;</span>
:chair:
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