VADE RETRO SOCIALISTAS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 19 Jan 2007, 23:08

Então, em suma: buscar igualdade é inútil? Igualdade e liberdade são impossíveis simultaneamente?


Obviamente que sim: se você é igual, não é livre pra ser diferente. se é livre, é livre inclusive para ser igual. Não existe igualde sem falta de liberdade. é impossível.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 21 Jan 2007, 08:16

O chefe dos quadrúpedes
O ataque do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à imprensa brasileira, em especial ao jornal O Globo, é inaceitável. O bufão estava aqui como convidado e recebia uma homenagem — de resto, ridícula — na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (leia abaixo). Brandindo o jornal, protestava contra um texto que lembrava as óbvias incongruências entre o regime que ele comanda e os compromissos do Mercosul com a democracia.
Na galeria, um charabiá esquerdopata juntava zurrados, relinchos e urros, numa impressionante diversidade de quadrúpedes morais. O coronel — um chefe de Estado! — comandou pessoalmente uma vaia ao jornal. Seria uma atitude desrespeitosa também com o governo brasileiro, não fosse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu aliado incondicional. Acho um engano da generosidade supor que possa haver alguma divergência importante entre o Apedeuta brasileiro e o milico venezuelano. Ao contrário: as relações entre os dois países só fazem se estreitar. Isso é estratégico. O resto é tático.
Quando classifico o episódio de “inaceitável”, não estou me deixando mover por qualquer impulso corporativista — eu nem mais sou dono de revista, hehe... — ou por um sentimento, sei lá, parente do patriotismo. Isso é bobagem. Não devemos aceitar é que um ditador vagabundo, que censura a imprensa e ameaça jornalistas com a cadeia — num país em que Legislativo e Judiciário já passaram pela fagocitose autoritária —, venha lançar sua baba hidrófoba contra a imprensa de um país que vive plenamente a democracia, a despeito dos arreganhos autoritários do PT e das penas de aluguel.
Sim, é o caso de se cobrar o pronunciamento do governo brasileiro — um dos fiéis depositários da Constituição, que assegura a liberdade de imprensa —, das entidades de classe dos jornalistas (quem quer apostar a mão que a Federação Nacional dos Jornalistas e os sindicatos vão ficar de bico calado?), das empresas de comunicação, dos políticos, das entidades representativas da sociedade civil, dos presidentes da Câmara e do Senado, dos governadores, de todo aquele, enfim, a quem cumpre ser protagonista na defesa das liberdades públicas quando ela é atacada.
Sabem o que penso. As eventuais diferenças entre Chávez e Lula me parecem irrelevantes. O Brasil é hoje o principal fiador político da ditadura venezuelana. Os laços entre os dois países, sob o governo petista, não fazem senão se estreitar. Marco Aurélio Garcia já fala no Brasil como uma espécie de gestor de um modelo de “substituição de importações” na Venezuela. Escrevi sobre isso ontem. Vejam lá. Chávez é o retrato do perfeito idiota latino-americano, mas seus passos jamais são ignorados pelo Brasil.
Aquela excitação quadrúpede que emanava das galerias expressava o juízo que o próprio PT — e quase toda a esquerda — faz da imprensa. Eles querem censura. Eles querem cassar concessões, eles querem silenciar as dissensões, eles querem impor o “seu” consenso. Já não lhes basta mais aparelhar praticamente todas as redações do país com sua ideologia perturbada. Por isso gostam tanto do coronel. Ele lhes oferece ação direta e emoções baratas.
Mas que ninguém se engane. O chefe estratégico dessa onda chama-se Partido dos Trabalhadores. E seu líder inconteste é Lula. É como se o Apedeuta estivesse ali, ele próprio, comandando a vaia à democracia. Tudo o mais constante, é só questão de tempo.

http://www.reinaldoazevedo.com.br
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 21 Jan 2007, 09:59

Editorial da Folha de hoje.

