Mas esses posts gigantes do mends, sempre vence por cansaço...
responda aos poucos...
- O conceito de melhor aproveitar as terras que não estão sendo produzidas está correto.
Está correto por que é uma verdade filosófica insofismável, por que Deus quis, ou por causa da premissa da função social da terra? Premissas tem viés, meu caro, o viés dessa está tão latente que chega a ser infantil.
E não é necessário escala no cultivador para ter escala de produção e custos competitivo, a exemplo da produção de frango!
Erro 1 - Economia (na verdade Introdução aos Primeiros Passos de MicroEconomia no prezinho): agribusiness tem alta alavancagem operacional. acho que não preciso explicar isso prum consultor, mas lá vai: alta participação de custos fixos na estrutura de custos. Sendo o produto commodity, preciso de escala.
Erro 2 - Lógica: um exemplo não pode ser simplesmente tomado como verdade por indução finita.
Erro 3 - Setorial: o grande "booster" (só pra colocar um pouco de consultês) de produtividade no agro é maquinário. Colheitadeiras e semeadeiras que podem alvancar a sua produtividade em até dez vezes simplesmente não entram em pequenas propriedades, a pequena propriedade não serve como garantia na alavancagem de capital pra comprar a máquina, ela não gera retorno suficiente para cobrir a despesa de depreciação. Segundo meu velho, que colhia algodão e café quando era criança, dava pra colher 60 sacas por dia. Uma colheitadeira tamnho médio, com alguns CV de potência, faz isso em minutos. Uma semeadeira automática corta em até 80% as perdas com a semeadura - dados da FAO, da ONU, não exatamente uma organização liberal ou market oriented.
Erro 4 - mercado de frango: se frango não precisasse de escala, viva solto e não em confinamento.
Espero que nenhum dos seus próximos jobs sejam em agro...
acho que as pessoas são estupidas e o governo deveria atuar para "diminuir" a estupidez humana...
o típico raciocínio esquerdista: as pessoas devem ser "lideradas" por çábios. Esse raciocínio é reconfortante pra professorzinho comunista, porque traduz o sonho de influir na vida das pessoas. Não existe "meia liberdade": deixe o governo decidir UMA coisa por você e sua vida vira um inferno. Planificação econômica exige que o governo influencie até em que emprego vc pode ter ou não - quem pensou na "BRASIL GRANDE" da década de 70 e todos os incentivos que o ensino de Engenharia teve no Brasil ganha um picolé de limão.
Acho que as terras não produtivas (nunca olhando um ponto no tempo, pois nunca fazemos isso) deveria ser "COMPRADAS" pelo governo e "COMODATADAS" para cultivadores menores que APENAS iriam cultivar, e ter uma empresas (do governo ou não, independe) que atuasse como intermediária entre eles e o mercado...
Terra improdutiva é uma conclusão que não dá pra tirar a não ser que se tenham parâmetros, os índices de produtividade. Que não se pegue um momento do índice, pegue uma "séria histórica". Mesmo assim, vc teria que ter parâmetros diferentes para cada cultura, região e finalidade de investimento do DONO da terra!!! O governo deve determinar como eu devo investir meu dinheiro?????
Erro de Economia, de novo: agregar custo na Cadeia de Valor dinminui a geração de valor final. Mas é claro que vc, como consultor, só estava brincando, uma vez que sabe que um intermediário no mercado de commodity, que tem preços mundiais acessíveis a todos e poucas oportunidades de arbitragem, e, portanto, não precisa de ninguém pra processar essa informação, só agrega custo.
Erro de história: isso já existiu em alguns lugares. Chamavam-se SOVIETES, COMITÊS NACIONAIS DE PLANIFICAÇÃO (na Alemanha Nacional-SOCIALISTA) etc.
"I used to be on an endless run.
Believe in miracles 'cause I'm one.
I have been blessed with the power to survive.
After all these years I'm still alive."
Joey Ramone, em uma das minhas músicas favoritas ("I Believe in Miracles")