Clippings e notícias

Notícias do cotidiano e outros assuntos que não se encaixam nos demais.

Postby mends » 19 Mar 2004, 11:42

GIBA UM

Vai para o Guinness
o restaurante Empório Ravioli, em São Paulo, poderá ser indicado para o Guinness, o livro de recordes, como o único do mundo que consegue o milagre da multiplicação dos pães de lingüiça - e do lucro produzido. Explica-se: o dono, Roberto Ravioli, compra o mais famoso pão de lingüiça da cidade, na Basilicata, no bairro do Bexiga, e serve no seu restaurante. Na Basilicata, o pão custa R$ 8,80. No Empório Ravioli, transforma-se em 20 fatias cortadas transversalmente. Cada uma custa R$ 7,50. Ou seja: um pão da R$ 150.
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Postby mends » 19 Mar 2004, 14:20

Depois do texano vendendo água de chuva, a Coca Cola tava vendendo água de torneira na Inglaterra...daí.... :o

A companhia, que no mês passado introduziu seu produto no mercado britânico depois de uma grande campanha publicitária, retirará cerca de 500.000 garrafas das lojas e dos supermercados como "medida de precaução".

A Coca-Cola informou que tomou a decisão por iniciativa própria, depois de consultar a Agência de Normas para Alimentos do Reino Unido (FSA, sigla em inglês), e especificou que o excesso de sal de bromo ocorreu durante o processo de purificação da água.

Da FSA, um porta-voz afirmou que é "uma medida sensata, já que o sal de bromo é um produto químico que pode causar um aumento do risco de câncer", embora no caso da Coca-Cola "não haja um risco imediato para a saúde pública".

A empresa americana tomou a decisão, que representa um grande golpe para a comercialização da Dasani no mercado britânico, várias semanas após ter recebido inúmeras críticas da imprensa deste país.

A polêmcia surgiu depois que a empresa admitiu que seu produto, anunciado como "água pura", não procedia de nenhuma fonte natural, mas das torneiras de sua fábrica situada no sul de Londres, onde era submetida a um estrito processo de purificação.

Apesar do fracasso da Dasani no Reino Unido, único país atingido pela decisão da Coca-Cola, a bebida teve grande sucesso nos Estados Unidos, onde se tornou a segunda água mineral mais vendida. (Fonte: Último Segundo)
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Postby mends » 20 Mar 2004, 11:48

A ERA DOS AQUÁRIOS
A nova onda dos ricos são tanques de vidro
que chegam a custar até R$ 200 mil :( :angry:


ISTO É DINHEIRO






Que tal morar numa casa de R$ 200 mil, perfeitamente blindada e com iluminação de fazer inveja aos mais belos monumentos? Eis a futura morada do peixe Lion, do Yellow Tang e de um mini-tubarão, os novos animais domésticos do empresário paulista Walter Mochny, de 37 anos. O aquário-mansão como o que Mochny está construindo é a nova onda entre os executivos brasileiros. É o casamento do prazer com os bichos e a decoração. Não há como evitar espanto diante de caixas de vidro que chegam a ter três metros de comprimento por um de altura. “Quando meu tubarão já estiver grandinho para o aquário, soltarei o bicho em seu habitat natural”, promete Mochny, mergulhador contumaz e amante das coisas da natureza. O fascínio pelas peças gigantes produziu um novo tipo de profissional – são os especialistas em construí-los e adaptá-los às residências dos endinheirados. É o caso de Leandro Troiano, dono da loja Hobby Fish, de São Paulo, empresa que projeta os aquários em parceira com arquitetos e ainda cuida da manutenção. “É preciso conhecer as necessidades de cada peixe”, diz Troiano. “Com os corais, a água deve ser perfeitamente equilibrada em elementos como o cálcio, o iodo e o oxigênio”.