Excesso diplomático

Não cabe à política externa brasileira justificar a "transição pacífica" de Hugo Chávez rumo ao autoritarismo

COMPREENDE-SE que a linguagem diplomática seja muitas vezes imprecisa, no interesse de construir delicadas pontes entre aquilo que se deseja e aquilo se verifica realmente.
Não causa estranheza, pois, o documento assinado pelos chefes de Estado presentes à última reunião do Mercosul, no qual estes reiteram "o firme compromisso de seus governos com a consolidação democrática e o respeito aos direitos humanos".
São infelizmente comuns em nosso continente, entretanto, os momentos em que a simples expressão de uma fórmula protocolar se transforma em instantâneo exercício de cinismo.
Tecnicamente, não cabe ainda classificar de ditatorial o regime de Hugo Chávez; cada vez menos, entretanto, o termo "democrático" lhe pode ser atribuído sem qualificações.
Com exata ironia, já foi descrito como "transição pacífica para o autoritarismo" o processo em curso na Venezuela. Porque lhe fazia oposição, Chávez decide não renovar a concessão para funcionamento de uma rede de TV. Porque a "revolução bolivariana" é projeto de um homem só, Chávez pleiteia o direito ilimitado à reeleição. Porque não lhe basta um Congresso capaz de apoiá-lo em tudo, Chávez requer um prazo de 18 meses para governar por decreto.
Assuntos internos à Venezuela, afirma Brasília, esquecendo-se das cláusulas democráticas do Mercosul e da Organização dos Estados Americanos. O princípio da não-intervenção entre países soberanos, de todo modo, bastaria para recomendar à diplomacia brasileira máxima discrição no tema. Não é o que se verifica.
Autoridades do Itamaraty cuidam de justificar os atos de Chávez. Tudo se faz, argumentam, de acordo com as leis venezuelanas; quanto ao direito ilimitado à reeleição, existe na França e só foi coibido nos EUA depois de Franklin Roosevelt ser conduzido ao cargo pela quarta vez. Foi o que disse, em entrevista à Folha, o futuro embaixador brasileiro em Washington, Antonio Patriota.
Salta aos olhos o formalismo da argumentação. Desse ponto de vista, poder-se-ia lembrar que Hitler ascendeu ao poder conforme as leis de seu país e que a Coréia do Norte não difere da França no quesito da recondução de um governante ao poder. A diferença, obviamente, está entre uma real democracia representativa e as caricaturas que lhe tomam de empréstimo este ou aquele atributo.
Que Chávez se proclame como perfeito democrata, eis algo coerente com o rudimentar figurino humorístico do personagem, e que não destoa do cinismo dos ditadores de qualquer parte do mundo. A diplomacia brasileira faria melhor em silenciar diante da farsa; preferiu coadjuvá-la.
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby junior » 21 Jan 2007, 10:24

A esquerda em seu labirinto

Presidente do Equador decreta fim do sistema neoliberal, Chávez promove o socialismo do século 21 e Morales diz que vai refundar seu país; o que propõem os novos líderes da esquerda da América Latina?

RAUL JUSTE LORES
DA REPORTAGEM LOCAL

Fotos de Jesus Cristo, Che Guevara, Simón Bolívar e Hugo Chávez estão na página "Fontes de Inspiração" da apresentação em PowerPoint que o vice-chanceler venezuelano, William Izarra, usa para explicar "O Socialismo do Século 21".
Há três anos o Centro de Formação Ideológica da Venezuela divulga o "socialismo bolivariano", anunciado como a principal meta do terceiro mandato do presidente venezuelano Hugo Chávez.
Mas o que têm em comum o ícone cristão, o guerrilheiro ateu, o aristocrata liberal que comandou a independência na América hispânica e o populista presidente venezuelano?
O socialismo do século 21 tem alta elasticidade ideológica. Chávez e seus discípulos, os presidentes da Bolívia, Evo Morales, do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega, receberam com admiração e afeto o ultraconservador presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad -aquele que defende que o Holocausto jamais aconteceu.

Os quatro países que querem adotar o socialismo do século 21 têm em comum décadas de partidos corruptos, instabilidade e relações próximas com os EUA


