VADE RETRO SOCIALISTAS

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby junior » 15 Mar 2006, 15:21

ciencia burguesa

Isso é uma contradição em si mesmo: eles já viram o valor das bolsas??? :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

<span style='font-size:8pt;line-height:100%'>Jr, rindo da desgraça, alheia e própria...</span>
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 15 Mar 2006, 16:29

eles já viram o valor das bolsas???


uma hora em Paris, outra na Lapônia, e reclamando???????????? :wacko:
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 15 Mar 2006, 18:29

Bom, alguma vantagem tem que ter ganhar 1000 dinheiros por mes e não ter participação nos lucros... :unsure:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 15 Mar 2006, 18:54

1,000 merrecas novas por mês e viagens para Paris já colocam vc no rol dos inimigos da Evolução Popular, Inimigo do Povo, Reacionário e Porco Capitalista...

...apesar de Pairs ser um antro de esquerdistas pinguços e que não tomam banho!!! :lol: :lol: :lol:
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 16 Mar 2006, 09:34

1,000 merrecas novas por mês e viagens para Paris já colocam vc no rol dos inimigos da Evolução Popular, Inimigo do Povo, Reacionário e Porco Capitalista...

Bom, Caetano e todos esses têm seus apartamentozinhos lá, ganham 1000^n merrecas, e nem por isso são chamados de porcos capitalistas... Agora, se algum dia eu for considerado reacionário ficarei feliz
:lol: :lol: :lol:

...apesar de Paris ser um antro de esquerdistas pinguços e que não tomam banho!!!

Bom, não tomar banho é meio um mal geral por aqui... Um mano escocês que estava na Finlândia ficou a semana do congresso (sim, UMA SEMANA...) sem tomar banho... E olha que esquiamos, etc, etc... Banho diário, que eu tenha notado, uns 10% e olhe lá...

Aliás, outro dia fui escovar os dentes depois do almoço, e ao me ver saindo, um mano grego me pergunta: "Pq vc vai escovar os dentes?" Eu:"Como assim?" Ele:"Por acaso vc vai beijar alguém??" :huh: :huh: :huh:

Outra perguntou (seriamente) ao complexo conjugado pq ela escovava tanto os dentes, se tinha alguma doença :lol: :lol: :lol:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 16 Mar 2006, 10:05

Bom, Caetano e todos esses têm seus apartamentozinhos lá, ganham 1000^n merrecas, e nem por isso são chamados de porcos capitalistas... Agora, se algum dia eu for considerado reacionário ficarei feliz



ah, mas artista é diferente. eles só têm dinheiro porque o sistema capitalista recompensa inclusive o laser, mas são contra. prefeririam viver na miséria, têm dinheiro por uma fatalidade.... :lol:
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 16 Mar 2006, 10:28

Sim, $$ é um efeito colateral da luta contra o sistema... :lol: :lol:
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 20 Mar 2006, 13:32

