República das Bananas...

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby mends » 30 Mar 2006, 10:16

Penso não haver nada mais “bananal” nesses últimos dias do que o lançamento do brasileiro ao espaço. Sessenta anos depois do primeiro, numa lata velha que precisa duma vareta pra apertar botões, lembrando a época que o controle remoto não era “obrigatório” e muita gente usava uma vareta pra mudar de canal, me parece comemorar 37º lugar em tiro ao alvo na Olimpíada....
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Postby tgarcia » 30 Mar 2006, 11:01

e o pior:
- gastou muuito $$
- e ele vai "de carona" na ida e volta "de carona" com os outros dois que estão lá
- não vai fazer nada que uma maquininha qq não faria
- até me lembrei do "Guia dos Mochileiros das Galáxias"...

isso não tira o mérito dele pessoalmente, mas em termos de país, concordo contigo.
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Postby Aldo » 30 Mar 2006, 19:50

Tá fodido...
Sueco comprou na Amazônia brasileira uma área de floresta do tamanho da cidade de SP. O seu objetivo é impedir que a área "seje" dematada...
Gringo é besta, né? Na segunda viagem do baguá pra cá vai achar um baita areião e vai voltar lá pro polo norte com cara de bunda...

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Postby Aldo » 02 Apr 2006, 17:57

Palocci ordenou a Mattoso violação do sigilo do caseiro
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KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Antonio Palocci Filho, ministro da Fazenda em 16 de março, ordenou diretamente ao então presidente da Caixa, Jorge Mattoso, que violasse o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Pressionou o colega Márcio Thomaz Bastos a pedir que a Polícia Federal acobertasse sua conduta, ameaçando revelar a presença de um auxiliar direto do ministro da Justiça em sua casa na noite daquela quinta, quando Mattoso lhe entregou o extrato do caseiro.

Segundo relatos obtidos pela Folha, Palocci fez pressões até a última hora para permanecer no cargo. Discutiu com Mattoso e Thomaz Bastos duramente na segunda-feira passada, dia de sua queda. Mattoso rejeitou assumir sozinho a culpa.

Por telefone, Palocci chegou a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não fosse demitido, mas afastado temporariamente. Lula, porém, respondeu secamente que não dava. Havia acabado de ser informado de que não havia mais dúvida de que Palocci ordenara a violação do sigilo do caseiro, apesar de o então ministro ter negado isso várias vezes no decorrer do imbróglio.

Palocci deu a ordem para Mattoso quebrar o sigilo na tarde de 16 de março, quando lhe disse que tinha a informação de que o caseiro recebera soma de dinheiro e que suspeitava que havia sido comprado pela oposição para atacá-lo. De noite, Palocci convidou o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Daniel Goldberg, para ir à sua casa.
Lá, encontrou também Mattoso. A membros do governo, Goldberg disse que não presenciou a entrega do extrato.

Na sua versão, Palocci e Mattoso teriam se reunido a sós no escritório, e o então ministro da Fazenda teria pedido que a PF investigasse Francenildo por falso testemunho e suborno para mentir sobre uma autoridade.

Palocci, que estava acompanhado por seu assessor Marcelo Netto, disse que "a imprensa" divulgaria que o caseiro havia recebido recursos incompatíveis com sua renda de R$ 700 mensais. Segundo seu relato, ele não viu o extrato, mas ouviu pedido de Palocci para acionar a PF.

No dia seguinte, o chefe-de-gabinete de Thomaz Bastos, Cláudio Alencar, relatou ao ministro que Palocci havia pedido a Goldberg para a PF investigar Francenildo. No mesmo dia, o extrato vazou por meio do blog da revista "Época".

Oficialmente, a PF começou a investigar o caseiro na quinta-feira seguinte, dia 23, e o colocou sob suspeita de lavagem de dinheiro devido a um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras encaminhado no dia 20. Antes, o contato de Francenildo com a PF havia ocorrido entre a quinta, 16, e a sexta, 17, quando entrou e saiu do programa de proteção a testemunhas do órgão.

Últimos dias

Uma semana depois, no domingo passado, Lula e Palocci tiveram uma conversa pessoal. O então ministro da Fazenda continuava a negar as evidências de sua participação no caso. Mas Lula já havia recebido informações de Thomaz Bastos de que a PF tinha convicção da participação de Palocci.

O ministro da Justiça disse que o depoimento de Mattoso no dia seguinte não lhe deixaria saída. Lula informou a Palocci que a situação era insustentável e que ele deveria se preparar para sair.

Antes de viajar para Curitiba, ainda no domingo, dia 26, Lula se reuniu com auxiliares na Base Aérea de Brasília, atrasando seu vôo em mais de uma hora. Pediu que fizessem uma apuração final durante a manhã de segunda e que lhe apresentassem um resultado definitivo em reunião à tarde.