Desde que anunciou a nova versão do socialismo, Chávez não parou em Caracas e, entre viagem e viagem, não pôde dar mais detalhes sobre o que é a nova ideologia.
Mas, além do antiamericanismo que une os cinco, e da vontade de combinar um aumento no preço do petróleo, que aproxima o venezuelano do iraniano, há comportamentos que podem explicar o que será essa nova esquerda.
Há oito anos no poder, Chávez é o presidente mais longevo no cargo depois do cubano Fidel Castro. Virou inimigo número um de George W. Bush nas Américas e ameaçou desapropriar terras e expulsar investidores estrangeiros.
Mas, discretamente, até dezembro último, era um ótimo pagador e seguidor das metas do FMI e fornecia comportadamente todo o petróleo que os EUA queriam importar, responsável por 80% da balança comercial venezuelana.
"Comparado ao marxismo do século 20, Chávez era uma versão bem light, muito mais parecida ao velho populismo latino-americano, que faz negócios com grandes empresas e daí sustenta seu poder", descreve o professor de ciência política do Amherst College Javier Corrales, que estudou o governo chavista com uma bolsa da Fundação Fulbright.
As novidades do recém-iniciado terceiro mandato de Chávez são muitas. Ele anunciou que estatizará a maior telefônica do país e a maior empresa de energia elétrica. Vai cassar a concessão da rede de televisão privada mais antiga do país, que lhe faz oposição.
Governará por decreto nos próximos 18 meses, sem precisar passar leis pelo Congresso (onde 100% dos deputados são chavistas). Poderá assinar leis que mudem áreas como economia, transportes, energia, segurança jurídica, defesa e funcionalismo público. Aprovará a reeleição sem limite.
E pretende, no futuro, substituir governos municipais por conselhos comunais, assembléias de bairro que receberão recursos do governo. Com uma renda de US$ 55 bilhões em exportações de petróleo só em 2006 e um mandato até 2013, Chávez tem condições para exportar seu socialismo.
Com (muito) menos dinheiro em caixa e um país em crise permanente, Evo Morales já tentou seguir algumas das receitas. Convocou uma Assembléia Constituinte para criar uma nova Carta Magna e aprovar sua maioria parlamentar. E colocou seus movimentos sociais mais fiéis na rua para exigir a renúncia de governadores opositores que clamam por mais autonomia.
Há sete dias no cargo, Rafael Correa, do Equador, já anunciou que quer uma nova Constituição, renegociar a dívida externa e contratos externos.

Neoliberalismo em baixa
Os quatro países que querem adotar o socialismo do século 21 têm em comum décadas de partidos corruptos no poder, instabilidade política ou econômica e, por muito tempo, relações muito próximas com os EUA que não renderam muitos dividendos.
Os quatro também adotaram, nos anos 90, reformas de abertura econômica, que não levaram melhora significativa à maioria de suas populações. "O neoliberalismo é reprovado por 80% dos latino-americanos", calcula o deputado chavista Juan Carlos Dugarte, idealizador do projeto que cria os conselhos comunais. "A Argentina esteve à beira da ruína, depois de uma privatização desenfreada, e só se salvou pelo nacionalismo do presidente Kirchner."
Mas vários dos países que elegeram a esquerda nos últimos anos não vivem as transformações radicais do socialismo bolivariano. "Apesar dos ataques às privatizações e ao neoliberalismo, os governos de esquerda do Brasil, da Argentina e do Uruguai mantêm vários dos princípios da década do Consenso de Washington. No Chile, de governo de centro-esquerda, o liberalismo é até consenso", diz o venezuelano Moisés Naím, editor da revista "Foreign Policy", de Washington.
No caso argentino, Kirchner é bem mais prudente com as contas públicas que o campeão do neoliberalismo dos anos 90, Carlos Menem, um gastador convicto. "Para se eleger, você não pode defender privatizações ou abertura. Esses conceitos ficaram gastos porque foram usados por conservadores que jamais pensaram no povo", diz a economista chilena Marta Lagos, diretora da Fundação Latinobarómetro, que pesquisa opinião pública na região.
"Mas os latino-americanos, que realmente estão cansados de esperar por melhores condições de vida, também não querem mudanças radicais. Só países com muitos problemas optaram por radicalismos e por políticos "outsiders"."

