América Latina

América Latina, Brasil, governo e desgoverno
CPIs mil, eleições, fatos engraçados e outros nem tanto...

Postby tgarcia » 21 Aug 2006, 13:28

ele está fazendo toda a sua campanha para voltar a ser MInistro da Educação.

E nem disso ele entende..... ;(

ainda estou atrás de um candidato a senador....
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Postby Danilo » 22 Aug 2006, 01:03

Ainda procurando? Vota no Machado!
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Postby junior » 01 Sep 2006, 08:28

31/08/2006 - 20h20
Protestos contra insegurança geram tensão na Argentina
da France Presse, em Buenos Aires

Centenas de pessoas concentravam-se agora à noite em frente à Casa do Governo para exigir maior segurança na Argentina, com o apoio da direita, enquanto grupos governitas e de direitos humanos se preparavam para uma "contramarcha", em meio a um clima de tensão e com a presença em massa da polícia.

As duas concentrações ficam a 500 metros de distância uma da outra. A polícia tenta impedir um eventual choque entre manifestantes.

Líderes da oposição de direita e possíveis candidatos à Presidência, como o empresário Mauricio Macri ou o economista neoliberal Ricardo López Murphy, atenderam à convocação do empresário Juan Carlos Blumberg, que teve o filho Axel, 23, seqüestrado e assassinado em março de 2004.

Desde então, o empresário passou a exigir maior segurança e convocou três manifestações, mas sem ter nunca apontado diretamente para o governo do presidente Néstor Kirchner.

Esta quarta mobilização, com os manifestantes levando círios, é realizada nesta quinta-feira pela primeira vez com destino à praça de Maio, em frente à Casa Rosada, palco de manifestações populares e de direitos humanos em Buenos Aires.

"A Praça de Maio pertence às Mães e Avós", afirmou o secretário de Terras para o Habitat Social, o ex-piqueteiro Luis D'Elía, que liderou um movimento contra Blumberg, a quem associa à última ditadura (1976-1983), que deixou 30 mil desaparecidos.

O movimento de D'Elía participará de contramanifestação convocada também pelo prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel.

A "contramarcha" começará no Obelisco de Buenos Aires, situado a cerca de 500 metros da praça de Maio, apenas uma hora antes da passeata contra a insegurança.

A presidente das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, afirmou que a marcha de Blumberg será uma reunião de "fascistas e genocidas".

O governo, que criticou a "politização" da marcha contra a insegurança, anunciou a mobilização de cerca de mil policiais desarmados.

De acordo com uma recente pesquisa, a insegurança é a maior das preocupações de 48% dos moradores de Buenos Aires.

A taxa de homicídios na Argentina é de 5,8 para cada 100 mil habitantes, contra 35,0 na Guatemala, 44,7 na Colômbia, 24,0 no Brasil, 5,5 nos Estados Unidos e 2,8 na Espanha.
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Postby junior » 14 Sep 2006, 09:48

14/09/2006 - 08h41
Governo chileno reage à suspensão da "pílula do dia seguinte"

da France Presse, em Santiago

O governo da presidente chilena Michelle Bachelet anunciou que pedirá aos tribunais para manter a distribuição da "pílula do dia seguinte" a adolescentes maiores de 14 anos. A Corte de Apelações de Santiago decidiu nesta quarta-feira pela suspensão da distribuição da pílula para adolescentes maiores de 14 anos, a menos que tenham a autorização dos pais.

Ricardo Lagos Weber, porta-voz do palácio de La Moneda, sede da presidência, antecipou que "o governo tem o direito de defender esta política e é o que vamos defender nos tribunais de Justiça".

"Isto significa que agora um jovem de 17 anos terá que ir acompanhado dos pais à farmácia para comprar um preservativo?", perguntou, com ironia, Lagos Weber.

O ministério da Saúde informou que pedirá à corte que reconsidere sua decisão.

A Justiça determinou a suspensão temporária da medida adotada pelo governo chileno, que no início de setembro autorizou a distribuição do anticoncepcional de emergência para todas as adolescentes maiores de 14 anos, sem a necessidade do consentimento dos pais.

A princípio, os juízes acolheram os recursos de proteção que pretendem impedir a medida e, antes de adotar uma decisão final, pediram ao Ministério da Saúde os antecedentes que levaram o governo a ampliar a distribuição da pílula que circula no Chile há mais de dois anos.

