TV Digital

Novidades, informática e internet

Postby mends » 04 May 2004, 08:55

TVA escolhe fornecedores para lançar serviços digitais até agosto
Taís Fuoco, do Valor Online De São Paulo



A TVA, do grupo Abril, pretende ser a primeira operadora de TV a cabo do país a oferecer serviços digitais, opção que também está nos planos da NET e que já está sendo considerada como a maior novidade no segmento desde a sua criação, há pouco mais de 10 anos. Com a digitalização, os usuários de TV paga têm acesso a uma imagem mais nítida, além de uma quantidade maior de canais e de recursos de personalização do conteúdo, com a possibilidade de programar os horários em que quer assistir determinado programa.

Nesta segunda-feira, a TVA anunciou a lista dos fornecedores escolhidos para que o serviço chegue em toda a sua área de cobertura de cabos até agosto. Ela selecionou a suíça Nagravision para fornecer a tecnologia de acesso condicional e os cartões inteligentes (smart cards), baseados em plataformas abertas, além de integrar todos os sistemas. As companhias Harmonic e Livewire fornecerão, respectivamente, a tecnologia para o "head end" e o software para o decodificador.

O próprio decodificador será, neste primeiro momento, importado da DMT na Coréia, mas, a idéia da operadora é escolher um fornecedor brasileiro para, até o início de 2005, chegar ao mercado com um produto nacional, vendido com a marca TVA Digital. "Já existem fabricantes locais interessados", afirmou Leila Loria, diretora superintendente da TVA.

Segundo ela, a TVA já havia visitado a fábrica da Nagravision na Suíça há três anos, quando começou a avaliar o assunto. Desde então, ela vinha realizando testes com sua equipe interna, mas, até o final do semestre, fará também testes com grupos de usuários.

De acordo com a executiva, a rede da TVA, de 750 MHz, tem capacidade que dispensa novos investimentos nesse momento. "Poderemos manter os assinantes analógicos e começar a vender o digital com a mesma rede", explicou. Por isso, os investimentos da operadora serão reduzidos aos US$ 1 milhão com os fornecedores e à compra dos decodificadores, que vão custar entre US$ 100 e US$ 120 cada para a operadora, mas a idéia é não repassar esse custo ao assinante. "Vamos buscar alternativas para, em alguns casos, oferecer gratuitamente e, em outros, subsidiar a aquisição", afirmou Leila.

Assim que passar a ser fabricado localmente, o decodificador deverá ter seu preço reduzido para algo entre US$ 60 e US$ 80 (custo para a operadora), acredita Leila.

Segundo ela, "a média de preços dos pacotes não se altera", mas a expectativa da empresa é que a receita média por usuário cresça entre 10% e 20% com a oferta de novos serviços. "Essa tem sido a média mundial", afirma.

Entre as novidades estão o recurso do decodificador que permite gravar parte da programação para assisti-la na hora mais conveniente ao usuário, além da oferta de canais com programação totalmente digital, como o HBO Family e novos canais do Discovery.

"Como poderemos usar a atual estrutura de rede, nós é que vamos definir o ritmo do crescimento", afirmou a executiva. Ela informou, entretanto, que em 2005 "mais de 20% da nossa base já será digital". A operadora fechou 2003 com 290 mil assinantes, mas divulga esta semana os números do primeiro trimestre de 2004.

Até o início do mês passado, a NET afirmava que estava na fase final de escolha dos fornecedores que vão atuar na digitalização do seu serviço de TV paga, com três nomes na lista. A idéia é começar a fazer testes dos novos recursos até o final deste ano, segundo a companhia, mas os nomes dos fornecedores ainda não foram revelados.
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Postby Wagner » 05 May 2004, 07:55

Já que já foi pro mercado agora posso falar: este foi meu primeiro projeto aqui....
:bundao:
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Postby mends » 05 May 2004, 14:15

já que falou fala tudo: o q vc fez? :ph34r:
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Postby mends » 06 May 2004, 10:52

Livro aquece debate sobre padrão para TV Digital no Brasil

Thiago Romero
Da Agência Fapesp

Proporcionar interatividade e desenvolvimento de novas aplicações que ofereçam entretenimento à população, promovam a educação, a cultura e o pleno exercício da cidadania. Esse seria o modelo ideal de televisão digital interativa para o Brasil que está no papel, segundo as intenções do Governo Federal. O assunto está em pauta desde 2002, quando se anunciou a vontade política de fazer a transição da TV analógica para a digital. Até hoje, entretanto, ainda não se sabe qual o padrão que o país irá adotar.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) resolveu dar mais subsídios ao debate. O resultado está no livro TV Digital Interativa: conceitos, desafios e perspectivas para o Brasil, que será lançado durante o 5º Workshop RNP2, realizado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa nos dias 13 e 14 de maio, em Gramado (RS).

"O livro contém os principais conceitos tecnológicos sobre a TV digital e a TV interativa, como as formas de codificação de vídeo, de áudio e a interatividade", disse o jornalista Valdecir Becker, um dos autores do livro, à Agência FAPESP.

A partir dos padrões de TV digital estabelecidos pelo mundo afora, explica o autor, que assina a obra em conjunto com Carlos Montez, professor do Departamento de Automação e Sistemas da UFSC, tentou se chegar a um modelo ideal para o Brasil. Foram consideradas, segundo Becker, tanto as intenções do governo como a necessidade de que ocorram, nesse processo, as inclusões digital e social.

Os autores entrevistaram 11 especialistas dos principais setores ligados ao assunto. "As entrevistas mostram os desafios e perspectivas sobre o tema, incluindo a opinião dos representantes dos três padrões estabelecidos: o europeu, o japonês e o americano. Eles falam sobre as diretrizes de cada modelo, quais são os softwares utilizados e suas vantagens e desvantagens", disse Becker.

O livro discute também a possibilidade de se desenvolver um padrão brasileiro de TV digital, que esteja inteiramente adaptado à realidade brasileira. Um motivo seria os preços dos equipamentos. Na Europa, apenas um adaptador para codificar o sinal digital para que a TV analógica possa entendê-lo, custa em torno de US$ 300 ou US$ 400, o que seria inviável para a realidade brasileira. "É preciso desenvolver uma tecnologia nacional mais barata e acessível", afirma Becker.

A publicação, que traz ainda informações sobre a sociedade da informação, transferência de tecnologias, o mercado televisivo e o conteúdo interativo, é resultado dos estudos realizados pelo projeto "Infra-Estrutura Internet 2 para Desenvolvimento e Teste de Programas e Ferramentas para TV Interativa (I2TV)", da UFSC.

Mais informações: http://www.tvdigitalinterativa.ufsc.br.
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