Socialismo de papel
Bandeiras históricas da esquerda não têm recebido muita atenção nas medidas do socialismo bolivariano.
Não houve uma reforma tributária progressiva, que taxasse os mais ricos e as grandes empresas, a fim de financiar serviços públicos de qualidade e melhorar a distribuição de renda -como na Europa.
Apesar de anunciada em 2003, a reforma agrária pouco avançou, com a desapropriação de só algumas fazendas grandes. Também a pauta de direitos civis não preocupa Chávez. Aborto, casamento homossexual ou descriminalização do consumo da maconha estão fora da agenda bolivariana.
O sandinista Daniel Ortega apoiou no ano passado a proibição do aborto, até em casos de estupro ou risco de morte da mãe, aprovada na Nicarágua.
A presidente chilena Michelle Bachelet, agnóstica e mãe solteira, está em sintonia maior com a esquerda européia, apesar do liberalismo econômico. "A negação de Bachelet ao luto oficial pela morte do ex-ditador Augusto Pinochet (não houve bandeira a meio-pau nas repartições públicas), suas medidas pela paridade entre os gêneros no governo e a prioridade para programas de educação e previdência a colocam como a presidente mais à esquerda da redemocratização chilena", diz o cientista político José Miguel Izquierdo, da Universidade Diego Portales, de Santiago.
Enquanto isso, Caracas ainda resume bem os resultados modestos dos oito anos do governo de Chávez. A capital venezuelana tem o mais alto índice de homicídios entre todas as capitais americanas e 70% da população mora em favelas ou construções irregulares. "A situação dos mais pobres pouco mudou. Ele não tem equipe. Chávez está desacreditando a esquerda. Muita foto, muito discurso, mas é um socialismo de papel", diz Marta Lagos.
Sem ainda ter revolucionado a Venezuela, Chávez parece mais interessado em "exportar" sua revolução. Ele comprou US$ 3,1 bilhões em títulos da dívida argentina, colabora com US$ 3 bilhões em petróleo para Cuba por ano e vendeu a preços vantajosos petróleo a prefeituras sandinistas, governadas pelo partido de Daniel Ortega, na Nicarágua.
Pacotes generosos de cooperação espalham dinheiro venezuelano pela Bolívia e, a partir de agora, pelo Equador.

Acúmulo de poder
Quanto às reformas que lhe dão superpoderes, Chávez segue uma trilha comum na região, onde direita e esquerda se confundem. Tanto Carlos Menem, na Argentina, quanto Alberto Fujimori, no Peru, também quiseram ter o máximo de instrumentos à mão para "transformar" seus países.
Ambos não economizaram esforços (e verbas) para mudar leis, controlar poderes Legislativo e Judiciário, sindicatos e movimentos sociais. "Em nenhum dos casos houve um projeto para se reforçar as instituições e a independência dos poderes", diz Corrales.
Se o neoliberal Menem nomeou seu irmão para presidir o Senado e seu ex-sócio para a Corte Suprema, Chávez faz algo parecido: seu irmão mais velho é o novo ministro da Educação e o ex-presidente do Conselho Eleitoral até dezembro foi nomeado vice-presidente.
Se direita e esquerda compartilham velhos vícios, a boa notícia é que tem havido alternância no poder na América Latina."Mas a democratização aumentou as demandas. Se a esquerda não oferecer progressos, também será substituída", diz Marta Lagos.
Se o socialismo do século 21 ainda precisa mostrar resultados, a ascensão da esquerda já teve efeitos imediatos na política regional. Até políticos conservadores, como os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e do México, Felipe Calderón (e mesmo seu antecessor, Vicente Fox), investem pesado em programas sociais, apesar de manter a "prudência fiscal".
Em tempos de ausência e indiferença dos EUA com a região, depois de décadas de intervencionismo americano justamente contra governos "socialistas", esquerda e direita estão à procura de fórmulas que terminem com a pobreza na região mais desigual do planeta.
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby junior » 21 Jan 2007, 18:22

Nonsense stuff...

http://discoverthenetwork.org/default.asp

Mas o Mends vai curtir :cool: :cool:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 22 Jan 2007, 09:39

não vi, sinceramente, onde está o nonsense...na aliança dos fascistas islâmicos com os fascistas da esquerda imbecil? é só ver no ahamedinejab e o chávez...no apoio do campus americano ao terrorismo? tenho um colega em stanford que diz que chega a ser insuportável...isso porque não se menciona a ligação dos partidos de esquerda latinos e o tráfico de cocaína.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 22 Jan 2007, 11:13

Making Lenin Proud
By MARY ANASTASIA O'GRADY
January 22, 2007; Page A14

"The way to crush the bourgeoisie is to grind them between the millstones of taxation and inflation."

-- Vladimir Lenin

Mexican historian and author Enrique Krauze has written that he believes that the "last Marxist in history [will] die at a Latin American university." At a minimum, Mr. Krauze seems to have gotten the geography right.

Most of the rest of the world has stuffed communism into the dustbin of history but, as events over the past week remind, Latin America has not. Earlier this month, President Hugo Chávez officially took control of Venezuela's central bank and declared himself a communist. He then traveled to Ecuador to attend the swearing-in ceremony of his latest and perhaps most promising protégé, Rafael Correa, as that country's new president. Mr. Correa has lost no time emulating his mentor.