Os recursos foram apresentados à corte por duas pessoas físicas e pelo prefeito Pablo Zalaquett, de La Florida, ao sul de Santiago, membro da União Democrata Independente (UDI), fração mais conservadora da oposição de direita.

A decisão do governo, segundo Zalaquett, atenta contra o direito dos pais de intervir na formação dos filhos.
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Postby mends » 14 Sep 2006, 13:38

Bolívia assume refinarias sem pagar, Petrobras cancela visita e quer ir à Justiça
Da Redação
Em São Paulo

O governo boliviano decidiu adquirir o controle das refinarias da Petrobras no país sem pagar nada por isso, por considerar que a estatal brasileira já teve "ganhos extraordinários", segundo resolução divulgada pelo ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada.

Pelos seus cálculos, a Petrobras teria lucrado ao menos US$ 320 milhões acima do que a lei permite, valor bem superior ao que a estatal pagou pelas refinarias e até ao preço atual estimado para as duas instalações da estatal brasileira na Bolívia, entre US$ 180 milhões a US$ 250 milhões.

A Petrobras divulgou nota, contestando as afirmações do governo boliviano e informando que avalia "possíveis medidas" legais contra o Ministério de Hidrocarbonetos e Energia do país. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, cancelou sua ida à Bolívia prevista para esta sexta-feira.

A estatal brasileira argumenta que obteve ganhos médios de US$ 14 milhões para um investimento inicial de US$ 105 milhões na Bolívia. "Esses valores desvirtuam o critério de que a companhia tenha tido benefícios extraordinários", diz a nota da Petrobras.

Na nota, a Petrobras disse discordar da medida do ponto de vista legal, operacional e financeiro, já que a decisão "inviabiliza totalmente os negócios de refino da companhia no país". Observou também que as margens de refino são definidas pela Superintendência de Hidrocarbonetos da Bolívia.

"Em maio de 2005, esse órgão regulador estabeleceu a margem que atualmente está em vigência. Este valor é insuficiente para cobrir os custos da empresa, razão pela qual a Petrobras solicitou sua revisão em diversas oportunidades".

A companhia brasileira sustentou que os resultados negativos obtidos pela empresa no período, visando manter abastecido o mercado interno, "têm sido compensados pela conjuntura favorável dos preços internacionais dos produtos exportados (gasolina e petróleo reconstituído), ainda que isso signifique assumir o risco da volatilidade desses preços no mercado internacional".

"Por isso a Resolução Ministerial 207/2006 compromete a manutenção das atividades de refino ao impedir o acesso da empresa a estes mercados", acrescenta o documento.

Além disso, a apropriação dos fluxos de caixa da Petrobras por parte da YPFB, informa o documento, põe em risco a manutenção dos financiamentos já contratados pela empresa e, em conseqüência, a manutenção normal de suas atividades na Bolívia.

Novas regras
A Petrobras questiona também as novas regras de refino de petróleo no país, anunciadas na terça-feira. Pela resolução, as petrolíferas terão de entregar os combustíveis líquidos à estatal boliviana YPFB.

A empresa boliviana se encarregará da comercialização no mercado interno e externo. Desde 1º de maio deste ano, o mercado de gás natural já estava nacionalizado, também causando prejuízos à Petrobras e outras empresas internacionais. A nova medida agora inclui o gás de cozinha (o GLP, gás liquefeito de petróleo) e outros combustíveis líquidos.

A decisão consta da Resolução Ministerial 207/2006. Conforme o documento, a Petrobras e outras refinarias privadas terão de entregar à estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) até terça-feira da próxima semana cópias de seus contratos com fornecedores e consumidores.

Em 30 dias, a YPFB fará contratos para regularizar os serviços de transporte, refino e armazenagem de gás de cozinha, petróleo e derivados. Nesse período, será calculada a nova margem de lucro permitida para as refinarias.

A Petrobras opera duas refinarias de petróleo, nacionalizadas pelo Governo socialista de Evo Morales em 1º de maio passado. A YPFB detém 51% das ações.

Em 1999, a Petrobras pagou US$ 105 milhões pelas duas instalações, as maiores do país, nas cidades de Santa Cruz e Cochabamba.