Solicitou ainda que o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega, fosse a Brasília no dia seguinte. Já queria demitir Palocci, contrariado com as negativas do ministro, que só admitira que sua assessoria poderia ter vazado o extrato.

Na manhã de segunda, em conversa tensa com Mattoso, Palocci disse ao presidente da Caixa que ele não diminuiria sua culpa em nada se o responsabilizasse. Depois de soltar um palavrão, Mattoso afirmou que Palocci acabara com sua vida e que ele não pagaria o pato sozinho.
Com a recusa de Mattoso, Palocci ficou nervoso e trocou ofensas com Thomaz Bastos. Disse que contrataria um detetive particular para investigar Francenildo porque a Polícia Federal trabalharia só a favor da oposição e contra o governo.

Palocci disse que o caseiro teria viajado para o Piauí com passagem paga por um senador e que nem isso a PF conseguia apurar.

Palocci fez pressão em forma de ameaça. Disse que Thomaz Bastos poderia se complicar porque Goldberg estivera na sua casa na quinta em que Mattoso lhe entregara o extrato de Francenildo.

Thomaz Bastos respondeu com um palavrão. Disse que Palocci chamara o secretário sem seu conhecimento, que ele estava em Rondônia e que não permitiria que a PF fosse usada politicamente ou forçada a acobertar eventual prática criminosa de membros da cúpula do governo. Em público, o ministro não informou que seu assessor havia presenciado o encontro entre Mattoso e Palocci.

Quando Lula chegou de Curitiba, foi informado por auxiliares de que Mattoso estava na PF naquele momento e que diria que entregou os extratos a Palocci. Lula agradeceu o relato, pediu que deixassem a sala e solicitou um telefonema para o ministro da Fazenda. Não chamou Palocci para seu gabinete e afirmou que seria uma conversa rápida.

O presidente disse a Palocci que, diante das circunstâncias, ele deveria deixar o governo. O auxiliar pediu que não fosse demitido, mas afastado, a fim de tentar provar sua eventual inocência e retornar ao posto. Lula não aceitou.

A auxiliares, Lula se queixou de Palocci ter insistido em negar participação na violação do sigilo. Outros membros da cúpula do governo também se mostraram surpresos. Ciro Gomes, que chegou a chamar de "golpista" setores da imprensa, disse que ia escrever uma carta para um jornal pedindo desculpa por sua crítica.

Oferta de R$ 1 milhão

Segundo a edição desta semana da revista "Veja", em conversa de Palocci com Mattoso e o advogado criminalista Arnaldo Malheiros, amigo de Thomaz Bastos, foi aventada a idéia de oferecer R$ 1 milhão "a algum funcionário da Caixa que se dispusesse a assumir a culpa pela quebra do sigilo".

Segundo a revista, "não se sabe se a proposta teve andamento prático". Ainda segundo a "Veja", o empresário Eurípedes Soares da Silva, o suposto pai biológico de Francenildo, também teria tido sigilos fiscal e bancário violados.



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Postby mends » 06 Apr 2006, 12:32

estão fazendo um "mea culpa" e estão começando a limpar...

CLÁUDIO HUMBERTO

Faxina
A Presidência da República vai gastar R$ 66 mil em material de limpeza e higiene, como essência de eucalipto para sauna, detergentes, baldes, rodos etc. A licitação inclui quase R$ 6 mil em papel higiênico. Agora vai.
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Postby tgarcia » 06 Apr 2006, 13:50