Chávez sobre Bush: 'Burro, covarde, bêbado, genocida'
Presidente venezuelano não poupa críticas depois de ter sido chamado de demagogo pela Casa Branca
Reagindo a um relatório da Casa Branca que o qualificou de demagogo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atacou ontem o colega americano, George W. Bush, com uma longa série de impropérios.
"Come here, mister Danger (venha cá, senhor Perigo)", disse Chávez em inglês, continuando em espanhol: "Covarde, assassino, você é um genocida, um alcoólatra, um bêbado, um imoral, é o pior mister Danger, é um doentio, isto eu sei pessoalmente." Ele fez as declarações em seu programa semanal de rádio e TV Alô Presidente, transmitido do Estado de Apure.
"Você é um covarde porque não vai ao Iraque comandar suas Forças Armadas, é muito fácil comandá-las de longe", prosseguiu Chávez. "Se algum dia lhe ocorrer invadir a Venezuela, estou à sua espera nesta savana, mister Danger."
Em um de seus mais duros discursos contra o presidente americano, Chávez continuou dizendo: "Você é um covarde, mas tem muito poder, e vejam vocês o que está acontecendo no Iraque. Ontem o mundo marchou contra a guerra; nas pesquisas que vi de seu próprio povo, mister Danger, 70% estão contra você, contra a guerra, você é um mentiroso."
"Você está matando crianças que não têm culpa por suas enfermidades, seus complexos, rapaz. Seus soldados estão bombardeando cidades, ontem vimos as imagens de cinco crianças assassinadas. Elas não são as assassinas, você é o assassino, covarde."
Durante o pronunciamento, Chávez transmitiu um vídeo de manifestações realizadas na véspera contra a guerra no Iraque. Ontem ocorreram novos protestos contra o conflito (ler na página A12).
"Mister Danger, George W. Bush, you are a donkey (você é um burro)", acrescentou Chávez, assinalando que o informe divulgado no sábado pela Casa Branca demonstra que o presidente dos EUA "é o chefe da oposição" venezuelana.
O relatório americano, que trata da "força preventiva na segurança nacional", descreveu Chávez como um "demagogo" que usa a riqueza petrolífera da Venezuela para desestabilizar a democracia na região.
Os EUA estão em crescente desacordo com Chávez por causa de sua íntima aliança com Cuba e o Irã. Funcionários de Washington rejeitam suas tiradas antiamericanas como retórica destinada a atiçar o nacionalismo antes das eleições presidenciais de dezembro.
Os comentários de Chávez também surgiram depois de o jornal venezuelano El Universal ter publicado uma entrevista com o embaixador americano na Venezuela, William Brownfield, que reiterou a preocupação de seu governo com os crescentes laços entre o país sul-americano e o Irã.
As relações entre Caracas e Washington deterioram-se desde que Chávez chegou ao poder em 1999 e chegaram a seu ponto mais baixo nas últimas semanas, após a Venezuela expulsar um agregado militar americano, acusando-o de espionagem. Washington respondeu com a expulsão de uma diplomata venezuelana de alto escalão. AP E FRANCE PRESSE
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 20 Mar 2006, 13:33

Chávez sobre Bush: 'Burro, covarde, bêbado, genocida'
Presidente venezuelano não poupa críticas depois de ter sido chamado de demagogo pela Casa Branca
Reagindo a um relatório da Casa Branca que o qualificou de demagogo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atacou ontem o colega americano, George W. Bush, com uma longa série de impropérios.
"Come here, mister Danger (venha cá, senhor Perigo)", disse Chávez em inglês, continuando em espanhol: "Covarde, assassino, você é um genocida, um alcoólatra, um bêbado, um imoral, é o pior mister Danger, é um doentio, isto eu sei pessoalmente." Ele fez as declarações em seu programa semanal de rádio e TV Alô Presidente, transmitido do Estado de Apure.
"Você é um covarde porque não vai ao Iraque comandar suas Forças Armadas, é muito fácil comandá-las de longe", prosseguiu Chávez. "Se algum dia lhe ocorrer invadir a Venezuela, estou à sua espera nesta savana, mister Danger."
Em um de seus mais duros discursos contra o presidente americano, Chávez continuou dizendo: "Você é um covarde, mas tem muito poder, e vejam vocês o que está acontecendo no Iraque. Ontem o mundo marchou contra a guerra; nas pesquisas que vi de seu próprio povo, mister Danger, 70% estão contra você, contra a guerra, você é um mentiroso."
"Você está matando crianças que não têm culpa por suas enfermidades, seus complexos, rapaz. Seus soldados estão bombardeando cidades, ontem vimos as imagens de cinco crianças assassinadas. Elas não são as assassinas, você é o assassino, covarde."
Durante o pronunciamento, Chávez transmitiu um vídeo de manifestações realizadas na véspera contra a guerra no Iraque. Ontem ocorreram novos protestos contra o conflito (ler na página A12).
"Mister Danger, George W. Bush, you are a donkey (você é um burro)", acrescentou Chávez, assinalando que o informe divulgado no sábado pela Casa Branca demonstra que o presidente dos EUA "é o chefe da oposição" venezuelana.
O relatório americano, que trata da "força preventiva na segurança nacional", descreveu Chávez como um "demagogo" que usa a riqueza petrolífera da Venezuela para desestabilizar a democracia na região.
Os EUA estão em crescente desacordo com Chávez por causa de sua íntima aliança com Cuba e o Irã. Funcionários de Washington rejeitam suas tiradas antiamericanas como retórica destinada a atiçar o nacionalismo antes das eleições presidenciais de dezembro.
Os comentários de Chávez também surgiram depois de o jornal venezuelano El Universal ter publicado uma entrevista com o embaixador americano na Venezuela, William Brownfield, que reiterou a preocupação de seu governo com os crescentes laços entre o país sul-americano e o Irã.
As relações entre Caracas e Washington deterioram-se desde que Chávez chegou ao poder em 1999 e chegaram a seu ponto mais baixo nas últimas semanas, após a Venezuela expulsar um agregado militar americano, acusando-o de espionagem. Washington respondeu com a expulsão de uma diplomata venezuelana de alto escalão. AP E FRANCE PRESSE
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 22 Mar 2006, 13:25

