Energia é só uma questão de crença...
Acabei de ver Lula na televisão, todo nervoso, falando alto, rápido e escandindo sílabas: “É preciso acreditar que o Brasil não vai ter crise energética. As indústrias vão poder crescer. Esse país tem energia garantida até 2012. No mês que vem tem leilão (das usinas do Rio) do Madeira. Em janeiro ou fevereiro do ano que vem haverá outro leilão. Nós vamos descobrir o gás que precisamos descobrir ou vamos comprar o gás que precisamos comprar. É preciso acreditar nisso. Somente acreditando vamos ver as coisas acontecerem". Ele falava numa solenidade no Palácio do Planalto, na abertura do 5º Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo.

Era visível que a bronca era dirigida a quem dava a notícia, não ao fato em si. Lula sabe que o setor está emperrado. E, se há risco de faltar energia, como é que a gente resolve o problema? Ora, com crença, é óbvio.



Por Reinaldo Azevedo

O Guia Jenial dus Povo está Phantástico nesta semana

Lula propõe o Conselho de Segurança do B
Leia o que vai abaixo. Volto em seguida. Por Leonencio Nossa, no Estadão On Line:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a criação de um grupo consultivo paralelo ao Conselho de Segurança (CS) da entidade para ser ouvido em casos de conflitos internacionais. Em almoço com Ki-moon, no Palácio do Itamaraty, Lula disse, segundo relatos de participantes, que os Estados Unidos são "atores" dos problemas e também "mediadores" para a solução desses conflitos. O presidente defendeu a idéia de que a ONU receba consultoria e ouça "novos atores".

Ao comentar a crise no Oriente Médio entre israelenses e palestinos, Lula disse que países como o Brasil, África do Sul e Índia podem ajudar na busca de uma solução, pois as três nações têm excelentes relações "com Israel e o mundo árabe". O secretário-geral da ONU, segundo participantes, ouviu a proposta do presidente brasileiro demonstrando atenção e fazendo anotações.

Sobre a proposta apresentada por Lula de criação de um grupo paralelo na ONU, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, limitou-se a dizer que, para o governo brasileiro, é preciso ter idéias novas e, para isso, são necessários "atores" novos. "Quem não tem um interesse direto pode ir com idéias novas."

Ainda no almoço, Lula fez um relato da Cúpula de Países Ibero-Americanos realizada na semana passada em Santiago do Chile e chegou a mencionar o bate-boca do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com o atual primeiro-ministro da Espanha, Jose Luis Rodriguez Zapatero e com o rei espanhol, Juan Carlos.

Voltei
Oba! Vai ser o CS do B, já que o Brasil não vai entrar do CS do A... O que eu faço? Lembro que já existem os membros rotativos do Conselho de Segurança, mas sem o direito a voz e voto? A Índia pode ajudar, é? Na resolução de conflitos? E quem resolve os conflitos da Índia com o Paquistão, por exemplo — ambos países sentados sobre arsenais nucleares?

Celso Amorim quer idéias novas, não? O Brasil teve a chance, não faz tempo, de condenar o governo do Sudão por conta da milícia genocida que ainda hoje aterroriza Darfur. De olho no apoio sudanês para o seu pleito de integrar o Conselho de Segurança, o país se absteve em nome da “autodeterminação dos povos”. Não precisa ir longe: é simpático à implantação de uma ditadura na Venezuela alegando o mesmo princípio.

O que essa política tem de novo a oferecer à ONU?



Por Reinaldo Azevedo

Mais uma de Vosso Mestre Infalível:

Brazil's Lula Says Citigroup's Losses Show Lack of Competence
2008-01-15 15:41 (New York)


By Andre Soliani
Jan. 15 (Bloomberg) -- Brazil's President Luiz Inacio Lula
da Silva said Citigroup's record loss announced today shows the
bank lacks competence. Lula made the comments to reporters in
Havana today.
Citigroup, which has a Citibank subsidiary in Brazil,
reported a fourth-quarter net loss of $9.83 billion, the biggest
loss in its 196-year history. Lula couched his comments by
referring to the bank's past cut in lending to the government
and recommendations to foreign investors to reduce their
investment in the country.
Citigroup ``always gave so many opinions on how to run the
country and things, but when the time arrives to prove their
competency, they showed they didn't have the competency they
talked about,'' he said.

--Editors: Walid el-Gabry, Andrew Dunn

O perigo de roubarem o nosso petróleo

Ontem, em entrevista coletiva concedida após almoço oferecido ao presidente do Malauí, afirmou o presidente Lula sobre os caças:

“Quando eu entrei no governo, em 2003, tinha que tomar uma decisão, eu simplesmente adiei, não tomei decisão, suspendi tudo porque eu não ia pensar em avião se o País estava com fome, primeiro vamos cuidar do Brasil para depois cuidar disso. Mas agora ficou diferente. Por que ficou diferente? Agora, nós temos a maior riqueza, depois do povo brasileiro, a sete mil metros de profundidade e a 300 km da costa do Brasil, que nós precisamos cuidar com muito carinho, porque senão daqui a pouco começa a desaparecer o nosso petróleo e a gente não sabe quem está levando embora.”

Sem os submarinos e os aviões, há o risco de os “estrangeiros” roubarem o nosso petróleo? Como isso seria feito? Instalariam-se piratas em águas brasileiras, com uma discreta canícula, sem que ninguém percebesse, e sugariam o nosso óleo, como num desenho animado? Ou meteriam uma plataforma em águas internacionais, enfiariam a sonda, fariam um “L” gigantesco a 7 mil metros de profundidade, para tomar o que é nosso?

(Neste post, baseado em http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... na-de-pau/ , segue a transcrição exata da fala do presidente Lula como disponibilizada em http://www.info.planalto.gov.br/exec/in ... ?cod=52149)

Duas do Lula no mesmo discurso (de lançamento do plano de ação para prevenção e controle do desmatamento da Amazônia legal):

"Eu já disse várias vezes: Freud dizia que tem algumas coisas que a humanidade não controlaria. Uma delas eram as intempéries" ...

"Essa questão do clima é delicada por quê? Porque o mundo é redondo. Se o mundo fosse quadrado ou retangular e a gente soubesse que o nosso território está a 14 mil quilômetros de distância dos centros mais poluidores, ótimo, vai ficar só lá. Mas como o mundo gira e a gente também passa lá embaixo onde está mais poluído, a responsabilidade é nossa."