interessante


Uma temeridade para o presente
Global Invest Asset Managemant

Apesar das insistentes afirmações de que a política fiscal não mudará após a queda de
Antonio Palocci, há indícios efetivos de que a ela já tenha mudado de forma
substancial, mesmo antes da saída do ex-ministro. Estranha-se o fato de que a grande
maioria dos analistas sinta-se confortável com os discursos e atenha-se pouco à
dinâmica da performance fiscal, esboçada nos dados sobre a expansão dos gastos do
setor público. Tudo parece sob controle, quando na realidade estamos assistindo a
uma pequena farra de gastos.
A principal preocupação em relação aos gastos é de curto prazo: o aumento dos gastos
afeta de forma expansionista o nível de atividades; essa ação pode levar à aceleração
da inflação o que, por sua vez, faz com que o Banco Central reaja aumentando os
juros. A velocidade com a qual o aumento dos gastos atua sobre o nível de atividades é
muito maior que a da política monetária - seja qual for o canal de transmissão
considerado para ela. As implicações para o equilíbrio macroeconômico dessa
expansão dos gastos do setor público são opostas ao longo do tempo: no curto prazo
atua para a expansão da renda (por pressionar a atividade econômica para cima) e no
longo prazo para retraí-la (por aumentar as taxas de juros requeridas e, como
decorrência, por diminuir os investimentos privados). O ciclo eleitoral permite que os
políticos utilizem os eventos de curto prazo para aumentar o seu nível de aprovação
(com o aumento da renda) mas deixam os custos de longo prazo ocultos (posto que os
agentes – inclusive a mídia especializada – desconhecem os mecanismos
intertemporais de atuação da política fiscal). Tudo se passa como se a festa eleitoral
não tivesse custos para a sociedade. Mas ela tem, e os mesmo são elevados.
Apesar do insistente discurso de manutenção da “austeridade fiscal”, o atual governo
vem aumentando de forma substancial seus gastos correntes de ano para ano, mesmo
que o superávit primário (diferença entre gastos e receitas, exceto os juros) seja
crescente. Basta que a economia cresça e a arrecadação subirá naturalmente, exigindo
que as alíquotas de impostos se mantenham iguais. Se o governo aumenta os gastos
na mesma proporção, o superávit primário mantém-se estacionado. Mas a política
fiscal será expansionista, pois haverá aumento dos gastos. O impacto desse aumento
de gastos sobre o nível de atividade é o que chamamos, grosso modo, de política fiscal
expansionista. O governo vem praticando uma política fiscal claramente expansionista,
apesar dos resultados aparentemente austeros do resultado primário.
Não tratamos aqui de sugerir uma política fiscal “responsável” ou mais adequada aos
formuladores de política. Estamos emitindo mais um alerta para os efeitos práticos
dessa iniciativa política: ela já está afetando o equilíbrio macroeconômico e poderá
implicar em novos valores para as variáveis chave consideradas pelo mercado
financeiro (política monetária, taxa de câmbio, preços de ativos, etc...) A continuidade
dessa política deliberada, firmemente apoiada pela imensa maioria dos analistas,
levará o Banco Central a apresentar uma conta amarga em breve. As taxas de
crescimento a serem observadas daqui para a frente serão maiores e com elas virão as
inerentes pressões inflacionárias. Estamos repetindo o velho jogo de permitir que a
economia cresça, como em um passe de mágica, pela ação dos gastos públicos nas
vésperas de eleições, para depois derrubar essa tendência através de uma política
monetária super apertada.Chamam isso de política de “stop and go”. Há um otimismo injustificado com a atual política fiscal. Como sempre, em algum momento a conta será
apresentada.
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Postby mends » 10 Apr 2006, 11:50

ELIO GASPARI

Lembo não entendeu o Bolsa-Roupa
O governador de São Paulo, Claudio Lembo, como Tancredo Neves, veste-se com a frugalidade dos anacoretas. Deveria evitar a consultoria fashion. Defendendo o guarda-roupa boca-livre de Lu Alckmin, disse que ele serve para "divulgar a moda brasileira, o estilo brasileiro e a mulher brasileira". Discuti-lo seria "uma grande tolice".
Num mês, madame Alckmin veste mais grifes estrangeiras que Elisabeth de Windsor, Laura Bush e Bernadette Chirac em um ano. Seu Valentino vermelho é inesquecível. Nesse aspecto, Lu Alckmin divulga a moda estrangeira. Indo-se ao seu cabideiro de peças da grife nativa de Rogério Figueiredo, Lembo deveria ter lido a entrevista que o estilista deu à repórter Mônica Bergamo. Está lá: "Tudo de dona Lu sempre foi importado. Nada é nacional". O Bolsa-Roupa é um estímulo à indústria têxtil de ultramar.
Fica uma dúvida. Quantas peças teve o mimo? "Poucas" (segundo a assessoria da senhora), "quarenta" (segundo ela própria) ou "400", segundo Rogério Figueiredo? Para o pessoal do Bolsa-Família, um trapinho desses sai por R$ 1.000, pelo menos.
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Postby mends » 12 Apr 2006, 11:36