Mr. Correa, who was Ecuador's finance minister in 2005, was well known in the early stages of the presidential campaign last year as an anti-American, anti-market extremist with a view that "dollarization was the biggest economic error [Ecuador] has ever committed." But when he failed to win in the first round of voting in October, he was forced to adopt a more measured tone and backed off his pledge to end dollarization.

The trouble for Ecuadoreans, as we are now seeing, is that their new president's stripes have not changed. In his first week on the job, he has already demonstrated a profound understanding of Lenin's dictum that power over monetary matters is a revolutionary essential. To that end, he has begun an effort to destroy Ecuador's dollarization. From there, taxation and inflation will do much of his work for him.

At his inauguration last Monday Mr. Correa put on quite a show. Most extraordinary was his not-so-subtle admission that Mr. Chávez is going to be the power behind the Ecuadorean throne. Most Latin governments guard their independence as a matter of national pride. But Mr. Correa appeared quite happy to let the world know that he will be outsourcing Ecuadorean sovereignty to Venezuela.

Ecuador, the new president declared, is "leaving the night of neoliberalism behind" and the new "Bolivarian" government will pursue "21st-century socialism." He denounced competition and called for cooperation instead. He held up a sword that Mr. Chávez had given him as a gift and cried, "Look out, look out, Bolívar's sword is passing through Latin America," a reference to the Chávez agenda, which calls for South American integration under the thumb of the continent's largest energy producer. The Venezuelan president was perched behind the new president, eyes narrowed, enthusiastically applauding the performance. Iran's Mahmoud Ahmadinejad was also an honored guest, sitting next to Bolivian President Evo Morales.

Ecuador's political instability is legendary and Mr. Correa is the eighth president in 10 years. He will have to move quickly in his goal to consolidate power and if he is to avoid the fate of his predecessors, he will also have to move carefully.

Rewriting the constitution is so central to his agenda that on inauguration day he decreed a March 18 national referendum on the issue. The only problem is that Mr. Correa hasn't the power to call a constitutional referendum. Changes to the constitution fall under congress. Since Mr. Correa's party has no members in the 100-seat chamber and his coalition is shaky, it is not entirely clear that he will be able to push through the constitutional changes he seeks. His socialist revolution via a constitutional coup could be delayed.

Still, that doesn't leave the aspiring authoritarian without options. He has Lenin's millstones to fall back on, if only he can resurrect a local currency. This explains the assault on dollarization now under way.

The adoption of the greenback as Ecuador's currency seven years ago has been extremely popular among Ecuadoreans of all classes. A long history of repeated bouts of hyperinflation, which destroyed both wages and savings, has finally come to an end and been replaced by a new sense of stability. Mr. Correa knows full well that he cannot strip Ecuadoreans of this one economic gain without facing the kind of rebellion that brought down previous governments. Yet the control he yearns for will not be his as long as the dollar reigns.

To reverse dollarization and introduce a fiat currency, Mr. Correa will have to undermine the dollar economy. One step in that process is stifling commerce with the U.S., his country's largest trading partner. He has already pledged that under his guidance Ecuador will move away from trade liberalization with the gringos and throw its lot in with Mr. Chávez's Bolivarian Alternative for America trading block.

Protectionism will help weaken the dollar economy but it may not be enough to provoke a crisis. A forced restructuring of the country's $10.3 billion in external debt will provide further assistance by damaging the country's creditworthiness and discouraging new investment, particularly because it is well known that Ecuador's debt service as a percentage of gross domestic product is lower than Colombia's or Brazil's. Creditors understand that paying what is owed is a matter of willingness. Nevertheless, Mr. Correa's finance minister, Ricardo Patino, last week proposed a haircut of 60% on the country's debt and invited a team of Argentine officials -- otherwise known as the world's most experienced deadbeats -- to Quito this week to act as advisers.

It will be claimed that the "savings" on debt service will be used to help the poor. This will boost Mr. Correa's populist appeal but politicians never have enough revenue to meet their goals. Low growth rates and disappointing oil prices will exacerbate revenue shortfalls. In a fiscal crisis it is easy to imagine a government like Mr. Correa's issuing script or a new currency in parallel to the dollar.

The new president seems to be prepared for just such an outcome. In the past he has called for a regional currency and he has now announced that he will end central-bank autonomy. Once foreign investment and trade dry up and the bottomless pit of corruption and social spending drains public coffers, dollarization will be the scapegoat. Mr. Correa can then begin to print his own notes and make Lenin proud.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 23 Jan 2007, 09:00

tomara que NY ferva...vai ser uma delícia ver esses esquerdopatas imbecis gritando que o "imperialismo" acabou com o "sonho" mais uma vez...