A explosão dos aquários impôs, evidentemente, uma busca maior por espécies raras – peixes exóticos, multicoloridos e grandes o suficiente para não se perderem na imensidão cristalina. Há, desde já, os campeões de procura. Um deles é o Purple Tang, que só existe no Mar Vermelho. Outra estrela-do-mar é o coral Acrópora, espécie dos oceanos Índico e Pacífico. Eles chegam a custar R$ 4 mil. É regra: quanto mais caros, mais comentados, tal qual os Porsches que ocupam as garagens dos milionários. Mas há uma exceção: o peixe palhaço Ocelaris do filme Procurando Nemo, vencedor do Oscar de animação deste ano, vendido a R$ 100, em média. Em todas as faixas de preço há um ponto a uni-los: os cuidados, tão especiais como aqueles destinados aos cachorros de raça.

Eles são tratados nas chamadas fazendas marinhas, dotadas de
infra-estrutura que permite a produção de alimentos de alta qualidade, além de tecnologia de ponta para a reprodução dos bichanos. Se o peixe é encomendado no ORA, a fazenda marinha mais famosa do mundo, no estado da Flórida, nos Estados Unidos, ele desembarca no Brasil com um acompanhante, um biólogo. O profissional trata de checar e acompanhar as horas de vôo do animal. No desembarque, cuida do “jet-leg” do peixe. “Em todo o mundo só existem aproximadamente vinte fazendas marinhas desse gênero”,
diz William Sugai, dono da EPS6, importadora paulista. A sorte
desses peixes é que, ao chegar por aqui, terão a disposição magníficos hotéis cinco estrelas.
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Postby mends » 20 Mar 2004, 11:52

DINHEIRO NA SEMANA Quarta-feira, 24 de março de 2004


RICOS PARA CACHORRO


Você sabe quem é o Bill Gates do mundo animal? Segundo o diário britânico The Mirror, é o cachorro francês Gunther IV. Ele herdou
R$ 972 milhões de sua falecida
dona, a condessa Karlotta Libenstein, e encabeça a lista dos bichos mais ricos do planeta. Na segunda posição, aparece o chimpanzé Kalu, com R$ 286,2 milhões; seguido pela galinha britânica Gigoo,
com R$ 54 milhões. Está lá também o cachorro-ator Eddie, que
leva R$ 32,4 mil por episódio da série Fraiser.

:unsure:
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Postby mends » 22 Mar 2004, 09:26

:o Mais Robert Rubin.... :o

(...) um mês após a eleição de Cardoso, o FMI ofereceu ao Brasil um crédito de US$ 41 bi. O Brasil não ficou com nada disso, é claro. Qualquer parcela que tenha realmente pingado no país embarcou no primeiro avião com os investidores e especuladores que o abandonaram.
Agora, os brasileiros tem que pagar a dívida. Mas essa é a menor das suas preocupações. Como parte da magia negra para manter a taxa de câmbio antes da eleição, Washington pressionou o BC do Brasil a elevar a taxa de juro básica para 39%. O FMI pressionou por 70%.
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Postby mends » 22 Mar 2004, 09:30

A HORA DA AUTÓPSIA
Carlos Costa, que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos, fala sobre ordens dos Estados Unidos para “monitorar” o País e relata: como os EUA “compraram a Polícia Federal”, o terrorismo, o atentado tramado na Tríplice Fronteira, a bomba atômica que planejavam
detonar em Washington...

Por Bob Fernandes

SUPLEMENTO COMEMORATIVO DO GOLPE DE 64 – CAPÍTULO 1 –
NO BRASIL E NO MUNDO, O FBI & CIA.


Confira na edição impressa a entrevista completa com Carlos Costa

Almada, do outro lado do rio Tejo e de Lisboa, duas horas da madrugada de 31 de março de 1968. No segundo andar de sua mansão, Antonio da Fonseca Costa, chefe da temível Polícia Internacional da Defesa do Estado, a PIDE, do ditador António de Oliveira Salazar, sacode o filho:
– Acorda, Carlos, acorda, rápido!

Órfão da espanhola Faustina Luengo Mendez, morta por uma leucemia aos 47 anos quando o filho mal chegara aos 7, Carlos Alberto Costa se levanta às pressas, assustado.