ELIO GASPARI

Supermax para Suzane
Supermax é uma cana que existe nos Estados Unidos e faz muita falta no Brasil. São umas 60 e para elas vão os delinqüentes que se organizam em facções criminosas, os que atentam contra a vida dos guardas, bem como os chefes do crime organizado que não colaboram com a Promotoria. Vão também aqueles que servem de exemplo para quem está do lado de fora. O Unabomber, o brilhante matemático que aterrorizou os Estados Unidos despachando explosivos que feriram dez pessoas e mataram outras três, está na mãe de todas, a prisão de Florence, no Colorado. Como disse o diretor de uma dessas prisões ao pessoal de uma ONG de direitos humanos: "É bom que vocês mostrem como isso aqui é ruim para que ninguém queira vir para cá".
Numa Supermax, o cidadão fica trancado 23 horas do dia. Na 24ª, se for bem comportado, faz exercícios, sozinho, numa gaiola. Luz do sol, a da clarabóia. Visitas, só do outro lado do vidro blindado. Quem entra numa Supermax tem um só objetivo na vida: sair de lá. Elas servem como um fator de dissuasão para os delinqüentes. No caso de Suzane von Richthofen e de seus dois comparsas, uma temporada numa Supermax poderia levá-los a contar a verdade a respeito do assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen.
Suzane tem 22 anos, participou da cena em que seus pais foram massacrados a golpes de barra ferro. Foi ao enterro vestindo um pretinho descolado, com a barriguinha sarada à mostra. Posta em liberdade, teve direito a uma ofensiva de imprensa para mostrá-la como vítima sofrida, jovem desamparada a quem se deve dar o direito a um recomeço. Quem planeja e ajuda matar duas pessoas não tem direito a recomeço. Assim como a vida de suas vítimas acaba no momento do crime, a liberdade dos bandidos acaba no momento em que são alcançados pela mão do Estado. Prosopopéias de recomeço servem apenas para ratificar a sabedoria da observação de Erle Stanley Gardner, o genial criador do detetive Perry Mason: "Depois que criaram o clichê psicanalítico, o romance policial perdeu a graça"."
Show de imprensa é uma prerrogativa do andar de cima. Ninguém jamais ouviu a voz de um bandido do andar de baixo. Mofam na prisão, muitas vezes com as sentenças vencidas, sem direito a entrevistas humanitárias. Um dos argumentos mencionados em defesa da senhora Richthofen é que ela não quer voltar para a cadeia. Ora, ela não esteve lá porque um dia resolveram prender as moças loiras cujos nomes começavam com S. Foi encarcerada porque tramou e presenciou a morte dos pais.
Deve-se aos jornalistas Fabiana Godoy, Alexandre Dantas, Américo Figueroa e Pedrinho Tonelada o desmascaramento do embuste que a delinqüente e seus advogados encenaram com o propósito de empulhar a choldra. Esses jornalistas cortaram o caminho do exercício prepotente do privilégio. Com o trabalho levado ao ar, salvaram o gol na pequena área. Poderiam ter sido instrumento de uma urdidura, transformaram-se em denúncia da trama.
Se a aplicação de um regime prisional duro à senhora Richthofen e aos seus comparsas estimular a remessa de ilustres hierarcas de Brasília à cadeia, melhor assim. Nesse caso, Suzane terá aberto caminho para o encarceramento dos delinqüentes que vêem na manipulação da patuléia um alçapão que lhes garanta a impunidade. Haja Supermax.
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Postby mends » 12 Apr 2006, 11:49