Chavez may be running short of money.
Stiffing CANTV investors and diverting $8.7bn from the central bank suggests as much. Oil is down $13 from 2006’s average. But projected public spending is up 32%. Chavez’s socialist revolution depends on heavy snow in the US Northeast.
(Wall Street Breaking News)
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby Danilo » 23 Jan 2007, 14:23

E não vai ser o imperialismo? O desenvolvimento capitalista-imperialista e seu progresso implicam em poluição que implica em desiquilíbrio no meio ambiente que acarreta, entre outras coisas, em aquecimento global! Aquecimento global que causa diminuição da 'snow in the US Northeast'.

:cafe:
User avatar
Danilo
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 3230
Joined: 10 Sep 2003, 22:20
Location: São Paulo

Postby mends » 23 Jan 2007, 14:32

Como eu disse, vai ser uma delícia ser bobagens desse naipe...
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 05 Feb 2007, 18:39

Kim Jr. in Macau
February 5, 2007; Page A16
It's illegal for North Koreans to leave their country without permission -- a crime for which some of those caught and repatriated by China have paid with their lives. There's one North Korean, however, for whom Beijing rolls out the welcome mat: Kim Jong-nam, the eldest son of dictator Kim Jong Il.
According to a report in Hong Kong's South China Morning Post, Kim Jr. has been residing for the past three years in the Chinese-affiliated territory of Macau, where he's been living the high life at five-star hotels, gambling at Macau's famous casinos and relaxing with friends and family.
The paper reports that the North Korean scion makes occasional pleasure trips to Thailand and Hong Kong on Portuguese and Dominican Republic passports. Lisbon denies it, but the Dominican Republic, Macau and Beijing have kept mum. This isn't the first time the younger Kim has turned up outside his homeland. The Japanese caught him and his young son trying to enter Tokyo on a fake DR passport in 2001, apparently trying to visit Disneyland.
While the 35-year-old enjoys himself in Macau, his 23 million countrymen suffer in the world's most isolated regime. Thanks to malnutrition, most North Koreans are a good foot shorter, on average, than South Koreans. Mr. Kim is well fed and reportedly enjoys late-night whiskey and cognac. His life of luxury is a reminder of how North Korean elites profit from the exploitation of the country's workers.
It's also a reminder of another Macau-North Korea connection that Beijing would like to forget -- the laundering of ill-gotten North Korean money at Macau's Banco Delta Asia. After the U.S. Treasury put the bank on a watchlist in 2005, the Macau government froze $24 million in North Korean accounts and other banks refused to do business with Kim's regime for fear of also being cited.
The six-party talks resume Thursday in Beijing, and Pyongyang is demanding that the U.S. lift sanctions on Banco Delta Asia and hand over the $24 million. Doing so would only encourage Kim Jong Il in the pursuit of the illicit activities that make it possible for him to pay off the generals who sustain his regime -- and keep his son living it up in Macau.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 13 Mar 2007, 08:38

TV do Executivo vai custar R$ 250 milhões em quatro anos
No Estadão desta terça, por Gerusa Marques:
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, apresentou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um anteprojeto de criação da Rede Nacional de Televisão Pública, uma espécie de emissora de TV do Executivo para divulgar as ações do governo federal. Pelo projeto, seriam gastos R$ 250 milhões em quatro anos. A idéia é de que a rede comece a funcionar ainda neste ano, junto com o início da operação comercial da TV digital, previsto para dezembro.
Pelo projeto, R$ 100 milhões seriam gastos no primeiro ano, na compra de equipamentos como transmissores de sinal de televisão, e os outros R$ 150 milhões seriam aplicados ao longo dos três anos seguintes na expansão da rede. A intenção, segundo o ministro, é fazer com que as transmissões desse canal cheguem às cidades pequenas do País.
A proposta apresentada ontem, segundo Costa, ainda é preliminar e será discutida com a Casa Civil antes de ser finalizada. O ministro explicou que ainda não está definido se será aproveitada a estrutura da Radiobrás - que tem a TV Nacional - ou se será criada uma nova estrutura. Segundo ele, a Radiobrás não está presente em todas as cidades, alcançando só 30% dos municípios brasileiros.
Costa disse ainda que o projeto deve envolver as Câmaras municipais de vereadores e as Assembléias Legislativas estaduais para o compartilhamento dos benefícios e dos custos. Os recursos a serem aplicados pelo governo federal viriam do Orçamento Geral da União.
A criação de canais públicos de televisão está prevista no decreto que estabeleceu regras para a implantação da TV digital no País. Além da TV do Executivo, que terá a prioridade do governo, está prevista a criação de canais da cultura, da educação e da comunidade. Para isso, já está planejada para este ano a liberação de dez canais - do número 60 ao 69.