começou a roubalheira...

BOLÍVIA

Morales promete "nacionalizar" até julho
Surpreendido pela promessa de um prefeito, que, numa audiência, prometeu se matar até 12 de julho caso a estatal petroleira boliviana YPFB não seja "refundada", o presidente Evo Morales anunciou que até essa data "nacionalizará" os recursos naturais. "Se o senhor, prefeito, der a sua vida pela refundação, dou a minha vida pela nacionalização dos recursos naturais", disse Morales, segundo o "La Razón". A Bolívia descarta desapropriar, mas quer maior poder de decisão sobre preços e produção


Argentina reestatiza empresa de água e esgoto
FLÁVIA MARREIRO
DE BUENOS AIRES

Depois de três anos de embate com o consórcio privado que controlava a empresa Aguas Argentinas, o governo argentino rompeu o contrato com a concessionária e reestatizou ontem, por decreto, o serviço de água e esgoto na Grande Buenos Aires.
Para substituir Aguas Argentinas, cujo controle acionário é da francesa Suez (39,9% das ações), foi criada uma nova estatal, com 90% de ações do governo. Os outros 10% seguirão com os funcionários, o chamado PPP (Programa de Propriedade Participada).
No anúncio da decisão, o ministro do Planejamento, Julio de Vido, alegou o reiterado "não cumprimento" do contrato de concessão e afirmou que o rompimento se deu "por culpa" da empresa, que não teria cumprido planos de investimento e de ampliação dos serviços. Citando relatórios da agência reguladora, acusou a Aguas Argentinas de pôr em risco a saúde dos usuários, pelo suposto elevado nível de nitrato na água.
A empresa informou por nota que em setembro de 2005 seus controladores já haviam pedido o rompimento do contrato, "por culpa do concedente", e rechaçou os argumentos do governo de Néstor Kirchner. Disse ter feito "trabalho exemplar" desde 1993, quando começou a operar. Afirmou que fará uma transferência "ordenada" do serviço.
Não havia detalhes desse processo ontem. No anúncio, o ministro Julio de Vido instruiu aos diretores da nova estatal a fazerem uma auditoria dos ativos e assumir de imediato o serviço.
A disputa entre governo e a empresa começou em 2002, no auge da crise argentina. Desde então, a maior parte das tarifas públicas estão congeladas. A empresa e outros concessionários de serviços, como os de telefonia, tentavam, sem sucesso, obter da Casa Rosada autorização para reajuste.
No ano passado, tanto a controladora Suez como a espanhola Aguas de Barcelona (25% das ações) já haviam anunciado que deixariam o consórcio e buscavam compradores. Mas as negociações eram barradas pela falta de perspectiva de alta nas tarifas. A reestatização, como já havia acontecido com o serviço de correios, ficou mais próxima. Ontem, um porta-voz da empresa espanhola afirmou que a decisão não causou "surpresa". A Suez não havia se pronunciado.
Após a renegociação da dívida em moratória -controversa, mas considerada exitosa-, o embate com as privatizadas é o principal problema da relação de Kirchner com o organismos multilaterais como o FMI e com os governos da França e da Espanha.
A disputa com as empresas e a "insegurança jurídica" do país também é apontada por analistas como entrave ao investimento estrangeiro. A Bolsa de Buenos Aires fechou ontem em baixa de 0,59%, mas operadores não relacionavam o resultado à decisão.
Consertar o que considera "erros" do amplo processo de privatização da era Carlos Menem (1989-1999) é uma das bandeiras políticas de Kirchner. Por isso e por causa da perspectiva de alta da inflação, consultoras privadas descartam reajustes nas tarifas neste ano.
Antes da decisão de ontem, o último round entre Aguas Argentinas e Kirchner havia sido em fevereiro. Em discurso, o presidente reclamou da empresa e chamou de "flagelo" as falhas no serviço. A empresa respondeu cobrando subsídios e reajustes.
Diferentemente de outras concessionárias como a Telefônica e a Telecom, que fecharam acordos recentes com a Casa Rosada, a Suez se recusava a tirar a ação no tribunal de arbítrio do Banco Mundial onde cobra do governo argentino o ressarcimento do US$ 1,7 bilhão investidos no país.
Aguas Argentinas era responsável, até ontem, pelo abastecimento e serviços de esgoto de 12 milhões de pessoas de Buenos Aires e região metropolitana (cerca de um terço da população do país). O governo anunciou investimento de cerca de US$ 135 milhões entre 2006 e 2007 na nova estatal, e a notícia foi comemorada pelo sindicato de funcionários .
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 23 Mar 2006, 11:00