Odete Roitman, Maria de Fátima, Laura Prudente, Nazareth e Suzane
Por Reinaldo Azevedo
Farei um texto em que, tenho certeza, a partir de um determinado momento, serei voz quase isolada. É do jogo. Às vezes, corintiano, estou com a maioria. O mais comum é ficar entre poucos. Alguns acham que é por exibicionismo. Se for, é uma doença que só pode fazer mal a mim mesmo. É bom estar com a maioria se você não se sente moralmente obrigado a estar em outro lugar. Eu não sei — o direito brasileiro deve saber — o que Suzane von Richthofen, que participou do assassinato dos pais, fazia fora da cadeia. A lei lhe facultava que, tendo feito o que fez, vivesse como eu e você, leitor amigo (ou até melhor). Esperava julgamento.
Não houve uma só circunstância que atenuasse seu ato brutal. Mas estava na rua. Alguns poetastros do direito brasileiro acham um absurdo que a pena seja um castigo. Eles querem “ressocializar” o preso. Pode ser esse o núcleo humanista da pena. Mas, à sociedade, o que interessa é reprimir o crime e coibir a besta que há em nós. O que evita a barbárie é a certeza da punição. E o que a açula é a impunidade. Simples assim. E isso não implica que se ignorem nem digo “os direitos”, mas as condições humanamente aceitáveis do recluso. A desgraça é que o Estado brasileiro não consegue controlar os presídios. Só serve para perseguir caseiros incômodos.
Por mim, Suzane passaria 30 anos na cadeia, porque é a pena máxima no país, refletindo sobre seus atos. Eu não dou a menor bola para a sua ressocialização. Os assassinos que se danem no inferno moral. Concedo-lhes a dignidade de presos. Não têm de estar entre nós. Eu não dormiria, com a porta do quarto aberta, numa casa em que ela morasse. Duvido que o juiz que a soltou fizesse a mesma coisa. Ou os que respondem pela lei que lhe permitiu deixar a prisão. Até aqui, creio, há uma razoável maioria comigo. Agora começarei a me distanciar.
Achei lamentável a “entrevista-reportagem” do Fantástico.
No Estado de Direito, caseiros inocentes ou culpados — ATENÇÃO: INOCENTES OU CULPADOS — só podem ter seu sigilo bancário quebrado com ordem judicial. No Estado de Direito, um advogado, por mais canalha e vigarista que seja (que, então, sua canalhice e vigarice sejam punidas quando houver oportunidade), tem o direito de passar instruções em sigilo a seus clientes. A desmontagem da farsa, com auxílio de microfones, não me parece eticamente aceitável. Sem contar que, no caso da reportagem do Fantástico, era desnecessária. A uma farsa se somou, então, o roteiro de uma novela, em que a lourinha má era, finalmente, desmascarada: Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu) tomava, enfim, uma surra de Maria Clara Diniz (Malu Mader).
Os advogados da garota, um deles apresentado como tutor, são, sem dúvida, patéticos; Suzane não passaria num teste para Malhação (mas também não está assim tão longe do desempenho médio...); toda a sua mímica do arrependimento compungido escorregava na falsidade; as pantufinhas infantis, a Minie na camiseta... O conjunto gritava: “Olhem a menina desprotegida, vítima de facínoras pobretões e aproveitadores”. O parricídio e o matricídio estão um pouco além da tolerância média mesmo de uma sociedade como a brasileira, em que a ética coletiva é das mais lassas e em que os indivíduos nunca são convidados a investigar a moral dos próprios atos. Tudo se mostrava escancaradamente inútil. A catarse, no fim das contas, era desnecessária.
Acompanhei uma espécie de nota divulgada no Jornal Nacional. As personagens do enredo sabiam que estavam com microfone? É possível. Mas é claro que ignoravam estar sendo gravadas. Ou não fariam o que fizeram. A explicação de que a conversa foi ao ar porque tentavam usar a emissora para uma farsa é frágil. Se o critério for o utilitarismo daquela relação, ela tinha, obviamente, mão dupla. A Globo também queria, neste sentido "estrito", usar Suzane. No mínimo, há uma certa curiosidade mórbida do público de saber como vive quem comete um crime como aquele. A eliminação do pai e da mãe carrega um peso mítico.
Não deixa de ser um sintoma de dias pouco salubres que uma assassina dos próprios pais seja oferecida em holocausto para purgar as maldades do mundo quando um criminalista, investido das funções de ministro da Justiça, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, está em palpos de aranha. Quando menos, ele silenciou sobre uma operação que constituía não um crime de indivíduos contra indivíduos, mas um crime do Estado contra um cidadão. Márcio Thomaz Bastos, Antonio Palocci ou Luiz Inácio Lula da Silva resistiriam a microfones na lapela ou a uma conversa pessoal ouvida por terceiros?
Esse tipo de “investigação” e de “truque” para apontar as contradições de criminosos ou suspeitos, quero crer, tem de ser privativo dos mesmos entes públicos que detêm o monopólio do uso da força — no caso, para assegurar a lei e a Constituição. O que se viu no Fantástico foi o choque entre atores stanislavskianos de quinta categoria e brechtianos interessados em provar que era tudo representação. A novidade, então, talvez para a própria equipe do Fantástico, é que ela também representava.
Suzane é assassina confessa, e nem isso tira dela o direito de se defender. A farsa que seus advogados montaram, como se viu, não era do interesse só da criminosa (aliás, o tiro saiu pela culatra), mas também do programa. Ela queria piedade. O Fantástico queria Ibope. Até um ponto da trajetória, tratava-se de um acordo. Ambos se uniam. Do outro lado, a opinião pública. Uma questão para reflexão: sem a "colaboração" involuntária dos advogados e da própria, a "matéria" talvez nem tivesse ido ao. Resultou bem aquém do que a Veja já apresentava desde o sábado de madrugada. A farsa estava ali presente, mas sem heterodoxias.
Não é a primeira vez que isso se dá. Lembro do episódio envolvendo Clóvis Sachione, advogado de uma máfia de fiscais do INSS, no Rio. Ele foi flagrado pelo Jornal Nacional recomendando a um deles, Carlos Eduardo Pereira Ramos, que fizesse uma letra diferente na assinatura de um documento porque queria fazer dessa burla uma peça de sua defesa — acho que era por isso. Ora, que a Justiça não acatasse a safadeza.
Censurei à época o uso de uma câmera e de microfones para denunciar a instrução do advogado. Notem bem: aceito debater e acho “debatível” (se me permitem o neologismo) se há pessoas que, dada a natureza do seu crime, devem ou não ter direito à defesa e, portanto, a um advogado. Até que as regras vigentes forem as que estão aí, os dois episódios contribuíram muito para a sociedade do espetáculo e nada para a do direito.
Quantos de nós, jornalistas, aceitaríamos microfones ou câmeras secretas para descobrir, afinal, quem passou à revista Época o extrato da conta de Francenildo? Um jornalista tem mais direito ao sigilo da fonte, mesmo quando ele esconde um crime, do que um advogado na relação com o seu cliente, ainda que ele seja um escroque? Não são bandidos, muitas vezes, os que passam informações a jornalistas? Não era um criminoso aquele que passou o extrato do caseiro à revista? Nessas horas, costuma-se alegar o chamado “interesse público”.
Aceito o critério: não vejo nada que possa interessar mais ao público do que manter as regras do Estado de Direito, que inclui a liberdade de informar, e não o contrário. Esta está contida naquele, e não aquele nesta. Essa minha prosa nada tem a ver com a cascata do sr. Luiz Gushiken quando defendia um Conselho Federal de Jornalismo — de fato, o PT queria um órgão de censura. Ele argumentava que a liberdade de expressão não é um direito absoluto. Usava uma obviedade para defender uma causa ruim. Não estou dizendo que o Fantástico deveria ter sido censurado. Eu é que o estou censurando com a minha opinião, sempre contestável. Nada mais. A questão não é de regulação, mas de auto-regulação.
E tem mais: não estou inferindo que o Fantástico usou de má-fé necessariamente, de um ardil. Acho que foi um momento de mau pensamento, de confusão entre o show e o jornalismo, o show e a vida. O show da nossa vidinha besta se degradou um pouco.
Os advogados que condenaram a conduta dos colegas de profissão no caso Suzane, a começar do presidente da OAB, Roberto Busato, lamento dizer, deixaram-se intimidar pela mídia e pelo clamor público. Que condenassem o teatro armado por seus colegas, vá lá. Que dissessem que aquele não era o melhor modo de defender uma cliente, ok. Mas não lhes cabia ceder àquele triste espetáculo.
Vivemos tempos um pouco brutos, quase sempre estúpidos. Primeiro absurdo: Suzane estava fora da cadeia. Segundo absurdo: a entrevista armada por seus advogados. Terceiro absurdo: a novelização da assassina (Nazareth e sua tesoura...). Quarto absurdo: ter sido decretada a sua prisão horas depois de a entrevista ter ido ao ar.
Caso se despreze o motivo essencial por que ela nunca deveria ter deixado a cadeia (ajudou a matar duas pessoas), os motivos alegados para a volta à prisão são patéticos: representaria risco ao irmão (antes do Fantástico era diferente?) e estaria se preparando para fugir. Entendi: um duplo homicídio pode não ser motivo o bastante para ficar trancafiado, mas ai da assassina se for uma atriz desastrada! Olhem aqui: acho que essa moça está no lugar certo. E seria conveniente que lá estivesse pelos motivos que ela deu, não por aqueles que tiveram de ser pretextados para saciar a nossa sede canibal de justiça.
Pois bem, dito isso, volto ao ponto. Vimos, na verdade, uma guerra de narrativas e de roteiros. Havia a “produção” dos advogados e havia a “produção” do Fantástico. Venceram os profissionais, como se viu. Depois de Odete Roitman, de Maria de Fátima, de Laura Prudente da Costa, de Nazareth, chegou a vez de Suzane von Richthofen. A exemplo das outras, sua punição também é merecida, claro. Mas o direito, acho eu, dado o conjunto da obra, se degradou um pouco mais. Como disse certo delegado, “Pelo amor de Deus, estamos no Brasil”.
Márcio Thomaz Bastos não o deixa mentir. E nem precisa de microfones ou câmeras secretas.
[reinaldo@primeiraleitura.com.br]
Publicado em 11 de abril de 2006.
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Postby mends » 13 Apr 2006, 10:31