CONCESSÕES – Por João Domingos, no Estadão:
Junto com o sistema digital de TV e a Rede Nacional de Televisão Pública, o governo estuda o que chama de plano de democratização dos meios de comunicação, que envolve principalmente um pente fino nas concessões das emissoras de rádio e TV e vem sendo estudado por três setores do governo.
A idéia é pegar carona na implantação do sistema digital, embora os técnicos envolvidos com a nova lei saibam que não vão conseguir aprontar o texto até o início das operações. 'Infelizmente, a TV digital começará a funcionar sem uma legislação específica', prevê o professor Murilo Cesar Ramos, coordenador do Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília e técnico requisitado pelo governo quando foi criado o grupo de trabalho da Casa Civil destinado a tratar do tema.
O plano de democratização é uma reivindicação do partido do presidente Lula. Reunido em Salvador no mês passado, o Diretório Nacional do PT oficializou a intenção de promover no segundo mandato uma ampla reforma da comunicação de massa.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 15 Mar 2007, 09:59

do Estadão OnLine

Os agricultores do Assentamento Novo Pedro Osório, em Pedro Osório (RS), arrancaram nesta quarta-feira, 14, os eucaliptos que haviam plantado em parceria com a Votorantim Celulose e Papel em cerca de 100 dos 540 hectares que receberam do Incra em 1999.
Para tornar o momento simbólico, reuniram cerca de 100 pessoas, entre assentados e acampados da região, e iniciaram o dia com um ato público em que proclamaram a opção pela produção de alimentos em vez da produção de árvores exóticas para abastecimento da indústria da celulose. Depois passaram a retirar do solo árvores que tinham de poucos centímetros até dois metros de altura.
A decisão de abandonar o cultivo do que chamam de "monocultura" e "deserto verde" foi tomada em debate interno das 24 famílias assentadas e seguiu orientação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), contrário ao florestamento de eucaliptos no Rio Grande do Sul.
Os assentados também alegaram que o licenciamento ambiental dado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) ao Incra limita a plantação de eucaliptos à necessidade de madeira para o próprio assentamento e não à formação de florestas. Como o terreno é da União e destinado à reforma agrária e à agricultura familiar, não estaria disponível para a plantação de eucaliptos, entendem os agricultores assentados.
Em Pedro Osório, assim como em toda a metade sul do Rio Grande do Sul, a Votorantim incentiva os assentados da reforma agrária a plantarem eucaliptos no sistema de integração, no qual fornece as mudas e assistência técnica e se compromete a comprar a produção.
No início desta noite, a empresa emitiu uma nota lamentando que "o trabalho realizado pelas famílias de assentados nos últimos dois anos (no Assentamento Novo Pedro Osório) tenha sido destruído por uma ação extremada, que revela um forte viés ideológico, e não apresenta qualquer respaldo legal".
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 15 Mar 2007, 20:14

Islamosocialism
March 13, 2007; Page A22
"It is a profound truth," declared the British Socialist Party in a 1911 manifesto, "that Socialism is the natural enemy of religion." Not the least of the oddities in the subsequent history of progressive politics is that today it has become the principal vehicle in the West for Islamist goals and policies.


Caroline Lucas, a member of the Green Party faction in the European Parliament, is a longtime activist in anti-nuclear, animal-rights and environmentalist causes, and not someone likely to describe herself as an anti-feminist. Yet in June 2004, she joined British MPs Fiona Mactaggart of Labor and Sarah Teather of the Liberal Democrats for a press conference in the House of Commons organized by the Assembly for the Protection of Hijab. The Assembly, better known as Pro-Hijab, is a pan-European organization formed "to campaign nationally and internationally for the protection of every Muslim woman's right to wear the Hijab in accordance with her beliefs and for the protection of every woman's right to dress as modestly and as comfortably as she pleases."