Carlos não entende por que o pai recolhe alguns poucos pertences familiares e os amontoa com roupas em duas malas; junto a uma dúzia de garrafas de vinho do Porto de mais de 100 anos. Com um militar amigo ao lado, o chefe da PIDE e o filho partem para o aeroporto de Lisboa. De lá, num avião militar, embarcam para Madri.

Trinta e seis anos depois, na sacada do Iate Clube, em frente à Baía de Todos os Santos, dia nublado no verão de Salvador, Carlos Costa recorda-se da última madrugada da sua infância em Portugal, e dos condutores da fuga:

– Acho que foi a CIA quem nos ajudou até Madri, dias depois fomos para os Estados Unidos...



No Palácio do Planalto.
Em 2002, com o presidente interino, Mello, do STF


O chefe da PIDE havia se tornado um dissidente. Antonio Costa, que recebia o ditador Salazar para almoços e jantares em Almada ou em sua casa de campo em Palmela, vizinha a Setúbal, antevia que os tempos mudariam; não seria possível prosseguir por muito tempo com seqüestros e prisões a cada vez que um vizinho acusasse outro de ser comunista ou antigoverno.

Quatro anos depois, em Cumberland, Rhode Island, Estados Unidos, Antonio da Fonseca Costa morria de câncer, e exaustão; turnos de 12 horas, noites e madrugadas adentro em fábricas de vergalhões, sempre fumando. Morreu paupérrimo. O filho, Carlos, trabalhou dos 18 aos 20 anos até pagar, ao mesmo tempo em que custeava os estudos, US$ 5 mil das despesas do funeral.

Por seis meses, no café da manhã, almoço e jantar, Carlos Costa faria suas refeições à base de um único prato: Corn Flakes e leite.

Carlos Costa tem hoje os mesmos 49 anos que tinha o pai quando deixou a PIDE e Portugal. Carlos acaba de se aposentar. De 1999 ao fim de 2003, foi o poderoso chefe do FBI no Brasil. Como o pai, ao recusar-se a obedecer a toda e qualquer ordem ele construiu uma dissidência, agora revelada.

Em 2001, num jantar no restaurante Antiquarius, em São Paulo, marcado a seu convite e com uma testemunha, Carlos assim se apresentou:

— Sou o chefe do FBI aqui. Sei o que você tem escrito sobre os nossos serviços secretos no Brasil, mas saiba que estamos aqui oficialmente e não vamos agir à margem da lei...

As leis no Brasil, como veremos na devastadora entrevista que se segue, tornam-se inacreditavelmente elásticas, complacentes, a partir da ação, ou omissão, por vezes criminosa, do próprio Estado.

Em 16 de dezembro último, procurado por CartaCapital, Carlos concedeu a primeira de uma série de entrevistas que totalizam oito horas, a se contarem apenas as gravações, feitas em São Paulo, Salvador e Brasília.

Em trechos dessa longa conversa, além do surpreendente e raro fato em si mesmo de um agente de um serviço secreto dos EUA abrir a boca – ainda mais um chefe do FBI com acesso a documentos classificados no mais alto nível –, Carlos Costa atira para dentro e para fora do Brasil.

Ele, que por três anos no governo Fernando Henrique e dez meses no governo Lula comandou o FBI, e na embaixada dos Estados Unidos acompanhou ações dos colegas da Drug Enforcement Administration (DEA), Central Intelligence Agency (CIA), US Customs, NAS e outros “Serviços”, como se autodenominam os agentes secretos, começa por dizer, sem meias palavras:


Black-tie.
Na limusine, em Washington, a caminho da posse de Bush Jr. com o então prefeito de Miami, Joe Carollo, e o governador Garotinho.


— A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos. (...) Foi comprada por alguns milhões de dólares. (...) Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal...

Carlos, cidadão norte-americano nascido em Portugal, fluente em inglês e espanhol, fala português com sotaque lusitano. Fonética, sintaxe e a lógica exata dos portugueses.

Tome-se essa informação em conta na leitura das respostas às perguntas de CartaCapital sobre a instrução, ordem de Washington, para que serviços secretos grampeassem o Palácio da Alvorada e o Itamaraty.