(Com informações de EFE e Valor Online)
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Postby mends » 14 Sep 2006, 18:52

Azevedo

Falso Índio dá olé no Apedeuta verdadeiro

Vocês já viram, né? O Babalorixá de Banânina tomou outro chapéu do “meu querido companheiro Evo Morales” e do “meu querido companheiro Hugo Chávez”. O governo da Bolívia assumiu mesmo o controle das refinarias instaladas no país — ou seja, da Petrobras. A manobra faz parte de um acordo seu com Chávez para passar a empresa brasileira para o controle da PDVESA, a estatal de petróleo venezuelana. Aquele índio de araque é apenas uma extensão do ditador da Venezuela.

E a Venezuela é aquele país em que certo Apedeuta latino-americano disse haver “democracia até demais”. Muito macho, Lula reagiu: suspendeu a viagem que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e que o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, fariam àquele país. Ela agora está marcada para o dia 9 de outubro, uma semana depois das eleições aqui. Se Lula levar no primeiro turno, vão passar a mão na cabeça do cocaleiro e engolir mais essa. Se houver segundo turno, o petista tentará endurecer, mas sempre sem perder a ternura...

A verdade é que a política externa brasileira, no continente, é hoje refém de um protagonista: Hugo Chávez. É uma vergonha sem paralelo na nossa história. Como o bufão de Caracas não cansa de tirar o sarro das pretensões hegemônicas de Lula, a despeito de sua idiotia prática, resolveu adular o Brasil: sugeriu que a sede da ONU seja transferida para cá. Já imaginaram? Já não chega a quantidade de inutilidades burocráticas que existem no Brasil?

A questão da Petrobras na Bolívia, diga-se, é mais uma que a oposição, até agora, deixou passar em branco na campanha eleitoral. O Brasil foi roubado e ainda ofereceu empréstimo do BNDES, a juros subsidiados, para Morales. Mais do que isso: também financia o metrô de Caracas. E o que o nosso gênio ganha da dupla Morales-Chávez? Um pé no traseiro. Eis aí o novo protagonismo brasileiro. Ah, essas elites, não é, Veríssimo?
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Postby mends » 20 Sep 2006, 09:19

que bom que temos esse estadista no governo!!

Lula acusa países ricos de falta de determinação na luta contra fome
Presidente diz que, se subsídios agrícolas não acabarem, mundo estará condenado a guerras

Vera Rosa, Adriana Carranca

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou ontem o tom das cobranças aos países ricos, especialmente aos Estados Unidos, ao discursar na abertura da 61.ª Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula criticou a falta de 'determinação política' dos países desenvolvidos para derrotar o terrorismo, construir o caminho da paz e combater a fome. Mais: disse que, se a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) não for destravada, com o fim dos milionários subsídios agrícolas que punem os mais pobres, o mundo estará condenado a guerras.

'Se a Rodada Doha fracassar, as conseqüências serão sentidas muito além da esfera comercial. O crime organizado, o narcotráfico e o terrorismo encontrarão terreno fértil para prosperar.' Ao pregar o fim das 'amarras do protecionismo', insistiu que os subsídios agrícolas dos países ricos são 'pesados grilhões' que levam os pobres ao atraso. 'Não me canso de repetir: enquanto esse apoio nos países desenvolvidos alcança a indecorosa soma de US$ 1 bilhão por dia, 900 milhões de pessoas sobrevivem com menos de US$ 1 por dia nos países pobres e em desenvolvimento.'

Lula afirmou que a fome 'alimenta a violência e o fanatismo' e, ao falar dos conflitos no Oriente Médio, que a ONU enfrenta uma 'erosão' de credibilidade. E mais uma vez defendeu a reforma no Conselho de Segurança , com assentos permanentes para o Brasil e outros países em desenvolvimento.

Mesmo sem citar diretamente o presidente dos EUA, George W. Bush, Lula fez várias referências críticas à guerra ao terror imposta por ele ao mundo. 'Conflitos entre nações não se resolvem apenas com dinheiro e armas.' Ele pediu à platéia para comparar o custo de guerras com os US$ 50 bilhões anuais a mais necessários para cumprir as Metas do Milênio, de reduzir a pobreza pela metade até 2015. 'Todos aqui sabem que a segunda Guerra do Golfo custou várias centenas de bilhões de dólares.' Ele também não poupou a Europas. 'Pensem nas centenas de bilhões de dólares que foram investidos para levar adiante a plena integração dos países do Leste à União Européia.'