Once upon a time, feminists and socialists alike would have translated that as "subservience to the patriarchy." Now they seem to have rediscovered their roots as civil libertarians, at least when it's politically expedient. Consider the issue of the Armenian genocide. In 1998, the French-speaking wing of Belgium's Socialist Party (PS) co-sponsored legislation to criminalize denial of the Ottoman Empire's murder of an estimated 1.5 million Armenians, much as Holocaust denial is also against the law.

Yet for the past several years, the same PS has been blocking the process of criminalization it helped initiate, presumably in the service of free speech. "Additional legal and historical research," says Belgian Deputy Prime Minister Laurette Onkelinx, remains to be done in ascertaining exactly what happened in Anatolia in 1915.

Progressives have also been remarkably mindful of civil liberties in matters of immigration. When the German state of Baden-Wüttemberg last year required applicants for citizenship to answer a series of questions regarding their personal views, the leader of the German Green Party, Renate Künast, denounced it as "immoral." "A country governed by law," she argued, "cannot ask questions about moral values." Among the questions: "Where do you stand on the statement that a wife should obey her husband and that he can hit her if she fails to do so?"

Curiously, however, Europe's progressives have been somewhat less tolerant on other issues concerning moral values and personal belief. Take "Islamophobia," which progressives often consider akin to racism and have, in some instances, sought to ban by legal means. In Britain last year, Tony Blair's government enacted the Racial and Religious Hatred Act, which criminalized "threatening" comments against religious persons or beliefs. Comedian Rowan Atkinson and author Salman Rushdie, among others, warned that the law undermined basic rights of speech. But for London Mayor Ken Livingstone it was not enough: He defined "Islamophobia" as "discrimination, intolerance or hostility towards Islam and Muslims," and regretted that criminal acts were not more broadly defined by the legislation.

Since coming to office nearly seven years ago, Mr. Livingstone has become a symbol of the marriage of the European left and the Islamist right. It's a marriage of mutual convenience and, at least on one side, actual belief. In the Netherlands, a recent study by the University of Amsterdam's Institute for Migration and Ethnic Studies found that 80% of immigrants -- the overwhelming majority of whom are Muslims -- voted for the Labor party in recent elections, while the two main center-right parties received a combined 4% of the immigrant vote. In neighboring Belgium, the left-wing sociologist Jan Hertogen credits immigrants for "[saving] democracy" by voting as a bloc against the secessionist and anti-immigrant Vlaams Belang party.

For Muslim voters in Europe, the attractions of the Socialists are several. Socialists have traditionally taken a more accommodating approach to immigrants and asylum-seekers than their conservative rivals. They have championed the welfare state and the benefits it offers poor newcomers. They have promoted a multiculturalist ethos, which in practice has meant respecting Muslim traditions even when they conflict with Western values. In foreign policy, Socialists have often been anti-American and, by extension, hostile to Israel. That hostility has only increased as Muslim candidates have joined the Socialists' electoral slates and as the Muslim vote has become ever more crucial to the Socialists' electoral margin.

More mysterious, however, at least as a matter of ideology, has been the dalliance of the progressive left with the (Islamic) political right. Self-styled progressives, after all, have spent the past four decades championing the very freedoms that Islam most opposes: sexual and reproductive freedoms, gay rights, freedom from religion, pornography and various forms of artistic transgression, pacifism and so on. For those who hold this form of politics dear, any long-term alliance with Islamic politics ultimately becomes an ideological, if not a political, suicide pact. One cannot, after all, champion the cause of universal liberation in alliance with a movement that at its core stands for submission.

This is not, of course, the first time such a thing has happened in the history of the progressive movement, or in European history. On the contrary, it is the recurring theme. In the early 20th century, the apostles of Fabianism -- George Bernard Shaw among them -- looked to the Soviet Union for inspiration; in the 1960s the model was Mao; in the late 1970s, the great French philosopher Michel Foucault went to Iran to write a paean to Khomeini's revolution. In nearly every case, the progressives were, by later admission, deceived, but not before they had performed their service as "useful idiots" to a totalitarian cause.

But the stakes today are different. At question for Europeans is not the prevailing view of a distant country. The question is the shaping of their own. Europe's liberal democrats were able, sometimes with outside help, to preserve their values in the face of an outside threat. Whether they can resist the temptations of Islamosocialism remains to be seen.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 26 Mar 2007, 07:57

"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

PreviousNext

Return to Política

Who is online

Users browsing this forum: No registered users and 1 guest

cron