VADE RETRO SOCIALISTAS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby telles » 16 Feb 2006, 16:58

mends wrote: ”adoram defender os terroristas islâmicos, vítimas da “fúria egoísta e imperialista” do Tio Sam, procuram valores “comunitários” e “reais”, em oposição a tudo o que a civilização ocidental judaico-cristã “patriarcal” construiu.

Vocês viram algum vídeo de terroristas degolando prisioneiros? Não vejam... é cruel, de enjoar até o tenente da PM que trabalha comigo e já viu coisa que ninguém acredita.... E são esses mesmos terroristas defendidos pelas ONGs....
Telles

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Postby mends » 20 Feb 2006, 09:49

em tese, num mundo perfeito, seria uma boa a nota abaixo. No Bananão, com os professorezinhos furrecas que temos, todos socialistazinhos imbecis incapazes de "fazer um O com o fundo do copo", como diz meu velho, é só mais um espaço de doutrinação pura.

MEC quer aulas de filosofia e sociologia
Em 2001, FHC vetou projeto de lei, alegando falta de professores

Renata Cafardo

O Ministério da Educação (MEC) quer tornar obrigatórias as disciplinas de filosofia e sociologia no ensino médio de todo o País. A proposta foi enviada para discussão do Conselho Nacional de Educação (CNE) e a decisão deve sair até o fim de março. Atualmente, as matérias já são oferecidas em redes de ensino de 12 Estados, obrigatoriamente ou como opção para os alunos.

Essa é a primeira vez que a questão volta a ser debatida nacionalmente desde 2001, quando o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso vetou um projeto de lei que pedia a volta das disciplinas. Na época, ele alegou que faltavam professores para cumprir a futura demanda. "A questão da falta de professores exige atenção, mas faltam também para física, química e biologia no ensino médio. Isso não pode ser obstáculo para que elas façam parte da grade curricular", diz a diretora de Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica do MEC, Lúcia Helena Lodi.

Em 2004, formaram-se no País 245 profissionais em Filosofia que optaram por fazer Licenciatura, ou seja, tornaram-se professores. O MEC não tem números correspondentes para sociologia. Sabe-se apenas que cerca de 2.300 concluíram o curso de Ciências Sociais. "Um mesmo professor pode dar aulas em várias escolas", diz o presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, Paulo Roberto Martins. O documento do MEC pede que as disciplinas sejam oferecidas em "pelo menos duas aulas semanais em pelo menos uma das séries do ensino médio, cabendo à escola estabelecer uma carga horária adequada (...)".

São Paulo começou a oferecer as disciplinas em 2005. Depois de uma consulta às escolas foi decidido que os 1º e 2º anos teriam aulas de filosofia e que, nos 3º anos, poderia ser escolhido entre sociologia e psicologia. Hoje, há 1.800 professores de filosofia na rede. Neste ano, com a criação do período integral em 500 escolas, elas passaram também a oferecer a disciplina para alunos de 1ª a 8ª série.

"Não adianta dizer que não tem professor. É preciso oferecer a disciplina justamente para estimular as pessoas e as universidades", diz a Valéria de Souza, da coordenação de estudos e normas pedagógicas da Secretaria Estadual da Educação.

INTERPRETAÇÕES

A discussão atual retoma um velho debate sobre interpretações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LBD), de 1996. Segundo parecer de 1997 do próprio CNE, a LDB fala em "domínios de conhecimentos de filosofia e sociologia" e isso não necessariamente significa obrigatoriedade das disciplinas. A partir de então, a adoção ou não de filosofia e sociologia ficou por conta de cada Estado. O entendimento hoje do MEC é de que o trecho da LDB exige sim que os alunos cursem as disciplinas de filosofia e sociologia.

"Não será uma matéria pacífica no conselho", diz o presidente da Câmara da Educação Básica do CNE e futuro relator do novo parecer, Cesar Callegari. Ele, no entanto, adianta que vai defender a volta das disciplinas. "Isso vai requalificar o ensino médio, que perdeu muito na área de humanas", diz. Depois de pronto, o parecer precisa ainda ser homologado pelo ministro Fernando Haddad. Hoje, Callegari e outros integrantes do CNE se reúnem com dirigentes do MEC para discutir a questão.