veja como é simples: se os artistas são a favor, um car ainteligente é contra, e vice-versa.

Injetar recurso público em empresa privada e mal-administrada? Imbecis!! :ranting:

Artistas fazem ato e criticam governo
DA SUCURSAL DO RIO

Em manifestação de artistas a favor da recuperação da Varig, as críticas se concentraram contra o governo federal, com o diretor Gerald Thomas fazendo gesto obsceno para o presidente Lula.
O clima entre os cerca de cem artistas reunidos no Teatro do Leblon, na zona sul do Rio, na manhã de ontem era de solidariedade e agradecimento à companhia, responsável pelo fornecimento de passagens aéreas à classe teatral para a realização de peças e eventos fora do eixo Rio-São Paulo.
O ato foi promovido pela APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro).
"Sempre voei pelo Brasil nas asas da Varig, levando o teatro e fazendo minhas peças", afirmou a atriz Marieta Severo, que citou o espetáculo "A Dona da História" como um dos patrocinados pela companhia aérea.
O manifesto reuniu artistas como Marco Nanini, Tônia Carreiro, Julia Lemmertz, Mauro Mendonça, Louise Cardoso, Zezé Polessa, Zezé Motta, Rosamaria Murtinho e Irene Ravache. A jogadora de vôlei de praia Virna também participou do ato.
Nanini leu uma carta da APTR que defende a Varig como sinônimo de Brasil. "Somente com apoio de passagens aéreas é que viabilizamos a realização de uma turnê. O transporte aéreo possibilita o acesso para os espetáculos e eventos culturais ao cidadão que mora no Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste."
Após a leitura do manifesto, Thomas condenou a atuação do presidente Lula. Parcialmente aplaudido pela platéia, o diretor fez um gesto obsceno para o presidente, esticando o dedo médio com os demais flexionados. "Lula, aqui pra você!" (JANAINA LAGE)
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Postby Wagner » 13 Apr 2006, 10:40

passagens de graça para aritstas..hummm, tá explicado porque faliu....