Pela primeira e única vez em muitas horas e dias de conversa, Carlos Costa, sempre bem-humorado, relaxado, fica tenso. Pára, pensa e, visivelmente surpreso, responde com uma pergunta:

— Me diga o que você sabe, como soube disso?

A informação é segura. Os Palácios da Alvorada e Itamaraty foram grampeados a partir de tais ordens. A data, imprecisa, poderia ser confirmada pelo entrevistado. A tentativa é inútil. Irritado, Carlos Costa repete:

— Como você soube? O que você sabe sobre isso?

– Da ordem, e do grampeamento feito nos Palácios da Alvorada e Itamaraty...

Nesse instante, Carlos, com a exatidão lusa e a objetividade norte-americana, levanta-se da cadeira e dá por encerrada a conversa naquela noite:

— (...) Não confirmo nem desminto... Sem comentários (...) Não toco nesse assunto... Ponto final!

Uma última tentativa:

– Foi você quem executou essa ordem? Quando?
— Como você ainda verá na nossa conversa daqui por diante, me recusei a cumprir ordens bem menos graves do que essa. Boa noite!

Algumas das ordens ele se recusou a cumprir. Sobre uma delas, também grave, falou claramente, sem rodeios:

— Houve uma determinação de Washington para que eu “monitorasse” todas as mesquitas, xeques, aiatolás e líderes da comunidade muçulmana no Brasil e fizesse “listas”. Recusei-me, há ocasiões em que uma pessoa deve se recusar a cumprir ordens inconstitucionais.

Por outro lado, assegura ele que os atentados contra alvos israelenses em Buenos Aires, na primeira metade dos anos 90, foram tramados “dentro do território brasileiro”.

Carlos Costa é um agente secreto com amplíssima e eclética formação. Na Flórida, na Southeast University, fez um MBA em Gerenciamento de Empresas, com Especialização em Gestão de Negócios Internacionais. Em Washington, DC, no Foreign Service Institute (FSI), especializou-se em assuntos econômicos e sociais de países latino-americanos. Formado em Ciências Políticas e Relações Exteriores pela University of Rhode Island, Carlos Costa entrou no FBI em 1982, numa disputa com 56 mil candidatos por vaga.

No Federal Bureau of Investigation (FBI), como agente especial, serviu nos escritórios de Boston, Pittsburgh e Miami. Na sede do FBI, em Washington, foi também chefe de seção de Contra-Inteligência e Espionagem Industrial Internacional.

No Brasil, ao rastrear ações dos serviços secretos dos Estados Unidos ao longo dos últimos anos, CartaCapital deparou-se com a movimentação do então chefe do FBI em reluzentes palácios e salões.

Como se vê em foto na página ao lado, Carlos Costa esteve na sala do presidente da República – ao menos quando lá se encontrava, interinamente, o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello.



Memória e poder.
Carlos em 82, ao entrar no FBI.


No Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, Paraná... País afora o chefe do FBI avistava-se com governadores, ministros, secretários de Estado, comandantes de polícias militares, secretários de Segurança Pública. Treinou centenas de homens, mandou dezenas deles aos Estados Unidos, à sede do FBI, levou Anthony Garotinho – único político brasileiro – à posse de Bush Júnior.

O ex-chefe do FBI pagava as contas, da mesma forma que, revela ele em estarrecedoras páginas adiante, a US Customs, DEA, NAS, CIA, outros “Serviços” e o próprio FBI pagam contas das polícias do Brasil.

Direto como pode ser um norte-americano, Carlos Costa relata: a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é uma “pedinte”, e não apenas dos Estados Unidos.

O Estado brasileiro? Assistiu, assiste, como se tudo corresse na maior normalidade. É preciso cortar gastos, contingenciar. Então, que mal há se os Estados Unidos, em troca de acesso total e controle, “doam” alguns milhões de dólares para as polícias e instituições verde-amarelas a cada ano?

— E depois vocês querem ser levados a sério? –, pergunta e responde ao mesmo tempo o ex-chefe do FBI.