A posição de Callegari tem apoio de várias associações de professores pelo País. "As disciplinas são essenciais no processo de desenvolvimento do aluno, na capacidade de crítica, raciocínio, análise e ajudam até nas outras matérias, como matemática e ciências", diz o presidente do sindicato dos professores no Estado de São Paulo (Apeoesp), Carlos Ramiro.

De acordo com o MEC, a disciplina de sociologia foi obrigatória no País entre 1925 e 1942 no que seria o equivalente ao ensino médio de hoje. Filosofia nunca foi uma exigência, mas sempre esteve presente em currículos de vários Estados.
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Postby tgarcia » 20 Feb 2006, 11:52

Eu tive estas matérias no colégio.
Filosofia nos "antigos" 1º e 2º Colegiais.
Sociologia como eletiva no 3º colegial.

Posso dizer que foi interessante, mas a sociologia totalmente tendenciosa.
Para vcs terem uma idéia, tive que ler Marilena Chauí, Peter Burke (gostei desse cara) e uns outros sobre teorias de poder e controle social.
Na época, minha "tese" para a matéria foi sobre o MST (vou tentar resgatar meu trabalho para ver as baboseiras que eu devo ter escrito).
Fui quase massacrado :chair: pela sala qdo apresentei no final do ano (imagine o perfil de quem escole sociologia como eletiva....). 99% dos trabalhos eram críticas ao "sistema".

mas ainda assim achei válido, no mínimo pelas discussões de adolescentes....
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Postby mends » 24 Feb 2006, 10:59

do Relatório Reservado:

Sacolão
O governo Lula foi beber
mais uma vez na fonte de
Hugo Chávez. Estuda implantar
uma espécie de rede
de distribuição de alimentos
básicos, que seria coordenada
pelo Ministério da Agricultura.
Sinal de alerta para
o varejo. Na Venezuela, a
medida causou uma onda
de quebradeira de pequenos
e médios comerciantes.
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Postby mends » 01 Mar 2006, 15:22

As contas suíças de Lênin
O revolucionário tinha dinheiro em Zurique.
Como essa notícia ajuda a derrubar o mito


Por FÁBIO ALTMAN

Tudo o que é sólido desmancha no ar, uma das mais conhecidas máximas do Manifesto Comunista de Marx e Engels, pode ser aplicada, definitivamente, a um seguidor da dupla: Vladimir Ilitch Ulianov, o Lênin. Na semana passada, um ex-coronel do Exército Vermelho anunciou
ter descoberto em Zurique, na Suíça, uma conta corrente em nome do revolucionário de primeira hora. Ela está registrada com o número 611361 e, no momento da partida de Lênin da Suíça, em 1917, rumo à Estação Finlândia de Moscou, tinha 5 francos suíços. Nos valores
de hoje, aplicados juros e inflação, além de duas guerras mundiais, equivaleria a parcos 8 euros, pouco mais
de R$ 25.

O que importa, nessa história, é o simbolismo, e não a quantia. Virou piada, aos olhos revisionistas de um mundo globalizado, saber que Vladimir empunhou a bandeira vermelha enquanto deixava uns trocados na Suíça, onde morou. "Sabemos que ele teve que deixar Genebra às pressas em 27 de março de 1917, e imaginei que não tivesse tido tempo de fechar a conta no banco", disse Tarenko ao jornal Komsomolskaia Pravda. A neta de Lênin, Olga Ulianova, dá de costas à informação. "Não quero nem falar sobre esse assunto", apressou-se em declarar.

O desmanche leninista não é de hoje, e os oportunistas não perdem chance de acelerá-lo. Há oito anos, quando os suíços abriram os depósitos das vítimas do Holocausto, de modo a devolver o dinheiro arrestado, já havia aparecido uma conta em nome de Vladimir Ilitch. Era um montante equivalente a US$ 70, algo como
US$ 13 mil atuais. Cabe lembrar que ele nunca foi muito apegado a dinheiro no próprio bolso, postura semelhante a de Stalin, que jogava rublos no cofre como quem manipulava folhas de papel em branco. Mas quando se tratava de alimentar a revolução, aí sim nada recusavam. Lênin recebeu vultuosa ajuda de Arthur Zimmerman, ministro das relações exteriores da Alemanha entre 1916-1917, de modo a permitir o retorno dos bolcheviques à Rússia, logo depois do primeiro golpe contra o czar. Lênin e turma aliavam-se com quem podia ajudar, sem grandes preocupações com as cores políticas.