Só soube hoje: esse nosso ministério público, muito “capetente”, obrigou o Mcdonalds a vender separadamente os bichinhos dio McLanche Feliz. O GOVERNO SE METENDO ATÉ EM QUE TIPO DE PROMOÇÃO UMA EMPRESA PODE FAZER, CRIANDO CUSTOS DE LOGÍSTICA E CONTROLE, E DEPOIS VÊEM DIZ\ER QUE ISSO AQUI É UM PAÍS CAPITALISTA...
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby junior » 23 Mar 2006, 11:38

obrigou o Mcdonalds a vender separadamente os bichinhos dio McLanche Feliz


Pq??? Qual era o argumento??
"Cosmologists are often in error, but never in doubt." - Lev Landau
User avatar
junior
Grão-Mestre Saidero
Grão-Mestre Saidero
 
Posts: 887
Joined: 13 Feb 2004, 11:55
Location: Sei lá... Em algum lugar com conexão a internet! :-)

Postby mends » 23 Mar 2006, 11:43

não sei, vou procurar, mas deve ter sido algo entre "venda casada" e "tadinha das crianças, obrigadas a comer minhoca pra ter um boneco feio do Buzz Lightyear..."
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 24 Mar 2006, 11:22

Radicais e o MST

Josué Maranhão

BELO HORIZONTE (MG) – Há pouco menos de dois anos, quando comecei escrever neste espaço, depois de haver criticado, em uma crônica, a atuação do MST, invadindo e danificando bens de uma propriedade rural produtiva, soube de comentários em que eu era classificado como reacionário e direitista.

Procurei saber de quem teriam partido os comentários e todos tinham sido feitos por jovens, em início de carreira profissional, ou ainda estudantes, embora já na fase de cursos de pós-graduação.

Entre eles, um que me criticou com mais veemência, chamando-me de burguês reacionário direitista, era um estudante de curso de doutorado na USP, com mais de 25 anos, que nunca trabalhou e sobrevive às custas de uma bolsa de estudos de uma das entidades oficiais voltadas para a área, mas principalmente aproveita-se da gorda mesada que lhe dá o papai rico. Dizia-se esquerdista revolucionário, trotskista, contrário a todos os tipos de governo, que não fossem radicalmente comunistas.

Achei-o um tanto fora de moda, sem falar na incoerência. Desatualizado, considerando-se que o último trotskista que se ouviu falar no Brasil foi o ministro Antônio Palocci, alcunhado pelos radicais livres petistas de “agente da CIA”, vendido ao imperialismo, por conta da política econômica que adotou no governo atual.

A impropriedade do comportamento que vi decorreu do fato de saber que, com mais de 25 anos, o jovem jamais haver trabalhado, preferindo sugar uma bolsa de estudo que poderia ser destinada àqueles que de fato dela precisam, considerando-se que o papai rico pode sustentá-lo. Não consigo entender a incoerência, principalmente em se considerando que o jovem disse que o MST deveria ser mais agressivo e lutar para extinguir a propriedade privada no Brasil.