eu não aceito que o dinheiro do meu imposto seja destinado para salvar uma empresa incompetente....apesar de perder nesta brincadeira muitas milhas....
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Postby mends » 17 Apr 2006, 12:42

Governo Lula criou 37,5 mil cargos públicos em 3 anos
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal criou 37.543 cargos públicos no período entre sua posse (janeiro de 2003) e o último mês de fevereiro, o que representa 7,72% sobre o contingente de servidores civis da ativa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou quando subiu a rampa do Planalto.
Há duas semanas, o governo conseguiu aprovar a medida provisória 269, que cria 4.175 cargos para Defesa, Transporte, Desenvolvimento e Saúde.
O aumento da máquina por Lula significa uma despesa extra de R$ 625 milhões por ano, entre custos com os novos cargos e o preenchimento de postos criados pelo governo anterior, mas que na prática não funcionavam.
É mais do que teve a Cultura para investir no ano passado (R$ 402 milhões) e praticamente o mesmo tamanho do investimento federal no programa Luz para Todos em 2005 (R$ 688 milhões), uma das vedetes da campanha de reeleição do presidente.
Logo ao assumir, Lula iniciou um processo de aumento da máquina pública que prossegue até hoje. Dos postos que criou, 2.268 integram o filé mignon da administração federal, os cargos de confiança. São 21.428, um aumento de 11,3%, todos de livre nomeação e freqüentemente preenchidos seguindo critérios de indicação política. Os outros 35.275 exigem concurso público.
O retrato da engorda na máquina foi dado pelo próprio governo em dois documentos enviados em resposta a requerimento do líder da oposição na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), em 22 de março deste ano.
Nas notas técnicas 82/06 e 85/ 06, totalizando dez páginas, o Ministério do Planejamento indica que o gasto com o aumento da máquina ainda deve aumentar. Nem todos os cargos criados já percorreram o trâmite burocrático que vai da alocação de um espaço físico à realização de concurso ou nomeação, no caso de funções de confiança. "Quando cargos criados tiverem provimento autorizado, o processo deverá respeitar a prévia existência de recursos orçamentários destinados a tal finalidade", diz o ministério.

Argumentos do governo
O governo dá três razões para o aumento da máquina: substituição de trabalhadores terceirizados no governo de Fernando Henrique Cardoso, recomposição de áreas em que havia deficiência de pessoal e criação de novas carreiras no serviço público federal.
Em seu segundo mandato (1998-2002), FHC reduziu o número de servidores civis ativos da administração direta, autarquias e fundações em 8,6% (ou 47 mil postos a menos). Segundo o Planejamento, fez isso em grande medida terceirizando funções.
Lula recebeu 485.741 servidores civis no Executivo (excluindo aposentados) e em dezembro de 2005 havia elevado esta cifra em mais 23 mil (4,7%). Muitos dos cargos criados por Lula deverão ser preenchidos ao longo de 2006.
"O governo compromete o presente e o futuro. Está criando despesas vitalícias e de difícil reversão, que vão exigir uma carga tributária cada vez maior para serem sustentadas", afirmou Aleluia. Para Francisco Vignoli, professor da Fundação Getulio Vargas, o debate sobre o gasto do governo é "pobre". "Está impregnado pela disputa política, o que o distorce". Segundo Vignoli, estudioso de finanças públicas, houve aumento nas despesas de custeio da União, mas em ritmo menor que nos municípios.
"Em algumas áreas houve um nítido trabalho de reconstrução, como no Ibama, mas em outras o resultado é menos claro. Não há dados conclusivos para a área de educação, por exemplo", afirma.
As notas técnicas do Planejamento revelam a dependência do governo das medidas provisórias para expandir a folha de pagamento. Foram 26.365 (74%) cargos concursados criados pelo governo por esse meio nos primeiros três anos de mandato.
Isso significa que três em cada quatro cargos surgidos no governo Lula resultaram de ato do Executivo, com vigência imediata, e não de projeto de lei. Quando são discutidos pelo Congresso, os cargos já são um fato consumado, apesar dos protestos da oposição de que as MPs que os geraram não atendem aos critérios constitucionais de urgência e relevância.
A prática não vem de agora. Nos momentos finais do governo FHC, uma MP editada de comum acordo com a equipe petista que entrava criou 13 mil cargos.
Sob Lula, quase todos os ministérios foram contemplados. Entraram no bolo 9.665 de agências reguladoras, 4.000 do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), 2.640 para a Polícia Federal, entre outros.
A Educação recebeu mais 3.900 cargos para as várias universidades federais implantadas neste governo. Foram destinados 25 para a Universidade do Semi-Árido (RN), 80 para a Universidade de Alfenas (MG), 608 para a Universidade da Grande Dourados (MS) e 1.276 para a Universidade do Recôncavo Baiano.
Mas a campeã folgada foi a Universidade do ABC, criada na base política de Lula e de seu ex-líder na Câmara Professor Luizinho (PT-SP). Só ela recebeu 1.911 novos cargos.
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Postby mends » 17 Apr 2006, 19:05

ei! podem quebrar o meu sigilo bancário, fiscal, telefônico...