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou atrasada e perdeu o início do discurso - Lula foi o primeiro a discursar, já que é tradicional o Brasil abrir os debates da ONU. Mesmo assim, Condoleezza entrou no plenário a tempo de ouvir as cobranças do presidente aos EUA. Com a voz mais rouca que de costume, Lula afirmou que o caminho da paz só se constrói com o desenvolvimento compartilhado e sugeriu que a ONU faça uma reunião com a participação dos países do Oriente Médio para resolver o conflitos. 'Não seria o momento de convocar uma ampla conferência, sob a égide das Nações Unidas, com a participação de países da região e outros que poderiam contribuir pela capacidade e experiência em conviver pacificamente com as diferenças?'

Em plena campanha e a 12 dias da eleição, Lula também apresentou na ONU uma espécie de prestação de contas de seu governo. Vestindo o figurino de 'pai dos pobres', repetiu o discurso que faz no Brasil: 'Destinar recursos para a área social não é gasto. É investimento.' Logo no início do discurso, ele falou do programa Bolsa-Família, que beneficia 'mais de 11 milhões de famílias brasileiras' e provocou: 'Se fizemos tanto no Brasil, imaginem o que não poderia ser feito em escala global se o combate à fome e à pobreza fosse de fato uma prioridade da comunidade internacional.'

Depois de Lula, e alheio a seu discurso contra o belicismo das nações ricas, foi a vez de Bush discursar. O presidente americano defendeu de novo sua política no Oriente Médio, principal alvo das críticas a seu governo.
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Postby mends » 20 Sep 2006, 09:27

a culpa é sempre do Tio Sam...50 anos de bobaggens populistas, três experiências socialistas fracassadas e a culpa é sempre dos EUA. POr isso esse subcontinente de merda é cada vez mais uma África

AMÉRICAS

Com discurso inflamado, Morales é aplaudido na ONU
DE NOVA YORK

O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez o discurso mais inflamado e mais aclamado da Assembléia da ONU. Com tom nacionalista, disse que "chegou a hora de recuperar o controle dos recursos naturais do país". Foi interrompido cinco vezes por aplausos. "Precisamos de sócios, não de patrões. Não expulsamos ninguém, não confiscamos nada", disse o ex-líder cocaleiro.
Num dos momentos altos, mostrou uma folha de coca e defendeu as plantações do país. Morales disse ainda que os EUA "não farão nos Andes o que fizeram no Oriente Médio" e rebateu as acusações americanas sobre a falta de cooperação de La Paz no combate ao narcotráfico.
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Postby mends » 20 Sep 2006, 16:13

Chávez rouba a cena com discurso anti-EUA na ONU
Reuters


Chávez rouba a cena com discurso anti-EUA na ONU



NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Com um discurso duro e direto contra o sistema político dos Estados Unidos e seu presidente, George W. Bush, o líder venezuelano Hugo Chávez roubou a cena nesta quarta-feira ao falar na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Chávez, um militar aposentado que diz conduzir seu país para o "socialismo do século 21", começou seu discurso comentando o "cheiro de enxofre" deixado por Bush, a quem chama de "o diabo", no auditório, provocando risadas dos presentes.

"Que modelo de democracia é este, que se impõe graças a marines, invasões e bombas", disse Chávez, um crítico assíduo da política internacional da Casa Branca.

O mandatário, que acusa Washington de querer derrubá-lo, propôs trocar a estrutura da ONU para torná-la mais democrática, incluindo o Conselho de Segurança, onde espera obter uma cadeira não permanente no próximo mês.

O mandatário pediu para enfrentar "o imperialismo" de Washington. "Não podemos permitir que se instale a ditadura mundial, que ela se consolide", acrescentou o líder, que criticou as ações norte-americanas no Iraque e no Afeganistão e apóia o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear.

"Eles (EUA) querem impor o modelo democrático como o concebem, a falsa democracia das elites", disse.