Outro crítico _este meu conhecido_ reagiu de forma estranha, quando eu lhe perguntei, depois de ouvir as suas considerações sobre os direitos dos sem-terra invadirem propriedades produtivas, se ele concordava em ceder aos sem-teto, que são milhares em São Paulo, pelo menos uma pequena parte do seu imenso apartamento, com mais de 300m2 de área. A reação foi imediata: deixou de falar comigo.

Depois de analisar os comentários, resolvi dar um tempo, antes de voltar ao tema. Mas sempre me chamou a atenção, quando estou no Brasil, ver na televisão os pronunciamentos dos líderes do MST. Um, parece-me o maior deles, quando discursa dá a impressão de raivoso, tanto pelo aspecto físico, quanto pela virulência como ataca. O outro, dizem que o mais ativo, tem “cara de boi sonso”. Fala manso, não encara, não olha ninguém olho no olho, esquivando-se.

Vendo-os, lembro-me sempre do período anterior ao golpe militar de 1º de abril de 1964. Na época, era grande a ebulição na área rural no Nordeste, notadamente na Zona da Mata, em Pernambuco. Atuava muito ativamente, e com estardalhaço, o Movimento das Ligas Camponesas.

Surgidas em Pernambuco, espalharam-se pelos Estados próximos, sob a liderança de Francisco Julião. Era um líder autêntico, calmo, sereno, comedido, de fala mansa, que mobilizava os camponeses com poucas palavras e com uma atuação discreta.

Entrevistei-o, como repórter dos Diários Associados, poucos meses antes da instalação da sanguinária ditadura militar. Falou de suas idéias e das estratégias do movimento. Eleito deputado federal, participou do célebre comício de 13 de março de 1964, no Rio de Janeiro e, no retorno a Recife, adotou o slogan difundido pela esquerda radical do Sudeste: “Reforma Agrária já, na lei ou na marra!”.

Deflagrado o movimento militar, os primeiros a sofrer o rigor das torturas nas prisões foram os humildes e semi-alfabetizados líderes camponeses. Julião conseguiu se exilar, andou por Cuba e radicou-se no México. Anos depois, ainda na época da ditadura, li uma entrevista, na qual se penitenciava e reconhecia os erros e que os líderes das Ligas Camponesas, por ele formados, haviam sido as grandes vítimas do extremismo. Admitia a radicalização extemporânea, que teria contribuído para a aglutinação dos radicais de direita, incitando os militares à derrubada do Governo do presidente João Goulart. Vieram os 20 anos de ditadura.

O resultado da pesquisa agora divulgado, comprovando a desaprovação do Movimento dos Sem Terra pela maioria da população, deveria servir de evidência quanto ao posicionamento a adotar. Sem radicalismos, lutando pela reforma agrária, através da ocupação de terras devolutas do governo (que são muitas), ou terras privadas improdutivas, certamente, excluídos os extremos, o apoio popular poderia indicar o sucesso do movimento.

Invadir terras produtivas, bancos, repartições públicas e até a sede da Justiça Federal, como se viu recentemente, pode ser o indicativo de que o pêndulo do posicionamento da nação sempre vai ser contrário às reivindicações dos sem-terra. Para agir de forma condizente, impõe-se, inicialmente, excluir os radicais incitadores da violência e do desrespeito à propriedade pública e privada.

Mais condenável, ainda, é o comportamento do movimento, quando, através de sua ala feminina, invade um laboratório de pesquisas, como ocorreu com a Aracruz Celulose, para destruir resultados de pesquisas cientificas realizadas durante mais de um quarto de século, como ocorreu recentemente.

Mais grave ainda é saber-se que aquele grupamento de mulheres vive às custas de verbas federais, entregues no meio de um liberalismo incomum, quando se sabe que têm faltado recursos até para custeio de serviços emergenciais em hospitais públicos.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

Postby mends » 24 Mar 2006, 14:34

depois de tanta insanidade e ignorância que é colocada aqui neste fórum, em particular, algumas palavras sensatos, retiradas da entrevista para a Veja do Paulo Guedes (economista, dono do IBMEC):

Veja — O senhor se auto-intitula um dos últimos economistas liberais
do Brasil. O que é ser um economista liberal?
Guedes — É acreditar que a força motora da civilização é a Grande Sociedade
Aberta, que vem sendo construída há pelo menos 2 500 anos. Começou na Grécia,
em Atenas. Isto inclui a percepção de que os mercados são a maior máquina de
inclusão social já descoberta. O liberal-democrata é o sujeito que compreendeu o processo de formação dessa grande sociedade e sabe que a democracia e os
mercados estão nas raízes da civilização ocidental.