“Essa descoberta é quase anedótica”, diz Álvaro Bianchi, professor do departamento de Ciência Política da Unicamp. “Mas o fato de ele permanecer sendo notícia é resultado de sua dimensão histórica”. Depois do período do culto à personalidade, imposto pelo stalinismo, Lênin virou mito. Houve, depois, a necessidade de desmistificá-lo, de torná-lo humano. “A conta suíça faz parte desse processo”, diz Bianchi. “Mas é importante notar que a própria teoria de Lênin já tratava do vigor do imperialismo financeiro, o que ajuda a explicar a existência da conta agora anunciada”. É inquestionável, porém, que 90 anos depois, a história é ingrata com Lênin. Ele desmanchou. Só continua sólido, no subsolo do Kremlin, porque foi embalsamado. As filas que lá se formam, coalhadas de turistas, não são muito diferentes daquelas que antecipam a estréia de um novo filme da série Harry Potter. Adeus Lênin, parecem anunciar os escassos 8 euros descobertos na semana passada
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Postby mends » 09 Mar 2006, 11:54

MST destrói laboratório e mudas da Aracruz no RS
Sérgio Bueno De Porto Alegre
O horto florestal Barba Negra da Aracruz, em Barra do Ribeiro, a 56 quilômetros de Porto Alegre, foi alvo de um protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina. Na madrugada de ontem, cerca de 2 mil manifestantes ligados às duas organizações, a maioria mulheres, invadiram o local e destruíram o laboratório de sementes e entre 4 milhões e 5 milhões das 12 milhões de mudas que estavam prontas para o plantio.
Os manifestantes participam do fórum internacional "Terra, Território e Dignidade", que ocorre em paralelo à conferência sobre reforma agrária da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), na capital gaúcha. Em nota divulgada ontem, o MST disse que a ação pretendia "denunciar as conseqüências sociais e ambientais do avanço do deserto verde criado pelo monocultivo (sic) de eucaliptos".
Na nota, o movimento disse que a Aracruz gera apenas um emprego a cada 185 hectares plantados enquanto na agricultura familiar a relação é de um posto de trabalho por hectare e que, por isto, estava protestando contra o ritmo dos investimentos em reforma agrária no país. A manifestação também serviu para marcar o dia internacional da mulher, informou o MST.
A Aracruz ainda não concluiu o levantamento dos danos provocados pela invasão, mas deve entrar com uma ação judicial contra os organizadores cobrando indenização pelos prejuízos, disse o diretor de operações, Walter Lídio Nunes. De acordo com ele, a montagem de um laboratório como o que foi destruído custaria US$ 400 mil, mas o pior foi a destruição de pesquisas genéticas desenvolvidas há 20 anos no local. "O Brasil não é líder mundial em produtividade no setor florestal por acaso. Isto exige pesquisa", comentou.
Para o executivo, a invasão foi uma "afronta" contra a empresa, mas não irá afetar os estudos para a implantação de uma nova fábrica de celulose no Estado. "O movimento ocorreu no Rio Grande do Sul, mas não é uma ação de gaúchos", disse. A Aracruz tem uma unidade que produz até 430 mil toneladas de celulose branqueada por ano em Guaíba, ao lado de Barra do Ribeiro, e avalia a construção de uma unidade, com capacidade de 1 milhão de toneladas por ano, para começar a operar entre 2010 e 2015. O orçamento é de US$ 1,2 bilhão, incluindo o plantio de 100 mil hectares de florestas e a preservação de outros 40 mil.
Conforme o gerente florestal da empresa no Estado, Renato Rostirola, a destruição provoca atraso no plantio de parte dos 42 mil hectares próprios e 12 mil de terceiros utilizados para abastecer a fábrica de Guaíba, já que cada muda leva cerca de 90 dias para ficar pronta. Além da Aracruz, a Votorantin Celulose e Papel e a Stora Enso têm projetos para investir em florestas e fabricação de celulose no Estado
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Postby tgarcia » 09 Mar 2006, 11:59

só uma coisa a dizer:
PUTA QUE O PARIU! :fodase: :ranting:
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Postby mends » 10 Mar 2006, 10:58