"Como porta-voz do imperialismo, (Bush) tenta dar suas receitas para tratar de manter o atual esquema de dominação, de exploração e de saques dos povos do mundo", destacou o dirigente venezuelano sobre as palavras de seu colega norte-americano.

O líder esquerdista agradeceu os países que expressaram seu apoio à intenção da Venezuela para entrar no Conselho de Segurança. A nação sul-americana precisa de dois terços dos 192 votos para conseguir seu ingresso como membro não permanente do organismo, posto pelo qual compete com a Guatemala, que é apoiada pelos EUA.
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Postby mends » 21 Sep 2006, 12:21

Petrobrás se furta a acionar Holanda para reaver refinarias


No meio da confusão sobre o gás boliviano, o governo e a Petrobrás não estão levando em conta um dado importantíssimo, que poderia mudar todo o quadro da história. A Petrobrás comprou as duas refinarias na Bolívia - hoje centro de toda crise - por meio de uma subsidiária da Holanda. Ou seja, não foi a Petrobrás 'brasileira' que fechou o negócio, mas sim a 'holandesa'. Ocorre que a Holanda tem um acordo de garantia de investimento com a Bolívia e o Brasil não. 'Por que até hoje o governo brasileiro não invocou esse tratado?', questionou o embaixador Rubens Barbosa, hoje consultor do setor privado, em aula magna aos alunos da Universidade São Marcos e da Faculdade Pública de Paulínia, em Paulínia.

Para ele, Lula tem sido muito tímido na questão, não defendendo os interesses nacionais com o devido vigor. 'Estou pregando uma defesa civilizada, pelos canais apropriados. É uma questão de exigir o cumprimento de acordos firmados', defende Barbosa, lembrando que o Itamaraty deixou 16 acordos de garantia de investimento tramitando no Congresso, acordos estes vetados pelo PT. Mesmo assim, nenhum deles se referia à América Latina.

Barbosa lembrou que uma semana após o episódio na Bolívia aconteceu algo parecido no Equador com uma companhia petrolífera americana. 'O que os EUA fizeram? Não invadiram, não brigaram. Enviaram nota de protesto dizendo que aquilo era uma quebra de contrato inaceitável para o governo americano e, como conseqüência disso, dentro da sua soberania, os EUA suspendiam as negociações comerciais com aquele país. Ou seja, tomaram uma atitude.' Para o ex-embaixador, a condução do processo tem misturado política com ideologia e comércio, quando a questão é de direito comercial e pode trazer conseqüências maiores para a Petrobrás, que tem ações cotadas na Bolsa de NY. 'Se nada for feito, por razões políticas de interesse do acionista majoritário, os acionistas minoritários vão reclamar, pois isto não é correto do ponto de vista da gestão da empresa.' É intenção do governo brasileiro recorrer ao Banco Mundial. 'Para que se a opção via Holanda é mais rápida? Tenho certeza que o governo holandês agiria de forma definitiva.'

Com a palavra, o petista Sérgio Gabrielli, da Petrobrás.

sonia.racy@grupoestado.com.br
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Postby mends » 25 Sep 2006, 09:37

Chávez's Inferno

By ALVARO VARGAS LLOSA
September 25, 2006; Page A14

It would have been more appropriate for Hugo Chávez to brandish Dante's "Divine Comedy" than Chomsky's "Hegemony or Survival" during his sulfuric broadside at the U.N. last week. In the first part of the Italian masterpiece, the author undertakes a journey through the nine concentric circles of the Inferno, each representing a type of evil. Dante's description reads like a script of present-day Venezuela.

Dante's first circle is for those who lack faith. In Chávez's Inferno, the first circle is made up of those who lack food. Cendas, a research center, maintains that 80% of Venezuelans cannot meet the cost of a basic daily diet. According to an official statistic the government inadvertently made public on the Web site of the Instituto Nacional de Estadística, between 1999, the year in which Chávez took office, and 2004, poverty rose to 53% from 43% of the population. The authorities attributed the figures to an outdated methodology and now claim the rate of poverty is 42%. If it were true, that would be embarrassing enough, because it would mean that poverty has remained at nearly the same level for eight years.

Dante's second circle is for those unable to control lust. Chávez's second circle is for those unable to control homicidal instincts. His government has degraded social coexistence so much that there have been more homicides in Venezuela during his seven-and-a-half years in office than there have been deaths in any single armed conflict around the world in recent years. Between 2001 and 2006, the number of homicides in Venezuela has been three times the number of victims in Afghanistan.