Quando atira para fora, Carlos Costa mira na administração Bush. Com a autoridade de quem chegava a ler e manusear, em média, por semana, mais de 300 documentos, relatórios e informes Secret e Top Secret, produzidos mundo e Brasil afora, inclusive pela CIA, aquele que foi um dos únicos 45 chefes do FBI além das fronteiras dos EUA assegura:

— Jamais li documento secreto que indicasse a existência de armas de destruição em massa no Iraque. O que li assegurava o contrário. Discuti com colegas do FBI e da CIA de qualquer parte do mundo e concordamos que Bush e Blair buscavam uma justificativa para a guerra.

Ele fala ainda de outros tempos. De como, nos anos Reagan, os EUA entregaram o antraz para Saddam Hussein. Conta como, na Guerra das Malvinas, os Estados Unidos forneciam aos ingleses informações dos satélites sobre as tropas argentinas enquanto repassavam aos argentinos a localização de navios ingleses que seriam destruídos.

De passagem, com a lógica exata de sua língua-mãe, e pitadas de humor britânico, aborda o recente episódio da espionagem a Kofi Annan, na ONU, e ações também de espionagem contra o governo de Tony Blair.

Provocado, o ex-chefe do FBI expõe, em detalhes, a interrupção da ação de terroristas que, há dois anos, trabalhavam para explodir uma bomba atômica em Washington:

— (...) iam explodir uma bomba suja. (...) não se fez alarde, isso, se revelado em toda a sua extensão, provocaria pânico na população americana...

Carlos Costa sabe os riscos que corre ao falar. Enquanto prepara capítulos de um livro sobre o FBI e sua vida como agente secreto, toma precauções contra uma “gripe súbita”. E mortal.

Em alguns lugares, com algumas pessoas, estão gravações de, segundo ele, “muito, muito mais do que falamos, ou deixamos de falar aqui, fatos que levariam a uma enorme repercussão internacional”. Com o que já se descortina nas páginas seguintes, é de se imaginar o que ainda poderia estar por vir.

Às vésperas do 31 de março brasileiro, marco dos 40 anos do golpe militar e instalação da ditadura que em 21 anos moldou um país ainda hoje em busca de cacos, e do qual o que se revela nesta entrevista é uma irretocável alegoria sob diversos pontos de vista, Carlos Alberto Costa prepara-se para o seu 31 de março.

Como o pai, num 31 de março há 36 anos, ele agora se aparta da comunidade dos agentes secretos. Deixa os bastidores o treinadíssimo espião que administrava milhões de dólares no escritório do FBI, um hábil negociador, e entra em cena o palestrante, consultor em relações e comércio internacional, em Inteligência e Segurança.

Casado com uma brasileira, pai de um filho brasileiro, o homem que chefiou o FBI no Brasil por quatro anos, depois de 22 anos como agente secreto, abre a alma para poder conseguir mudar de vida. Se assim o “Animal” que ele tão bem conhece – os “Serviços” – o permitir. Será uma longa, árdua e perigosíssima batalha. Mas há algo que Carlos Costa nunca mais fez e, jura, jamais voltará a fazer na vida. Ele nunca mais comerá Corn Flakes.

:( :( :(

vou transcrever a entrevista aos poucos tb.
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Postby mends » 22 Mar 2004, 09:36

Carlos - Nossas agências "doam" milhões de dólares por ano para a Polícia Federal, h´anos, para operações vitais. No ano passado, a DEA doou uns US$ 5 milhões, a NAS, também narcóticos, mais 3, fora todos os outros. Os EUA compraram a Polícia Federal. Há um antigo ditado, e ele é real: quem paga dá as ordens(...). Vossa polícia trabalha pra nós.
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Postby mends » 22 Mar 2004, 09:48