Caseiro pedirá indenização de R$ 17,5 milhões para a Caixa
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O advogado do caseiro Francenildo Costa, Wlicio Chaveiro, disse que vai pedir à Justiça Federal uma indenização para a Caixa Econômica Federal e para a revista "Época" por danos morais.

O advogado acusa o banco e a revista de terem divulgado dados sigilosos da conta bancária de Francenildo, que mostraram o recebimento de R$ 25 mil em depósitos.

Segundo Chaveiro, a revista, além de divulgar dados sigilosos, teria usado as informações para produzir "uma matéria tendenciosa", visando incriminar o seu cliente.

Chaveiro deve entrar nesta segunda-feira com o pedido de indenização na 4ª Vara da Justiça Federal. Ele pedirá 50 mil salários mínimos (o equivalente a R$ 17,5 milhões) para a Caixa e 12 mil salários (R$ 4,2 milhões) para a revista Época (...)



...a sério: duvido que a indenização passe. Ele deve ser indenizado, mas esse valor configuraria, se eu "fôra vossa inselênça" em enriquecimento ilícito, e é princípio de direito que é vedado o enriquecimento ilícito decorrente de uma causa.
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Postby tgarcia » 19 Apr 2006, 16:12

Datafolha ELEIÇÕES - DESEMPENHO DOS CANDIDATOS POR REGIÃO DO PAÍS E RENDA FAMILIAR DITA AÇÕES NA CAMPANHA

A última pesquisa Datafolha de intenção de voto para presidente da República, realizada nos dias 6 e 7 de abril, mostra Lula com 40%, Alckmin com 20% e Garotinho com 15%. Heloisa Helena tem 5% e Enéas 3%. Roberto Freire, Eymael e Cristovam Buarque chegam a 1%, cada. Esses são os resultados no total da população do país, mas ao se considerar os últimos lances da disputa eleitoral, conclui-se que os dados segmentados por estratos específicos da população vêm recebendo atenção especial por parte dos estrategistas das campanhas.

Ações do governo como a ampliação da base de beneficiados do Bolsa-Família ou empreitadas da oposição, que de um lado tenta minar a imagem do presidente entre os mais pobres e do outro apresenta Alckmin ao Nordeste, encontram justificativa, basicamente, em duas variáveis do estudo: região do país e renda familiar mensal.

É comum a afirmação de que Lula encontra apoio entre os mais pobres (42%) e entre os moradores da região Nordeste do país (58%), que a força de Alckmin está entre os mais ricos (40%) e entre os habitantes do Sudeste (30%) e que Garotinho reina em segmentos mais populares.

Mas, como é o desempenho dos candidatos quando se combina as duas variáveis? Será que no Nordeste, por exemplo, Lula mantém bom índice de apoio até entre os mais ricos da região? E os mais pobres do Sudeste, fecham com Alckmin ou não?

Ao se fazer a leitura com os dois parâmetros em conjunto, nota-se que o presidente Lula encontra entre os nordestinos com renda familiar de até dois salários mínimos a maior taxa de apoio à sua reeleição: 61%. Porém, entre os que também moram na região Nordeste, mas têm renda superior a cinco salários, esse percentual cai para 37%.

Enganam-se os que, ao tomarem conhecimento do dado, julgam determinante a variável renda. Nas outras regiões, na mesma classe econômica, Lula não consegue chegar nem perto do percentual obtido entre os nordestinos mais pobres. Entre os que ganham até dois salários mínimos e moram no Sul, por exemplo, a taxa de intenção de voto obtida por Lula é de apenas 30%. Nesse estrato, <span style='color:red'>quem se dá bem é Garotinho</span>, que empata tecnicamente com o presidente (27%), deixando Alckmin para trás, (com apenas 12%).

O tucano, por sua vez, chega a 32% entre os que recebem mais de cinco salários mínimos e moram no Sudeste, mas cai para 23% entre os que moram na região e têm renda de até 2 salários. A menor taxa obtida por Alckmin é justamente no segmento mais pobre do Nordeste (5%). Para acompanhar as pesquisas eleitorais do Datafolha, acesse: Datafolha Pesquisa de Opnião
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Postby mends » 19 Apr 2006, 16:48

:fodase: :fear:
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