Dante's third circle is for gluttons who leave us with no food. Chávez's third is reserved for corrupt authorities who leave Venezuelans with no wealth. The major sources of corruption have been Plan Bolívar 2000, the state-owned oil company, and social programs known as "missions." Under Plan Bolívar 2000, the army took over development programs from the local governments. In the case of PDVSA, the energy giant, no one but Chávez and his cronies have access to detailed financial records. The budget for social programs, personally controlled by Chávez, is not included in any government ministry.

Dante's fourth circle is for misers. In Chávez's Inferno, the fourth circle is made up of bureaucrats who claim to provide social services but use funds to pay people to attend rallies or bust up opposition gatherings. Marino González, from Universidad Simón Bolívar, says that the "Barrio Adentro" program that purports to tend to all the pregnant women in the country only serves 2,000 expectant mothers out of a total of half a million each year. No country ever became prosperous through socialism, but for a government that claims to be able to tend to the needy, not being able to meet even 1% of the commitment is a particularly hellish sin.

Dante's fifth circle is for those who succumb to wrath. Chávez's fifth is for political persecution. Venezuela's human rights record is atrocious. Two violent incidents involving Chavista henchmen with many fatalities have gone unpunished, including the killing in April 2002 of 12 people who were protesting near the government palace. There are political prisoners such as Francisco Usón, former minister of finance in Chávez's government, who received a six-year sentence for saying he thought an incident in which a few soldiers died at Fort Mara in 2004 was no accident. Henrique Capriles, the mayor of Baruta, was jailed in 2004, accused of organizing a violent protest against the Cuban embassy which he had actually helped diffuse.

Dante's sixth circle is for heretics. Chávez's sixth circle is for heretic journalists who try to tell the truth. In December 2004, a "gag law" was imposed making it easy to prosecute journalists. The president continually threatens to withdraw TV and radio licenses -- the reason why there are no opinion programs on network TV. Government-controlled mobs called Bolivarian Circles, formed with the help of the Cuban intelligence apparatus, harass journalists.

Dante's seventh circle is for the violent. Chávez's seventh circle is another name for imperialism. His government has bought (or is buying) 100,000 AK-47s, 53 Mi-35 assault helicopters, fighter jets, transport planes, patrol boats, speedboats and Tucano jets from Russia, Spain and Brazil. Chávez is a long-time supporter of FARC, Colombia's terrorist group. He granted Venezuelan citizenship and protection to Rodrigo Granda, its "foreign minister," until Alvaro Uribe's government hired bounty hunters to bring him back to Colombia in 2005. The Venezuelan leader has given financial and political support to movements from Mexico to Bolivia. (His support for Ollanta Humala in Peru and Andrés Manuel López Obrador in Mexico was a major factor in both men's recent defeats.)

Chávez buys influence through oil. It is a form of blackmail: At OPEC, Chávez fights for increasing prices, making life hard for poor countries that import oil, and then offers those very nations oil subsidies they have no choice but to accept. That is what happened with the 14 Caribbean countries that make up the Caricom group. He also sends 100,000 barrels of oil to Cuba daily; and 200,000 barrels to Bolivia every month in exchange for soy, poultry and political subservience. And he has bought $3 billion worth of Argentine bonds to entice President Kirchner's loyalty. Chávez is denying his nation its wealth from oil, somewhere between $40 billion and $50 billion a year. His annual "aid" budget totals more than $2 billion. He sponsors 30 countries, including some in Africa, in order to buy their vote for a seat at the U.N. Security Council.

Dante's eighth circle is for those who commit fraud. Chávez's eighth is fraudulent anti-Americanism. Chávez exports 1.5 million barrels of oil a day to the U.S. Since oil makes up half the government's revenue and the U.S. is the principal destination of Venezuelan oil, he pays daily homage to U.S. capitalism. Moreover, Venezuela imported $18 billion worth of goods and services from the U.S. in 2005. He may have signed 20 trade deals with Iran's Ahmadinejad, but what he really lusts for is U.S. capitalism. (Another type of fraud involves the electoral system. Chávez has manipulated the voter registration rolls, adding two million phantom voters, including 30,000 who are 100 years old and citizens named "Superman." Four out of five members in the Electoral Council are Chávez lackeys.)