giba um

Falta o Fiat Elba
Aos poucos, cada peça vai se encaixando e o esforço do PT, na Assembléia Legislativa de São Paulo, para tentar proibir a divulgação de documentos que revelam que Rogério Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci, tinha sido um dos homens do staff do ministro José Dirceu quando era deputado estadual (1987), teve momentos de desespero. Era mais uma peça importante que se encaixava, fora a matéria da Folha de S.Paulo que revela que a empresa BBS Consultores, do mesmo Buratti, usou o endereço de uma copeira (laranja) da Leão Leão (companhia coletora de lixo), em Jardinópolis, como sede. Buratti foi demitido da Secretaria do Governo da gestão Palocci em Ribeirão Preto por suspeita de corrupção: foi flagrado em vídeo negociando vantagens com um empreiteiro. A Polícia Federal investiga se Waldomiro Diniz impôs a contratação da BBS para facilitar a renovação do contrato de R$ 650 milhões da CEF com a GTech. Mais: Buratti também trabalhou com João Paulo Cunha, na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1995. Daqui a pouco, vai aparecer um Fiat Elba.
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Postby mends » 22 Mar 2004, 18:59

PALÍNDROMO PETISTA (apócrifo)

Nosso partido cumpre o que promete.
Só os néscios podem crer que
Não lutaremos contra a corrupção
Porque, se há algo certo para nós, é que
A honestidade e a transparência são fundamentais
Para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
As máfias continuarão no governo, como sempre
Asseguramos sem dúvida que
A justiça social será o alvo da nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política
Quando assumirmos o Poder, faremos de tudo pra que
se termine com os marajás e as negociatas
Não permitiremos de nenhum modo que
Nossas crianças morram de fome
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem
Exercermos o Poder até que
Compreendam que
Somos a Nova política.

:shy: Agora, a dúvida hamletiana é saber se vale de cima pra baixo, ou de baixo pra cima (leia de novo, de baixo pra cima).
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Postby mends » 23 Mar 2004, 08:05

:o ROBERT RUBIN

(...) se o golpe de Estado de Rubin pareceu bem praticado, foi porque ele usou o mesmo método em 1994 para tornar-se, de fato, presidente do México. Mais uma vez, um partido governante sem credibilidade voltou ao poder pela força de sua moeda e das promessas de apoio dos EUA. Quatro semanas depois da posse do presidente Ernesto Zedillo, o peso despencou, enquanto os credores americanos foram salvos por um fundo de empréstimo especial dos EUA.
FHC sabe que não adianta culpar Rubin pelo estado de coisas do Brasil. Em vez disso, com a ajuda de uma imprensa de direita, ele e o FMI atribuem o colapso econômico aos usual suspects: funcionários públicos, aposentados e sicndicatos. São acusados de estourar o orçamento do governo.
Isso é maluquice, uma vez que o serviço da dívid equivale a 10% dos gastos do país. Compare-se isso às aposentadorias... :huh:
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Postby mends » 23 Mar 2004, 08:17

ENTREVISTA DO CHEFE DO FBI:

CC: Vocês se mexem, se locomovem com facilidade no Brasil?

Aqui? Com toda a facilidade. Temos no Brasil o FBI, a DEA, a CIA e outros serviços. Somos identificados como diplomatas.

CC: Mas, em bom português, vcs são agentes secretos...

Se quiser usar esses termos, é isso mesmo. A questão é que não há razão nenhuma para se ter aqui agentes do FBI, NAS, US Customs...Admiro muito como é que países com sistemas de inteligência como a China e a Rússia autorizam operações do FBI em seu território...qual a necessidade de se ter agentes do FBI no exterior se a sua jurisdição é apenas sobre o território americano? Isso é uma violação da lei, segundo as próprias leis americanas..

CC: Antes de entramos no específico, na rotina, quais as funções dos serviços secretos?

Uma de nossas principais funções é manipular a imprensa brasileira.
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Postby mends » 23 Mar 2004, 08:27

GIBA UM

Dossiê da cartomante
A Polícia Federal acha que seu maior inimigo, nesse movimento grevista, é o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos: tudo por causa de um inquérito da PF contra ele, que corre em sigilo de justiça, em São Paulo, e que é conhecido, entre os agentes e delegados, enigmaticamente, como "o dossiê da cartomante que mandou matar".