Líder do MST aprova ação no Sul e ataca pesquisadora
Determinado e radical, estilo de Jaime Amorim inspira movimento

Angela Lacerda
RECIFE

O líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) Jaime Amorim aprovou ontem a depredação na Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, ocorrida anteontem. "Não estamos preocupados com a nossa imagem", disse ele, ao ser questionado sobre a violência empregada na ação. Tampouco se sensibilizou com o choro da pesquisadora que viu anos de trabalho serem destruídos. "Se fosse uma pesquisadora séria, não teria se vendido às multinacionais", afirmou. "Ela representa um tipo de venda de soberania."

O mais conhecido líder do movimento, João Pedro Stédile, fez coro ao grito de guerra declarado por Amorim: "As companheiras mulheres (que invadiram a Aracruz ) estão de parabéns pelo ato de chamar a atenção da sociedade."

Aos 46 anos, Amorim é a maior liderança do MST em Pernambuco. Responsável pela organização no Estado, não usa meias palavras para expressar suas posições - radicais até para o MST. Ele é natural de Santa Catarina, ingressou no movimento social e de luta pela terra através da Igreja. Casado com Rubineusa Souza, liderança ativa do MST na área da educação, com quem tem três filhos, mora em Caruaru, no agreste, quartel-general do movimento. Está lá desde 1987.

Mesmo com o crescimento do movimento no Estado e a formação de líderes estaduais, Amorim, que integra a direção nacional, é sua maior referência. Está presente em todas as grandes manifestações, assim como no planejamento.

Após quase duas décadas em Pernambuco, acumulou processos judiciais por vários motivos: incêndio de tratores e ocupação de terra, bloqueio de estradas, invasão de navio vindo da Argentina com milho transgênico, ocupação da sede do Incra com reféns, retirada de produtos geneticamente modificados em supermercados.

Há cerca de um mês, teve a prisão decretada por depredação de veículos em uma rodovia, mas a ordem foi revogada.

INFLUÊNCIA

Ontem, ao comentar a depredação no Sul, Amorim explicitou objetivos que vão além da reforma agrária. Para ele, o importante é que o ato da Via Campesina e do MST ajude a sociedade a discutir o sistema produtivo e os produtos geneticamente modificados. "O País não pode ficar refém das florestas homogêneas, como a de eucalipto, nem de monoculturas, que destroem o meio ambiente."

A tática de Amorim influenciou outros movimentos de luta pela terra, mais comedidos desde as Ligas Camponesas, de Francisco Julião, que reuniam canavieiros na Zona da Mata e foram duramente reprimidas pelos governos militares.

Amorim pega na foice para derrubar cercas e está sempre junto dos acampados e assentados, o que reforça a sua liderança. Tem a confiança dos sem-terra, que vêem nele e no movimento alguém que se preocupa com sua realidade e necessidades. Amorim recorreu à greve de fome com outros companheiros, há dez anos, para forçar a desapropriação da Fazenda Normandia, em Caruaru. Se for preciso, ele garante que voltará a fazer jejum.

Ações consideradas radicais e extremistas se transformam em mecanismo de luta, nas suas explicações. Para ele, ocupação do Incra com queima de veículos "visou unicamente a fortalecer a infra-estrutura do órgão". Depredar laboratório da Aracruz "tem o objetivo de defender a saúde do povo e a soberania nacional".

Nesse contexto, o caminho que começa a ser trilhado pelo MST, de combate às multinacionais, por devastar a agricultura e o meio ambiente, "ameaçando a soberania nacional", é perfeitamente defensável.
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Postby mends » 14 Mar 2006, 11:29

O projeto revolucionário do MST


Pela primeira vez, o principal dirigente do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, descreveu com todas as letras e nenhum subterfúgio o objetivo último da sua organização. Em entrevista ao repórter Roldão Arruda, publicada domingo neste jornal, descortinou o DNA desse que é irrefutavelmente um partido revolucionário. Depois de suas declarações, ninguém com um grão de honestidade intelectual poderá ainda subscrever a falácia de que o MST é um movimento apolítico voltado para o combate ao que entende ser a iniqüidade social no campo - e que, no máximo, deve ser condenado por seus meios, não por seus fins.