Dante's final circle is for traitors. Chávez's ninth is for traitors, too -- and the place is getting crowded. Army officers betray Chávez every day. Labor leader Carlos Ortega recently fled with three officers from a high-security prison controlled by the army. They evaded security controls thanks to help from army personnel.

At the end of Dante's Inferno is the center of the earth, where Satan is held captive in the frozen lake of Cocytus. In Venezuela's Inferno, Satan is frozen in oil-rich Lake Maracaibo, a metaphor for astronomical wealth squandered by tyrannical populism. The journey through hell is now complete.

Mr. Vargas Llosa, author of "Liberty for Latin America" (Farrar Straus Giroux, 2005), is director of the Center on Global Prosperity at the Independent Institute.
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Postby mends » 27 Sep 2006, 09:18

azevedo

A estranha dialética do pacto de Tarso Genro

Na mesma entrevista em que denunciou o “golpismo” das oposições, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), vejam vocês, defendeu um pacto de Lula com as oposições caso ele seja reeleito. Tarso é mesmo um homem dialético: quer fazer entendimento com golpistas... Até que haja um fio de esperança de Lula ser defenestrado, agarro-me a ele. Mas digamos que se reeleja. É justamente nesse ponto que as oposições vão ser testadas. A questão não está nem mesmo limitada pelo território brasileiro. Existem, hoje, na América Latina, governos que estão alinhados com um projeto autoritário de poder — que obedecem as linhas gerais do Foro de São Paulo (um agrupamento de partidos e de correntes de esquerda, integrado pelo PT, Partido Comunista Cubano, Movimento Bolivariano e Farcs, dentre outros) e aqueles que se alinham com a democracia. Na hipótese da reeleição de Lula, vamos ser vigilantes com aqueles que serão servis aos propósitos e desígnios de um dos Apedeutas-chefes do esquerdismo bocó, por mais que fale a linguagem de mercado. Só para o Departamento de Estado dos EUA, muito mal informado, há grande diferença entre Lula, Chávez ou Evo Morales. No que interessa, estão todos juntos. Aguardem para ver o desfecho do caso Petrobras na Bolívia — que, de forma inacreditável, nunca foi veiculado no programa de Alckmin na TV. Aquele índio de araque já tomou a empresa. Lula se fez de ofendido. Coisa nenhuma. “Meu querido Evo” executou o programa da turma — de Lula inclusive. A tungada na Petrobras, por ora, está suspensa. Se Lula vencer no dia 1º, ato contínuo, sua receita será oficialmente confiscada pelo governo boliviano (na verdade, venezuelano). O único pacto possível é com a democracia, o Estado de Direito e a Constituição. E Lula não passa no teste.
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Postby Danilo » 27 Sep 2006, 12:37

O Alckmin não comentou nada sobre o problema com a Petrobrás?

Outra coisa: essa de assistencialismo que temos hoje é comparável com a do ditador Perón e sua mulher Evita?
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Postby mends » 27 Sep 2006, 13:17

comentou aonde? o debate dos prisidênti é na quinta.

Perón? és usted! tá me estranhando? num intendo nada de arghrrentina.
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Postby mends » 28 Sep 2006, 12:36

malditos índios :mad:

Reforma agrária é novo front de Morales
Toma de terra com apoio do presidente boliviano cria mais um foco de tensão com produtores da região mais rica do país

Reportagem da Folha faz visita a acampamento do MST que inaugurou projeto e acompanha embate entre sem-terra e produtores

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A GUARAYOS (BOLÍVIA)