Veja — No Brasil, já há algum tempo, atribui-se boa parte dos
problemas nacionais a políticas liberais, ou neoliberais. Por quê?
Guedes — Na melhor das hipóteses, devido a uma má leitura da realidade. É
irracional dizer que um país que gasta 40% do PIB no setor público tem algo de
neoliberal. Porque o Brasil já tem 40 anos de dirigismo: 20 com os militares e 20
com a social-democracia. Aí, quando alguma coisa não vai bem, dizem que a culpa
é do liberalismo. É brincadeira. Tivemos a social-democracia populista, com José
Sarney, o PMDB e o “tudo pelo social”. A sofisticada, ou punhos de renda, com
Fernando Henrique. E a popular agora, com o Lula. A matriz ideológica brasileira
não tem um genzinho liberal. Na última eleição presidencial foi a mesma coisa.
Tinha o social-democrata Serra, o social-reformista Ciro, o social-sindicalista Lula,
o social-populista Garotinho.

Veja — Mas houve privatizações, abertura do mercado, Lei de
Responsabilidade Fiscal, superávit primário....
Guedes — É claro que houve progressos. Armínio Fraga (ex-presidente do Banco
Central) fez o câmbio flexível, Sergio Werlang (ex-diretor do BC) criou o sistema de
metas inflacionárias, o Palocci garantiu a estabilidade da moeda. Mas nas
privatizações, por exemplo, perdeu-se uma chance histórica. Quando começou o
governo Fernando Henrique, a União tinha 60 bilhões de dólares em participações
nas empresas estatais. E a dívida pública federal também era de 60 bilhões de
dólares. Tinha que ter feito um processo radical e acelerado, e matar a dívida. Ou
seja, a social-democracia até acerta, mas é um modelo que funciona num ritmo
incompatível com as necessidades impostas pelo mundo atual. Levou 20 anos para
derrubar a inflação, 20 anos para soltar o câmbio. Isso é intolerável.

Veja — O senhor fala em social democracia e liberal democracia. Por
que não esquerda e direita, simplesmente?
Guedes — Esquerda e direita são rótulos que ainda subsistem em países atrasados,
entre os quais eu incluo o Brasil. O socialismo é uma utopia que se tornou
irresistível para os intelectuais, apesar de ser um equívoco intelectual completo.
Quem são os economistas socialistas, que deixaram uma herança para a sociedade?
Sobrou só o próprio Marx, como uma grande filósofo. O socialismo, para sua
tragédia, virou o ópio dos intelectuais. Virou uma religião. E por quê? Porque
cometeu o terrível equívoco de não compreender o que estava acontecendo em
matéria econômica. Baseado no desejo de igualdade, de solidariedade, não
percebeu o que estava acontecendo do ponto de vista econômica.

[...]

Veja — Mas há perdedores na globalização.
Guedes — É questão de ponto-de-vista. Quando há maior penetração de comércio
global, há uma tendência à equalização dos salários. Então o americano ou o
brasileiro que trabalham numa montadora vão ganhar menos, mas o salário do
chinês que passa a ter emprego numa montadora na China vai subir. Quem olha
com uma visão local diz que o capitalismo está destruindo salários e empregos. Mas
quem está olhando o mundo fala assim: o salário do americano caiu 30 dólares e
subiu um dólar o salário de um milhão de chineses. O capitalismo não está
espoliando. Está redistribuindo. Só que quem está no Brasil assiste o salário caindo
e o juro lá em cima e diz: a culpa é do neoliberalismo. Mas se você perguntar a um
chinês o que ele acha do neoliberalismo ele vai responder, “neolibelalismo sim,
muito bom”.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")
User avatar
mends
Saidero MegaGoldMember
Saidero	MegaGoldMember
 
Posts: 5183
Joined: 15 Sep 2003, 18:45
Location: por aí

PreviousNext

Return to Política

cron