Relações afetuosas
O procurador Luis Francisco de Sousa que, há tempos, entregou à CPI do Banestado, lista com 400 nomes suspeitos de lavagem de dinheiro e entre eles, muitos políticos, duvidava, na época, que alguém fosse punido "seus integrantes não estavam dispostos a punir ninguém". E, para Luis Francisco, "especialmente José Mentor". Por isso, ele acredita na possibilidade de relações entre Mentor e Armando Mellão, ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, preso quando tentava extorquir o advogado de Reynaldo de Barros Filho.

Antigas histórias
No passado, quando Reynaldo de Barros, um dos homens-fortes de Paulo Maluf, ocupava a Secretaria de Obras da cidade, Armando Mellão era seu chefe de gabinete. Na época, era encarregado de missões especiais. Depois de algum tempo, Reynaldo foi cobrar o resultado dessas missões, Mellão disse que não sabia do que ele estava falando e acabou demitido. Mais: Mellão e Reynaldo de Barros Filho conviveram muitos anos, quando eram mais moços. As fazendas de suas famílias eram vizinhas, no município de São Manoel, em São Paulo. Mellão é considerado rico: teria até mesmo uma casa numa ilha do lado de Miami, num luxuoso condomínio, estimada em US$ 2 milhões.

Brasil real
Deu na Folha de Boa Vista : a capital de Roraima é o único município brasileiro que tem um vereador presidiário, Chico Doido, condenado há dez anos por tráfico de drogas, que despacha na cadeia com seus assessores e ainda pede licença médica para não levar faltas. :pipa:
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Postby mends » 23 Mar 2004, 08:32

CLAUDIO HUMBERTO

Grevistas querem CPI da PF
O deputado federal Alberto Fraga (PTB-DF) usará abaixo-assinado da Federação Nacional dos Policiais Federais para pedir CPI da ingerência americana na polícia brasileira. A Fenapef diz que alertou sobres grampos no Planalto 11 anos antes da denúncia bombástica do ex-agente do FBI, Carlos Costa, à Carta Capital. Quer abrir a caixa-preta do dinheiro dos EUA contra o narcotráfico: cerca de US$ 11 milhões anuais.



Contas blindadas
A Fenapef estranha a “blindagem” da conta do responsável pelo combate às drogas, delegado Getúlio Bezerra. A CPI quer apurar também o convênio de US$ 400 milhões com a franco-alemã Sofremi, exclusivo e cobrando multa, e a freqüente transferência de delegados.





Pensando bem...
...o Brasil pode estar parado, mas o abismo está se mexeeeeeendo!
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."

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Postby mends » 23 Mar 2004, 08:33

Saúde de tartaruga
Marco Maciel era ministro da Educação, no governo José Sarney, quando negou verbas para esportes a um grupo de estudantes que recebia.
- O sr. pratica algum esporte? - provocou uma estudante, contemplando sua finíssima estampa - o ministro deveria cuidar mais da saúde...
- Minha filha, você já viu tartaruga fazendo ginástica? - devolveu ele - E olhe que elas vivem 120 anos... :sport:
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Postby mends » 24 Mar 2004, 14:19

GIBA UM:

Aumentou
Zeca Pagodinho, por conta da discussão entre AmBev e Schincariol, teve seu apetite aumentado. Agora, por qualquer tipo de show quer R$ 100 mil limpos para ele, com passagem, estadia e alimentação, quando houver e despesas com o grupo que o acompanha, tudo à parte. E como acontece com modelos e galãs jovens de novelas, resolveu cobrar também quando o convidam para qualquer evento: só vai se tiver Brahma e mais R$ 15 mil para dar o ar da graça . Ninguém paga claro.

MEU PITACO SOBRE JOZÉCA PACOTINHO:

F.O.D.A-S.E.!

Quem é Eduardo Fischer pra exigir "ética" de Nizan Guanaes, e, aliás, quem disse que podemos esperar ética de Nizan Guanaes? O que é ética da publicidade? ética é ética e pronto, como dizia o Cláudio Abramo. E como ficar patrulhando o Pacotinho se tem nego pedindo no farol pra bingo reabrir, se o Waldomiromiro tá solto? :whip:
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