Em meio à turbulência com as multinacionais para implantar a nacionalização do gás e com a oposição para destravar a Assembléia Constituinte, o presidente boliviano, Evo Morales, abriu mais um enorme front político. Desta vez, na isolada região de Guarayos, cerca de 260 km ao norte de Santa Cruz -dos quais apenas 100 km são asfaltados. A origem do impasse é o primeiro projeto de reforma agrária do governo socialista -e o adversário, os grandes produtores de soja do departamento de Santa Cruz, o mais rico do país.
Como no caso da nacionalização do gás, o pontapé inicial foi dado com a ajuda do Exército, em 29 de agosto, quando soldados e policiais escoltaram a entrada de cerca de 300 sem-terra ligados ao MST boliviano -inspirado no homônimo brasileiro- nas fazendas La Madre e La Isla (1.290 hectares), exploradas respectivamente por Freddy Salazar e Carlos Paz.
"É um ato de abuso do Estado e de tremenda injustiça, cujos danos afetam o conjunto de plantações em Santa Cruz, porque deixaram de receber crédito", disse à Folha Mauricio Roca, presidente da CAO (Câmara Agropecuária do Oriente), principal entidade do setor agropecuário do país.
O projeto do governo Morales prevê um grande assentamento de 20 mil hectares, dos quais 4 mil hectares serão administrados pelo governo por se tratar de áreas úmidas e lagoas -a região, bastante plana, lembra o Pantanal brasileiro. O restante será dividido entre as cerca de 300 famílias.

Disputa
A ação federal provocou imediata reação do governo de Santa Cruz, principal foco da oposição a Morales. Hoje, o governador Ruben Costas irá à mesma região de Guarayos, Província de Santa Cruz, lançar um projeto de reforma agrária que prevê a distribuição de 20 mil hectares de terras -tamanho igual a Morales- de grandes fazendeiros da região.
Um mês depois da ação do governo, no entanto, parte das famílias continua no acampamento montado na fazenda La Madre, formado por cerca de 50 precárias choupanas.
"Vamos entrar quando colherem a soja", disse à Folha a sem-terra Mariela Heredia, 20, mãe de três filhos entre 2 e 5 anos, lembrando o compromisso do governo com os acampados. Casada com um trabalhador rural -o pagamento para esse trabalhador é de R$ 6 por dia-, era uma das poucas presentes no acampamento, sem energia, água encanada ou escola para as dezenas de crianças. Os demais, diz, estavam melhorando o acesso ao local.
Desconfiada e lacônica, ela não escondeu a ansiedade ao perguntar ao comandante Rodas, que acompanhou a reportagem, quando terminaria a colheita. "Não sei. Em dois, três meses", responde Rodas. Junto com outros 19 policiais, o subtenente estava na área havia 12 dias, quando a previsão inicial era ficar apenas quatro dias.
Isolado e sem condução, o contingente policial depende da comida fornecida por Paz, que emprestou os galpões da fazenda para eles dormirem.

Evitar confrontos
A função da polícia, no momento, é evitar confrontos entre produtores rurais e sem-terra. Depois, serão eles os encarregados de promover a saída dos fazendeiros, provavelmente no fim de dezembro. Desocupação que, promete Paz, não será sem resistência.
"Não vou deixar me tirarem [a terra]", afirma o produtor em sua casa de dois andares, em Santa Cruz. Na parede, uma reprodução da Mona Lisa. No chão, a pele de uma onça morta na fazenda. "Defenderei com a minha vida o que é meu." Além da fazenda La Isla, onde tem 550 hectares de soja plantados, ele cria gado em outra propriedade de 470 hectares no sul.
Paz alega que comprou as terras legalmente em 1998 e mostra documentos do Inra -o Incra boliviano- para mostrar que já ocupava a terra em 2004 quando, em auditoria, foi considerada "fiscal" (pública), ainda no governo Carlos Mesa.
Foi a convite de Paz que a reportagem visitou a região -as despesas da viagem de 12 horas entre a ida e a volta feita de caminhonete foram pagas pela Folha. Ali, seus funcionários mostraram os 7 km de barreiras de contenção de água, investimento que teria sido realizado por ele. De acordo com ele, grande parte da fazenda é inviável para um assentamento, pois fica até três metros embaixo d'água na época das chuvas. "Se fizerem casa lá, vão morrer afogados", afirma.
Para Paz, a escolha da fazenda foi uma vingança contra sua família, pois seu irmão, que tem uma fazenda na região, sofreu uma invasão, mas conseguiu que a polícia retirasse os sem-terra, em 2005. O outro motivo seria uma estratégia quase militar: "Essa região é importante porque se unirá a San Julián, onde o Evo tem um reduto. O objetivo é cercar Santa Cruz."


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O repórter FABIANO MAISONNAVE viajou à cidade de Santa Cruz a convite da empresa aérea Aerosur
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