Na realidade, meios, fins imediatos e mediatos fazem parte de uma mesma e articulada lógica insurrecional. Por exemplo, as pressões pelo assentamento das 140 mil famílias acampadas à espera da terra prometida pelo governo, segundo os números do MST, têm apenas importância tática, restrita. Para Stédile, a expansão do agronegócio de ampla base tecnológica tornou obsoleto "o modelo das reformas agrárias clássicas". Já não se trata de distribuir lotes aos que deles precisam para sobreviver: isso é detalhe.

Hoje, a reforma agrária "pressupõe um novo projeto político para o País", diz Stédile. "Necessariamente", faz questão de enfatizar. "A reforma agrária não se viabiliza no modelo neoliberal." A partir dessas palavras, é imperativo encarar cada uma e todas as ações - legais, pára-legais ou francamente ilegais - do MST como etapas da construção de um processo que, em nome da "democratização da sociedade" privilegia "novos mecanismos de participação popular" por oposição aos mecanismos da institucionalidade democrática: direitos individuais, liberdade de expressão, pluripartidarismo, eleições livres e regulares, alternância no poder e respeito às decisões do Judiciário.

O processo é revolucionário na medida em que presume implicitamente que aqueles "novos mecanismos" requerem a violência para se impor. Atos de selvageria como a destruição de um centro de pesquisas agrícolas da Aracruz no Rio Grande do Sul são legitimados pelo fato de a empresa ser "o símbolo do modelo do agronegócio neoliberal" e do capitalismo internacional. Como todo revolucionário quando confrontado com a questão da violência para atingir os seus alvos, Stédile a julga assunto menor perto do que seria o principal: "Ela é conseqüência do processo da imposição de um modelo..."

A violência como parteira da História já serviu de pretexto para a substituição de um modelo produtivo e de propriedade por outro, supostamente mais racional, apoiado na ciência e suas aplicações. O comunismo, dizia Lênin, são os sovietes mais a eletricidade. No caso do MST e congêneres do exterior com os quais está aliado, como a Via Campesina e ONGs companheiras de viagem, a violência serve ao retrocesso - a desmodernização da economia rural e a virtual abolição do comércio internacional de produtos agrícolas. Em vez disso, o Éden da agricultura familiar, quando não o comunismo primitivo, que de há muito as populações indígenas que o praticavam já descartaram.

Essencialmente, como diria Stédile, não há diferença entre esse delírio e aqueles que conduziram aos inomináveis massacres da Revolução Cultural na China e do Khmer Vermelho no Camboja, décadas atrás. Nos dois casos, o inimigo era o conhecimento, a tecnologia, o progresso e o conforto material. Pol Pot, do Khmer, um revolucionário que estudou em Paris, queria simplesmente erradicar as cidades. Na China e no Camboja de então, uma Embrapa - matriz da moderna agricultura brasileira - teria o mesmo destino do centro gaúcho de pesquisas vandalizado pela descerebrada massa de manobra do MST.

A infantaria de Stédile é decerto a primeira vítima da sua estratégia criminosa. Afinal, quanto mais violento o MST e menor o apoio da opinião pública aos seus métodos, menor a eficácia das pressões legítimas para acelerar os assentamentos. Em perspectiva ampla, porém, o que conta é o desafio emessetista ao poder do Estado: foi assim no governo Fernando Henrique, que o enfrentou com tibieza que estimulou sua ousadia. É assim no governo atual, com Lula, seu aliado ostensivo, fazendo questão de envergar publicamente o seu principal símbolo: o boné vermelho.

O partido revolucionário chamado MST escarnece do Estado que o financia.
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Postby mends » 14 Mar 2006, 11:53

União deu R$ 79 mil a invasoras da Aracruz
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Associações de mulheres camponesas que promoveram a invasão de instalações da Aracruz Celulose na semana passada contaram com dinheiro dos cofres públicos para atividades de formação. Em dezembro do ano passado, o Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais) registrou o repasse de R$ 79 mil a duas associações estaduais subordinadas ao Movimento das Mulheres Camponesas.
Ao garantir a transferência de pouco mais de R$ 26 mil à Associação do Movimento de Mulheres Camponesas de Roraima, em 23 de dezembro, o Ministério do Meio Ambiente detalhou o destino do dinheiro: "Potencializar as mulheres camponesas (...), promovendo melhores condições no exercício do debate e das práticas diárias no meio em que vivem".
A associação estadual do Pará recebeu quase R$ 53 mil em 12 de dezembro, referente a uma parcela do contrato firmado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O objetivo do contrato é, segundo o ministério, "promover processos de mobilização para a gestão participativa do processo de desenvolvimento sustentável do território rural".
Na madrugada da última quarta-feira, cerca de 2.000 mulheres invadiram o horto florestal da Aracruz Celulose em Barra do Ribeiro (RS). O objetivo, segundo a página eletrônica do MMC Brasil, era denunciar o avanço de plantações destinadas à produção de celulose. "Somos contra os desertos verdes", afirma o texto. "A terra deve cumprir função social, deve alimentar a vida, não os lucros." No ato foram destruídas 1 milhão de mudas e material de pesquisa, resultado de 15 anos de trabalho.
Rosângela Cordeiro, da coordenação do Movimento das Mulheres Camponesas, confirmou que as associações nos Estados do Pará e de Roraima, beneficiárias de repasses de recursos públicos, integram a entidade nacional e participam da Via Campesina, que assumiu a responsabilidade pela destruição de mudas e viveiros da Aracruz. Cordeiro disse que não acompanha o repasse de verbas federais. Outras dirigentes do movimento não foram localizadas.

Contrato em curso
A assessoria do Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que o contrato com a associação das mulheres camponesas do Pará ainda está em curso e a prestação de contas só será exigida no final de setembro, de acordo com os prazos estabelecidos.
Segundo o ministério, o dinheiro foi destinado à mobilização das mulheres camponesas para participar de processos de desenvolvimento sustentável, não à invasão de propriedades. O ministro Miguel Rossetto divulgou nota na semana passada condenando o ato.
Procurada pela Folha, a assessoria da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) não se manifestou até a conclusão desta edição.
As ordens bancárias e notas de empenho que beneficiaram as associações foram pesquisadas pela equipe do site Contas Abertas, especializado em acompanhamento de contas públicas.

Passeata
Uma passeata reuniu cerca de mil pessoas ontem em Guaíba (região metropolitana de Porto Alegre), onde fica a fábrica para a qual era remetida a produção de Barra do Ribeiro, para dar apoio à empresa Aracruz.
Os manifestantes, organizados por moradores, comerciantes e a prefeitura, pediram punição e mais proteção.
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Postby tgarcia » 14 Mar 2006, 15:51

Sem-terra invadem campo experimental da Syngenta no PR
Evandro Fadel

CURITIBA - A assessoria do Movimento dos Sem-Terra (MST) em Curitiba informou que , na manhã de hoje, cerca de mil agricultores dos movimentos que compõem a Via Capesina ocuparam o campo experimental da empresa de sementes Syngenta Seeds, em Santa Teresa do oeste, a cerca de 530 quilômetros de Curitiba, no oeste do Paraná.

Segundo o MST haveria experimento ilegal e transgênicos na área, que está localizada na zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu.
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Postby junior » 15 Mar 2006, 11:23

Segundo o MST haveria experimento ilegal e transgênicos na área, que está localizada na zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu.

Porra, ai´ é foda... Não obstante ter que lutar contra o senado, a Igreja e os manos criacionistas, agora o MST também é contra o avanço científico?? Voltemos todos à Idade da Pedra, quando não havia problemas de emprego, uma vez que todos podiam caçar igualmente... <_<
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Postby mends » 15 Mar 2006, 11:52

agora o MST também é contra o avanço científico??


AGORA????????????? Qual a surpresa? Uma ideologia fatalista que prega o fim da História, a estagnação do progresso e acredita que a matemática capitalista é diferente da matemática socialista teria outra posição possível que não esta?
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Postby junior » 15 Mar 2006, 14:08

matemática capitalista é diferente da matemática socialista teria outra posição possível que não esta

Claro, pois 1+1=3 :lol: :lol: Falando sério, pero no mucho, como assim as matemáticas são diferentes?? :lol: :lol:
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Postby mends » 15 Mar 2006, 14:42

como eu nao sei, mas que eles dizem que toda a ciencia burguesa deve ser erradicada, dizem.
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